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A empresa americana de biotecnologia Regeneron Pharmaceuticals, Inc. anunciou recentemente que seu coquetel de anticorpos monoclonais contra a Covid-19, chamado REGEN-COV, é capaz de prevenir a doença em pessoas que vivem em ambiente de alto risco. A combinação dos medicamentos casirivimabe e imdevimabe também foi capaz de reduzir o aparecimento de sintomas em pessoas recentemente infectadas pelo novo coronavírus.
Diante destes resultados, a empresa pediu à FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, a aprovação de uso emergencial da terapia para prevenção da doença. O medicamento já está liberado emergencialmente no país para tratamento de casos leves e moderados da Covid-19, que tenham alto risco de evoluir para quadros graves.
Prevenção
O estudo de Fase 3 que avaliou a eficácia do medicamento na prevenção da doença englobou 1.505 pessoas que não estavam infectadas com o SARS-CoV-2, nome oficial do novo coronavírus, mas moravam na mesma residência de alguém que tinha testado positivo para a doença até quatro dias antes. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um recebeu um placebo e outro, uma dose de 1.200 mg de REGEN-COV, administrado em forma de injeção subcutânea.
Os resultados mostraram que o coquetel reduziu, em média, em 81% a probabilidade dessas pessoas desenvolverem sintomas da doença. Uma semana após a administração do medicamento o risco caiu para 72%. Nas semanas subsequentes, essa taxa subiu para 93%.
Entre os indivíduos que desenvolveram sintomas da doença, aqueles submetidos ao tratamento eliminaram o vírus mais rapidamente e tiveram uma duração dos sintomas muito mais curta: uma semana, em comparação com três semanas naqueles do grupo placebo.
“Estes dados indicam que o REGEN-COV pode complementar estratégias abrangentes de vacinação, particularmente para aqueles sob risco alto de infecção. É importante ressaltar que, até o momento, REGEN-COV demonstrou in vitro reter sua potência contra as variantes emergentes de Covid-19 que suscitam preocupação”, disse Myron Cohen, que comanda a iniciativa de anticorpos monoclonais da Rede de Prevenção da Covid-19 dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH, na sigla em inglês). O estudo foi conduzido pela empresa em parceria com o e Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, na sila em inglês), parte do NIH.
Evitar a progressão da doença
No segundo estudo, 204 pessoas com diagnóstico positivo de Covid-19, mas sem sintomas da doença, também foram divididos em dois grupos para receber um dose de REGEN-COV (1.200 mg) ou placebo. Os resultados mostraram que o tratamento reduziu em 31% o risco geral de desenvolver sintomas da doença. Essa taxa subiu para 76% após o terceiro dia. Além disso, o REGEN-COV encurtou em 45% a duração dos sintomas e reduziu em 90% a carga viral.
“A transmissão da Covid-19 geralmente ocorre através de pessoas infectadas que ainda não apresentam sintomas, por isso é fundamental que possamos diagnosticar e tratar rapidamente esses indivíduos para sua própria saúde e para prevenir a transmissão”, disse Katharine Bar, MD, co-investigadora principal do o julgamento e professor assistente de medicina, doenças infecciosas, Hospital da Universidade da Pensilvânia. “Esses dados abrem caminho para que REGEN-COV seja usado antes que os pacientes se tornem sintomáticos, com uma administração subcutânea mais conveniente”.
Embora não fosse um objetivo do estudo, os pesquisadores também descobriram que o tratamento reduziu o risco de hospitalização ou ida ao pronto-socorro em um período de 29 dias após a administração do medicamento.
Como funciona o tratamento
O REGEN-COV é um coquetel formado pelos anticorpos monoclonais – proteínas produzidas em laboratório que imiram anticorpos gerados naturalmente pelo organismo – casirivimabe e imdevimabe, desenvolvidos especificamente para bloquear a infecciosidade do SARS-CoV-2. Nos Estados Unidos, o tratamento teve seu uso emergencial aprovado pela FDA para ser usado em pessoas a partir de 12 anos de idade, com Covid-19 leve a moderada, com alto risco de progredir para doença grave ou hospitalização. Nesse caso, o tratamento é administrado via intravenosa, o que leva mais tempo, é mais difícil e pode ser uma das razões pelo qual sua liberação é limitada. A versão em injeção subcutânea pode ajudar a ampliar a autorização de uso do medicamento.
O coquetel da Regeneron ganhou popularidade após ter sido usado como parte do tratamento do então presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, depois que ele contraiu a doença. No Brasil, a Roche, que fez parceria com a Regeneron para ampliar a produção do medicamento, pediu à Anvisa a liberação para uso emergencial do REGEN-COV. A agência tem até o dia 1º de maio para emitir um parecer.
O Brasil também é um dos seis países que participam dos estudos para avaliar a eficácia do coquetel, ao lado dos Estados Unidos, Chile, México, Moldávia e Romênia. Além da FDA, a EMA, agência que regula medicamentos na União Europeia, liberou o uso da combinação de anticorpos desenvolvida pela Regeneron para tratar pacientes com Covid-19 que não requerem suporte de oxigênio e estão em alto risco de progredir para uma doença grave.
Outras opções terapêuticas
O REGEN-COV não é o único anticorpo monoclonal desenvolvido para o tratamento da Covid-19. A farmacêutica americana Eli Lilly também produziu um coquetel destinado a pacientes de alto risco. Trata-se de uma combinação dos anticorpos monoclonais banlanivimabe e etesevimabe. Esse tratamento também já está autorizado para uso emergencial nos Estados Unidos, mostrou-se promissor na prevenção da doença e está sob análise da Anvisa.
Veja
Logico, isso é o padrão mundial, seu pessimista petista
A GESTÃO DO NOSSO SAUDOSO ” COMITE CIENTIFICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE” vai fazer outro estudo rapidinho pra dizer que não funciona.
Sendo que depois de mais de um ano de pandemia esse comite ainda não conseguiu um estudo que posso nos ajudar.
Apenas ele sabem dizer que não funciona trabalham pela politica e não pela ciência.
Disse tudo
Hummm Sei. Um teste em 1.505 pessoas já se transformou em “promissor”
Logico, isso é o padrão mundial, seu pessimista petista
Se chegar ao RN o comitê científico da ufrn , que trabalha para o PT. Proíbe
Quer dizer que o presidente norte americano utilizou esse tratamento enquanto incentivava o povo a tomar cloroquina? Bom saber!
Foi macho em testar nele mesmo, para ajudar seu povo, se ele não fizesse, você diria na época: “teste em voce, genocida’