Diversos

Correios: governo finaliza projeto de lei que abre caminho para privatização em 2021

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O governo vai enviar ao Congresso, nos próximos dias, um projeto de lei que abre caminho para a privatização dos Correios. O texto já foi assinado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A proposta regulamenta o artigo da Constituição que trata dos serviços postais.

O modelo de privatização ainda está em estudo pelo governo, que trabalha com um cronograma no qual o leilão é previsto para meados de 2021. Mas o projeto de lei dará flexibilidade para qualquer modelo que o Ministério da Economia definir para vender a estatal.

A privatização dos Correios será a primeira a ser proposta pelo governo em 2020. Nos bastidores, a expectativa de Guedes é tentar aprovar o projeto ainda neste ano, como forma de demonstrar avanço na agenda de desestatizações, que pouco andou até agora.

Em 2019, foi proposta a privatização da Eletrobras, que também não avançou no Congresso.

O artigo 21 da Constituição diz que compete à União “manter o serviço postal e o correio aéreo nacional”. O projeto de lei elaborado pela equipe de Guedes define o que é o serviço postal, criando o conceito de serviço postal universal, disse ao GLOBO o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord.

— Com isso, cria-se um mercado plenamente competitivo, cabendo à União apenas garantir que todos serão atendidos — explicou o secretário. — Isso tirará um enorme peso do governo, que poderá focar sua energia na oferta (de serviço postal) a essas regiões específicas ou então oferecer o serviço “em pacotes”, como estamos fazendo com o saneamento, misturando áreas deficitárias com outras superavitárias.

Uma das principais críticas dos contrários à privatização dos Correios, como a Adcap, associação dos funcionários da estatal, é a de que um operador privado não terá interesse de manter o alcance atual do serviço postal, que chega a todos os municípios e regiões do país.

Mac Cord diz que o governo vai manter atendimento a todos os brasileiros, independentemente do modelo escolhido para a privatização. O governo não descarta vender parte da empresa ou lançar ações em Bolsa, entre outros modelos.

— De qualquer forma, o texto não crava uma solução: apenas nos abre um leque de oportunidades enorme, mas sempre garantindo que ninguém ficará para trás — disse o secretário, acrescentando que serviços essenciais como entregas de vacinas ou de urnas eleitorais não podem deixar de ser oferecidos. — A questão é que faremos isso de maneira mais eficiente, em respeito ao recurso público.

O secretário diz que o objetivo do projeto é abrir espaço para o futuro, citando como exemplo as exigências da privatização das telecomunicações, na década de 1990, que hoje não fazem mais sentido. Por isso, afirmou, não é possível fixar tecnologias na lei:

— Entregas começam a ser feitas por drones. Caminhões autônomos são realidade. Não é o governo quem vai conseguir acompanhar o ritmo das mudanças. Precisamos do empreendedor, do visionário, do inovador. A quebra do monopólio nos permitirá fazer isso: serviços melhores por menores preços.

Corte de gastos

Os Correios têm cerca de 130 mil funcionários, maior contingente entre as estatais. Em 2019, a empresa distribuiu 4,96 bilhões de objetos, gerando receita bruta de R$ 19,1 bilhões. A empresa teve lucro de R$ 102 milhões no ano passado. Em 2018, o ganho foi de R$ 161 milhões.

Alvo de escândalos de corrupção, a estatal chegou a registrar quatro anos seguidos de prejuízo (entre 2013 e 2016). Nos últimos anos, vem tentando reduzir custos com um programa de demissões incentivadas e novas regras para benefícios para os servidores.

O Postalis, o fundo de pensão dos trabalhadores dos Correios, tem rombo de R$ 10 bilhões.

— Os Correios possuem ativos valiosíssimos: uma capilaridade enorme, centros de distribuição muito bem localizados. Como será feito, ainda está em estudo. Por isso que uma lei flexível é tão importante — disse Mac Cord, sem estimar quanto vale a estatal.

Modelo de venda desafiador

O maior desafio para uma eventual privatização dos Correios, segundo especialistas, é como definir um modelo de venda que equilibre a atratividade do negócio para empresas privadas com a manutenção da capilaridade de atendimento.

É consenso que a malha da estatal, presente em todos os municípios do país, é um fator que derruba a rentabilidade da operação.

O tamanho dos Correios, que hoje tem cerca de 130 mil funcionários, seus passivos e sua operação deficitária são fatores que deverão ser levados em conta no desenho da privatização e afetam o valor do negócio.

O cronograma do governo, que prevê a desestatização ainda em 2021, é visto como excessivamente otimista.

— É uma empresa extremamente endividada, com um fundo de pensão quebrado. Se o governo quiser ganhar dinheiro com a privatização, tem que tirar tudo isso da mão do investidor. Também precisaria enxugar a estrutura, fazer PDV (plano de demissão voluntária), recapacitar os servidores, porque não vai ter setor privado interessado em contratar 130 mil — afirma Elena Landau, economista e ex-diretora do BNDES.

Para Sérgio Lazzarini, professor do Insper, o modelo mais fácil do ponto de vista técnico seria vender a operação como um todo e deixar o setor privado ajustar a estrutura adquirida.

No entanto, isso traria alta nos preços dos serviços em regiões mais afastadas e queda na área de cobertura.

— Os Correios atendem regiões como favelas e áreas remotas que não são hoje atendidas pelos privados porque não há rentabilidade. Se vender a empresa sem parâmetro regulatório, o preço vai subir — diz ele.

Subsídios públicos

A alternativa de exigir uma cobertura mínima em áreas menos rentáveis, como na privatização das empresas de telefonia, derruba a atratividade da empresa para a iniciativa privada.

Lazzarini diz defender que o governo subsidie, a preços de mercado, uma espécie de complementação do frete para que o custo da entrega não seja alto para o consumidor nessas regiões.

Tayguara Helou, presidente do sindicato das empresas de transporte de São Paulo, diz que a venda da empresa em bloco único seria um caminho viável.

— É uma empresa deficitária mesmo sem pagar tributos federais, estaduais e municipais. O ideal seria fatiar a operação por unidades de negócio por meio de concessões — afirma.

Helou lembra que o segmento postal não é um mercado muito rentável. Por isso, se for atendido pelas companhias privadas, será uma receita periférica.

Alexandre Pierantoni, diretor-executivo da consultoria Duff & Phelps, afirma que, independentemente do modelo a ser adotado, é pouco factível que o governo consiga concretizar a desestatização antes de 2022.

— Todo o modelo de concessão demanda tempo, precisa de estudos e conversas com investidores.

Uma divisão da estatal por segmentos de serviço em vez de um fatiamento regional, segundo ele, pode fazer mais sentido ao negócio.

— A preocupação é como fatiar a operação de modo a garantir que as unidades de negócios tenham regiões lucrativas e deficitárias juntas.

Manter o serviço estatal apenas na ponta da entrega final, mas privatizar as demais etapas do processo logístico, como distribuição e transporte, pode ser uma solução rentável, segundo Luís Antônio de Souza, sócio do escritório Souza, Mello e Torres.

A modelagem da privatização, segundo ele, também vai precisar discutir temas como a privacidade e a proteção de dados de entregas e fluxos postais, informações que hoje têm alto valor comercial.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Os correios dados de graça hoje ainda é caro, empresa falida, incompetente em vários setores, sendo um cabide de empregos para funcionários sindicalistas sem futuro e políticos pilantras. Vende essa porra logo, antes que leve mais dinheiro do contribuinte.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pesquisa

PESQUISA FUTURA: Lula é avaliado negativamente por 50,4% e positivamente por 26%

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é avaliado negativamente por 50,5% dos brasileiros, segundo pesquisa Futura divulgada nesta quinta-feira (17). Outros 26% manifestam uma percepção positiva do petista.

Pesquisas realizadas em junho apontavam Lula com uma avaliação negativa de 46,7% e 51%, em duas ocasiões. Já a avaliação positiva nos levantamentos do mês passado foi de 31,8% e 24,3%.

Tendo em vista a margem de erro do levantamento, de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, a avaliação negativa de Lula tem oscilado no intervalo.

Lula é avaliado mais negativamente por:

  • Homens (57,2%)
  • Pessoas entre 25 e 34 anos (56,1%)
  • Quem ganha mais de 20 salários mínimos (79,4%)
  • Evangélicos (64%)
  • E quem vive no Centro-Oeste (63,9%)

E mais positivamente por:

  • Mulheres (28,4%)
  • Pessoas com 60 anos ou mais (35,3%)
  • Quem ganha até um salário mínimo (31,9%)
  • Católicos (32,7%)
  • E quem vive no Nordeste (36,2%)

Nenhum grupo apresenta uma avaliação positiva que supere a negativa.

O cômputo da avaliação negativa junta quem avalia Lula como “ruim” ou “péssimo”. Já o da avaliação positiva, mescla “ótimo” ou “bom”.

O levantamento também constatou uma avaliação regular de 22,2%. Em junho, ela foi de 20,2% e 23,9%, nas duas pesquisas realizadas.

A pesquisa Futura ouviu 2.001 brasileiros aptos a votar (com 16 anos ou mais) por telefone entre 9 e 14 de julho. O nível de confiança do levantamento é de 95%.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Deputado apresenta projeto para extinguir IOF

Foto: Kayo Magalhães

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) apresentou nesta quinta-feira, 17, um projeto de lei que extingue a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A apresentação ocorre um dia depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o restabelecimento de parte do decreto do presidente Lula (PT) que aumentou o tributo.

Segundo o projeto, “ficam revogadas todas as disposições legais e infralegais que autorizam a cobrança do IOF, instituído com fundamento no inciso V do caput do artigo 153 da Constituição Federal”.

A lei entraria em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. Na justificativa do projeto, Bilynskyj destaca que o IOF tem caráter regulatório e foi criado com o propósito de permitir ao Executivo intervir no mercado financeiro, com vistas à estabilidade monetária e ao controle do crédito. Entretanto, acrescenta, na prática “vem sendo mantido como fonte ordinária de arrecadação, incidindo sobre operações amplamente disseminadas no cotidiano dos cidadãos e das empresas, contribuindo para o encarecimento do crédito e para a complexidade tributária“.

Com o projeto, pontua o deputado, “busca-se pôr fim à sua exigibilidade, por meio da revogação completa da legislação que o institui e regulamenta, desonerando a atividade econômica, promovendo maior previsibilidade tributária e alinhando o sistema nacional de tributos à simplificação e racionalidade”.

Ele ressalta que a Constituição continuará a prever o imposto e que isso permite ao Estado reavaliar sua pertinência em contexto futuro, por meio de uma nova lei, mas, no momento, “sua eliminação da esfera infraconstitucional representa medida adequada à redução da carga tributária e ao incentivo à recuperação da economia nacional“.

Ainda nas palavras de Bilynskyj, “a revogação do IOF representa uma medida de justiça fiscal, pois alivia a severa carga tributária que recai, desproporcionalmente, sobre os segmentos mais vulneráveis da população brasileira”.

O parlamentar prossegue: “Ao eliminar esse imposto regressivo que incide sobre operações financeiras essenciais ao cotidiano das pessoas, promove-se maior equilíbrio e equidade no sistema tributário, contribuindo para a redução das desigualdades sociais e para o fortalecimento do poder de compra das famílias de baixa renda”.

A Mesa Diretora da Câmara ainda precisa definir por quais comissões o projeto vai tramitar.

Oposição criticou decisão de Moraes

Na quarta-feira, a decisão de Alexandre de Moraes repercutiu no plenário da Câmara. Parlamentares da oposição criticaram a decisão.

“Não sei nem para que serve nós estarmos aqui esta hora votando um projeto, se o STF decide tudo. Acabei de receber uma informação de que o rei do Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, derrubou a decisão do Congresso Nacional. Ou seja, são 513 deputados, 81 senadores da República, para no final apenas um homem decidir os rumos do Brasil”, disse o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN)

“Então, fecha o Congresso. Se é só o ministro Alexandre de Moraes que decide os rumos do Brasil, não sei para que estamos aqui, como de ontem para hoje, até uma hora da madrugada, ou seja, trabalhando em vão, porque no final quem decide é o ministro do STF”.

O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), por sua vez disse que a decisão promove um ataque institucional. “Me solidarizo à sua posição de presidente e me solidarizo com todos os deputados desta Casa pelo ataque institucional que a Câmara dos Deputados e o Senado da República acabam de sofrer por decisão do ministro Alexandre de Moraes“, declarou.

“A Casa ainda não foi intimada da decisão de um ministro que se acha um imperador. Pois agora anula a decisão do Congresso Nacional a respeito do IOF e restabelece aquilo que o governo Lula tinha definido extrapolando o seu poder de regulamentar. Senhor presidente, deputado Hugo Motta, isso aqui é gravíssimo”.

Ele prosseguiu: “É um dia em que este Parlamento, se não foi fechado por decisão de Alexandre de Moraes, é porque vossa excelência vai tomar a atitude à altura do que espera o povo brasileiro. Não existe na Constituição um Poder moderador que dê ao ministro Alexandre de Moraes, de forma monocrática, o poder de fazer aquilo que Dom Pedro I ou II podiam na Constituição de 1824”.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), por sua vez, defendeu a decisão de Moraes. “Foi uma decisão equilibrada, que reconhece o poder do presidente da República de editar decretos sobre impostos em operações de crédito”, declarou, no plenário da Câmara.

Na terça-feira, 15, a audiência de conciliação entre o governo e o Congresso Nacional realizada no Supremo Tribunal Federal para discutir os decretos que tratam do IOF terminou sem acordo.

O Antagonista

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Célia Xakriabá vai ao MPF e Conselho de Ética contra Kim Kataguiri

Foto: reprodução

A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) anunciou nesta quinta-feira (17), que vai entrar com representações contra o também parlamentar Kim Kataguiri (União-SP) no MPF (Ministério Público Federal) e no Conselho de Ética da Câmara.

Segundo Xakriabá, que vai acionar as autoridades com ações por racismo e violência política e de gênero, “o Conselho de Ética não pode servir apenas para algumas pessoas e privilegiar outras”.

“Fizemos o levantamento das escalas repetidas de violência. Depois do dia 10 de abril, apenas 20 dias depois, eu fui interrompida quase um mês de votar projetos na Comissão da Amazônia, Povos Originários e Tradicionais”, disse a parlamentar.

“De uma escalada de violência também seguida. Então nós iremos fazer também, reportar ao Ministério Público Federal, o crime de racismo. E aqui, dentro da casa, nós iremos enviar uma representação ao deputado Kim, que foi quem, repetidas vezes, fez o ataque do racismo”, prosseguiu.

Na madrugada de quinta-feira, durante a votação do projeto de lei que altera o texto do licenciamento ambiental, os dois deputados discutiram.

Na Câmara, a sessão foi encerrada com a aprovação da proposta, que recebeu 267 votos favoráveis e 116 contrários.

Mais cedo, por meio de nota, o deputado afirmou que Xakriabá se colocou “como dona de uma discussão sobre licenciamento ambiental e recebeu uma resposta atravessada em troca”.

Entenda a discussão

Kataguiri defendeu que haveria muitos parlamentares contra a proposta por questões financeiras: “Agora eu quero falar aqui para esse Plenário qual é a verdadeira razão de ter tanta oposição para o direito do licenciamento ambiental: é dinheiro, é grana, é esquema”.

Xakriabá contestou a alegação do deputado e o chamou de deputado “estrangeiro” e “reborn”.

“Primeiro esse deputado estrangeiro, esse deputado reborn que acabou de falar e quer ter o direito de falar da questão indígena. O senhor não sabe da história, portanto o senhor fica quieto, o senhor é estrangeiro aqui, tinha de pedir perdão para os povos indígenas”, declarou a parlamentar, que teve o seu microfone cortado por falta de tempo.

Kataguiri rebateu e disse que a parlamentar estaria fazendo “cosplay” de pavão, em referência ao cocar da deputada, que é indígena.

“Determinada deputada me chamou de ‘deputado estrangeiro’. E, ali, próximo de onde estão meus ancestrais, tem o pavão, um animal lá da Ásia. Não tem nada a ver com tribo indígena aqui no Brasil, mas tem gente que parece que gosta de fazer cosplay”, alegou o parlamentar.

O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) também fez referência à Xakriabá, quando a denominou de “pavão misterioso”.

“Já que o assunto é o pavão misterioso, queremos saber do licenciamento ambiental do pavão aqui presente. Nossa, se para abrir uma estrada, abrir um empreendimento precisa de um licenciamento, para abater um animal também precisa de licenciamento ambiental”, disse Nogueira.

Por fim, a deputada pediu direito de resposta ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que lhe concedeu permissão.

“As pessoas podem ter bancadas inteiras para defender seu interesse, mas atacar uma mulher indígena pelo que se veste, eu não tenho problema de saber de onde eu venho, eu não preciso chamar de cosplay, porque isso é um racismo televisionado daqui e certamente eu tomarei as medidas necessárias”, a deputada afirmou até ter novamente seu microfone cortado.

Célia Xakriabá continua sua fala mesmo inaudível, mas logo é silenciada por aplausos da oposição. Uma discussão intensa se inicia entre os parlamentares na Casa e Hugo solicita a intervenção da Polícia Legislativa na tentativa de manter a ordem da sessão.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Baleia encalha entre Pirangi do Sul e Pirangi do Norte, no RN


vídeo: Via Certa Natal 

Uma baleia apareceu encalhada entre as praias de Pirangi do Sul e Pirangi do Norte, em Parnamirim, região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, nesta quinta-feira (17). Imagens do animal já circulam pelas redes sociais.

Ainda não há confirmação oficial sobre a espécie da baleia ou as causas do encalhe. Em vídeo divulgado, um homem mostra a baleia próxima da faixa de areia e pede ajuda para medidas de resgate ou manejo do animal.

Encalhes de baleias não são incomuns no litoral potiguar durante a temporada de migração desses animais, especialmente entre os meses de julho e novembro. Especialistas alertam, no entanto, para a importância de não se aproximar do animal e aguardar o trabalho das equipes especializadas.

Blog do BG 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Dino questiona Congresso sobre emendas usadas para gastos pessoais

Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu nesta quinta-feira (17) esclarecimentos ao Congresso no prazo de dez dias sobre uma alteração normativa que autoriza o pagamento de despesas pessoais por meio de emendas parlamentares.

A medida atende um pedido da Associação Contas Abertas, Transparência Brasil e Transparência Internacional Brasil, colaboradoras na ação que tramita no Supremo, que constaram a alteração de uma resolução normativa do Congresso.

Entre as alterações, os congressistas podem pagar com emendas de comissão “despesas com pessoal ativo, desde que sejam referentes aos profissionais da área da saúde que atuem diretamente na prestação de serviços dessa natureza”.

As organizações do terceiro setor argumentaram uma possível inconstitucionalidade na alteração mencionada, com base em dois dispositivos da Constituição Federal.

No mesmo despacho, o ministro ainda pediu esclarecimento, também com prazo de dez dias, sobre uma reportagem do portal “Metrópoles” que diz que parlamentares do Distrito Federal destinaram R$ 53 milhões para a associação Moriá, chefiada por ex-cabo, motorista e esteticista.

Em outro despacho, nessa quarta-feira (16), Dino reforçou a proibição de que os recursos provenientes de emendas de transferência especial devem ser movimentados exclusivamente por meio de contas específicas abertas para essa finalidade, sendo vedada a utilização de “contas de passagem”.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Casa Branca rebate Lula e diz que Trump é um presidente forte e também é o líder do mundo livre

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta quinta-feira (17) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “não está tentando ser o imperador do mundo”. A declaração foi uma resposta a uma fala do presidente Lula (PT) divulgada pela imprensa americana mais cedo.

Em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, Lula afirmou que não quer ser refém dos Estados Unidos e que busca liberdade para o comércio internacional. O presidente disse ainda que Trump não foi eleito para ser “imperador do mundo”.

Leavitt foi questionada sobre a declaração de Lula durante uma coletiva de imprensa com jornalistas na Casa Branca. A porta-voz afirmou que Trump é um líder forte e com influência global.

“O presidente certamente não está tentando ser o imperador do mundo. Ele é um presidente forte dos Estados Unidos da América e também é o líder do mundo livre. E vimos uma grande mudança em todo o globo por causa da liderança firme deste presidente”, disse Leavitt.

Ainda sobre o Brasil, a porta-voz comentou a carta enviada por Trump a Lula com o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. Ela também mencionou a investigação comercial em andamento contra o país em um órgão do governo norte-americano.

Segundo Leavitt, as regulações digitais do Brasil e a “fraca proteção à propriedade intelectual” prejudicam empresas americanas de tecnologia e inovação.

“Além disso, a tolerância do país com o desmatamento ilegal e outras práticas ambientais coloca os produtores, fabricantes, agricultores e pecuaristas americanos — que seguem padrões ambientais melhores — em desvantagem competitiva”, disse.

Leavitt disse ainda que as medidas adotadas por Trump são voltadas ao interesse do povo americano.

Com informações de g1 e Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Lula diz que vai taxar big techs dos EUA

O presidente Lula (PT) voltou a criticar o presidente dos EUA, Donald Trump, e disse que vai cobrar imposto de “empresas digitais norte-americanas” durante o 60º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em Goiânia.

Lula afirmou que vai taxar e regulamentar as big techs, debate que não tem avançado no governo. “Eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais. Nós não aceitamos, em nome da liberdade de expressão, você ficar utilizando [as redes] para fazer agressão, para fazer mentira, para prejudicar”, disse.

A afirmação vai contra o que foi conversado no comitê com representantes da indústria nesta semana. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) recebeu empresários da indústria, do agro, dos setores de bens e comércios e representantes de algumas das maiores multinacionais dos Estados Unidos e só falou em diminuir as taxações, não em aumentá-las.

Lula também reclamou que o governo norte-americano não respondeu às propostas do Brasil sobre as tarifas. “Não recebemos nenhuma resposta. A resposta que nós recebemos foi a matéria publicada no jornal, no email dele, no Zap [WhatsApp] dele, no portal dele, porque ele não se dignou nem sequer a mandar uma carta”, como a atitude tomada pelo Itamaraty nesta semana ao enviar uma carta ao governo dos EUA.

Com informações de  UOL

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Bolsonaro afirma que pode negociar com Donald Trump para conter tarifa contra produtos brasileiros

Foto: Mark Wilson/Getty Images

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quinta-feira (17/7), que pode negociar com Donald Trump para conter tarifas contra produtos brasileiros. Em entrevista a jornalistas no Senado, Bolsonaro se colocou à disposição para mediar uma negociação com o presidente norte-americano, Donald Trump, em busca de um acordo para conter o aumento de tarifas contra produtos brasileiros.

Jair reafirmou seu desejo em agir como “mediador”, dizendo que poderia ajudar o Brasil a evitar as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a partir de agosto.

“Acho que teria sucesso numa audiência com presidente Trump. Estou à disposição. Se me derem um passaporte, eu negocio”, disse.

Bolsonaro teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, no contexto da investigação sobre tentativa de golpe de Estado.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Essa negociação só vai ocorrer se Trump vier visitar Bolsonaro com Lula fez com Cristina!!! Mas como Trump já disse que não é amigo de Bolsonaro é pouco provável que tal visita aconteça!

  2. O que danado esse ex, inelegivel e quase preso tem a ver com isso?? pelo amor de Deus. O cara quer ta no meio das coisas como quem não quer largar o osso…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

“Não é um gringo que vai dar ordem a este presidente da República”, diz Lula sobre Trump

Foto: Kazuhiro Nogi e Jim Watson/AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17) que, se Donald Trump tentasse fazer no Brasil o que fez no Capitólio, “certamente seria julgado e preso”.

O petista subiu o tom contra o presidente dos Estados Unidos durante participação no 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia (GO).

“Se o Trump morasse no Brasil e ele tentasse fazer aqui no Brasil o que ele fez no Capitólio, certamente ele também estava julgado e poderia ser preso”, declarou Lula.

O petista se referiu à invasão, em 6 de janeiro de 2021, à sede do Poder Legislativo estadunidense, quando apoiadores de Trump tentaram impedir a confirmação da vitória do democrata Joe Biden sobre o republicano.

Ao se referir ao tarifaço imposto por Trump contra produtos brasileiros, Lula disse que está disposto a negociar e que o presidente dos Estados Unidos não negociou “10%” do que o petista afirma ter negociado ao longo da sua vida política.

“Eu tenho certeza que o presidente americano jamais negociou 10% do que eu negociei na minha vida, jamais. Se tem uma coisa que eu sei na vida é negociar. Por isso que o Brasil é um defensor do multilateralismo”, afirmou o presidente.

Ainda sobre o tema, Lula disse que o Brasil não aceitou a forma como Donald Trump anunciou a tarifa adicional de 50% contra produtos brasileiros.

“Trump mandou uma carta via o e-mail dele dizendo que, a partir do dia 1º de agosto, se não liberar o Bolsonaro, que vai taxar em 50%. Nós vamos responder da forma mais civilizada possível e da forma que um democrata responde”, declarou.

“Nós não aceitamos que ninguém, ninguém de nenhum país fora do Brasil, se meta nos nossos problemas internos que são dos brasileiros. Não é um gringo que vai dar ordem a este presidente da República”, completou Lula.

O presidente comentou a carta que Trump enviou anunciando tarifaço. “A carta não fala em negociação, a carta é o seguinte: ou dá ou desce. É essa a lógica da carta. ‘Ou libera o Bolsonaro porque o filho dele está aqui me enchendo o saco: Liberta meu pai, liberta meu pai, liberta meu pai'”, disse.

O petista também disse que o Brasil pretende cobrar impostos sobre as big techs norte-americanas que operam no país.

“Esse país só é soberano porque o povo brasileiro tem orgulho desse país. A gente vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais”, afirmou.

g1

Opinião dos leitores

  1. Cada vez que esse Lula abre a boca, sai um tolete .

    Meu Deus, até quando o senado e o congresso aceitará isso calado?
    Covardes!

  2. Lula pelo amor dos meus filhinhos, homi fiquei calado, vc quer colocar o defunto chamado Brasil dentro do buraco de concreto pra que nunca mais ele ressuscite, homi a china, Rússia e outros países estão calados só vc falando besteira, homi.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Estrangeiros retiram R$ 3,5 bilhões da Bolsa de Valores em julho

Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 3,5 bilhões da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) na parcial de julho de 2025. Na 3ª feira (15.jul.2025), o último dado diário disponível, houve saída líquida de R$ 1,1 bilhão do mercado de ações.

A saída parcial de capital estrangeiro interrompe uma sequência de 2 meses consecutivos com entrada de recursos na Bolsa de Valores. A B3 registrou investimento líquido de R$ 10,6 bilhões em maio e de R$ 5,4 bilhões em junho. No ano, o saldo está positivo em R$ 23,0 bilhões.

A saída indica menor confiança no mercado brasileiro. Esse movimento pressiona o câmbio, reduz a liquidez da Bolsa e pode encarecer o custo de financiamento para empresas. Também sinaliza cautela com o cenário fiscal e político do país.

O Ibovespa, principal índice da B3, caiu por 7 pregões seguidos de 7 a 15 de julho. Na 4ª feira (16.jul), teve leve alta de 0,19%, mas voltou a registrar queda nesta 5ª feira (17.jul).

Às 11h25, caía 0,30%, aos 135.106 pontos. Ao considerar essa cotação, o índice recuou 2,70% no acumulado parcial do mês.

Os agentes financeiros acompanham o desenrolar sobre as tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos contra o Brasil e os possíveis impactos na economia brasileira. O cenário de incerteza fiscal também está no radar dos investidores.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Na cabeça de BGzão, isso vai fazer o Brasil ficar pobre, vai fazer as coisas piorarem internamento, pq ele viu em algum canto alguém do mercado dizer isso kkkk

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *