Diversos

Correios: governo finaliza projeto de lei que abre caminho para privatização em 2021

Foto: Jorge William / Agência O Globo

O governo vai enviar ao Congresso, nos próximos dias, um projeto de lei que abre caminho para a privatização dos Correios. O texto já foi assinado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A proposta regulamenta o artigo da Constituição que trata dos serviços postais.

O modelo de privatização ainda está em estudo pelo governo, que trabalha com um cronograma no qual o leilão é previsto para meados de 2021. Mas o projeto de lei dará flexibilidade para qualquer modelo que o Ministério da Economia definir para vender a estatal.

A privatização dos Correios será a primeira a ser proposta pelo governo em 2020. Nos bastidores, a expectativa de Guedes é tentar aprovar o projeto ainda neste ano, como forma de demonstrar avanço na agenda de desestatizações, que pouco andou até agora.

Em 2019, foi proposta a privatização da Eletrobras, que também não avançou no Congresso.

O artigo 21 da Constituição diz que compete à União “manter o serviço postal e o correio aéreo nacional”. O projeto de lei elaborado pela equipe de Guedes define o que é o serviço postal, criando o conceito de serviço postal universal, disse ao GLOBO o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord.

— Com isso, cria-se um mercado plenamente competitivo, cabendo à União apenas garantir que todos serão atendidos — explicou o secretário. — Isso tirará um enorme peso do governo, que poderá focar sua energia na oferta (de serviço postal) a essas regiões específicas ou então oferecer o serviço “em pacotes”, como estamos fazendo com o saneamento, misturando áreas deficitárias com outras superavitárias.

Uma das principais críticas dos contrários à privatização dos Correios, como a Adcap, associação dos funcionários da estatal, é a de que um operador privado não terá interesse de manter o alcance atual do serviço postal, que chega a todos os municípios e regiões do país.

Mac Cord diz que o governo vai manter atendimento a todos os brasileiros, independentemente do modelo escolhido para a privatização. O governo não descarta vender parte da empresa ou lançar ações em Bolsa, entre outros modelos.

— De qualquer forma, o texto não crava uma solução: apenas nos abre um leque de oportunidades enorme, mas sempre garantindo que ninguém ficará para trás — disse o secretário, acrescentando que serviços essenciais como entregas de vacinas ou de urnas eleitorais não podem deixar de ser oferecidos. — A questão é que faremos isso de maneira mais eficiente, em respeito ao recurso público.

O secretário diz que o objetivo do projeto é abrir espaço para o futuro, citando como exemplo as exigências da privatização das telecomunicações, na década de 1990, que hoje não fazem mais sentido. Por isso, afirmou, não é possível fixar tecnologias na lei:

— Entregas começam a ser feitas por drones. Caminhões autônomos são realidade. Não é o governo quem vai conseguir acompanhar o ritmo das mudanças. Precisamos do empreendedor, do visionário, do inovador. A quebra do monopólio nos permitirá fazer isso: serviços melhores por menores preços.

Corte de gastos

Os Correios têm cerca de 130 mil funcionários, maior contingente entre as estatais. Em 2019, a empresa distribuiu 4,96 bilhões de objetos, gerando receita bruta de R$ 19,1 bilhões. A empresa teve lucro de R$ 102 milhões no ano passado. Em 2018, o ganho foi de R$ 161 milhões.

Alvo de escândalos de corrupção, a estatal chegou a registrar quatro anos seguidos de prejuízo (entre 2013 e 2016). Nos últimos anos, vem tentando reduzir custos com um programa de demissões incentivadas e novas regras para benefícios para os servidores.

O Postalis, o fundo de pensão dos trabalhadores dos Correios, tem rombo de R$ 10 bilhões.

— Os Correios possuem ativos valiosíssimos: uma capilaridade enorme, centros de distribuição muito bem localizados. Como será feito, ainda está em estudo. Por isso que uma lei flexível é tão importante — disse Mac Cord, sem estimar quanto vale a estatal.

Modelo de venda desafiador

O maior desafio para uma eventual privatização dos Correios, segundo especialistas, é como definir um modelo de venda que equilibre a atratividade do negócio para empresas privadas com a manutenção da capilaridade de atendimento.

É consenso que a malha da estatal, presente em todos os municípios do país, é um fator que derruba a rentabilidade da operação.

O tamanho dos Correios, que hoje tem cerca de 130 mil funcionários, seus passivos e sua operação deficitária são fatores que deverão ser levados em conta no desenho da privatização e afetam o valor do negócio.

O cronograma do governo, que prevê a desestatização ainda em 2021, é visto como excessivamente otimista.

— É uma empresa extremamente endividada, com um fundo de pensão quebrado. Se o governo quiser ganhar dinheiro com a privatização, tem que tirar tudo isso da mão do investidor. Também precisaria enxugar a estrutura, fazer PDV (plano de demissão voluntária), recapacitar os servidores, porque não vai ter setor privado interessado em contratar 130 mil — afirma Elena Landau, economista e ex-diretora do BNDES.

Para Sérgio Lazzarini, professor do Insper, o modelo mais fácil do ponto de vista técnico seria vender a operação como um todo e deixar o setor privado ajustar a estrutura adquirida.

No entanto, isso traria alta nos preços dos serviços em regiões mais afastadas e queda na área de cobertura.

— Os Correios atendem regiões como favelas e áreas remotas que não são hoje atendidas pelos privados porque não há rentabilidade. Se vender a empresa sem parâmetro regulatório, o preço vai subir — diz ele.

Subsídios públicos

A alternativa de exigir uma cobertura mínima em áreas menos rentáveis, como na privatização das empresas de telefonia, derruba a atratividade da empresa para a iniciativa privada.

Lazzarini diz defender que o governo subsidie, a preços de mercado, uma espécie de complementação do frete para que o custo da entrega não seja alto para o consumidor nessas regiões.

Tayguara Helou, presidente do sindicato das empresas de transporte de São Paulo, diz que a venda da empresa em bloco único seria um caminho viável.

— É uma empresa deficitária mesmo sem pagar tributos federais, estaduais e municipais. O ideal seria fatiar a operação por unidades de negócio por meio de concessões — afirma.

Helou lembra que o segmento postal não é um mercado muito rentável. Por isso, se for atendido pelas companhias privadas, será uma receita periférica.

Alexandre Pierantoni, diretor-executivo da consultoria Duff & Phelps, afirma que, independentemente do modelo a ser adotado, é pouco factível que o governo consiga concretizar a desestatização antes de 2022.

— Todo o modelo de concessão demanda tempo, precisa de estudos e conversas com investidores.

Uma divisão da estatal por segmentos de serviço em vez de um fatiamento regional, segundo ele, pode fazer mais sentido ao negócio.

— A preocupação é como fatiar a operação de modo a garantir que as unidades de negócios tenham regiões lucrativas e deficitárias juntas.

Manter o serviço estatal apenas na ponta da entrega final, mas privatizar as demais etapas do processo logístico, como distribuição e transporte, pode ser uma solução rentável, segundo Luís Antônio de Souza, sócio do escritório Souza, Mello e Torres.

A modelagem da privatização, segundo ele, também vai precisar discutir temas como a privacidade e a proteção de dados de entregas e fluxos postais, informações que hoje têm alto valor comercial.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Os correios dados de graça hoje ainda é caro, empresa falida, incompetente em vários setores, sendo um cabide de empregos para funcionários sindicalistas sem futuro e políticos pilantras. Vende essa porra logo, antes que leve mais dinheiro do contribuinte.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Concurso

Inscrições para concurso da Guarda Municipal de Parnamirim terminam nesta sexta (10)

Foto: Agência Brasília

As inscrições para o concurso público da Guarda Municipal de Parnamirim terminam na próxima sexta-feira (10). As inscrições devem ser feitas pela internet e custam R$ 160.

Ao todo, são 50 vagas imediatas e 100 para cadastro de reserva. Para concorrer é preciso ter ensino médio completo. O salário bas é de R$ 2.650, mais gratificação de risco de vida no valor de R$ 946, adicional noturno de R$ 120, e adicional de segurança pública de R$ 1.250.

As provas objetivas serão aplicadas no dia 19 de maio de 2024, com as seguintes disciplinas Língua Portuguesa, Direito Constitucional, Matemática, Noções de Direito Penal e Processual Penal, Legislação Extravagante.

Fonte: G1 RN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Kátia Pires solta nota de esclarecimento sobre apuração do TCE

Na tarde desta quarta-feira, 8, a candidata a prefeita de Parnamirim Kátia Pires soltou uma nota pública afirmando que não possui nenhum processo judicial e nem condenação contra ela. Ela afirma na nota que, quando assumiu o cargo de vice prefeita de Parnamirim, procurou sua seccional e se licenciou do cargo de advogada e não exerceu nenhum ato privativo de advocacia. Além disso, ela também explica sobre o terreno doado, um dos alvos da apuração do TCE.

Confira a nota na íntegra:

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Bolsonaro tem melhora nos quadros intestinal e infeccioso, diz boletim

Imagem: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou melhora gradativa do seu quadro infeccioso em decorrência da erisipela e continua recebendo tratamento endovenoso com antibióticos, de acordo com boletim médico divulgado no início da tarde desta quarta-feira (8/5).

Segundo o boletim, Bolsonaro também apresentou melhora no quadro intestinal, após um desconforto que o fez decidir pela internação no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na segunda-feira (6/5). Durante a manhã, o ex-presidente caminhou pelo corredor do hospital acompanhado por uma enfermeira. Nas redes sociais, ele publicou um vídeo em que diz estar se recuperando.

“O paciente evolui clinicamente estável e sem febre. Houve melhora da função intestinal e ele já caminhou no corredor nesta quarta-feira (8/5). Permanece recebendo o tratamento endovenoso com antibióticos para erisipela no membro inferior esquerdo, com melhora gradativa do quadro infeccioso”, diz o boletim médico.

Jair Bolsonaro está sob os cuidados do médico Antônio Luiz de Macedo, responsável por realizar a cirurgia de reconstrução do sistema digestivo do ex-presidente após o atentado à faca em setembro de 2018.

Internação em Manaus
No último sábado (4/5), Bolsonaro deu entrada no Hospital Santa Júlia, em Manaus (AM), com quadro de desidratação e erisipela na perna esquerda. Segundo o boletim médico, ele foi medicado e recebeu alta no mesmo dia, para cumprir agenda na cidade.

Na noite do mesmo dia, contudo, o ex-presidente precisou ser internado novamente e recebeu antibióticos. Segundo o boletim, não havia sinais de infecção em membros superiores e a evolução foi “satisfatória”. Bolsonaro já havia tratado uma erisipela em novembro de 2022, após a eleição presidencial.

Ainda de acordo com os médicos, Bolsonaro apresentou um “quadro de dor abdominal” na madrugada desta segunda-feira (6/4), “sem sinais de obstrução intestinal”. Por isso, decidiu ficar internado em São Paulo.

Fonte: Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Prefeitura de Parnamirim promove ação de saúde bucal para crianças

Foto: Cedida

A saúde bucal das crianças em destaque na ação promovida nesta terça-feira (07), na escola Nossa Senhora da Guia, pela equipe de profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Parnamirim. Orientações voltadas para a prevenção da cáries na infância, de forma lúdica e bem explicativa.

As crianças aprenderam sobre higiene bucal, desde a escovação até o uso de fio dental, bochechos… Em seguida, a equipe realizou avaliação dos alunos e aplicação de flúor. Por fim, foi feita a entrega dos kits odontológicos, com reforço das orientações e feedback dos professores.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

CCJ do Senado aprova aumento de cotas raciais para concurso público

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (8), por 17 votos favoráveis contra oito, o turno suplementar do Projeto de Lei 1.958, de 2021, que prorroga por mais 10 anos a política de cotas raciais para concursos públicos e processos seletivos para a administração pública federal, direta e indireta, incluindo fundações privadas e autarquias.

Como o projeto tramita em caráter terminativo, segue direto para análise da Câmara dos Deputados, sem precisar da aprovação do plenário do Senado. O tema terá que passar pelo plenário apenas se nove senadores apresentarem um recurso contra a matéria em até cinco dias úteis.

O projeto aprovado aumenta dos atuais 20% para 30% o total das vagas reservadas para cotas raciais, incluindo ainda os grupos dos indígenas e quilombolas. Atualmente, as cotas raciais para concursos alcançam apenas a população negra, que inclui pretos e pardos. A lei de cotas para concursos, de 2014, vence no dia 9 de junho.

O relator do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), rejeitou as quatro emendas apresentadas pelos senadores Sérgio Moro (União-PR), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Plínio Valério (PSDB-AM) e Rogério Marinho (PL-RN), que se manifestaram contra o projeto.

Para Costa, as emendas prejudicam a política de cotas raciais conforme previsto no projeto de lei. A CCJ ainda rejeitou todos os destaques apresentados pelos senadores contrários à matéria, mantendo o texto do relator Humberto Costa.

Pretos e pardos
A única alteração aceita pelo relator foi uma mudança de redação para trocar a palavra “negro” por “preto e pardo” após manifestação do senador Plínio Valério, que defendeu que pardo não seria o mesmo que negro. “E, quando ele for atrás da bolsa e disser que é negro, ele vai ser vítima de discriminação e acusado de fraudador, porque ele não é negro”, argumentou.

Humberto Costa explicou que a legislação prevê que negros são todas as pessoas que se declaram pretas ou pardos, conforme definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

“As pessoas que estão chateadas com essa possibilidade de serem consideradas negras, são negras”, disse o relator, acrescentando que a discussão se trata de “uma concepção preconceituosa”.

“Mas vamos fazer, porque o que interessa hoje é que a gente aprove essa definição”, concluiu, aceitando a mudança de redação.

Oposição
Parte dos senadores se opôs à matéria, principalmente sob o argumento de que as cotas deveriam ser apenas sociais, baseadas no nível de renda, e não com base na raça.

“Essa discussão de etnia eu acho que ela vai pelo lado errado, porque todos nós somos frutos da miscigenação. A discussão, na minha opinião, tinha que ser socioeconômica”, defendeu o senador Carlos Portinho (PL-RJ).

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) argumentou, por sua vez, que a população negra sofre preconceitos e discriminações que a população não negra não sofre, o que justificaria a política pública de cotas raciais.

“[É cômodo] porque você não é julgado pela sua cor da pele. Porque ninguém atravessa a rua quando um homem branco atravessa a rua, mas seja um homem preto para você ver que, diuturnamente, as pessoas atravessam a rua para sequer cruzar com o homem negro. Essa é a realidade desse país desigual”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Mais de 700 celulares são roubados por mês no RN

Foto: Divulgação

Um celular é roubado por hora no Rio Grande do Norte. Ao menos é o que informou o balanço divulgado nesta quarta-feira (8) pela Secretaria de Segurança do RN (Sesed), dos primeiros quatro meses de 2024.

O levantamento aponta que foram registrados 2.829 Boletins de Ocorrência de roubos de celular no estado, até o mês de abril, o que proporcionalmente calculado contabiliza 707 celulares roubados por mês.

Apesar do número expressivo, o RN obteve uma redução no número de casos. Em 2023, no mesmo período, 3.389 aparelhos celulares já haviam sido roubados, de acordo com a Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (COINE).

Fonte: Portal 96Fm

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Bombeiros do RN lançam campanha de doação para gaúchos

Foto: Cedida

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), em parceria com o Governo do Estado e os Correios, abre as portas dos seus quartéis e lança oficialmente, nesta quarta-feira (8), a Campanha “Mãos que Salvam”, destinada a ajudar às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.

A campanha seguirá até o dia de 7 de junho e a população pode colaborar doando alimentos não perecíveis, materiais de limpeza, água sanitária, sabão em pó, panos de chão, desinfetante, lencóis, tolhas de banho e materiais de higiene pessoal, deixando os itens em qualquer Quartel do Corpo de Bombeiros Militar, na capital e interior do Estado.

Para o comandante-geral do CBMRN, coronel Monteiro, o povo potiguar é conhecido pela humanidade e sensibilidade a quem mais precisa, e não temos dúvidas que iremos arrecadar toneladas de doações que irão diminuir o sofrimento da população do Rio Grande do Sul. “Já começamos a campanha com mais de 20 toneladas de doações que haviam sido entregues pelas mães na Caminhada da Mãe Potiguar, realizada no última sábado (4) e iremos acrescentar muito mais com ajuda de todos. É uma corrente do bem e todos estão envolvidos”, disse o coronel.

Coordenação Geral da Campanha:
Coronel Denise Figueiredo (84) 98106-7733

LOCAIS DE ENTREGA DAS DOAÇÕES NOS QUARTÉIS DO CBMRN

NATAL – Av. Prudente de Morais, 2410, Barro Vermelho;

PARNAMIRIM – Rua Padre João Maria, 06 – Cohabinal;

SÃO GONÇALO DO AMARANTE – BR – 101 Norte, Distrito Industrial de São Gonçalo do Amarante (próximo a Indústria Textil Guararapes);

MOSSORÓ – Rua Felipe Camarão, Bairro Aeroporto, S/N;

APODÍ – Rodovia BR 405, ao lado do Posto Lajeado;

PAU DOS FERROS – Rodovia BR 405, Km 03, nº 1997, Bairro Arizona;

ASSÚ – Rua Antônio Basílio Quaresma nº 77, Bairro Novo Horizonte;

CAICÓ – Rodovia RN 228, KM 49, Aeródromo Rui Mariz, Bairro Samanau;

CURRAIS NOVOS – Rua Dr. João Dutra de Almeida – Currais Novos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Sem água, luz e comida, prefeito decide evacuar município inteiro do Rio Grande do Sul

Foto: Daiane Gonçalves/CNN

A gestão municipal de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, decidiu evacuar município inteiro diante da inundação sem precedentes que afetou 100% de sua área urbana.

O prefeito Ernani de Freitas (PDT) destacou que a cidade, com cerca de 40 mil habitantes, enfrenta escassez de água, energia elétrica, provisões alimentares e comunicação telefônica, tornando inviável a permanência dos residentes. As informações são da CNN.

“É uma situação de horror. Não há uma casa que não foi tomada pela água. Não temos um comércio em condições de abrir as portas. Vamos ter que começar do zero, inclusive eu”, relatou o líder municipal, cuja própria casa foi afetada pela inundação do Rio Guaíba.

Além disso, o município enfrenta o desafio da falta de abrigos seguros para os deslocados. Inicialmente, os mais atingidos foram levados para as margens de uma rodovia, porém, com o passar dos dias, o número de desabrigados aumentou e parte da população foi resgatada por barcos para cidades vizinhas, como Porto Alegre e Guaíba.

“Tive pegar essas pessoas e colocar na BR, ao relento, porque era o único lugar seguro. Até o prédio da prefeitura tá tomado pela água. Tu não consegue comprar um quilo de arroz no centro de Eldorado do Sul. É uma situação que jamais alguém no mundo pode imaginar o que estamos enfrentando”, desabafou Ernani.

Com as vias terrestres completamente intransitáveis, o município conta com o auxílio de aeronaves do governo federal e estadual, além de voluntários que estão resgatando moradores utilizando barcos e motos aquáticas.

“Estou aceitando todo tipo de ajuda. Cidades que possam receber 200, 300, 500 pessoas por pelo menos 15 dias. Nós temos ainda uns 2 mil desabrigados. Preciso evacuar a cidade porque estamos sem água, sem energia e sem comida”, afirmou o prefeito.

Fonte: Agora RN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

“Lula me liga para perguntar preço disso, preço daquilo”, diz Haddad

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liga para perguntar sobre o preço das coisas. A declaração foi dada, nesta quarta-feira (8/5), durante o programa Bom dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“O Lula liga para me perguntar coisas do tipo o preço disso, o preço daquilo. Ontem mesmo ele estava aqui falando do preço do arroz, da determinação que deu para verificar o caso de importar o arroz”, comentou o ministro.

De acordo com Haddad, há diversos pontos que envolvem clima, financiamento e problemas que fazem com que “o presidente esteja preocupado com as questões dos alimentos”.

Fonte: Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

CENÁRIO DEVASTADOR: Municípios calculam 100 mil casas destruídas ou danificadas pela chuva

Foto: REUTERS/Diego Vara

Os municípios do Rio Grande do Sul calculam que ao menos 99,8 mil casas (como residências, prédios e condomínios) foram destruídas ou danificadas pelas tempestades e enchentes que atingiram o estado nos últimos dias.

Os dados parciais da tragédia são válidos do dia 29 de abril até a tarde desta terça-feira (7). As informações foram repassadas pelas prefeituras à Defesa Civil do estado, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou para 100 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o estado. O boletim divulgado na manhã desta quarta-feira (8) ainda aponta que há outros 4 óbitos sendo investigados. O estado registra 128 desaparecidos e 372 feridos.

Além disso, 414 dos 497 municípios do estado têm algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,4 milhão pessoas afetadas.

Setores atingidos

 

De acordo com a CNM, a maior parte do prejuízo causado pela tempestade, seguida de enxurradas e enchentes é no setor habitacional, com perdas próximas a R$ 3,4 bilhões.

Os prejuízos estimados são:

  • Habitacional: R$ 3,4 bilhões
  • Setor público (como escolas, hospitais, prefeituras, pontes, transporte, esgoto, etc): R$ 465,8 milhões
  • Agricultura: R$ 435 milhões
  • Pecuária: R$ 134,7 milhões
  • Indústria: R$ 92 milhões
  • Comércios locais: R$ 37,5 milhões
  • Demais serviços: R$ 52,5 milhões

 

Presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski afirma que é necessário apoio do governo federal aos municípios, o que, segundo ele, ainda não ocorre.

“É necessário liberar urgentemente recursos extraordinários aos municípios”, diz Ziulkoski. “O que temos até o momento são promessas, burocracias e uma população que resiste pelo seu próprio esforço e pela corrente de solidariedade”.

 

Nível de chuva

 

A quantidade de chuva acumulada nos municípios do Rio Grande do Sul entre 22 de abril e 6 de maio chegou à média de precipitação prevista para cinco meses, conforme levantamento do Climatempo.

Os dados (veja lista abaixo) indicam que Porto Alegre, apesar dos impactos, não foi a região mais afetada pelas chuvas. A cidade de Fontoura Xavier, com 778 mm, e Caxias do Sul, com 694 mm, aparecem no topo da lista.

Os maiores acumulados de precipitação no Rio Grande do Sul, de 22 de abril até 6 de maio, foram nos seguintes municípios, em valores aproximados:

  • Fontoura Xavier: 778 mm
  • Caxias do Sul: 694 mm
  • Bento Gonçalves: 675 mm
  • Soledade: 629 mm
  • São Francisco de Paula: 576 mm
  • Três Coroas: 553 mm
  • Santa Maria: 544 mm
  • Teutônia: 511 mm
  • Porto Alegre: 368 mm

Fonte: g1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *