Do Blog da antenada Ana Cadengue:
Em contato com o blog, representantes do Comando de Mobilização Estudantil de Mossoró (C_O_M_E_M) disseram que vão resistir pacificamente à ordem para a desocupação da 12ª Dired, onde eles estão desde o dia 16 de junho.
De acordo com os estudantes, ontem, o Procurador Geral do Estado, Miguel Josino, em conversa diante da Justiça Estadual, declarou a intenção do governo de acatar algumas das reivindicações. E teria acertado o cumprimento das seguintes pautas:
– A volta do pagamento das bolsas que foram paralisadas com o contingenciamento do orçamento da UERN; além de um aumento nas mesmas, até que 20% dos alunos dessa IES sejam contemplados.
– Programa de Urbanização dos Campi da UERN.
– Conclusão das obras que foram paralisadas com o contingenciamento da UERN, além de reformas em diversas salas de aula da instituição que não desfrutam de condições adequadas para o ensino/aprendizagem.
– Construção de novas guaritas no Campus Central, e aumento do número de vigilantes que prestam serviços à UERN.
Para os meninos do acampamento #primaverasemrosa, a decisão do governo em atender algumas reivindicações já representava uma grande vitória. “Estávamos satisfeitos com essas reivindicações, apesar de não ser tudo aquilo que pretendíamos de início. Mas, acreditando que tínhamos adquirido um precedente que, até o momento, não havíamos alcançado, pensamos que a situação estava sendo encaminhada para uma solução pacífica. Triste engano o nosso”, diz a aluna da UERN Geordânia Barros.
“Vacinados”, segundo os estudantes, com as “(des)conversas anteriores que tivemos (ou não) com o governo, pedimos que fosse tudo apresentado por escrito. E, além disso, que fossem estipuladas datas para o cumprimento dessas reivindicações”.
Na hora de formalizar o compromisso, o Governo voltou atrás, e afirmou que a desocupação do prédio é condição para que “possamos, democraticamente, voltarmos à mesa de negociações”.
Para o C_O_M_E_M, não se pode voltar a um local onde eles nunca estiveram. “Até agora o governo “tenta”, apenas por meios informais, aquietar aqueles que estão o incomodando. Ainda estamos aguardando um documento oficial, que possa mostrar qual a posição verdadeira do Estado do Rio Grande do Norte, em relação ao que está acontecendo, não só na DIRED, mas na Educação, Saúde, Segurança, e tantos outros segmentos que estão em greve e/ou fazendo seus manifestos pelo estado. Se eles não podem “escrever” aquilo que dizem, que confiança devemos ter nessas pessoas?”, questionam.
Todas as reinvindicações deixam claro que o problema não começou na gestão de Rosalba. São problemas que se arrastam. A urbanização já não acontecia, a necessidade de guaritas não apareceu esse ano. Portanto, as reivindicações são lícitas, mas essa politicagem de Primavera Sem Rosa é o que há de mais desnecessário no momento;