Polícia

Henrique Alves é o campeão em indicações para cargos de confiança no Governo Federal

Época

Desde meados dos anos 1990, fala-se em Brasília de uma lista elaborada pelo Palácio do Planalto na qual seriam compiladas as indicações políticas para cargos públicos. Os rumores atravessaram os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva sem que a existência desse documento tivesse sido comprovada ou mesmo admitida oficialmente. A reprodução exibida na página ao lado encerra a questão. A cópia da listagem é recente. Ao obtê-la, a reportagem de ÉPOCA se comprometeu a não revelar a data em que ela foi impressa, o que poderia ajudar a identificar a fonte da informação.

A relação é restrita a não mais que uma dezena de funcionários da Presidência da República. Elaborada na Secretaria das Relações Institucionais, da ministra Ideli Salvati, ela só é conhecida pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e por um número muito seleto de seus assessores. A autenticidade do documento foi comprovada por integrantes do alto escalão do Planalto. Procurada por ÉPOCA, a secretaria afirmou desconhecer a existência da lista. Informou apenas que “recebe, sim, pleitos de aliados, indicações e sugestões”. “É natural que a base aliada, alicerce de sustentação do governo, pleiteie de forma legítima a divisão de espaços de comando na esfera federal”, afirmou em comunicado por escrito.

A lista é guardada como um segredo de Estado por revelar um retrato acabado da fisiologia brasileira. Nela, está expresso o apetite por cargos de cada partido, grupo e cacique da coalizão governista. Mais: o documento mostra a quem e como o Planalto deu postos. O documento enumera 229 candidatos a 318 cargos na administração federal. A discrepância de números se deve a duas razões: há casos em que um pretendente almeja mais de uma vaga e há postos reservados a um grupo político que ainda não apontou seu preferido. A listagem abrange uma pequena, mas representativa, amostra dos 24 mil cargos federais disputados com sofreguidão por políticos. Juntos, os postos da listagem movimentam mais de R$ 500 bilhões.

Nas 29 páginas da listagem, desfilam indicados anônimos e políticos famosos, como o ex-governador de Mato Grosso do Sul Zeca do PT, postulante a uma diretoria da hidrelétrica de Itaipu, ou o da Paraíba José Maranhão, mencionado para a vice-presidência de Loterias da Caixa Econômica Federal. Ambos ficaram desempregados depois da última eleição. Os nomes de Zeca, Maranhão e de cada um dos outros apaniguados foram inscritos na lista ao lado dos respectivos padrinhos. Por isso, o relatório serve também como um mapa do poder no governo Dilma Rousseff. Por meio dele, é possível ter uma ideia precisa de quem são os políticos mais influentes na atual gestão. Pode-se medir seu poder pela quantidade de pessoas que eles conseguiram incluir na lista ou, sobretudo, pelo número de seus afilhados efetivamente nomeados. Nos dois critérios, brilha a estrela do PT.

O partido de Dilma lidera o ranking de pedidos de emprego, 57% do total, e de postos obtidos, 48%. O PMDB do vice-presidente Michel Temer vem em um segundo lugar distante, com apenas 14% das indicações e 14% de nomeações. Em ambos os critérios, PR, PTB, PSB e PP não ultrapassam 10% do total. PRB, PCdoB e PDT ficam com, no máximo, 2% cada um. A hegemonia petista é tamanha que os organizadores da lista não consideram o partido como uma única entidade. Ao contrário, cada uma de suas facções é tratada como se fosse uma legenda à parte na coalizão governista. Construindo um Novo Brasil (CNB), a maior corrente petista, indicou sozinha 52 pessoas, oito a mais que o PMDB inteiro. O PT Nacional tentou nomear outros 23 filiados, número superior ao do PR, o terceiro colocado, com 19 nomes. Petistas envolvidos em escândalos também foram contemplados na relação.

Por ela, descobre-se que o negócio de José Dirceu, acusado de chefiar o mensalão, agora é trem. Ele patrocina a indicação de Afonso Carneiro Filho para as diretorias da Agência Nacional de Transportes Terrestres, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos e da Valec. O currículo de Carneiro Filho, petista e funcionário do Ministério dos Transportes, foi encaminhado ao Planalto por José Augusto Valente, que se identifica como consultor privado. “Dirceu me consulta quando a questão é transportes”, diz Valente.

O documento também mostra como o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci batalha para promover seu irmão Adhemar a presidente da Eletronorte ou, no mínimo, mantê-lo como diretor dessa estatal. Conseguiu, inclusive, que o CNB reforçasse seu pleito. De acordo com a listagem, Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação Social, e Ricardo Berzoini, ex-ministro da Previdência e ex-presidente do PT, tentam enfiar no Ministério da Cultura o economista Murilo Francisco Barella. Berzoini nega ter participado da indicação, mas reconhece ter tentado nomear outra pessoa: Aristóteles dos Santos, para o Conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Santos já foi ouvidor da Anatel e, em 2006, chegou a aparecer em programas eleitorais do então presidente, Lula, candidato à reeleição.

Nenhum nome se destaca tanto na relação quanto o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Ele é de longe o campeão de indicações. Em sua conta são debitados 60% dos 44 pleitos apresentados por seu partido. “Isso acontece porque atribuíram a mim todas as indicações da bancada da Câmara do partido e ainda muitas que foram feitas pela do Senado. A verdade é que isso já demorou tanto que desistimos de lutar pela maioria desses nomes”, disse Alves, ao examinar as informações do Planalto.

A lista da Secretaria de Relações Institucionais revela aspectos prosaicos das relações em Brasília, como a insistência dos políticos em encontrar sinecuras e arranjar benesses para seus amigos. Chega a ser anedótico o caso do ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento com seu ex-motorista Ronaldo Rodrigues Barbosa. Nascimento se empenhou primeiro em promovê-lo a assistente técnico do gabinete quando ministro. Agora no cargo de senador, luta para mantê-lo no posto. Uma curiosidade: a indicação de Nascimento é classificada na lista como “técnica”. “Foi um reconhecimento ao desempenho de Barbosa”, diz Nascimento.

A lista revela outras situações nada curiosas. Correligionário de Nascimento, o deputado Valdemar Costa Neto (PR), que renunciou ao mandato para não ser processado no escândalo do mensalão, aparece entre os atendidos pelo Planalto. O deputado João Pizzolati (PP-SC), considerado ficha suja, consta da relação. O ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), que chegou a ser preso, também está lá. A presença delas descortina um retrato pouco alentador da política e da gestão pública brasileiras. Ao lado dos nomes dos indicados não há qualquer referência a suas qualificações profissionais. Não há menção a currículo ou experiência anterior que os habilitem a exercer a função que pretendem. “São raríssimos os casos de indicados politicamente que poderiam ser aprovados em concurso público”, diz o cientista político Alberto Carlos Almeida. Os currículos até existem. Há uma pilha de mais de 40 centímetros deles numa sala do Planalto, mas eles têm pouco valor, porque são relegados a segundo plano já no momento de formação da lista.

Os nomes são entregues à Secretaria de Relações Institucionais, em geral, por líderes partidários. Ministros e funcionários de alto escalão também conseguem fazer indicações diretas. A lista obtida por ÉPOCA mostra que o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutra de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot, demitido em julho, indicou sete pessoas para posições de confiança nessa instituição. Poucos políticos, como o senador Blairo Maggi (PR-MT), conseguem por si só colocar o nome de seus protegidos na pilha. Uma vez recebidos pela Secretaria de Relações Institucionais, todos os nomes são submetidos a um pente-fino do Gabinete de Segurança Institucional. Os currículos são encaminhados à Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que verifica se o candidato tem ficha policial, se já foi condenado pela Justiça em segunda instância, se tem débitos na Receita Federal, dívida trabalhista e se é sócio diretor de empresa, entre outras coisas. Esse levantamento é revisado e aprofundado se houver chance de o indicado ser nomeado. O processo é lento, porque é realizado por apenas cinco funcionários, e alvo frequente de queixas dos políticos.

Uma vez prontas, as indicações se tornam o principal objeto de pressão sobre o governo federal. Relutar em atender aos políticos resulta em um jogo de reclamações e ameaças, que facilmente se converte em traições em votações no Congresso Nacional ou mesmo em denúncias nos jornais. Mas serve também como instrumento de controle e pressão sobre a base de sustentação do governo. “Essas indicações e as nomeações são usadas para pressionar o Congresso”, diz um expoente do Planalto que já integrou o Legislativo federal e analisou a lista exposta nesta reportagem. Ele diz que a presidente Dilma imprimiu uma dinâmica nova – e muito mais lenta – ao processo de nomeações. A demora é tal que os líderes deixaram de insistir. “Só dá desgaste”, diz o peemedebista Henrique Eduardo Alves. Até mesmo o PT, o maior participante nas indicações, está frustrado. O ex-ministro da Pesca Altemir Gregolin passou meses em Brasília esperando uma nomeação. Desistiu. A ex-governadora do Pará Ana Júlia Carepa é outra que espera até hoje. Dilma deu sinais inequívocos de que, pelo menos por enquanto, pretende manter nomeações no conta-gotas.

As indicações políticas para cargos públicos são um fato da democracia com o qual os governos são obrigados a conviver. Em regimes democráticos, nomeações políticas são normais e salutares. É preciso que os partidos que ganhem as eleições dividam entre si os cargos de confiança no governo para implementar as políticas que lhes deram a vitória nas urnas. “É natural que um partido político aponte gente de sua confiança para ocupar cargos de sua própria representação”, diz o sociólogo Antonio Lavareda. A questão no Brasil é outra. A lista da Secretaria de Relações Institucionais mostra que mesmo cargos eminentemente técnicos, como as diretorias de bancos estatais, foram incluídos pelo governo petista nas negociações partidárias. Postos de menor expressão na administração pública também. A regra não são os programas eleitorais, mas o loteamento e aparelhamento da máquina pública. “No Brasil, esses vícios foram agravados pelas características do sistema partidário e da base governista, extremamente fragmentados. Como eles são muitos, a demanda por cargos de confiança é maior”, afirma Lavareda.

Os vícios do sistema nacional ficam ainda mais evidentes quando comparados com as regras de democracias mais consolidadas. Nos Estados Unidos, que possuem uma das maiores administrações públicas do mundo, apenas 4.500 cargos podem ser preenchidos por indicação política – um sexto do que ocorre no Brasil. O Senado americano publica a lista dos escolhidos pelo presidente desde 1952. O Plum Book (Livro Ameixa), como é conhecido, é uma tradição. Para chegar ao cargo, o candidato deve ter conhecimento técnico na área em que deseja trabalhar – exigência que não existe por aqui. A França, um dos países que mais valorizam o funcionalismo público, reserva apenas 500 vagas para indicações políticas. A maioria dos funcionários da máquina estatal é de servidores de carreira. O Reino Unido permite apenas 300 indicações de caráter político – e, mesmo assim, os escolhidos têm de comprovar capacidade técnica. O país mais restrito é a Alemanha, onde o Estado tem apenas 170 cargos para indicações políticas. No Brasil, isso não seria o suficiente para satisfazer nem um partido médio, quanto mais a ampla e sedenta base de apoio do governo federal.

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Geral

lhas do Brasil estão entre as mais importantes do planeta para animais únicos dessas regiões

Foto: Daniel Venturini/Divulgação

As ilhas oceânicas brasileiras abrigam uma biodiversidade muito mais singular do que se imaginava.

É isso o que mostra um estudo internacional publicado nesta quarta-feira (10) na revista científica “Peer Community Journal”, que analisou mais de 7 mil espécies de peixes recifais em 87 ilhas e arquipélagos ao redor do planeta.

O trabalho conclui que locais como Fernando de Noronha, Trindade e o arquipélago de São Pedro e São Paulo estão entre os mais importantes do mundo em termos de endemismo, ou seja, na presença de espécies que não existem em nenhum outro lugar.

Essas espécies exclusivas são resultado de processos evolutivos locais e, por estarem limitadas a um território, tornam-se mais frágeis diante de ameaças como perda de habitat, mudanças climáticas ou espécies invasoras.

“[Essas ilhas] quase não eram citadas quando se falava em endemismo, mas nossos dados e novas interpretações mostram que são verdadeiros laboratórios naturais da evolução das espécies”, afirma Hudson Pinheiro, pesquisador do CEBIMar/USP e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).

Ainda de acordo com o estudo, que teve apoio da Fundação Grupo Boticário, muitas das espécies encontradas nessas regiões não estão limitadas a uma única ilha, mas também não chegam a ocupar áreas do continente.

Com isso, elas vivem apenas em um pequeno conjunto de ilhas da mesma região. E foi a partir dessa constatação que os pesquisadores propuseram o conceito de “endemismo insular-provincial”.

“Algumas espécies endêmicas de Fernando de Noronha, por exemplo, ocorrem também no Atol das Rocas ou na Ilha de São Pedro e São Paulo, e vice -versa. Mas são espécies que não colonizaram a região costeira. Portanto, como são ilhas que estão relativamente próximas, as espécies que ocorrem por lá são consideradas endêmicas pelo critério que propomos”, acrescenta Pinheiro.

Segundo os dados da pesquisa, cerca de 40% das espécies endêmicas se enquadram nessa categoria.

Ao mesmo tempo, isso também significa que a área de ocorrência desses animais é extremamente restrita, o que aumenta a vulnerabilidade a ameaças como degradação ambiental, mudanças climáticas e atividades humanas.

O levantamento apontou ainda que 12% de toda a biodiversidade global de peixes recifais está concentrada em ilhas.

Em alguns casos, os resultados chamam a atenção: ilhas separadas por grandes distâncias podem apresentar espécies geneticamente mais próximas entre si do que de áreas continentais localizadas bem mais perto.

É o que ocorre, por exemplo, entre Santa Helena e Ascensão, no Atlântico Sul, e entre Galápagos e Rapa Nui, no Pacífico.

“Dimensionar corretamente o tamanho e a vulnerabilidade das populações da fauna de um determinado ambiente é fundamental para as estratégias de proteção marinha. Se o conhecimento é limitado ou restrito, as políticas de conservação tendem a ser limitadas também. O endemismo é uma das características que devem ser consideradas para definir as áreas prioritárias para a conservação”, alerta Pinheiro.

G1

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Geral

Advogados protocolam habeas corpus em favor de Jair e Eduardo Bolsonaro no STF

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um habeas corpus protocolado no STF nessa segunda-feira (8/9) pede salvo-conduto em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que atualmente reside nos Estados Unidos.

No documento, os advogados Israel Mendonça Souza e Nilton Vieira Lima defendem que o remédio constitucional alcance “todos os que estejam presos ou ameaçados de prisão em decorrência da Portaria GP 69/2019”, que deu origem ao inquérito das fake news.

A peça questiona a validade da medida, editada pelo ministro Dias Toffoli e conduzida por Alexandre de Moraes. Segundo os autores, a norma “não foi recepcionada pela Constituição de 1988 e, portanto, é inconstitucional”, em argumento semelhante ao adotado pela Trump Media nos Estados Unidos.

O HC sustenta que o Regimento Interno do STF “não tem força normativa para criar inquéritos criminais ou substituir a Constituição”, o que, segundo a defesa, comprometeria a legalidade de atos dele decorrentes.

Os advogados não representam oficialmente Bolsonaro e Eduardo. O pedido deverá ser negado pela Corte. Nesta quarta-feira (10/9), a 1ª Turma do STF dará continuidade ao julgamento que mira autoridades acusadas pela Procuradoria-Geral da República de suposto golpe de Estado.

Contestação das acusações

Os advogados afirmam que não houve crime de suposta tentativa de golpe ou de abolição do Estado democrático. Para eles, houve “absoluta impropriedade do objeto e ineficácia do meio”, o que caracterizaria a atipicidade penal das condutas imputadas.

O texto também pede a exclusão de elementos probatórios que, segundo a defesa, seriam ilegais. “As delações e elementos obtidos sob coação devem ser considerados ilícitos, à luz da teoria dos frutos da árvore envenenada.”

Delações e provas

A defesa argumenta pela nulidade das colaborações premiadas, sustentando que “as delações não observam voluntariedade plena e devem ser anuladas”.

Outro ponto levantado é a alegação de afronta ao princípio da separação de poderes. Segundo os advogados, atos praticados pelo Supremo “usurpam competência legislativa exclusiva do Congresso Nacional” e violam cláusulas pétreas do pacto federativo.

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Geral

A um voto de condenar Bolsonaro, STF retoma julgamento em dia decisivo

Foto: Arthur Menescal/Ton Molina/NurPhoto/Getty Images

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quarta-feira (10), às 9h, o julgamento do “núcleo crucial” da ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O placar está em 2 a 0 para condenar os réus. A sessão começará com o voto do ministro Luiz Fux.

Terceiro a se manifestar, Fux terá papel decisivo no julgamento. Seu posicionamento pode consolidar a maioria pela condenação, definindo o resultado do julgamento, ou marcar a primeira divergência em relação ao relator, ministro Alexandre de Moraes.

Na terça-feira (9), votaram Moraes e Flávio Dino. Ambos pediram a condenação de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pelos cinco crimes dos quais foram acusados: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Com exceção do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que teve a acusação de dois crimes suspensos pela Câmara. Ele teve dois votos para condenação por suposto golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada.

Moraes e Dino defenderam que Bolsonaro tinha papel de liderança na organização criminosa pelo golpe e, por isso, deverá ter pena maior.

Flávio Dino, porém, já sinalizou que considera uma pena menor em relação aos ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno e a Ramagem, ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Para o ministro, eles tiveram uma participação de “menor importância” no plano de golpe e defendeu que isso seja considerado quando se for discutir a dosimetria.

Divergência de Fux

Durante a sessão de terça, Fux sinalizou em mais de uma oportunidade que discordará de Moraes em alguns temas.

Após apenas sete minutos de fala do relator, Luiz Fux interrompeu Moraes.

O ministro estava prestes a iniciar a análise das preliminares apresentadas pelas defesas quando Fux pediu a palavra, afirmando que “voltaria a elas” no momento de seu voto.

“Desde o recebimento da denúncia, por uma questão de coerência, eu sempre ressalvei e fui vencido nessas disposições”, disse.

Na sequência, Moraes lembrou que várias das preliminares levantadas já tinham sido rejeitadas por unanimidade na ocasião, inclusive com o voto de Fux — exceto a que trata da competência da Primeira Turma.

É esse ponto da divergência que Fux deve reiterar. Para o ministro, a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado deveria estar sendo julgada pelo plenário, com o quórum completo do STF, e não pela Turma, que é um colegiado menor.

Fux também já havia mencionado, na votação de recebimento da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), que avaliaria em momento oportuno a validade da delação do tenente-coronel Mauro Cid. Ele disse ver com “reserva” a quantidade de depoimentos prestados pelo delator.

Em voto, Moraes defendeu a validade da deleção e a análise de uma redução dos benefícios acordados, como foi proposto pela PGR.

De acordo com o relator, omissões na delação de Cid não necessariamente devem gerar a nulidade das informações e provas colhidas nos depoimentos.

Moraes disse ainda que criticar o número de depoimentos feitos pelo delator “beira a litigância de má-fé”. O ministro defendeu que os oito depoimentos de Cid trataram de assuntos diferentes e não são contraditórios entre si.

Em outro momento, em meio ao voto de Moraes, Fux repreendeu uma interrupção de Flávio Dino a Moraes, ressaltou que os ministros tinham combinado de não descontinuar o voto um do outro.

“Embora foi muito própria essa intervenção do ministro Flavio Dino, eu gostaria de cumprir aquilo que nós combinamos no momento em que eu votar. […] O voto é muito extenso e a gente perde o fio da meada, principalmente quando eventualmente se apresentar uma discordância”, afirmou o ministro.

Conforme apurou a CNN, Fux não deve divergir quanto à condenação da maioria dos réus, mas sim quanto a questões preliminares suscitadas pelas defesas e à dosimetria das penas.

CNN

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Geral

Mais de 94 milhões de brasileiros são dependentes de programas sociais, quase metade da população

Foto: Reprodução

Mais de 94 milhões de brasileiros, o equivalente a 44% da população, dependem de algum tipo de programa social do Governo Federal. O número é comparável à população total do Egito, revelando a dimensão da política de assistência no país.

Grande parte desses beneficiários está registrada no Cadastro Único (CadÚnico), sistema que garante acesso a mais de 40 programas sociais. Entre eles, o destaque é o Bolsa Família, que concentra 57% dos 94 milhões de dependentes.

O custo da rede de proteção social é expressivo: chega a R$ 500 bilhões por ano, valor equivalente a meio trilhão de reais.

Emprego formal e vulnerabilidade

Apesar da dependência, os dados do governo apontam sinais de inclusão produtiva. Entre janeiro e julho, o país criou 1,49 milhão de empregos formais, sendo que 77% dessas vagas foram preenchidas por inscritos no CadÚnico.

No entanto, especialistas avaliam que a forte presença de beneficiários entre os novos empregados também reflete a fragilidade da renda e a dificuldade de romper o ciclo de vulnerabilidade econômica.

Pobreza no Brasil

Em dois anos, o número de famílias em situação de pobreza no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) caiu 25%.

Eram 26,1 milhões de domicílios nesta situação em maio de 2023 e 19,56 milhões em julho de 2025. Isso significa que 6,55 milhões de famílias aumentaram o patamar de renda acima de R$ 218 mensais por pessoa.

Se for considerado o número de indivíduos, isso significa que 14,17 milhões de pessoas passaram a viver com renda maior.

Os dados foram revelados pelo Monitora MDS, ferramenta do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) que oferece informações, objetivos, metas e resultados alcançados das políticas públicas sociais.

“A renda é um componente fundamental para as pessoas terem acesso aos alimentos e o resultado é que, combinando desenvolvimento econômico e social, tiramos o Brasil do Mapa da Fome e as pessoas estão saindo da pobreza, seja pelo trabalho ou pelo empreendedorismo”, afirmou o ministro Wellington Dias (MDS).

Estudo conduzido pela Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad) do MDS revelou ainda um aumento de renda no recorte superior ao da situação de pobreza.

Para o secretário da Sagicad, Rafael Osório, isso reflete avanços dos programas sociais, a melhora no mercado de trabalho e o processo de qualificação do CadÚnico, que incorporou automaticamente dados sobre renda formal dos trabalhadores.

“Com a integração das informações com outras bases de dados, reduzimos a dependência da autodeclaração. Este avanço diminui o esforço das famílias, alivia a carga sobre os municípios na atualização cadastral e qualifica as informações usadas pelos programas sociais, o que contribui para focalizar as políticas públicas”, explicou Osório.

Terra

Opinião dos leitores

  1. Isso é uma vergonha, e esse canalha desse LULADRAO enquanto não conseguir manter todo mundo com suas bolsas esmola, não sossega. Petista é igual a história do camarada que pegava uma galinha, batia nela e depois arrancava suas penas, soltava e ela corria pra longe, em seguida ele jogava milho(bolsa) aí vinham todas correndo a batendo as asas felizes. A quadrilha de PTralhas, faz a mesma coisa com seus burros domesticados. Nosso Stalin (LULADRAO), agradece a sua ignorância.

  2. É a politica da extrema esquerda, dá o peixe mais não dá a vara e ensina a pescar. Eles ao invés de gerar emprego e renda, geram a eterna dependência objetivando manter um rígido controle da sociedade.

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Geral

Conselheiro de Trump chama Moraes de “gângster de 3ª categoria”

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles e Reprodução/ Jason Miller

O conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Jason Miller, voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta terça-feira (9/9). O comentário foi publicado na rede social X, logo após Moraes votar pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no julgamento da chamada trama golpista.

“@STF_oficial @AlexandredeMoraes está mostrando por que ELE – e ninguém mais – é a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental. Moraes é um gangster de terceira categoria determinado a usar a guerra jurídica política para manter o Presidente @jairbolsonaro fora das urnas”, escreveu Miller, usando a hashtag #LibertemBolsonaro.

Foto: Reprodução

A mensagem foi publicada em resposta a um post do deputado Gustavo Gayer (PL), que escreveu: “Sabe aquela reunião na qual Bolsonaro falou que não queria ver o Brasil virando uma ditadura? Então… Moraes diz que Bolsonaro estava ali planejando tornar o Brasil uma ditadura. SOMOS TODOS BOLSONARO”.

No mesmo dia, Miller já havia voltado às redes sociais para questionar o julgamento da suposta trama golpista, classificando-o como um “SISTEMA MANIPULADO!!!”.

Voto de Moraes

Nesta terça-feira, o relator do caso, Moraes votou pela condenação de Bolsonaro e de outros sete réus apontados pela Procuradoria-Geral da República como integrantes do núcleo central da suposta tentativa de golpe. Em mais de cinco horas de leitura, o ministro descreveu, com documentos e organogramas, o papel do ex-presidente como líder da organização criminosa.

“Esse julgamento não discute se houve ou não tentativa de golpe (…). O que se discute é a autoria. Não há nenhuma dúvida nessas condenações de que houve tentativa de golpe, que houve organização criminosa”, afirmou.

Escalada de críticas

As declarações de Miller fazem parte de uma série de ataques de integrantes ligados ao governo Trump contra Moraes. Nessa segunda-feira (8/9), um dia depois do feriado da Independência do Brasil, Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado, também criticou o ministro.

Em rede social, Beattie escreveu: “Foi um lembrete do nosso compromisso de apoiar o povo brasileiro (…). Em nome do ministro Alexandre de Moraes e dos indivíduos cujos abusos de autoridade minaram essas liberdades fundamentais, continuaremos a tomar as medidas cabíveis”.

Dias antes, Beattie se reuniu em Washington com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Paulo Figueiredo e Ricardo Pita, conselheiro sênior para o Hemisfério Ocidental. Segundo relatos, o encontro abordou o projeto de anistia a Bolsonaro no Congresso Nacional.

Miller, por sua vez, já havia chamado Moraes de “ditador” e usado a expressão “sistema manipulado” para se referir ao julgamento no STF. No início do mês, ele chegou a dizer que os EUA “não negociam com terroristas” em resposta a falas do magistrado sobre soberania nacional.

Metrópoles

Opinião dos leitores

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Geral

VÍDEO: Advogado e vereador são atacados em evento sobre julgamento de Bolsonaro na UFPR

Vídeo: Reprodução/Jovem Pan News

Um episódio de violência marcou uma palestra promovida pelo Curso de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR) nesta terça-feira (09). O evento, que tinha como tema questões constitucionais ligadas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), terminou em confronto dentro da instituição.

Durante a atividade, o advogado criminalista Jeffrey Chiquini e o vereador Guilherme Kilter, convidado por sua formação em Relações Internacionais, foram cercados e hostilizados. Chiquini sofreu tapas e chutes, enquanto Kilter também foi agredido e precisou de proteção imediata.

A situação se agravou e a Polícia Militar foi acionada. Para conter os agressores e garantir a segurança dos palestrantes, os policiais utilizaram bombas de gás lacrimogêneo dentro da universidade.

Jovem Pan News

Opinião dos leitores

  1. É esse povo que diz defender a democracia? Só atuam em gangs. Sozinhos são umas mocinhas.

  2. A “república do Paraná” é referência até em terceirização do porto de Paranaguá para o PCC.

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Economia

Pix acumula mais de R$ 1,5 bilhão em devoluções por fraude, golpes ou erros em 4 anos

Foto: DANIEL CYMBALISTA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O Pix acumula mais de R$ 1,5 bilhão em devoluções de valores por fraudes, golpes, erros ou coerção nos últimos quatro anos. A restituição é feita por meio do MED (Mecanismo Especial de Devolução), sistema de segurança criado em 2021.

Segundo o Banco Central, só neste ano, o valor devolvido nos primeiros sete meses já atinge R$ 377,4 milhões, sem considerar as eventuais devoluções parciais. No ano passado inteiro, foram restituídos R$ 561,5 milhões.

Valores devolvidos por ano

  • 2021 (novembro e dezembro): R$ 3.898.646,65
  • 2022: R$ 191.164.322,82
  • 2023: R$ 389.139.322,39
  • 2024: R$ 561.513.623,72
  • 2025 (até julho): R$ 377.427.374,88

Bloqueio e devolução

Para aumentar as chances de bloqueio e devolução, o cliente deve acionar o banco imediatamente após perceber fraude, golpe ou duplicidade de transação.

Atualmente, a notificação de fraude feita pelo cliente no aplicativo ou nos canais oficiais dos bancos permite o bloqueio de valores apenas na primeira conta recebedora do recurso.

O problema é que os fraudadores, normalmente, conseguem retirar rapidamente os recursos dessa conta e transferi-los para outras contas.

Assim, quando o cliente faz a reclamação é comum que essa conta já não tenha fundos para viabilizar a devolução.

Mudança

Por isso, o BC anunciou mudanças no sistema. A partir de 1º de outubro, a contestação de transações fraudulentas será feita diretamente no aplicativo dos bancos, sem a necessidade de interação humana.

Além disso, a partir de 23 de novembro, de forma facultativa, o mecanismo passará a rastrear o caminho dos recursos e compartilhar as informações com as instituições financeiras envolvidas.

Isso permitirá bloquear valores em contas de destino intermediárias e a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação.

Essa funcionalidade será obrigatória a partir de 2 de fevereiro de 2026.

R7

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Geral

Zambelli fará perguntas a hacker sobre invasão ao sistema do CNJ

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, confirmou à CNN que a parlamentar participará de uma oitiva com o hacker Walter Delgatti na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (10).

Inicialmente, apenas Delgatti seria ouvido, mas o advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, solicitou autorização para que ela também participe.

O hacker foi condenado junto com a deputada pela invasão do sistema do CNJ. Na próxima semana, Zambelli será ouvida separadamente, também por videoconferência.

A deputada já apresentou à Comissão sua defesa escrita e um pedido de acareação com Walter Delgatti, que acabou sendo indeferido.

Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF a dez anos de prisão pelo envolvimento na invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A decisão, que também determina a perda do mandato, transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou à CCJ a decisão do STF que determina a perda do mandato parlamentar de Zambelli.

A deputada está fora do país desde o fim de maio, quando anunciou ter deixado o Brasil após a condenação pelo Supremo.

Depois de quase dois meses foragida, ela foi presa em 29 de julho e atualmente está detida na prisão Rebibbia, em Roma, capital da Itália.

CNN – Tainá Falcão

Opinião dos leitores

  1. Essa é aquela deputada que bradou aos quatro ventos que nunca seria presa aqui na Itália? …..só que não…..o comportamento de nossos “políticos” Brasileiros são vergonhoso aqui, por muito menos a justiça age….fica a dica

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Geral

Governo Lula condena ameaça militar e econômica dos EUA contra Brasil

Foto: EVARISTO SA e ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

O Itamaraty condenou na noite desta terça-feira, 9, a ameaça feita pelo governo dos Estados Unidos de utilizar sanções econômicas ou o poderio militar contra o Brasil.

“O governo brasileiro condena o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia”, diz a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.

Segundo o Itamaraty, o primeiro passo para proteger a liberdade de expressão “é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas”. “É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania”, continua a nota.

A pasta repudiou ainda a “tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais“.

Nesta terça-feira, 9, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em resposta a um jornalista que questionou sobre a possibilidade de novas sanções ao Brasil por conta do julgamento de Bolsonaro, respondeu: “Eu não tenho nenhuma ação adicional para antecipar para vocês hoje, mas posso dizer que isso é uma prioridade para a administração e o presidente não tem medo de usar o poder econômico, o poder militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”.

A declaração ocorreu no mesmo dia da retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe. Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação do ex-presidente e dos outros sete réus que formam o núcleo crucial da trama golpista.

Em seu voto, Dino rechaçou qualquer possibilidade da pressão americana interferir na decisão do STF. “Será que as pessoas acreditam que um tuíte de uma autoridade de um governo estrangeiro vai mudar um julgamento no Supremo? Um cartão de crédito, ou Mickey, vão mudar o julgamento no Supremo?”, questionou.

Na segunda-feira, 8, o subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, já havia dito que o governo americano continuará tomando “as medidas cabíveis” contra abusos de autoridade que prejudicam as liberdades fundamentais.

A ação penal contra Bolsonaro tem sido utilizada pelo governo Trump para impor uma série de sanções ao Brasil e a autoridades brasileiras. O filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), e o influenciador Paulo Figueiredo, mantêm contato constante com autoridades americanas para articular sanções aos ministros do STF.

Desde julho, o governo americano impôs tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, utilizou a Lei Magnitsky para sancionar Moraes e revogou os vistos dele e de outros sete integrantes do STF, além do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Lula o mentiroso contumaz, no Brasil, não existe mais democracia, o que existe é a ditadura do judiciário e, às urnas, sim, respeitamos a decisão das urnas, o que não aceitamos, é a manipulação na totalização do votos.
    Brasil acima de tudo,
    Deus acima de todos.

  2. Um sonho de um brasileiro ver esses juízes do STF sofrerem juntamente com Lula, e também os covardes dos presidentes do senador e da Câmara. Pois o povo clamam por ajuda e eles nem ai .

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Esporte

Brasil perde para Bolívia e termina em quinto lugar nas Eliminatórias, pior posição da história

Foto: Buda Mendes/Getty Images

Na partida realizada em El Alto, o Brasil foi superado pela Bolívia por 1 a 0, nesta terça-feira (9), em jogo válido pela 18ª rodada das Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026.

Com o resultado, a Seleção Brasileira terminou na quinta colocação geral, sua pior posição na história da competição. Ao todo, a equipe finalizou com 28 pontos, em uma campanha de oito vitórias, quatro empates e seis derrotas.

A posição final dos brasileiros nas Eliminatórias para a Copa de 2026 superou o resultado do ciclo de 2002. Na ocasião, o país acabou em terceiro lugar, com 30 pontos. Assim como no atual torneio, o Brasil também sofreu seis derrotas na época, para Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai e Uruguai.

Além disso, a campanha da equipe comandada pelo técnico Carlo Ancelotti ficou marcada pelo primeiro revés da Seleção Brasileira como mandante em toda a história. Em novembro de 2023, no Maracanã, o time foi superado pela Argentina por 1 a 0.

Vaga na repescagem no antigo regulamento

Nas edições passadas da Copa do Mundo, quando a competição tinha 32 seleções, as Eliminatórias da América do Sul classificava quatro equipes diretamente ao evento.

O quinto colocado, por sua vez, garantia vaga na fase de repescagem intercontinental, onde precisaria enfrentar times de outros continentes por um lugar no Mundial.

Campanha do Brasil nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026

  • 18 partidas
  • oito vitórias
  • quatro empates
  • seis derrotas
  • 24 gols marcados
  • 17 gols sofridos

Derrotas da Seleção Brasileira na atual Eliminatórias

  • Uruguai 2×0 Brasil – 17/10/2023 – Estádio Centenario, em Montevidéu
  • Colômbia 2×1 Brasil – 16/11/2023 – Estádio Roberto Melendez, em Barranquilla
  • Brasil 0x1 Argentina – 21/11/2023 – Maracanã, no Rio de Janeiro
  • Paraguai 1×0 Brasil – 10/09/2024 – Estádio Defensores del Chaco, em Assunção
  • Argentina 4×1 Brasil – 25/03/2025 – Estádio Mâs Monumental, em Buenos Aires
  • Bolívia 1×0 Brasil – 09/09/2025 – Estádio El Alto, em El Alto

CNN

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