Política

Flávio Bolsonaro questiona áudio, nega influência e destaca falta de contato “há quase um ano” com ex-assessor; defesa de Queiroz diz que indicação “não constitui qualquer ilícito”

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Em uma conversa por áudio, Fabrício Queiroz, ex-policial militar e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, traz orientações sobre indicações políticas para cargos comissionados no Congresso Nacional e fala em uma “fila” no gabinete do hoje senador.

A reportagem foi publicada no site do Jornal O Globo desta quinta-feira (23). O jornal afirma que o áudio é parte de uma conversa travada em junho deste ano – oito meses depois de Queiroz ter sido exonerado por Flávio – a um interlocutor não identificado.

No áudio obtido pelo Globo, Queiroz demonstra conhecer o funcionamento do gabinete do senador e sugere que o interlocutor poderia procurar parlamentares que frequentam o local para tratar de nomeações.

Nota de Flávio Bolsonaro

A assessoria do senador divulgou uma nota em que questiona a autenticidade do áudio.

“O senador Flávio Bolsonaro não mantém qualquer contato com Fabrício Queiroz há quase um ano. O áudio comprova que seu ex-assessor não possui qualquer influência junto ao gabinete do senador, tanto que sugere ao suposto interlocutor buscar outros caminhos para ter acesso a cargos”, disse.

“Se é que a voz no áudio é de Queiroz, estaria usando o nome do senador sem sua autorização e promete algo impossível, que jamais poderia entregar”, emendou.

“Quem sugere a existência de vínculos ou influência sobre o gabinete do senador está mentindo”, completou.

Nota de Fabrício Queiroz

Por nota, a defesa de Fabrício Queiroz declarou que “vê com naturalidade o fato dele ser uma pessoa que ainda detenha algum capital político, uma vez que nunca cometeu qualquer crime, tendo contribuído de forma significativa na campanha de diversos políticos no Estado do Rio de Janeiro”.

Desse modo, “a indicação de eventuais assessores não constitui qualquer ilícito ou algo imoral, já que, repita -se, Fabrício Queiroz jamais cometeu qualquer ato criminoso”.

G1

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Tecnologia

Tuiteiros confiam mais em indicações de amigos do que em publicidade nas redes socias

A “geração social”, composta por consumidores de 12 a 30 anos de idade, exige bem mais das marcas do que a publicidade tradicional se acostumou a oferecer. Altamente conectado, esse grupo rejeita produtos que interrompam seu momento de entretenimento. Por isso, a ordem é se aproximar do consumidor e associar uma marca a um serviço útil para um determinado nicho de clientes.

A medida do sucesso de uma campanha voltada para essa audiência é a quantidade de recomendações obtidas nas redes sociais. Um estudo apresentado pela empresa Go Viral no Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade, evento que tem o o Grupo Estado, que publica o Jornal da Tarde, como representante oficial no Brasil, mostra que a chamada “geração social” concentra hoje 50% do poder de compra dos Estados Unidos.

A tendência é que esse domínio aumente, já que os consumidores que agora chegam à adolescência têm o mesmo padrão de comportamento. “Esse público gasta mais tempo na internet do que em frente à TV. Na verdade, a televisão não entra sequer em suas dez principais atividades”, explica René Rechtman, presidente da Go Viral, que faz parte do grupo de internet AOL.

Essa “publicidade de serviço” não precisa necessariamente chegar ao consumidor diretamente – na maioria das vezes, chegará via Facebook ou Twitter. “Acabou a era de agradar ao indivíduo. O importante é falar com o grupo, com as pessoas em quem ele confia”, diz Rechtman. Hoje, no entanto, a maior parte do trabalho feito na internet ainda adapta o que era feito na TV e na mídia impressa. “Só 20% do gasto com mídia online tem algum tipo de conteúdo. O restante é estático, justamente o que o consumidor não quer.”

Para buscar interação com o consumidor, as marcas precisam criar campanhas a partir de temas. A Nike criou um bracelete que conta as calorias queimadas ao longo do dia – o objetivo da campanha era incentivar a prática de exercícios físicos, o que indiretamente ajuda em seu negócio. Já a Starbucks criou um aplicativo para smartphones a partir do qual seus clientes podem pedir um café antes de chegar à loja, recebem informações sobre as calorias e podem conversar com outras pessoas que gostam da mesma bebida.

Uma pesquisa da Nielsen, divulgada em abril no Brasil, mostra que o caminho da busca de proximidade nas redes sociais estar correto. Os meios mais confiáveis apontados por consumidores para basear uma compra foram: recomendações de pessoas conhecidas (90%) e opiniões de consumidores postadas online (70%). No entanto, entre os anúncios tradicionais, os de televisão foram citados por 64%, enquanto os banners veiculados em site de internet só foram citados por 33%.

As agências brasileiras já se concentram na tarefa de inovar em termos de veiculação – a campanha passa a ser hospedada em um ambiente criado pela própria marca, como um site corporativo ou uma página no Facebook -, mas o País está atrasado neste movimento. Um dos motivos, segundo publicitários, é a grande influência que a TV aberta ainda exerce no consumidor brasileiro.

“O anunciante quer saber os resultados. E a mídia tradicional tem essas métricas bem definidas de quanto um investimento em publicidade vai impactar no resultado”, explica Patrícia Marinho, vice-presidente de atendimento da Giovani+DraftFcb.

No entanto, quando o cliente concorda em fazer uma aposta ousada, é possível casar um conteúdo de interesse geral como uma marca. O sócio da agência digital iThink, Marcelo Tripoli, cita um trabalho que a empresa fez para o banco Santander. Ao identificar entre os gerentes de agências a carência de informação entre pequenos empreendedores, a instituição autorizou a produção de um reality show chamado Conexões de Ideias. Foram escolhidos três empresários, que receberam dicas para melhorar seus projetos.

Os vídeos, de 5 a 10 minutos de duração, foram postados no YouTube, no Facebook, no Twitter, num site criado pelo banco e também em associação com portais informativos de internet, como Terra e MSN. Com a estratégia, Tripoli diz ter atingido cerca de 150 mil pessoas. “Qualquer um pode contar sua história hoje nas redes sociais. O que nós fizemos neste caso foi uma curadoria de conteúdo. Adaptamos e produzimos para atingir um público maior.”

Efetividade
Para a executiva da Giovani+DraftFcb, os resultados na internet ainda palidecem em relação à mídia tradicional. Ela lembra que um filme de 30 segundos, veiculado na novela das nove da Rede Globo, vai atingir mais de 3 milhões de pessoas só em São Paulo.

A internet, no entanto, precisa ser usada para mostrar que uma companhia está interessada em associar seu nome a estratégias inovadoras. O mundo ideal, segundo Patricia Marinho, seria a empresa gastar pelo menos 30% de sua verba em apostas que não estão voltadas diretamente para a sobrevivência do dia a dia do negócio. “Uma parte deste dinheiro teria de ir para as iniciativas digitais e outra para ações realmente inovadoras, para modificar a imagem que o consumidor tem de uma marca ou produto.”

Fonte: Jornal da Tarde

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Jornalismo

Continua a dança das cadeiras na FIERN

O presidente da Federação das Indústrias (Fiern), Amaro Sales, anunciou nesta sexta-feira (13), durante reunião da Diretoria, na Casa da Indústria o nome do engenheiro químico e professor da UFRN Afonso Avelino Dantas como novo diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no Rio Grande do Norte, em substituição a Rodrigo Mello.

A dança das cadeiras na FIERN continua com anúncio de um novo diretor para o Senai.

Lembrando que Rodrigo era indicação do ex-presidente Flávio Azevedo.

 

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Polícia

Henrique Alves é o campeão em indicações para cargos de confiança no Governo Federal

Época

Desde meados dos anos 1990, fala-se em Brasília de uma lista elaborada pelo Palácio do Planalto na qual seriam compiladas as indicações políticas para cargos públicos. Os rumores atravessaram os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva sem que a existência desse documento tivesse sido comprovada ou mesmo admitida oficialmente. A reprodução exibida na página ao lado encerra a questão. A cópia da listagem é recente. Ao obtê-la, a reportagem de ÉPOCA se comprometeu a não revelar a data em que ela foi impressa, o que poderia ajudar a identificar a fonte da informação.

A relação é restrita a não mais que uma dezena de funcionários da Presidência da República. Elaborada na Secretaria das Relações Institucionais, da ministra Ideli Salvati, ela só é conhecida pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e por um número muito seleto de seus assessores. A autenticidade do documento foi comprovada por integrantes do alto escalão do Planalto. Procurada por ÉPOCA, a secretaria afirmou desconhecer a existência da lista. Informou apenas que “recebe, sim, pleitos de aliados, indicações e sugestões”. “É natural que a base aliada, alicerce de sustentação do governo, pleiteie de forma legítima a divisão de espaços de comando na esfera federal”, afirmou em comunicado por escrito.

A lista é guardada como um segredo de Estado por revelar um retrato acabado da fisiologia brasileira. Nela, está expresso o apetite por cargos de cada partido, grupo e cacique da coalizão governista. Mais: o documento mostra a quem e como o Planalto deu postos. O documento enumera 229 candidatos a 318 cargos na administração federal. A discrepância de números se deve a duas razões: há casos em que um pretendente almeja mais de uma vaga e há postos reservados a um grupo político que ainda não apontou seu preferido. A listagem abrange uma pequena, mas representativa, amostra dos 24 mil cargos federais disputados com sofreguidão por políticos. Juntos, os postos da listagem movimentam mais de R$ 500 bilhões.

Nas 29 páginas da listagem, desfilam indicados anônimos e políticos famosos, como o ex-governador de Mato Grosso do Sul Zeca do PT, postulante a uma diretoria da hidrelétrica de Itaipu, ou o da Paraíba José Maranhão, mencionado para a vice-presidência de Loterias da Caixa Econômica Federal. Ambos ficaram desempregados depois da última eleição. Os nomes de Zeca, Maranhão e de cada um dos outros apaniguados foram inscritos na lista ao lado dos respectivos padrinhos. Por isso, o relatório serve também como um mapa do poder no governo Dilma Rousseff. Por meio dele, é possível ter uma ideia precisa de quem são os políticos mais influentes na atual gestão. Pode-se medir seu poder pela quantidade de pessoas que eles conseguiram incluir na lista ou, sobretudo, pelo número de seus afilhados efetivamente nomeados. Nos dois critérios, brilha a estrela do PT.

O partido de Dilma lidera o ranking de pedidos de emprego, 57% do total, e de postos obtidos, 48%. O PMDB do vice-presidente Michel Temer vem em um segundo lugar distante, com apenas 14% das indicações e 14% de nomeações. Em ambos os critérios, PR, PTB, PSB e PP não ultrapassam 10% do total. PRB, PCdoB e PDT ficam com, no máximo, 2% cada um. A hegemonia petista é tamanha que os organizadores da lista não consideram o partido como uma única entidade. Ao contrário, cada uma de suas facções é tratada como se fosse uma legenda à parte na coalizão governista. Construindo um Novo Brasil (CNB), a maior corrente petista, indicou sozinha 52 pessoas, oito a mais que o PMDB inteiro. O PT Nacional tentou nomear outros 23 filiados, número superior ao do PR, o terceiro colocado, com 19 nomes. Petistas envolvidos em escândalos também foram contemplados na relação.

Por ela, descobre-se que o negócio de José Dirceu, acusado de chefiar o mensalão, agora é trem. Ele patrocina a indicação de Afonso Carneiro Filho para as diretorias da Agência Nacional de Transportes Terrestres, da Companhia Brasileira de Trens Urbanos e da Valec. O currículo de Carneiro Filho, petista e funcionário do Ministério dos Transportes, foi encaminhado ao Planalto por José Augusto Valente, que se identifica como consultor privado. “Dirceu me consulta quando a questão é transportes”, diz Valente.

O documento também mostra como o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci batalha para promover seu irmão Adhemar a presidente da Eletronorte ou, no mínimo, mantê-lo como diretor dessa estatal. Conseguiu, inclusive, que o CNB reforçasse seu pleito. De acordo com a listagem, Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação Social, e Ricardo Berzoini, ex-ministro da Previdência e ex-presidente do PT, tentam enfiar no Ministério da Cultura o economista Murilo Francisco Barella. Berzoini nega ter participado da indicação, mas reconhece ter tentado nomear outra pessoa: Aristóteles dos Santos, para o Conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Santos já foi ouvidor da Anatel e, em 2006, chegou a aparecer em programas eleitorais do então presidente, Lula, candidato à reeleição.

Nenhum nome se destaca tanto na relação quanto o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Ele é de longe o campeão de indicações. Em sua conta são debitados 60% dos 44 pleitos apresentados por seu partido. “Isso acontece porque atribuíram a mim todas as indicações da bancada da Câmara do partido e ainda muitas que foram feitas pela do Senado. A verdade é que isso já demorou tanto que desistimos de lutar pela maioria desses nomes”, disse Alves, ao examinar as informações do Planalto.

(mais…)

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