Judiciário

Inclusão de Bolsonaro no polêmico inquérito das fake news está longe de ser unanimidade e divide juristas

Foto: Nelsom Jr/SCO

Controverso desde sua abertura no Supremo Tribunal Federal (STF), em março de 2019, o inquérito das fake news ganha agora um novo capítulo com a inclusão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como investigado.

A instalação e condução do procedimento, no entanto, continua longe de ser uma unanimidade e segue dividindo juristas, como os que foram ouvidos pela CNN.

A decisão de tornar Bolsonaro investigado foi proferida pelo relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, na quarta-feira (4), após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhar uma notícia-crime à Corte contra o presidente da República por propagação de notícias falsas sobre a urna eletrônica.

Sigilosa, a investigação sobre Bolsonaro tem início imediato e será baseada na live do presidente transmitida no último dia 29.

Na live, Bolsonaro fez acusações sobre a confiabilidade dos dispositivos de votação. O presidente defende o “voto impresso auditável” e diz que, sem essa mudança, não haverá eleições limpas em 2022, o que vem sendo visto por opositores como uma ameaça ao processo eleitoral. Entre as testemunhas a serem ouvidas na apuração está o ministro da Justiça, Anderson Torres.

O advogado criminal Gustavo Badaró, professor titular de Direito Processual Penal da USP, criticou a inclusão do presidente no inquérito das fake news, apuração que, para ele, “é torta desde o início”.

Uma das críticas dos juristas é que o objeto do procedimento é extremamente amplo, com uma mistura igualmente grande de pessoas com e sem foro privilegiado no mesmo inquérito.

“Não se pode deixar um inquérito aberto e, a cada vez que surgir um fato novo e agregado, ir colocando nele”, opinou Badaró, salientado que investigações dizem respeito a fatos passados e que o trâmite correto por parte do STF teria sido abrir um novo inquérito e distribuí-lo a um relator por meio de sorteio.

“Não tenho dúvidas de que o STF quer manter aberto esse inquérito das fake news como um instrumento de defesa do Supremo. Quem atacar a Corte pode ser incluído. Isso não significa que, no conteúdo e nas ações, Bolsonaro esteja certo. Ele está errado. Mas a forma de instrução da investigação também está errada. O devido processo legal deve valer para os amigos e para os inimigos”, completou o professor da USP.

Sem sorteio de relator

Caiu nas mãos de Moraes decidir se Bolsonaro deveria ser incluído como investigado nesse inquérito porque o ministro foi escolhido como relator do caso pelo então presidente do Supremo, Dias Toffoli, em 2019.

Esse é um dos vícios, apontados por Badaró e outros especialistas ouvidos pela reportagem, na abertura do inquérito. Sem sorteio do relator, fica violado o princípio do juiz natural. Moraes é tido como um ministro que transita bem entre os dois grupos divergentes dentro do Tribunal e, por isso, um nome de mais consenso interno.

Além disso, a apuração foi instaurada pelo próprio STF, sem a participação do Ministério Público Federal (MPF). A então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tentou impedir a continuidade do inquérito, por considerá-lo ilegal.

No entendimento dela, só o Ministério Público poderia abrir e conduzir uma investigação criminal. A manifestação foi descartada pelo relator. Sucessor de Dodge, Augusto Aras deu em outubro do ano passado um parecer pela continuidade do inquérito em uma ação movida pela Rede Sustentabilidade que questionava a investigação. Antes, ele havia defendido que o MPF participasse das apurações.

“Esse inquérito nasceu, de certa forma, viciado. É a primeira vez que o STF, de ofício, abre um inquérito, designa o relator, não ouve o MPF, e o inquérito prossegue. Isso foi inédito. Mas o Supremo já validou esse procedimento”, afirmou à CNN Gilson Dipp, ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Dipp refere-se à decisão do plenário do Supremo que, em junho do ano passado, por 10 votos a 1, decidiu a favor da constitucionalidade do inquérito das fake news aberto pelo próprio tribunal.

O então ministro Marco Aurélio — que se aposentou no mês passado — foi o único a votar contra e chamou a apuração de “inquérito do fim do mundo”. Embora muitos juristas, como o ex-ministro do STJ, afirmem que a investigação foi aberta de maneira controversa, eles entendem que essa não é mais uma pauta por conta da pacificação na Corte nesse julgamento.

Após a decisão de Moraes, Bolsonaro tentou suscitar a ilegalidade na instalação da investigação, dizendo que o inquérito nasceu sem qualquer embasamento jurídico.

“Ainda mais um inquérito que nasce sem qualquer embasamento jurídico, não pode começar por ele [pelo Supremo Tribunal Federal]. Ele abre, apura e pune? Sem comentário. Está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição”, disse Bolsonaro ontem, em entrevista à rádio Jovem Pan.

“Voltar atrás para dizer que o inquérito é viciado e inconstitucional é voltar a algo superado pelo próprio Supremo”, rebateu Dipp, salientando que, como a questão foi resolvida, “não há o que contestar” sobre a inclusão de Bolsonaro como investigado no inquérito.

Ao abrir o inquérito de ofício, ou seja, sem ser provocado, o STF fez uma leitura do artigo 42 do Regimento Interno, segundo o qual “ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do tribunal, o presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição, ou delegará esta atribuição a outro ministro”.

À época, Toffoli alegou que, ainda que os crimes não tenham sido praticados dentro das instalações do Supremo, os ministros – que seriam as vítimas — “são o tribunal”. Esse foi outro ponto de críticas entre os juristas.

“O Judiciário está investigando, o que não é função dele, acusando, julgando e também fazendo papel de vítima. O ministro Alexandre de Moraes teria sido vítima. Ofendido ou não, ele não poderia comandar um inquérito dessa natureza. Esse acúmulo de funções afronta a Constituição federal”, explica Vera Chemim, advogada constitucionalista e mestre em direito público administrativo pela FGV.

Para ela, no entanto, como o plenário do Supremo já decidiu pela constitucionalidade, a inclusão de Bolsonaro no inquérito das fake news seguiu um trâmite correto.

“A Constituição silencia se presidente da República pode ou não ser investigado. Penso que, se a Constituição silencia, em respeito ao princípio da igualdade, uma vez que a pessoa é suspeita de algum fato ilícito, ela deve ser investigada. É uma questão de respeito ao regime democrático. Todos são iguais perante a lei”, afirma a constitucionalista.

Bolsonaro x STF

Esse é o terceiro inquérito no Supremo que inclui o presidente. Na Corte, Bolsonaro já era investigado pela suposta interferência política na Polícia Federal e por prevaricação no caso da aquisição de vacinas da Covaxin.

No despacho em que torna o presidente investigado pela terceira vez, Moraes lista que as condutas noticiadas configuram, em tese, crimes como calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime, associação criminosa e denunciação caluniosa, além de possíveis delitos previstos na Lei de Segurança Nacional e no Código Eleitoral.

“O Judiciário e o MP adotarem medidas de combate à desinformação é algo muito importante no contexto atual para a preservação da democracia”, analisa Rodrigo Brandão, professor de Direito Constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), afirmando que, antes de encaminhar a notícia-crime ao STF, o “TSE agiu bem” ao primeiro intimar Bolsonaro a mostrar as provas das fraudes que ele diz haver. O presidente não apresentou nenhuma comprovação.

Para Brandão, as suspeitas relatadas pelo TSE têm conexão com o objeto do inquérito das fake news, o que justifica a inclusão de Bolsonaro na investigação. Essa é a mesma interpretação de Adib Abdouni, advogado constitucionalista e criminalista.

“As condutas atribuídas ao presidente Jair Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral, em tese, caracterizadoras de crimes capitulados na Lei de Segurança Nacional, no Código Eleitoral e no Código Penal (crimes contra a honra), guardam pertinência temática penal em relação aos fatos delituosos apurados na investigação das fake news”, disse.

Ao longo da investigação sobre a disseminação de notícias falsas, Moraes já expediu mandados de busca e apreensão contra apoiadores do presidente, como os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Silveira (PSL-RJ) e Filipe Barros (PSL-PR); os empresários Luciano Hang (fundador da Havan) e Edgard Corona (presidente da rede de academias Smart Fit); além dos blogueiros Winston Lima e Allan dos Santos, da militante Sara Giacomoni (Sara Winter), e do presidente nacional do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Próximos passos: PRG e Câmara

O trâmite do inquérito contra Bolsonaro no STF vai passar de qualquer maneira pelas mãos da Procuradoria-Geral da República e uma eventual denúncia será analisada pela Câmara, segundo explicou o advogado criminal Frederico Crissiuma de Figueiredo, mestre em Direito Processual Penal pela PUC de São Paulo.

Quando concluir a apuração e, caso encontre indícios de crime, Moraes deve encaminhar um despacho para a PGR. A partir daí, há três caminhos: arquivamento, oferecimento da denúncia ou pedido de mais diligências. “Se a PGR não oferecer denúncia, a investigação morre”, explicou o advogado.

Caso a PGR opte pelo oferecimento da denúncia, ela é enviada à Câmara dos Deputados. A ação penal só é aberta se houver aprovação de 2/3 dos deputados. Caso contrário, a denúncia fica parada até que o mandato termine, em 1º de janeiro de 2023.

Foi o que ocorreu com o ex-presidente Michel Temer que, durante sua passagem pelo Palácio do Planalto, foi denunciado pela PGR por crimes como organização criminosa e obstrução de Justiça. A Câmara, no entanto, barrou a denúncia e processo ficou parado no STF enquanto ele exercia o mandato. Quando deixou o cargo, a ação seguiu para a primeira instância.

“A decisão pode ter até contornos políticos, mas é uma decisão jurídica”, sintetizou Figueiredo sobre a atitude de Moraes de tornar Bolsonaro investigado.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Apenas uma pergunta a todos os Cristãos, religiosos e demais pessoas de bem: “Bolsonaro poderia ser indicado para receber o Prêmio Nobel da PAZ pela suas ações, atitudes e conduta?
    Será que ele professa, defende e representa o contido na Oração de São Francisco de Assis?

  2. Apurar, prender e julgar, sendo ainda a suposta vítima, é típico de ditadores pelo mundo afora.

    1. Né isso! Deixemos a família do MINTOmaníaco das rachadinhas e o centrão e militares roubarem então! Mas me diga uma coisa: o centrao só pode roubar no governo do MINTOmaníaco? Ah, agora pode pq afinal o presidente inepto acabou com a lava jato né?!

  3. Bolsonaro pode se indignar com esse inquerito, mas nao pode ameaçar a CF e nem ameaçar ministros. Quando ele faz isso, ameaça toda a naçao. Eu votei em Bolsonaro pra ele fazer o diferente mas ele nao so é igual aos outros como é pior. O presidente se parece com Hugo Chaves, alias, muito mais do que Lula. Pesquisem ai…

    1. O Presidente que só comprova o que já sabemos (fraude nas urnas) não pode ser pior do que um corrupto.

  4. Olhem a ditadura institucionalizada.
    Bolsonaro fala todos os dias em democracia e liberdade.
    O que esses caras estão fazendo é um absurdo.
    Esse cabeça de piroca, prende, julga e condena sozinho.
    O engraçado é que a esquerdalhada não da um piu.
    Cadê o palpiteiro do FHC??
    O que ele tem a dizer.
    E o papai do xandão jurista ex presidente Temer??
    Tudos escondidos, não falam absolutamente nada.
    O Brasil esta caminhando pra lascar os brasileiros na mão desses socialistas esquerdistas de merda.
    Obram o olho negada, o negócio não é brincadeira, basta olhar o que já está em curso, a arbitrariedade dessa patota, contra tudo que é decente.

  5. Luladrão e família foram flagrados com roubos, propinas, foi delatado por membros das quadrilhas, por quem pagou propina, disse até pelo que pagou e não deu nada, como fake news vai dá? Ômi tenha fé

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Brasil

Finalistas de licitação milionária dos Correios têm elo com escândalos

Os Correios vão concluir, na 1ª semana de abril, uma licitação de R$ 380 milhões para gastar por ano com publicidade. A estatal divulgou em 13 de março os nomes das 4 agências finalistas –leia a íntegra do comunicado (PDF – 6 MB) e a do edital (PDF – 6 MB). Três delas têm ligação com algum escândalo do passado envolvendo o PT.

A licitação milionária é realizada em um momento ruim para os Correios financeiramente. A empresa fechou 2024 com um rombo de R$ 3,2 bilhões –o 2º ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o pior da história para as estatais. Só em janeiro de 2025, o rombo estimado da estatal federal foi de R$ 424 milhões.

Eis os nomes das 4 agências de publicidade finalistas pela ordem de colocação na licitação dos Correios:

Das 4 citadas acima, Cálix, Filadélfia Comunicação e Puxe tiveram, em algum momento do passado, alguém ligado ou citado em um escândalo envolvendo o PT –partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O processo está na etapa de análise de recursos das agências desclassificadas. Caso algum seja aceito, o certame pode se alongar para além da 1ª semana de abril.

CÁLIX COMUNICAÇÃO
Em 1º lugar dentre as finalistas, a Cálix é uma agência de Brasília fundada em 2003. O dono é o ex-policial Marcello Oliveira Lopes, conhecido como Marcellão. Ele foi assessor do ex-governador de Brasília Agnelo Queiroz (PT) durante a gestão petista na capital federal (2011-2015).

Lopes foi demitido após ser citado pela Polícia Federal, em 2012, por suspeita de fazer parte de uma interceptação ilegal de e-mails de adversários políticos. A agência já existia na época e funcionava em paralelo à sua atuação como policial civil.

À época, ele foi apontado como colaborador de Idalberto Matias, conhecido como “Dadá”, que era associado ao grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

A Cálix, hoje, tem o contrato de publicidade com:

Ministério de Desenvolvimento Regional – R$ 55 milhões;
Banco de Brasília – R$ 46 milhões;
Ministério dos Transportes – R$ 15 milhões.
O Poder360 procurou Lopes para perguntar se ele gostaria de se manifestar a respeito da citação da PF. Em resposta, ele disse que o relatório da corporação era “falho” e que sequer foi processado.

“Houve, de fato, um grande equívoco envolvendo meu nome a partir de um relatório de inteligência falho, cujo vazamento gerou interpretações totalmente equivocadas. Reafirmo que não há qualquer processo ou acusação formal contra mim”, disse Lopes a este jornal digital.

FILADÉLFIA COMUNICAÇÃO
A Filadélfia Comunicação, que está em 2º lugar no certame, pertence a Érica Fantini Santos, enteada do advogado José Roberto Moreira de Melo, ex-sócio do publicitário Marcos Valério em uma assessoria empresarial.

Marcos Valério foi um dos principais operadores do Mensalão, que veio à tona no 1º mandato de Lula. Pessoas ligadas a políticos aliados do governo faziam indicações na estatal e pressionavam empresas terceirizadas a pagarem propina em troca de contratos.

A Filadélfia assinou, em novembro de 2024, um contrato de R$ 13,97 milhões para prestar serviços de comunicação digital ao Ministério das Comunicações durante 1 ano.

Ao Poder360, a agência disse não ter ligação com Moreira de Melo.

“A agência Filadélfia esclarece que José Roberto Moreira de Melo não possui qualquer vínculo societário com a empresa. Ele não faz parte da sociedade, não integra a gestão e não tem qualquer participação nas decisões estratégicas, operacionais ou comerciais da agência”, declarou a empresa.

Moreira de Melo foi condenado pela Justiça Federal no Rio de Janeiro por corrupção ativa e lavagem de dinheiro em um desdobramento do Mensalão. Ele recorre da decisão.

PUXE COMUNICAÇÃO
Já a Puxe Comunicação pertence a Francisco Diniz Borges Simas, filho de Cláudio Diniz Simas, condenado em 1999 por improbidade administrativa junto ao petista David Capistrano (1948-2000), ex-prefeito de Santos (SP).

Cláudio Simas, à época, era dono da agência Sempre Propaganda. Francisco Simas disse a este jornal digital que seu pai não é sócio na empresa, mas que o ajuda: “Ele me auxilia com a sua experiência, mas não é meu sócio. Essas questões ocorreram há mais de 30 anos e foram resolvidas”.

O Poder360 também procurou os Correios para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito da licitação de publicidade. A estatal disse que o certame segue as normas legais.

Nenhuma das 4 agências finalistas está entre as maiores do país, segundo ranking do Meio & Mensagem. Foram 37 participantes. Das 33 desclassificadas, 4 estão entre as maiores do país:

Propeg Comunicação Ltda;
Artplan Comunicação S.A;
Ogilvy & Mather Brasil Comunicação Ltda;
DPZ Comunicação Ltda.
PUBLICIDADE E PATROCÍNIO
Desde 2022, os Correios não têm um contrato ativo de publicidade. O ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) decidiu não renovar os acordos anteriores por entender que não havia sentido em dar publicidade a uma das empresas mais presentes no país.

Quando se trata de patrocínio, a história é outra. O infográfico a seguir mostra que os Correios passaram a gastar com esse tipo de despesa assim que Lula assumiu o Planalto:

Os Correios enfrentam uma crise financeira desde que o atual presidente, o advogado Fabiano Silva dos Santos, 47 anos, assumiu o comando da estatal.

OUTRO LADO

Eis a íntegra da resposta dos Correios:

“O processo de licitação para publicidade dos Correios segue estritamente as normas legais e os critérios estabelecidos no edital.

“Atualmente, está em fase de julgamento das propostas técnicas e análise de recursos.

“A próxima etapa é a abertura das propostas de preços, seguida da análise dos documentos de habilitação. Somente após a conclusão dessas fases, as agências vencedoras serão oficialmente definidas. 

“Os Correios são rigorosos no cumprimento da legislação e das normas de integridade. Caso sejam identificadas quaisquer irregularidades que comprometam a idoneidade de uma empresa classificada, todas as medidas cabíveis serão adotadas, incluindo desclassificação e demais sanções previstas na lei.

Eis a íntegra da resposta da Filadélfia:

“A agência Filadélfia esclarece que José Roberto Moreira de Melo não possui qualquer vínculo societário com a empresa. Ele não faz parte da sociedade, não integra a gestão e não tem qualquer participação nas decisões estratégicas, operacionais ou comerciais da agência. 

“Além disso, a Filadélfia não tem qualquer relação com figuras ligadas ao escândalo do mensalão, como Marcos Valério ou Cristiano Paz. Trata-se de uma nova empresa, com nova gestão, construída de forma independente e profissional. 

“Com uma atuação ética e transparente, a Filadélfia conquistou espaço no mercado e é hoje uma agência reconhecida e premiada, atendendo a uma sólida carteira de clientes dos setores público e privado. A consistência do trabalho desenvolvido nos últimos anos permite que a agência atue com segurança e competência em contratos de grande porte, como é o caso dos Correios.

“A trajetória da Filadélfia é resultado de um trabalho sério, responsável e comprometido com a excelência em comunicação, com entregas que reforçam a confiança de seus clientes e parceiros.

Eis a íntegra da resposta da Cálix:

“Esclareço que nunca fui processado, tampouco intimado para prestar qualquer oitiva na Polícia Federal. Houve, de fato, um grande equívoco envolvendo meu nome a partir de um relatório de inteligência falho, cujo vazamento gerou interpretações totalmente equivocadas. Reafirmo que não há qualquer processo ou acusação formal contra mim. 

Informo ainda que não possuo qualquer vínculo ou relação pessoal ou profissional com o presidente dos Correios, Sr. Fabiano Silva dos Santos. Da mesma forma, não mantenho qualquer ligação com o Partido dos Trabalhadores (PT), seja atualmente ou no passado.

Permaneço à disposição para eventuais esclarecimentos adicionais.

Atenciosamente,

Marcello de Oliveira Lopes”.

O contato com a Puxe foi feito por telefone. O dono Francisco Simas declarou que os problemas enfrentados por seu pai foram há mais de 30 anos, que segue rigorosamente a lei e que não tem relação com a atual gestão dos Correios e tampouco com o PT.

Poder 360

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Social

Caminhada Histórica convida população a reviver memórias da Ribeira neste sábado (29)

Fotos: Divulgação

A cidade de Natal se prepara para reviver parte importante de sua história neste sábado, 29 de março, com a tradicional Caminhada Histórica, um dos momentos mais esperados do Festival Histórico de Natal. A edição deste ano celebra os 123 anos do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) e traz como tema “Na Ribeira que resiste, muita história existe”, destacando a memória viva de um dos bairros mais simbólicos da capital potiguar.

A caminhada vai conduzir os participantes por ruas e monumentos da Ribeira, com paradas para intervenções culturais promovidas por historiadores, artistas e pesquisadores, proporcionando uma imersão na história local. O trajeto une conhecimento, arte e afeto, fortalecendo o sentimento de pertencimento e a valorização do patrimônio potiguar.

A programação integra uma série de atividades promovidas pelo Festival Histórico de Natal, que tem se destacado como uma grande celebração da cultura e memória da cidade. Um dos pontos altos foi o Prêmio de Jornalismo “Natal Sem Igual”, entregue durante o coquetel de lançamento do festival, no Sesi Solar Bela Vista, em fevereiro, reconhecendo reportagens que mergulharam no tema da Ribeira e sua resistência histórica.

Também estão em curso concursos culturais que reforçam o compromisso do projeto com o engajamento da população. Durante a caminhada, acontece o Concurso de Fotografia, com o tema “Um olhar sobre o tempo, do ontem ao hoje!”. Ainda no dia do evento, o público poderá visitar a exposição com registros marcantes das seis edições anteriores do Concurso de Fotografia de Natal, no Instituto Histórico e Geográfico do RN (IHGRN). A mostra convida os visitantes a revisitar a cidade sob diferentes olhares que eternizaram a história potiguar.

O Concurso de Música de Natal, com inscrições encerradas em janeiro, e o Concurso de Redação de Natal, que será lançado em breve, completam a programação, promovendo novas formas de conexão com a história local.

Para participar da Caminhada Histórica, não é mais necessário inscrição prévia, pois os kits, que estavam disponíveis mediante troca de alimentos nas lojas Nordestão, já estão esgotados. No entanto, a participação no evento segue aberta a todos os interessados — basta chegar ao ponto de partida, retirar sua revista e aproveitar essa imersão cultural pelo centro histórico de Natal. Importante: caso haja desistência de participantes que resgataram o voucher do kit antecipadamente e não compareçam, algumas camisas poderão ser redistribuídas no local.

Mais informações e atualizações estão disponíveis nos perfis oficiais do evento: @festivalhistorico e @vivapromocoes.

O Festival Histórico de Natal e seus concursos culturais são realizados pela Viva Entretenimento com patrocínio da Prefeitura de Natal via Lei Djalma Maranhão, incentivado por Unimed Natal, Holiday Natal, Colégio Cei e Plano Urbanismo, além do apoio do Governo do Estado do RN, por meio da Lei Câmara Cascudo, da Secretaria de Cultura do RN e da Fundação José Augusto, com incentivo de Nordestão, Sadio Alimentos e Riograndense Distribuidora. A ação conta ainda com o apoio do Instituto Histórico e Geográfico do RN, Tribuna do Norte e Jovem Pan News Natal.

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Cidades

VÍDEO: Moradores protestam contra péssimas condições da RN-002

Vídeo: Reprodução

A RN-002, rodovia fundamental para a conexão entre Senador Georgino Avelino, Arês e Nísia Floresta, voltou a ser cenário de protestos devido à sua precária infraestrutura. Na manhã de hoje, moradores interditaram um trecho da estrada e incendiaram pneus como forma de chamar a atenção das autoridades para o abandono da via e a falta de manutenção.

O protesto reflete o crescente desespero da população diante da situação crítica da rodovia, que apresenta buracos, falta de sinalização e pavimentação irregular. Segundo os manifestantes, as condições da RN-002 representam um risco iminente para motoristas e pedestres, além de prejudicar o escoamento da produção local e o acesso a serviços essenciais.

Essa não é a primeira vez que moradores das três cidades se mobilizam para reivindicar melhorias na estrada. Sem respostas concretas do poder público, os protestos têm se tornado frequentes, evidenciando a insatisfação da população.

Embora a manifestação tenha causado transtornos momentâneos para quem trafegava pela região, os moradores afirmam que o objetivo é pressionar os órgãos responsáveis a tomarem providências urgentes. Até o momento, não houve nenhum posicionamento oficial sobre o caso, mas a comunidade já alerta para a possibilidade de novos protestos caso as melhorias na rodovia continuem sendo negligenciadas.

Acontece RN

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Polícia

VÍDEO: Criminosos tentam assaltar população em fila na Zona Norte e provocam tumulto

O cenário foi de correria e tumulto no Ginásio Nélio Dias, Zona Norte de Natal, na madrugada desta quinta-feira (27).

Segundo relatos em vídeos enviados nas redes sociais, as pessoas que esperavam em fila do lado de fora do ginásio para para um mutirão de registros no Cadastro Único foram surpreendidas por assaltantes e tiveram que se abrigar dentro do Nélio Dias para fugir.

Confira o vídeo:

 

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Novo Notícias

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Política

“Se não for o Jair, vai ser o Messias”, diz Bolsonaro sobre eleição em 2026

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta quarta-feira (26), que exista outra opção para concorrer à Presidência da República em 2026.

“Se não for o Jair vai ser o Messias. Quer um terceiro nome? Bolsonaro”, respondeu o ex-mandatário ao ser questionado por jornalistas em Brasília.

Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (STF), que é questionada por ele. O ex-presidente foi condenado duas vezes por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições gerais de 2022, quando concorreu à reeleição.

O ex-chefe do Executivo, contudo, continua referindo a si mesmo como candidato para o pleito de 2026.

Ao participar de um podcast na segunda-feira (24) ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente voltou a mencionar o assunto, dizendo que só “passaria o bastão” depois de morto.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Voto em quem Jair Bolsonaro indicar, pode ser Tarcísio de Freitas, Michele Bolsonaro ou outro indicado por ele.

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Esporte

PM rejeita Frasqueirão para final do Estadual e ABC ameaça não jogar

Foto: Renne Carvalho

As autoridades responsáveis pela Segurança no Rio Grande do Norte enviaram um documento oficial à Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) solicitando que a Arena das Dunas seja o palco da final do Campeonato Potiguar. Os comandantes da Polícia apontam riscos elevados de confrontos no Frasqueirão e defendem a mudança de local. Contudo, a decisão depende de consenso entre os clubes e a Federação. O tema será discutido em uma reunião de urgência nesta quinta-feira (27), às 15h, na sede da entidade, com a participação do Ministério Público, da Polícia Militar e dos representantes de ABC e América.

Antes de qualquer justificativa por parte das autoridades locais, o presidente do ABC, Eduardo Machado, antecipou que, caso ocorra alteração no mando de campo, o clube se recusará a disputar a partida e abandonará o campeonato. “Estou perplexo. Não há justificativa plausível para essa mudança. O Frasqueirão possui todos os laudos necessários, incluindo os emitidos pela própria polícia. O estádio está em condições plenas de receber o jogo. Em reuniões recentes, isso nem foi cogitado. Três dias antes da final, isso gera insegurança jurídica e afasta o torcedor. Qual a mensagem que a polícia passa? ‘Não recomendamos o jogo aqui’? Se o estádio tem laudo, por que proibir?”, destacou o dirigente.

Demonstrando indignação com a posição da Polícia Militar, Machado afirmou que, até então, havia acatado todas as proposições feitas pelos oficiais nas reuniões sobre segurança e organização dos dois clássicos decisivos, mas acredita que essa última medida é um absurdo. “É uma bagunça sem precedentes. A polícia já reduziu a capacidade da Arena das Dunas em jogos anteriores e agora fez o mesmo no Frasqueirão. O recado é: ‘Vá ao estádio por sua conta e risco’. Isso é irresponsável. Se o local é inseguro, por que emitir laudos? Tradição não pode ser ignorada: o Frasqueirão é a casa do ABC”, frisou.

O dirigente reforçou aquela que parece ser uma posição definitiva: “O ABC não jogará se o jogo for transferido. Seria o primeiro W.O. da história do Campeonato Potiguar. Não faz sentido: o Frasqueirão já recebeu finais e jogos de grande porte. Além disso, a redução de ingressos (de 15 mil para 12 mil) já gera prejuízo. Dos 12 mil, parte é destinada a gratuidades, imprensa e patrocinadores. O clube perde R$ 500 mil só nisso.”

Até o momento, o presidente da FNF, José Vanildo, reiterou que a partida está marcada para este sábado (29) no Frasqueirão. “A Federação recebeu com surpresa esse ofício. É porque, na semana passada, já tivemos uma reunião operacional sobre os jogos semifinais na Arena e no estádio alvinegro, definindo tudo sem objeção. Os laudos estão em dia. Já tivemos jogos do ABC e América no local este ano, e não houve registro de nenhuma ocorrência grave”, afirmou.

Outro ponto que torna o pedido da Polícia Militar ainda mais delicado é o fato de o ABC ter conquistado o direito de ser o mandante da final pelos critérios técnicos da competição. Embora a Arena das Dunas seja considerada um campo neutro para os competidores, o clube possui seu estádio e deseja realizar a partida lá, como sempre fez. “Aceitar a alteração colocaria em risco a lisura de todo o campeonato. Uma decisão dessas poderia comprometer toda a competição e levar o futebol de volta aos tempos remotos, quando desentendimentos entre os participantes impediam a definição dos campeões estaduais”, alertou José Vanildo.

PM aponta os pontos críticos no Frasqueirão

Preocupados com a segurança dos torcedores na final do Campeonato Estadual, os comandantes da Polícia Militar apontaram pontos críticos para a realização do clássico decisivo no estádio Frasqueirão e recomendaram que a partida entre ABC e América seja transferida para a Arena das Dunas. Baseados em documentos internos da corporação, a justificativa apresentada é clara: evitar riscos de confrontos entre torcidas e garantir a integridade do público.

Relatórios assinados por quatro unidades da PM – 1º BPM, 4º BPM, 5º BPM e ROCAM (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) – destacam o histórico de violência em clássicos realizados no estádio do ABC. Segundo o Major Ailton Medeiros, comandante do 5º BPM, o Frasqueirão concentra portões em uma única via (Rota do Sol), o que inviabiliza o isolamento adequado entre torcidas rivais. “A concentração de torcedores em uma única área facilita confrontos e sobrecarrega o policiamento”, afirmou.

O Tenente-Coronel Michel Alvarenga, do 4º BPM, reforçou que o estádio tem sido palco de ocorrências graves, incluindo mortes de torcedores, além de agressões a mulheres e idosos em meio a tumultos. “Há um histórico preocupante de ocorrências graves, incluindo mortes, especialmente no estádio Maria Lamas Farache (“Frasqueirão”), envolvendo torcidas organizadas e torcedores comuns, incluindo mulheres, crianças e idosos. Esses incidentes colocam em risco a segurança de todos os presentes”, pontuou o comandante.

Por outro lado, a Arena das Dunas, construída para a Copa do Mundo de 2014, é vista como a alternativa mais segura. “O Frasqueirão está em uma região de acesso restrito, com trânsito crítico e poucas rotas de fuga. Já a Arena das Dunas oferece estrutura para dispersar o público rapidamente”, explicou o Major Wivel Castro, responsável pela ROCAM.

Embora a FNF e o ABC defendam a tradição de sediar a final no Frasqueirão, as autoridades dizem que os custos logísticos não podem se sobrepor à proteção da população. O Major Francisco Daniel, do 1º BPM, lembrou que, em 2023, no Frasqueirão foram cinco feridos e duas intervenções com bombas de efeito moral para conter brigas.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Que segurança é essa? Não consegue fazer a segurança do jogo. A governadora e o secretário se exibiram tanto no carnaval, o que houve? Acabou a “CYGURANSSA” DO RN?

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Geral

“Ao invés de chorar, caia na realidade”, diz Lula sobre Bolsonaro réu

Foto: Kazuhiro NOGI / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria “cair na realidade” por ter se tornado réu no julgamento sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil.

“Ao invés de chorar, caia na realidade e saiba que você cometeu um atentado contra a soberania desse país”, afirmou Lula em entrevista coletiva que encerrou sua visita de Estado ao Japão.

O presidente disse que não daria “palpite” sobre o julgamento porque não conhece os autos do processo e que seria “presunção” dele fazer qualquer prognóstico sobre o caso.

No entanto, ele voltou a criticar a postura do ex-presidente.

“É visível por todas as provas que ele tentou contribuir para o meu assassinato, para o assassinato do vice-presidente, para o nosso assassinato do ex-presidente da Justiça Eleitoral Brasileira. E todo mundo sabe o que aconteceu nesse país. Não adianta agora ele ficar fazendo bravata, dizendo que está sendo perseguido. Ele sabe o que ele cometeu. Só ele sabe. Só ele sabe o que ele fez. Ele sabe que não foi correto”, disse Lula.

Além disso, o presidente também criticou novamente a ideia de anistia às pessoas condenadas pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023 – e a grupos ligados a Bolsonaro.

“Não adianta ficar pedindo anistia antes do julgamento. Quando ele pede anistia antes do julgamento, significa que ele está dizendo que foi culpado. Ele deveria provar a inocência dele, porque ele não precisava pedir anistia. Prova que é inocente e vai ficar livre e acabou”, afirmou.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Esse ladrão sabe que Bolsonaro não cometeu crime algum…Bolsonaro honesto e Luladrão, ladrãoooooo

  2. Léo Índio já fugiu pra Argentina… o Bozo é o próximo a tentar correr.
    Tornozeleira e fechar a rua das embaixadas.
    Corre Bozo, corre.

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Geral

Apostas para melhorar popularidade de Lula não dependem só do governo

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A comunicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aposta em medidas econômicas recém-anunciadas para tentar reverter a queda de popularidade do governo, mas os textos dependem do Congresso Nacional, que já sinalizou alterações nas propostas.

A isenção do Imposto de Renda e a liberação do crédito consignado para trabalhadores ganham destaque nas redes do presidente, mas ambas precisam ainda do aval do Congresso para valerem.

No 2º caso, trata-se de uma Medida Provisória, que tem validade inicial de 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias. Depois, precisa ser aprovada pelos deputados e senadores. É difícil que os congressistas façam mudanças muito drásticas nesse projeto, mas ainda é possível.

Já a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 deve sofrer diversas alterações. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deixou claro que esse seria o cenário já no lançamento da medida.

“O Congresso, com certeza, na sua diversidade, ministro Haddad, fará alterações nessa matéria, não tenho dúvidas pela importância que ela tem. Alterações que, com certeza, visarão a melhorar a proposta. Tanto na Câmara como no Senado, nós procuraremos dar a prioridade que a matéria necessita para que, ao longo dos próximos meses, tenhamos a condição de elaborar a melhor proposta possível para o país”, declarou o congressista.

Na mesma cerimônia, Lula brincou dizendo que não aceitaria mudanças que piorassem o projeto. Enquanto isso, publicações no Instagram do presidente já propagandeiam como será a economia no bolso dos trabalhadores em 2026 com a nova medida.

Em sua conta no Instagram, Lula sempre compartilha o fato de sua agenda daquele dia. Quando anuncia a entrega de ambulâncias, publica sobre isso, quando viaja para o Japão, o feed é recheado com postagens com o assunto.

A isenção do Imposto de Renda e o crédito consignado foram os únicos temas que voltaram a ser destacados na página do presidente após o anúncio.

A Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) aposta nessas medidas, junto com o Pé-de-Meia, para serem marcas a serem divulgadas para melhorar a opinião popular sobre o governo petista. Campanhas mais complexas e amplas estão sendo preparadas pelo Planalto, cujo slogan repetirá a frase estampada nos bonés em contraposição a Donald Trump: “Brasil dos Brasileiros”.

O órgão comandado por Sidônio Palmeira prepara um evento em Brasília, em 2 de abril, para apresentar um balanço das ações do governo até o momento e lançar novas campanhas e diretrizes para a segunda metade do mandato.

Em 14 de março, o ministro da Secom reuniu assessores de todos os ministérios para alinhar a comunicação e mostrou conceitos para informar serviços, programas e políticas federais. “A gente tem que fazer com que as pessoas compreendam todas as ações do governo do presidente Lula, todo o trabalho que o governo tem, em todos os ministérios e estatais, para que saibam exatamente o que o governo está fazendo”, disse.

Além das novas medidas para a economia, a espinha dorsal da estratégia de comunicação do governo federal é se apoiar na divulgação dos programas sociais promovidos por Lula. Mais Médicos, Farmácia Popular, Pé-de-Meia, Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a reestruturação do SUS (Sistema Único de Saúde) e o combate à fome são as principais apostas para aumentar a popularidade do governo petista.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Que medidas? O povo pagar juros do seu próprio dinheiro? Cortes no orçamento? Aumento de impostos?

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Geral

STF espera que julgamento que pode levar à condenação de Bolsonaro por golpismo ocorra entre setembro e outubro

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

Com a conclusão do julgamento que tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas por participação em uma trama golpista após as eleições de 2022, a expectativa no Supremo Tribunal Federal (STF) é que a análise sobre uma eventual condenação ocorra no segundo semestre deste ano, entre os meses de setembro e outubro. Os cálculos levam em conta o ritmo “rápido” do ministro Alexandre de Moraes.

Ministros do STF lembram que o gabinete de Moraes, que é o relator do caso, tem tido uma condução célere nas ações penais envolvendo os atos de 8 de janeiro, com uma média de seis meses de tramitação entre o recebimento da denúncia – etapa que foi concluída hoje no caso de Bolsonaro – e da condenação.

A abertura da ação penal é esperada para os próximos dias, e ocorrerá após a publicação do acórdão do julgamento da denúncia, recebida por unanimidade pela Primeira Turma nesta quarta-feira. Com a ação penal instaurada, o Supremo vai dar início à instrução, que consiste em uma série de etapas, e que começa independentemente da apresentação de embargos por parte das defesas.

Interlocutores do Supremo observam que, apesar do estilo ágil do gabinete de Moraes, a fase de instrução varia muito de acordo com cada processo e apontam que casos rumorosos podem levar mais tempo até chegar à reta final. Um dos exemplos citados é o caso Marielle Franco, cuja denúncia foi recebida em junho de 2024 e aguarda o cumprimento de diligências para entrar na reta final, antes que o julgamento que definirá as condenações ocorra.

Ao se tornar réu nesta quarta-feira, Bolsonaro passará por toda a instrução processual antes que venha a ser eventualmente condenado pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Após a Justiça aceitar as provas, defesa e acusação se manifestam mais uma vez, na alegação final. O Ministério Público apresenta seu parecer sobre o caso (documento no qual analisa os fatos, provas e legislações pertinentes), fornecendo elementos para a orientação do juiz ou ministro, que pode concordar na íntegra, em partes ou não seguir.

Bolsonaro, Walter Braga Netto, Anderson Torres, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid se tornaram réus após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciá-los por tentativa de golpe de Estado. Eles integram o chamado “núcleo crucial” de uma organização criminosa que buscava impedir o regular funcionamento dos Poderes da República e depor o governo legitimamente eleito.

O Globo

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Esporte

CBF marca reunião para definir possível demissão de Dorival Júnior

Foto: @rafaelribeirorio

Após a derrota por 4 a 1 para a Argentina e com possibilidade de cair para a repescagem nas Eliminatórias da Copa na próxima Data Fifa, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, vai se reunir com o técnico Dorival Júnior na próxima sexta (28) para analisar o desempenho do Brasil e definir os próximos passos do comando da Seleção.

A informação foi divulgada pelo canal Sportv e confirmada pela CNN na tarde desta quarta (26).

O recente resultado somado à baixa evolução no trabalho incomodaram a alta cúpula da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que apostou no trabalho de Dorival Júnior e o contratou em janeiro de 2024.

O presidente Ednaldo Rodrigues, reeleito nesta semana, nunca escondeu o desejo de contar com Carlo Ancelotti, atual técnico do Real Madrid para comandar a Seleção Brasileira.

Com contrato até a metade do ano de 2026 para liderar o time merengue, o foco de Ancelotti para essa temporada é o Mundial de Clubes, que se encerra em julho. Até lá, a CBF monitorará a situação do mesmo.

CNN

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