Educação

Maioria das escolas que aderiu ao modelo cívico-militar registra redução da violência e de faltas

Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

O Ministério da Educação deve levar ainda neste ano o Programa de Escolas Cívico-Militares (PECIM) a mais 74 escolas. A meta é atingir 216 instituições de ensino até 2023. Embora seja custeado pelo governo federal, o programa depende da adesão das unidades da federação – até agora, são 22 – e cada secretaria estadual de educação participa da seleção das escolas que adotarão o novo modelo.

No ano passado, o governo federal destinou R$ 15 milhões para o programa, que contemplou aproximadamente 77 mil alunos. A preferência é por escolas com problemas de violência ou com um grande percentual de alunos em situação de vulnerabilidade.

Das 54 vagas abertas para o ano letivo de 2020, três não vingaram. Nas 51 restantes, o projeto parece ter sido bem-sucedido. Segundo um levantamento feito pelo MEC, 85% dos gestores relataram redução nas faltas e na evasão; 65% apontaram diminuição nos índices de violência escolar e 61% afirmaram que houve melhora na administração da escola. Para 77%, o ambiente de trabalho melhorou.

Na edição de 2021, escolas de 219 municípios demonstraram interesse em participar. Por causa da pandemia, entretanto, a implementação do programa atrasou e ainda não teve início. A expectativa é de que isso aconteça no segundo semestre. “Apesar desse impacto negativo nas atividades presenciais em sala de aula, as escolas adotaram eficazmente o acompanhamento das atividades acadêmicas por meio de buscas ativas pelos militares e profissionais de ensino”, informou, em nota, o Ministério da Educação.

De acordo com o coordenador-nacional do PECIM, o capitão de mar e guerra João Carlos Kuster Maia, os militares também atuaram durante o período de aulas remotas. Dentre outras atividades, afirma o capitão, “eles colaboraram nas atividades de organização administrativa e de ambientes da escola, na recuperação de instalações, manutenção de equipamentos, busca ativa de alunos – minimizando a evasão escolar -, no atendimento aos pais e responsáveis e no apoio à capacitação de servidores”, explica.

A ideia do programa é replicar a lógica das escolas militares, que apresentam um desempenho muito superior ao das demais escolas públicas. Mas o modelo implementado é diferente do adotado pelas instituições geridas pelas Forças Armadas e pela Polícia Militar: no PECIM, o sistema é híbrido. Não há substituição dos professores ou dos diretores das escolas, que continuam sendo civis, geralmente selecionados por concurso. A diferença é que a escola ganha o “reforço” de militares: coordenadores de gestão e monitores que se encarregam de cuidar da gestão da escola, de melhorar a disciplina dos alunos e de promover o civismo.

Dentro de sala de aula, o conteúdo segue inalterado, mas o modelo pedagógico será mais parecido com o das escolas militares. Conforme prevê o projeto: ele será baseado “nos padrões de ensino adotados pelos colégios militares do Comando do Exército, das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares”.

Embora os militares que atuam nas escolas sejam identificados como “voluntários”, eles também recebem um auxílio financeiro, que em boa parte dos casos gira em torno dos R$ 3.500. Quando preenchem a ficha de inscrição, os militares devem escolher quatro cidades ou regiões metropolitanas nas quais estão dispostos a trabalhar. Além de integrantes das orças armadas, o programa também permite a participação de policiais militares. Os militares são membros inativos das Forças Armadas, selecionados pelo Ministério da Defesa. O salário deles é bancado pelo governo federal.

O programa teve início em dezembro de 2019, quando o então ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou a implementação daquela que era uma das principais apostas da pasta: o Programa de Escolas Cívico-Militares (PECIM). Na ocasião, ele afirmou que as primeiras 54 escolas haviam sido selecionadas para participar do programa, fariam parte de um “piloto”. “O objetivo é ter um sucesso em todas elas para aí sim poder expandir rapidamente, para todo o Brasil, o modelo de escola cívico-militar”, disse ele.

Um ano e meio depois, Weintraub já deixou o cargo e a pandemia da Covid-19 prejudicou a rotina escolar. A fase do “rapidamente” ainda não chegou, mas, de acordo com o Ministério da Educação, os resultados preliminares são promissores.

Transição

Uma das escolas contempladas na primeira leva do programa foi o Colégio Estadual Tancredo Neves, em Foz do Iguaçu (PR). Diretora da unidade, Valéria Ramirez Daniel diz que a transição foi positiva. “Não é uma militarização. É algo muito prático, e a gente está vendo a mudança no perfil dos alunos”, afirma.

O novo perfil da escola causou modificações na rotina: diariamente, os militares coordenam a chamada “ordem unida” – termo emprestado do jargão militar. A cerimônia inclui a execução do hino nacional, o hasteamento da bandeira e comunicados por parte da direção. Os alunos também aprendem comandos militares básicos, como a continência, a marcha e a cadência.

O capitão Carlos Alberto Rigotti, que trabalha na escola, afirma que essas atividades auxiliam os alunos a desenvolverem a disciplina e o respeito aos superiores – características que serão úteis em suas carreiras profissionais. “O nosso objetivo não é militarizar. É mais profundo: formar uma disciplina consciente. Queremos que os alunos sigam as regras e se tornem pessoas organizadas”, afirma ele. Rigotti, que passou para a reserva no Exército em 2015, está há um ano e meio no projeto.

Com o programa, a escola – que tem 1.036 alunos do sexto ao terceiro ano – recebeu 16 monitores e dois gestores militares militares. Rigotti é um deles. A grade foi estendida: são seis aulas por dia em vez de cinco. A escola passou a ter a disciplina Cidadania e Civismo – neste caso, por iniciativa do governo do Paraná. Nessa matéria, os professores civis e militares se alternam.

Uma das críticas ao projeto do governo federal é de que ele supostamente seria baseado em premissas incorretas: como boa parte das escolas militares tem mais recursos financeiros, e como essas unidades normalmente selecionam os alunos que vão receber, o desempenho superior não necessariamente se devia ao modelo militar de administração.

Na opinião da professora da PUC Rio Andrea Ramal, especialista em educação, as escolas cívico-militares podem ser eficazes em casos extremos, mas não devem ser vistas como a solução para a falta de qualidade de ensino de forma geral.

“Eu só utilizaria essa ideia de trazer militares para conseguir disciplina em casos extremamente graves, como escolas onde há furtos ou uso de tóxicos. Mas, se estivermos falando do cotidiano escolar como um todo, de uma escola sem problemas extremos, eu sou mais a favor do que diz a educação contemporânea”, avalia. Ela afirma que atualmente o foco dos educadores costuma ser na autonomia e no comprometimento dos alunos, mas sem o que ela denomina “repressão disciplinar”.

Para Luciano Blasius, que é policial militar e doutor em Educação, é preciso mais tempo para avaliar o resultado das escolas cívico-militares. Na visão dele, é preciso que os profissionais que lidam com educação – inclusive os militares – tenham formação e treinamento adequados, o que leva tempo. “Considerando que o lançamento do programa ocorreu próximo ao início da pandemia, acredito que os dados precisam ser olhados considerando possível divergência na situação de normalidade do cotidiano escolar”, diz ele.

Mas, para a diretora da escola em Foz do Iguaçu, as mudanças trazidas pela presença dos militares são visíveis. A começar pela disciplina. Valéria afirma que, com os monitores responsáveis pela disciplina dos alunos, os professores podem dar mais atenção ao ensino propriamente dito.

“Essa parte disciplinar demandava muito de toda a equipe pedagógica e direção. Agora a gente tem já essas pessoas que vão observar o que os alunos precisam. A escola é outra escola”, diz ela. A professora também notou um aumento significativo no número de famílias interessadas em matricular seus filhos na escola.

Outro princípio militar, o da hierarquia, também é praticado no Colégio Estadual Tancredo Neves: cada turma tem um aluno chefe e outro subchefe, que foram inicialmente escolhidos pela direção da escola, mas passarão a ser revezados a cada 15 dias, de forma que todos os alunos passem pelas funções. Esses líderes ajudam no controle da chamada, colaboram para a manutenção da disciplina e lideram a classe nos deslocamentos para os laboratórios e os espaços de educação física.

Rigor com a aparência nas escolas cívico-militares

Detalhado, o manual elaborado pelo Ministério da Educação para as escolas cívico-militares traz até mesmo regras sobre o corte de cabelo dos alunos. No caso dos meninos, “o cabelo deverá ser cortado de modo a manter nítidos os contornos junto às orelhas e o pescoço, de forma a facilitar a utilização da cobertura e harmonizar a apresentação facial”.

Embora o manual traga até mesmo o modelo da farda a ser usada pelos alunos – o que inclui uma boina –, a implementação tem sido gradual: só agora é que o Colégio Estadual Tancredo Neves vai substituir o seus uniformes. “Eles vão receber um conjunto de farda, um conjunto de agasalho e uma jaqueta de tactel”, explica Valéria.

Ainda segundo o manual, quando o aluno não puder comparecer, a família deve enviar uma justificativa à escola – no mesmo dia. Quando houver três faltas seguidas, a instituição de ensino precisa avisar o Conselho Tutelar.

Gazeta do Povo

 

Opinião dos leitores

  1. Essa pesquisa citada está baseada em opiniões. Não é uma aferição de qualidade, mas um simples relato. Não serve para se tirar conclusões. Além disso, é importante destacar que o recurso do governo federal não está chegando lá na ponta, em benefício das escolas participantes. Façam contato com essas 54 escolas e perguntem uma a uma.

  2. Fui militar. Pense numa bosta. O cara passa anos pisando em ovos para não melindrar superior mal caráter.

  3. Dê as mesmas condições, gratificações e critérios para agir e impor a disciplina baseado “nos padrões de ensino adotados pelos colégios militares do Comando do Exército, das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares”, para os professores nas escolas normais e terá melhores resultados do que esses.
    Pous Educação e Instruções são coisas bem distintas e diferentes.

  4. Esse tipo de escola realmente funciona, o problema é que o custo por aluno torna inviável a universalização. Tem ainda o fato que este tipo de ensino produz robozinho, com pouca criatividade. Veja os militares, passam anos na caserna, só na base do sim senhor, não senhor, no final, depois de quilômetros de pintura de meio, se aposentam com 50 anos e ficam na frente da TV coçando o saco, assistindo Sílvio Santos e esperando receber o soldo. Homi vão pelo menos trabalhar de Uber. É triste.

  5. Manda metade desse dinheiro para o mesmo número de escolas, dá essa gratificação de 3.500 reais para os professores que já recebem o seu piso e estrutura as escolas como fazem com essas militares e teremos uma nova educação. Lembrem-se que mesmo formado na escola militar, temos um debiloide peidão que faz -4+5=9.

    1. Pelas suas declarações, já se vê que você deve ser um parasitas vagabundo que defende a manutenção do fique em casa e não vão para a escola, somente para continuar a ganha de perna pra cima…

  6. A disciplina define o cidadão. Aqueles que levaram tapa na cara durante o governo Vargas eram os mesmos ativistas de hoje, que diz ser “questão de tempo tomar o poder”; algo diferente de ganhar. Estudem esquerdista!

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Saúde

Brasil bate recorde histórico de casos de dengue com 1,8 milhão em menos de três meses

Imagem: NIAID

O Brasil registrou 1.889.206 casos prováveis de dengue somente nas primeiras onze semanas de 2024, de acordo com dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (18). É o maior número de casos registrados em um ano desde 2000, quando o número começou a ser contado.

São 561 óbitos pela doença, com outras 1.020 mortes sendo investigadas para saber se há ou não relação com a dengue.

Para cada 100 mil habitantes, o número do coeficiente de incidência de arboviroses está em 930,4. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera epidemia quando esse parâmetro é superior a 300.

No país, desde o começo do ano, Acre, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal já decretaram emergência pela dengue.

Entre homens e mulheres, a porcentagem de pessoas possivelmente infectadas corresponde a 44,5% e 55,5%, respectivamente. Ainda, a faixa etária com mais registros de casos prováveis do vírus é a de 20 a 29 anos.

Em números absolutos, Minas Gerais segue como o estado com o maior número de casos, com 627.307 diagnósticos prováveis. Na sequência, estão São Paulo (361.209), Paraná (179.174), Distrito Federal (157.250), Rio de Janeiro (140.593), Goiás (103.057) e Espírito Santo (70.129).

O número de infecções por dengue neste ano já ultrapassou o total de casos de 2023, que registrou 1.658.816. Vale destacar que o recorde anterior de casos prováveis do vírus, em relação ao número de infectados atual, ocorreu em 2015, com 1.688.688, conforme a série histórica do Ministério da Saúde.

CNN Brasil

 

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Turismo

VÍDEO: Natal apresenta projeto de revitalização da orla urbana ao segmento turístico

O projeto de revitalização da orla urbana de Natal, que inclui melhorias nas praias dos Artistas, do Meio e do Forte, foi apresentado na sexta-feira (15), no salão nobre do Palácio Felipe Camarão, a diversas entidades que compõem o trade turístico do município.

De acordo com a Prefeitura de Natal, o projeto prevê intervenções a partir da avenida Nilo Peçanha, passando pela avenida Getúlio Vargas e culminando na avenida Café Filho, onde serão feitas as obras de revitalização e requalificação da orla urbana da zona Leste.

Pelo projeto exposto, de acordo com a Prefeitura de Natal, a nova orla urbana manterá o atual sentido em relação ao fluxo de veículos. Os atuais quiosques cederão lugar a novos quiosques padronizados em uma área com todas as condições de funcionamento, inclusive com novos banheiros. Guarda-sóis fixos padronizados também serão instalados ao longo da Café Filho, que ainda terá lixeiras subterrâneas, uma inovação em Natal.

De acordo com a Prefeitura de Natal, haverá, ainda, um skate parque para competições nacionais e internacionais, passarelas acessíveis, estacionamento para buggys, a construção do Largo do Sol Nascente para eventos, campo de futebol, quadra de areia e uma quadra poliesportiva, além de um projeto paisagístico e nova iluminação pública.

A nova orla de Natal terá também um Centro de Apoio ao Turista e uma base da Guarda Municipal. Nas imediações do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), será instalada uma rotatória para ordenar o tráfego, pensando no embarque e desembarque no Huol, afora um novo estacionamento.

De acordo com a Prefeitura de Natal, o projeto total da obra está orçado em R$ 39 milhões. Na próxima segunda-feira (18), o prefeito Álvaro Dias dará a ordem de serviço para o início das obras que não demorarão mais do que 15 dias para serem iniciadas.

98 FM Natal

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Geral

Entidades cobram cumprimento da decisão judicial para desocupação de prédio em Petrópolis

Foto: José Aldenir/Agora RN

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal) se soma às entidades produtivas do Rio Grande do Norte em defesa do cumprimento da decisão judicial sobre a desocupação do terreno invadido pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), na Avenida Deodoro da Fonseca, no bairro Petrópolis. A decisão judicial de desocupação do prédio foi proferida pela justiça no dia 5 de fevereiro, com 15 dias de prazo para acontecer de forma voluntária. O período ultrapassou dos 30 dias e até o momento decisão não foi executada.

O terreno na Zona Leste foi tomado por integrantes do MLB/RN, na madrugada do dia 29 de janeiro. Segundo o movimento, a ação é um protesto contra a demora do Governo do Estado em entregar as casas prometidas do programa Pró-Moradia, que, conforme acordo, deveriam ter sido construídas em 2021.

“O descumprimento da decisão judicial é uma desobediência civil, gera insegurança jurídica e repercute negativamente tanto para a sociedade quanto para o ambiente de negócios e investimentos. O Judiciário exerceu seu papel, agora se faz necessário e urgente o cumprimento da lei”, informou a CDL Natal em nota.

Na decisão, para o juíz ficou provado pela Poti Incorporações, proprietária do imóvel, os requisitos legais para a concessão de liminar. A empresa demonstrou a posse através da certidão de registro imobiliário expedida pela 1ª. CRI (3º Ofício) de Natal, que comprova a propriedade e justo título, além da certidão de regularidade fiscal referente ao IPTU do imóvel.

“O Governo do Rio grande do Norte e a Prefeitura de Natal são partes neste litígio e precisam se posicionar.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Natal reforça que, para a promoção do bem comum social, esta demanda seja resolvida com celeridade”, reforça a CDL.

Em janeiro, em entrevista à Rádio Jovem Pan News, do Sistema Tribuna, a secretária Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), Shirley Cavalcanti, reforçou que a Prefeitura chegou a propor a concessão de aluguel social aos membros do MLB antes da invasão, ainda no ano passado, mas a proposta foi recusada por lideranças do grupo.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

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Política

Lula veta ministros de anunciarem novos programas até “limparem” agenda

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante a primeira reunião ministerial do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu ordem para que nenhum novo programa seja anunciado pelo governo até que os ministros “limpem” de suas agendas ações pendentes.

Opinião dos leitores

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Política

Deputado federal do PT Lindbergh Farias comemora Dino ter sido sorteado como relator de recurso de Bolsonaro no STF: “Sem anistia!”

Imagem: reprodução/X

O deputado federal Lindbergh Farias (PT) comemorou o fato do ministro Flávio Dino ter sido sorteado como relator do recurso de Jair Bolsonaro no STF contra uma multa imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o condenou a pagar R$ 70 mil por impulsionamento irregular na Internet.

“Adivinha quem pegou o recurso de Bolsonaro no STF? FLÁVIO DINO! Não tem pra onde Bolsonaro correr! SEM ANISTIA!”, escreveu o parlamentar petista no X, antigo Twitter.

Opinião dos leitores

  1. Delação da Odebrecht: Lindbergh é suspeito de receber R$ 4,5 milhões de caixa 2. Preciso comentar?

  2. Tem nada não é só mandar a conta do pix que pagamos !!! Com a popularidade de Bolsonaro se alguns doar 10 centavos vai sobrar ☺️🇧🇷

  3. Deputado fim de carreira, comemorando quem foi sortiado para jugar Recurso de Bolsonaro. Cuidem vcs só tem lula na ponta, depois dele ja era a Esquerda Brasileira.

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Geral

MP junto ao TCU pede que tribunal apure interferência do governo Lula na Petrobras em decisão sobre dividendos

Foto: Ricardo Stukert

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou uma representação para que o órgão apure uma possível interferência indevida do governo Lula na Petrobras. No pedido, apresentado nesta segunda-feira, o MP indicou que decisões tomadas pela empresa podem ter sido afetadas por interesses da administração federal, como a opção por não pagar dividendos extraordinários aos acionistas.

“A decisão por não repassar dividendos aos acionistas, contrária às avaliações realizadas pela própria empresa e seu Conselho de Administração, aparentemente não observou as bases econômicas necessárias e visou atender opções do governo federal”, afirmou o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado.

De acordo com o subprocurador, embora seja acionista majoritária, a União não pode interferir de modo excessivo nas decisões corporativas da Petrobras. Furtado destacou a vigência da Lei das Estatais, aprovada durante o governo Michel Temer com o objetivo de minimizar a interferência do governo efderal nas tomadas de decisão das empresas de economia mista.

“Considerando as competências constitucionais e legais atribuídas a este Tribunal, vejo que se mostra necessária a realização de fiscalização para que sejam apurados os indícios de descumprimento normativo aqui trazidos. Sabendo-se que a Petrobras pode ter tido prejuízos com as ingerências indevidas relatadas, cabe a este Tribunal exercer seu poder-dever de zelar pelo montante dos recursos da União envolvido”, afirmou.

Após a divulgação do seu balanço referente a 2023, a Petrobras comunicou a decisão de não realizar o pagamento de dividendos extraordinários. A decisão levou a uma quedade 10% no dia seguinte à publicação do documento, levando a uma considerável diminuição do valor de mercado da empresa.

No pedido feito ao TCU, o subprocurador-geral do MPTCU pediu que o Tribunal apure o descumprimento da Lie das Estatais e, em se confirmando os indícios de interferência, instaure uma tomada de contas especial para responsabilizar os eventuais envolvidos.

O Globo

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Golpe

Criminoso usa nome e foto do advogado Sebastião Leite para aplicar golpes pelo WhatsApp; Duas pessoas já foram vítimas

Criminoso vem usando foto e o nome do advogado Sebastião Leite para aplicar golpes pelo WhatsApp.

O golpista tem usado o número (84) 98634-7274 e solicitado valores em dinheiro para os contatos do advogado. Duas pessoas já foram vítimas.

Sebastião Leite pede que desconsiderem qualquer mensagem pedindo o que quer que seja.

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Judiciário

Flávio Dino será o relator no STF de recurso de Bolsonaro contra multa imposta pelo TSE

Foto: Sergio Lima/Poder 360

O ministro Flávio Dino vai relatar, no Supremo Tribunal Federal (STF), um recurso apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pela coligação Pelo Bem do Brasil contra uma condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que impôs multa de R$ 70 mil a ambos.

A ação diz respeito ao impulsionamento de publicações na internet com críticas ao então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a campanha de 2022. Pela norma do TSE, o impulsionamento só é permitido para promoção própria, e o uso para ataque a adversários é proibido.

Flávio Dino fez parte do governo Lula durante o primeiro ano de gestão, quando chefiou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele deixou o posto em janeiro deste ano e, em fevereiro, assumiu a vaga no STF.

Recurso de Bolsonaro

Ao condenar Bolsonaro e a coligação pela qual ele concorreu em 2022, o TSE entendeu que, além de impulsionar publicação com conteúdo proibido pela regra, o grupo também não identificou de forma clara os responsáveis pelas postagens, o que é obrigatório.

A multa foi fixada em R$ 70 mil porque corresponde ao dobro do valor gasto para o impulsionamento do conteúdo, que foi de R$ 35 mil.

A defesa de Bolsonaro e da coligação recorreu da decisão ao TSE, mas o pedido foi negado. Por isso, apresentou um novo recurso, que será analisado pelo STF.

Segundo os advogados, a multa fixada pela Corte Eleitoral é desproporcional ao dano causado e, por isso, defendem que o valor seja revisto.

g1

Opinião dos leitores

  1. Será que um dos principais requisitos da Magistratura, a imparcialidade, será observada???
    Alguém tem dúvida que ele, se receber o processo, irá negar provimento ao recurso???

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Política

Lewandowski trata de buscas por fugitivos de Mossoró em reunião ministerial com Lula

Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

Um dos únicos ministros a falar na reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o primeiro escalão do governo nesta segunda-feira, 18, o chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, dedicou seu pronunciamento às buscas pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró.

As buscas pelos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, completaram um mês na semana passada. Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça foram os primeiros a escaparem de uma cadeia federal, sistema que existe desde 2006. Cerca de 500 agentes tentam recapturar os fugitivos, ligados ao Comando Vermelho (CV), mas fracassaram até agora diante das táticas usadas pelos detentos e pela geografia da caatinga potiguar.

Internamente, a percepção é de que o maior dano à imagem do governo não foi a fuga em si, mas a demora na recaptura incomoda. O caso expôs ainda problemas da unidade federal, que tinha câmeras desativadas e iluminação precária. Os homens escaparam pela estrutura da luminária, que foi quebrada, e cortaram grades externas com alicates.

A fuga no Rio Grande do Norte aconteceu poucos dias depois de Lewandowski assumir a Justiça após a saída de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF). Há policiais de diversos Estados, além de forças federais, procurando os fugitivos, mas nenhum deles foi recapturado até o momento. O caso se tornou um flanco para o governo na área de segurança pública.

Com informações do Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Governo de canalhas , a imundice a fedentina e o chiqueiro de porcos, nada dar certo nesse desgoverno do ex presidiário

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Economia

Pesquisa revela que maioria dos trabalhadores deseja liberdade para usar recursos do FGTS

Foto: Guilherme Dionízio/Estadão Conteúdo

Uma pesquisa conduzida pela ABBC (Associação Brasileira de Bancos) e pela Zetta, associação de empresas de tecnologia financeira, revelou que a maioria esmagadora dos trabalhadores elegíveis ao saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) deseja ter a liberdade de escolher quando utilizar os recursos do fundo.

A modalidade tem se mostrado relevante à população. Os dados, obtidos a partir de entrevistas com mais de 6,5 mil pessoas durante a primeira quinzena de março, indicam que 70% dos entrevistados ficariam insatisfeitos com o fim desse tipo de antecipação.

Os resultados também mostram que mais de 80% dos entrevistados querem ter a liberdade de usar o dinheiro do FGTS da maneira que considerarem mais conveniente.

Além disso, 90% deles consideram importante ou muito importante a possibilidade de acessar crédito emergencial por meio da antecipação do saque-aniversário do FGTS, sem comprometer sua renda mensal.

Recentemente, o FGTS corre o risco de ser extinto. Em fevereiro, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que iria enviar ao Congresso Nacional uma proposta para acabar com a modalidade.

Opinião dos leitores

  1. O governo deveria baixar uma norma pro fgts ser pago diretamente ao empregado.
    Já imaginou?
    Um aumento salarial geral na iniciativa privada, sem um centavo de custo a mais para as empresas… o impacto que isso geraria na economia!

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