Saúde

Mais de 100 especialistas alertaram para falhas em estudo que condenou o uso da cloroquina no mundo

Mais de 100 médicos e estatísticos de vários países lançaram um alerta sobre graves irregularidades no maior estudo sobre a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina contra a covid-19. Os responsáveis pela iniciativa exigiram que os dados do trabalho sejam revistos para que ele seja corrigido ou retirado.

O estudo em questão provocou uma tempestade mundial em torno de dois possíveis tratamentos que há poucos meses eram considerados os mais promissores contra a doença, mas que agora parecem ter caído em desgraça. O trabalho foi uma análise de dados anônimos de mais de 96.000 pacientes em 600 hospitais do mundo todo. Concluiu que a cloroquina e a hidroxicloroquina não só não oferecem nenhum benefício para os pacientes, como também podem aumentar o risco de morte em 30%. O trabalho foi publicado na The Lancet, uma das revistas científicas de maior prestígio do mundo.

Como resultado desses dados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu o uso destes medicamentos no estudo clínico Solidarity, que tenta provar a eficácia de diversos tratamentos contra a Covid em hospitais do mundo inteiro. Foi uma suspensão temporária, até que um grupo independente analise os dados e responda se é seguro continuar. Mas depois do anúncio da OMS, a França proibiu o uso desses medicamentos como tratamento e parou os ensaios clínicos em andamento. A Itália também suspendeu seu uso como tratamento e a Bélgica alertou sobre sua utilização fora dos estudos clínicos, de acordo com a Reuters.

Na Espanha, a agência de medicamentos concluiu que o estudo não fornecia provas suficientemente sólidas sobre o risco associado aos dois medicamentos e recomendou que continuem em andamento os ensaios clínicos com esses fármacos no país. Um porta-voz da agência explicou ao EL PAÍS que até agora o órgão não havia recebido nenhum alerta de segurança por parte dos responsáveis por esses ensaios.

VEJA MAIS – Após The Lancet por em dúvida estudo contrário e repercussão de reportagem de jornal britânico ganhar o mundo, OMS anuncia retomada de testes com hidroxicloroquina para covid-19

MUITO GRAVE: The Lancet “põe em dúvida” estudo que levou OMS a suspender cloroquina; investigação do britânico The Guardian pode revelar escândalo

BOMBA: Governos e OMS mudaram suas políticas e tratamentos da Covid-19 com base em dados suspeitos de pequena empresa e estudo da Lancet é questionado, destaca reportagem do The Guardian

A origem inicial do boom que promoveu os dois medicamentos foi um estudo comandado pelo médico francês Didier Raoult, que encontrou benefícios no uso contra a covid-19. A pesquisa, no entanto, foi considerada posteriormente como irregular, mal projetada e muito pouco confiável. Isso não evitou que esses tratamentos fossem apontados como “revolucionários”, nas palavras do presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou que toma hidroxicloroquina para se proteger do coronavírus, sendo seguido, posteriormente, pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. No momento, não existe nenhuma prova sólida de que esses medicamentos funcionem contra a doença. Existem apenas dados parciais apontando que eles podem aumentar o risco de arritmias em pacientes graves.

O último estudo, que condenou o uso da cloroquina e hidroxicloroquina, “tem um nível de inconsistências alarmante”, alerta Pedro Alonso, diretor do programa de malária da OMS, ao EL PAÍS. “Há enormes dúvidas sobre a qualidade desse trabalho e tanto seus autores como a revista que o publicou vão ter de prestar contas”, ressalta.

A cloroquina e sua derivada são usadas para combater a malária há décadas e têm um perfil de segurança muito alto, lembra Alonso. Além disso, esses medicamentos são utilizados para combater doenças autoimunes como o lúpus. “Até agora não sabemos se funcionam ou não contra a covid-19, mas a solução não é interromper os ensaios com esses medicamentos e, sim, seguir adiante com eles, pois precisamos de bons ensaios clínicos controlados e randomizados para saber se oferecem algum benefício, principalmente para a segunda onda da doença”, considera Alonso.

O estudo em questão é assinado por Mandeep Mehra, do Hospital Brigham de Mulheres de Boston; Frank Ruschitzka, do Hospital Universitário de Zurique; Amit Patel, do departamento de bioengenharia da Universidade de Utah, e Sapan Desai, da empresa Surgisphere, que forneceu os dados anônimos dos 96.000 pacientes incluídos no estudo.

Mas o trabalho tem inconsistências, como o tratamento dos dados, que não foram publicados para que possam ser analisados pelo restante da comunidade científica, e a ausência de um comitê de ética para verificar se o tratamento dos dados dos pacientes está de acordo com a lei, segundo a carta aberta publicada quinta-feira, assinada por mais de 120 médicos, bioestatísticos e pesquisadores biomédicos e enviada à direção da revista The Lancet.

O estudo não dá informações detalhadas sobre os hospitais de cada país de onde vêm os dados, afirmam os signatários. Além disso, utiliza doses de cloroquina e hidroxicloroquina que são em média 100 miligramas mais altas do que as recomendadas pela agência de medicamentos dos EUA, acrescentam.

Na Austrália, o estudo considera um número de pacientes mortos (73 até 23 de abril) que é superior ao registrado em todo o país até essa data pela Universidade Johns Hopkins, segundo o jornal The Guardian. Na África, inclui 25% de todos os infectados que havia no continente e 40% de todos os falecidos, o que significaria, pela expressividade da amostra, que eles teriam acordos para poder acessar os dados computadorizados detalhados dos pacientes, algo que os signatários da carta consideram “pouco provável” —e Alonso considera “impossível”— dado o baixo grau de digitalização de muitos hospitais no continente. O estudo reúne informações de pacientes de seis continentes e, apesar das diferenças entre eles, a incidência de doenças prévias, como diabetes e os problemas cardiovasculares, é “extraordinariamente pequena”, assinala a carta.

Os signatários exigem que a empresa Surgisphere forneça todos os dados e que uma comissão independente da OMS ou outro organismo independente os analise. Também pedem à revista que cumpra os compromissos que assinou sobre dados públicos e publique também os detalhes da revisão desse estudo por especialistas independentes.

Na tarde de sexta-feira, a The Lancet publicou uma correção, alterando o número de pacientes analisados na Ásia (8.101 em vez de 4.402) e na Austrália (63), mas sem mudar os resultados principais do estudo.

Mandeep Mehra, cardiologista do Brigham e primeiro autor do estudo, disse ao EL PAÍS que, além das correções, foi iniciada uma “revisão independente dos dados”, acrescentando: “Os resultados e conclusões do trabalho continuam sendo os mesmos”. A Surgisphere, empresa responsável pelo banco de dados, defendeu em um comunicado enviado ao EL PAÍS a validade de seu sistema, baseado no estabelecimento de acordos de colaboração com 1.200 hospitais de 45 países para que lhe deem acesso a dados anônimos de pacientes, e garantiu que cumpre as principais normas internacionais de proteção de dados.

Bloqueio de ensaios clínicos

O trabalho deu um golpe fatal em muitos dos ensaios clínicos que estavam em andamento. Isto, por sua vez, pode fazer com que nunca se saiba se, de fato, esses medicamentos podem ajudar contra a covid-19, possivelmente em doses que não sejam altas e com pacientes que não apresentam anomalias no batimento cardíaco. Para isso, são necessários ensaios controlados —nos quais um grupo não toma o medicamento ou toma um placebo— e randomizados, ou seja, cada paciente é colocado aleatoriamente em um dos grupos.

“Uma questão muito importante agora é que as pessoas com poder científico na organização de saúde apostaram em diferentes medicamentos que estão sendo testados em estudos randomizados”, afirma Julián Pérez Villacastín, presidente eleito da Sociedade Espanhola de Cardiologia. “[Os estudiosos da cloroquina e hidroxicloroquina] fizeram um investimento enorme e estão no meio do caminho, e em alguns casos, estão sendo forçados a parar. Além disso, têm o problema de que no início havia muitos pacientes e, com isso, poderiam ser obtidos resultados confiáveis em um prazo relativamente curto. Mas o que aconteceu é que o recrutamento ficou muito mais lento porque o número de pacientes diminuiu. Está sendo muito difícil concluir os estudos e muitos poderão não ser concluídos nunca”, assinala. Alonso ressalta também que, devido aos dados do estudo publicado na The Lancet, os pacientes não queiram participar de ensaios por “medo”.

El País

 

Opinião dos leitores

  1. Para vocês pensarem por que não vêem isso aqui nos jornais. Apreciem o Lancet la no final.
    1) May 20, 2020 – Times of India – Hydroxychloroquine research shows some promise in interim study conducted by Telangana Govt – An interim report prepared by the Telangana Government has yielded promising results on the efficacy of prophylactic use of Hydroxychloroquineor HCQ, as it s popularly known on preventing COVID-19…

    2) Este é o melhor relatório de todos, pois estabelece protocolos caso seja ministrada, embora não recomende o uso devido aos testes não serem ainda completos.
    Last Updated: May 12, 2020 – USA/NIH COVID-19 Treatment Guidelines – Potential Antiviral Drugs Under Evaluation for the Treatment of COVID-19 – Chloroquine/Hydroxychloroquine: The Panel recommends against using high-dose chloroquine (600 mg twice daily for 10 days) for the treatment of COVID-19 (AI), because the high dose carries a higher risk of toxicities than the lower dose.

    3) Este foi noticiado aqui com alarde, porque não recomenda o uso, e como sempre, aceito como verdade por quem não lê ou acredita na imprensa. Mas é só um artigo do professor de Epidemiologia e Bioestatistica, Rosemberg. Na conclusão ele mesmo diz que o estudo teve inúmeras limitações, principalmente na coleta de dados. A Dra. Elizabeth, co-autora, é esposa de um cientista que trabalha numa pesquisa financiada sobre o Rendesivir. Dá o que pensar.
    JAMA May 11, 2020 – Association of Treatment With Hydroxychloroquine or Azithromycin With In-Hospital Mortality in Patients With COVID-19 in New York State

    4) 07ABRIL2020 PFARMA – Hidroxicloroquina apresenta bons resultados contra o coronavírus – A hidroxicloroquina (HCD), um derivado menos tóxico da cloroquina, demonstrou boa eficácia na inibição do novocoronavírus SARS-CoV-2. – Um artigo publicado na Nature revisou sete estudos de ensaios clínicos, publicados no Chinese Clinical Trial Registry, para o uso do hidroxicloroquina no tratamento do COVID-19.

    5) Thursday, April 9, 2020
    NIH clinical trial of hydroxychloroquine, a potential therapy for COVID-19, begins. Search identifier NCT04332991

    6) 18 March 2020 – Nature – Hydroxychloroquine, a less toxic derivative of chloroquine, is effective in inhibiting SARS-CoV-2 infection in vitro

    7) E olha só. O Lancet hoje faz pouco caso da hidroxicloroqiuna/cloroquina, mas recomendava a aplicação sem mencionar os efeitos colaterais.
    February, 2006 – The Lancet – New insights into the antiviral effects of chloroquine. Effects of chloroquine on viral infections: an old drug against today's diseases?.
    2005 – Chloroquine is a potent inhibitor of SARS coronavirus infection and spread.
    2004 – In vitro inhibition of severe acute respiratory syndrome coronavirus by chloroquine.

  2. Quantas vidas poderiam ser poupadas se não fossem essa resistência idiota de pseudo cientistas e imprensa tendenciosa, com viés ideológicos e extremista reverberando lorota contra as evidencias clinicas favoráveis ao protocolo na fase precoce !!!

  3. O Presidente esteve certo desde o início da Pandemia, ainda no mês de março. Mas aí veio à esquerda, politizou a Pandemia, inventou que a Cloroquina era da direita ……. Agora estamos vendo que a Cloroquina é o "cara"!

  4. Temos que correr contra o tempo e passar a usar a cloroquina urgente e a ivermectina, depois eu falo que Bolsonaro tem razão

  5. São corruptos que querem receber mais propina dos laboratórios com a venda de remédios mais caros. Viva o Presidente Bolsonaro.

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Saúde

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro, mas mantém prisão e fisioterapia no horário da PF

Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja submetido a cirurgia para correção de hérnia inguinal bilateral. A decisão veio após laudo da Polícia Federal indicar a necessidade do reparo, mas ressaltou que o procedimento não tem caráter de urgência e deve ser agendado previamente pela defesa.

O laudo da PF apontou que a cirurgia é necessária devido à piora do sono e da alimentação, à resistência aos tratamentos anteriores e ao risco de complicações causadas pela pressão intra-abdominal. Apesar disso, Moraes manteve que o procedimento é eletivo, ou seja, pode ser realizado sem urgência.

Na mesma decisão, o ministro negou o pedido da defesa para que Bolsonaro cumpra a pena em regime domiciliar. Moraes lembrou que a legislação prevê prisão domiciliar apenas para condenados em regime aberto, enquanto o ex-presidente cumpre pena em regime fechado na Superintendência da PF, em Brasília, por condenação de 27 anos e 3 meses no processo da chamada trama golpista.

Moraes também rejeitou o pedido para alterar o horário das sessões de fisioterapia de Bolsonaro. Segundo o ministro, o atendimento deve seguir as regras administrativas da PF, e o profissional de saúde precisa se adequar aos horários da unidade.

A decisão reforça que Bolsonaro tem autorização judicial para receber atendimento médico e fisioterapêutico, desde que respeitadas as normas de segurança da Superintendência.

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Geral

O Natal no Papo de Fogão vem com muito sabor!

A chef portuguesa Cláudia Correia de Sá, do Restaurante Cantinho Português, na Pousada Mar no Olhar (Rio do Fogo/RN), prepara o clássico bacalhau à Brás.

Na Dica Rápida, o chef Marcos Rios faz um caprese e a bartender Anna Beatriz um Tom Collins, direto do Rios Potiguares (Natal/RN).

SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h
Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Política

Lula reafirma veto a redução de pena e promete ‘surra’ na extrema direita em 2026

Foto: Ton Molina

O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (19) que vetará o projeto de lei que reduz penas do ex-presidente Jair Bolsonaro, de generais e de integrantes do governo anterior condenados pelo STF. Ele disse ainda que dará uma “surra” em quem achar que a extrema direita poderá voltar a governar o país a partir de janeiro de 2027.

“Estou terminando o governo em um momento muito bom. Sei que tem muita gente já pensando nas eleições de 2026. Deixa eles pensarem. E, quando quiserem, venham. Porque vamos dar uma surra em quem se meter a achar que a extrema direita vai voltar a governar este país”, falou.

O petista, que tem 80 anos, afirmou que não envelhece por ter uma causa. “Se eles soubessem o tesão que tenho para governar esse país, eles não brincariam”, disse, reforçando seu tom de campanha para 2026, quando tentará o quarto mandato presidencial. A disputa será a sétima do petista pela presidência da República.

O PL da Dosimetria, como ficou conhecido, voltará ao Congresso caso Lula mantenha o veto. Parlamentares poderão derrubar a decisão presidencial em sessão conjunta de deputados e senadores, mantendo ou alterando a proposta de redução de penas.

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Saúde

Defesa de Bolsonaro pede mudança de horário da fisioterapia na prisão

Foto: Reprodução

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para alterar os horários das sessões de fisioterapia que ele realiza durante os banhos de sol na superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Em decisão de quinta-feira (18), Moraes havia autorizado que as fisioterapias ocorressem junto ao banho de sol. A defesa agora solicita que as sessões sejam feitas após as 18h, para se adequar à agenda do fisioterapeuta Kleber Antônio Caiado de Freitas, que atua em clínica própria e precisa se deslocar até a PF.

Segundo a defesa, o pedido é “meramente organizacional”, feito de boa-fé, e visa conciliar a decisão judicial com a rotina profissional do fisioterapeuta, garantindo que o tratamento de Bolsonaro continue sem comprometer seus atendimentos na clínica.

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Política

Funcarte inicia pagamento de cachês e emendas de 2024 com prioridade para artistas locais

Foto: Secom/PMN

A Fundação Capitania das Artes (Funcarte) começa, na próxima semana, um plano de pagamento para quitar cachês artísticos e emendas referentes a 2024. A medida segue orientação da Prefeitura do Natal, que determinou levantamento detalhado das pendências para organizar um cronograma responsável e transparente.

O plano prioriza artistas locais, além de pequenos e médios fornecedores, reconhecendo a importância desses profissionais para a economia criativa da cidade. O estudo técnico considerou o volume de demandas e a necessidade de manter equilíbrio financeiro sem comprometer as atividades culturais em andamento.

A secretária municipal de Cultura e presidente da Funcarte, Iracy Azevedo, afirmou que a iniciativa é resultado de trabalho criterioso e diálogo com o setor. “Organizamos um cronograma que começa já na próxima semana, com o objetivo de fortalecer a cultura local”, disse.

Com a medida, a Prefeitura avança na organização financeira da política cultural, garantindo previsibilidade, respeito aos profissionais e a continuidade das ações que valorizam a produção artística da cidade.

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Política

Paulinho Freire assina criação da comissão do concurso da Guarda Municipal de Natal

Foto: Rennê Carvalho/Secom

O prefeito de Natal, Paulinho Freire, assinou nesta sexta-feira (19) o termo de criação da Comissão Especial Organizadora do Concurso Público da Guarda Municipal. A assinatura ocorreu no Palácio Felipe Camarão e marca um passo importante para a realização do certame, aguardado há cerca de 20 anos pelos natalenses.

A comissão, coordenada pelas secretarias de Administração (Semad) e de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), será responsável por adotar todas as providências para a realização do concurso, incluindo a condução dos procedimentos para divulgação do edital e definição da banca examinadora contratada.

Paulinho destacou a prioridade da gestão em fortalecer a segurança e valorizar a Guarda Municipal. “Estamos dando um passo decisivo para a realização do concurso. Vamos trabalhar para que aconteça o mais rápido possível e traga benefícios concretos para a cidade”, afirmou o prefeito.

A secretária da Semdes, Samara Trigueiro, e o comandante da Guarda Municipal, Francisco Carlos Fonseca, ressaltaram o caráter histórico da medida e o impacto da renovação do efetivo na segurança pública de Natal. A comissão será composta por nove servidores e a portaria entra em vigor após publicação no Diário Oficial do Município.

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Economia

Nordeste pode virar motor do Brasil com população jovem e energia limpa, aponta Banco Mundial

Foto: Reprodução/TV Globo

Com 80% dos seus 54 milhões de habitantes em idade ativa, o Nordeste tem potencial para impulsionar o progresso do país, aponta o relatório do Banco Mundial Rotas para o Nordeste: Produtividade, Empregos e Inclusão, divulgado no início do mês.

Segundo o estudo, a região pode gerar mais empregos de qualidade e reduzir desigualdades se investir em setores em crescimento, como manufatura e serviços, além de apostar em infraestrutura via parcerias público-privadas.

O relatório destaca avanços na educação: a parcela de trabalhadores com diploma universitário subiu de 9,1% em 2012 para 17% em 2023. Mesmo assim, o Nordeste enfrenta desafios para transformar escolaridade em renda e oportunidades. Entre 2012 e 2022, a taxa de desemprego ficou em 12% e a informalidade em 52%, índices acima da média nacional.

Outro ponto forte da região é a energia limpa: o Nordeste produz 91% da energia eólica e 42% da energia solar do país, o que, segundo o Banco Mundial, pode acelerar um crescimento industrial sustentável e abrir espaço para setores emergentes, como o hidrogênio verde.

O estudo recomenda também políticas para incluir mulheres e grupos marginalizados, já que apenas 41% das mulheres participam da força de trabalho nordestina.

Para transformar o potencial em resultados concretos, o Banco Mundial sugere melhorar a intermediação de mão de obra, estimular o empreendedorismo, atrair investimentos, simplificar burocracia e modernizar infraestrutura de rodovias, ferrovias, redes digitais, água e saneamento.

O relatório alerta que planejamento e fiscalização cuidadosos são essenciais, e reforça o papel do setor privado em parcerias estratégicas para garantir impacto positivo no desenvolvimento da região.

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Geral

Omoda 5: Super Híbrido chega a Natal por R$ 159.990 – Mais potente, mais econômico e mais completo que todos os seus concorrentes

Foto: Divulgação

A Redenção Omoda Jaecoo apresentou oficialmente em Natal o Omoda 5 HEV, o novo SUV híbrido com mais de 1.000 km de autonomia que promete redefinir o segmento de SUVs médios no Brasil. Com preço de lançamento a partir de R$ 159.990, o modelo chega reunindo potência, eficiência e tecnologia premium — características que o tornam mais potente, mais econômico e mais completo que todos os seus concorrentes.

Com design arrojado e linhas futuristas, o Omoda 5 HEV mantém o estilo marcante já visto no E5, mas traz uma dianteira redesenhada para abrigar o novo conjunto híbrido.

O modelo é equipado com um motor 1.5 turbo a gasolina com um sistema elétrico, resultando em uma potência combinada de 224 cv e 30,1 kgfm de torque, com aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos, proporcionando desempenho superior com baixo consumo de combustível. O sistema inteligente alterna automaticamente entre os modos elétrico e a combustão, assegurando uma condução suave, silenciosa e eficiente.

No interior, o Omoda 5 impressiona pelo alto nível de tecnologia e conforto. O painel traz duas telas de 12,3 polegadas integradas, compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, além de carregador por indução de 50 W, sistema de som com seis alto-falantes e comandos de voz inteligentes. O acabamento premium e a chave presencial reforçam a sensação de sofisticação e praticidade.

A chegada do Omoda 5 HEV marca um novo capítulo da Omoda Jaecoo em Natal e fortalece a estratégia global de expansão da marca, que já ultrapassou 540 mil unidades vendidas desde 2023. Um sucesso mundial que agora conquista também o público potiguar.

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Política

Lulinha, vice-líder do PT no Senado e alvos da PF têm convocação protocolada pela CPMI do INSS

Foto: Reprodução

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), protocolou nesta sexta-feira (19) pedidos de convocação de Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha; do senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do Governo no Senado e de outros investigados pela operação Sem Desconto da Polícia Federal, deflagrada na quinta-feira (18). A intenção é trazer novamente os alvos da PF para prestar esclarecimentos à comissão.

O nome de Lulinha voltou à mira da CPMI após nova fase da operação atingir Roberta Luchsinger, amiga do filho do presidente Lula. Segundo a PF, foi paga uma mesada de R$ 300 mil a uma empresa de Luchsinger, referência a “o filho do rapaz” em mensagens, sem detalhar quem seria.

Gaspar também pediu a convocação de Danielle Fontenelles, radicada em Portugal, que atuou em campanhas do PT e teve a agência Pepper investigada por repasse de caixa dois.

Entre os convocados está também Adroaldo da Cunha Portal, ex-secretário-executivo do Ministério da Previdência, exonerado após ser preso na operação, e Gustavo Marques Gaspar, ex-assessor de Rocha, apontado como responsável por assinar procuração dando poderes a Rubens Oliveira Costa, o “homem da mala” do chamado “careca do INSS”.

“Todos esses personagens, em algum momento do meu trabalho na relatoria, apareceram. A maioria já tinha pedido de convocação e até de prisão, mas foram blindados por parte do governo”, afirmou Gaspar à CNN Brasil, criticando a proteção da base governista durante os trabalhos da comissão.

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Economia

Governo Lula recorre a impostos e “receitas extras” para segurar Orçamento de 2026

Foto: Reprodução

O Orçamento de 2026, aprovado pelo Congresso nesta sexta-feira (19), precisou de “receitas extras” para tentar equilibrar as contas e garantir o superávit de R$ 34,3 bilhões. Entre as medidas do governo estão o projeto do devedor contumaz, cobrança de IOF sobre criptoativos, renegociações de dívidas da União e aumento do Imposto de Importação.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que essas medidas são necessárias depois que o Congresso reduziu o pacote fiscal enviado pelo governo. Ele ainda aposta em decisões do STF favoráveis e na tributação de bets, fintechs e Juros sobre Capital Próprio (JCP) para recompor a arrecadação.

Segundo Haddad, o governo trabalha com um “mapa de possibilidades” para compensar a frustração de receitas. A arrecadação com o devedor contumaz e as demais medidas ainda não tem números consolidados, mas devem ser usadas para tentar segurar o Orçamento.

O ministro aproveitou para criticar o passado: disse que herdou déficit de cerca de R$ 180 bilhões, atacou o antigo teto de gastos e afirmou que o Banco Central, sob Gabriel Galípolo, indicado por Lula, recebeu problemas graves herdados das gestões anteriores.

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