Saúde

Mais de 100 especialistas alertaram para falhas em estudo que condenou o uso da cloroquina no mundo

Mais de 100 médicos e estatísticos de vários países lançaram um alerta sobre graves irregularidades no maior estudo sobre a eficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina contra a covid-19. Os responsáveis pela iniciativa exigiram que os dados do trabalho sejam revistos para que ele seja corrigido ou retirado.

O estudo em questão provocou uma tempestade mundial em torno de dois possíveis tratamentos que há poucos meses eram considerados os mais promissores contra a doença, mas que agora parecem ter caído em desgraça. O trabalho foi uma análise de dados anônimos de mais de 96.000 pacientes em 600 hospitais do mundo todo. Concluiu que a cloroquina e a hidroxicloroquina não só não oferecem nenhum benefício para os pacientes, como também podem aumentar o risco de morte em 30%. O trabalho foi publicado na The Lancet, uma das revistas científicas de maior prestígio do mundo.

Como resultado desses dados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu o uso destes medicamentos no estudo clínico Solidarity, que tenta provar a eficácia de diversos tratamentos contra a Covid em hospitais do mundo inteiro. Foi uma suspensão temporária, até que um grupo independente analise os dados e responda se é seguro continuar. Mas depois do anúncio da OMS, a França proibiu o uso desses medicamentos como tratamento e parou os ensaios clínicos em andamento. A Itália também suspendeu seu uso como tratamento e a Bélgica alertou sobre sua utilização fora dos estudos clínicos, de acordo com a Reuters.

Na Espanha, a agência de medicamentos concluiu que o estudo não fornecia provas suficientemente sólidas sobre o risco associado aos dois medicamentos e recomendou que continuem em andamento os ensaios clínicos com esses fármacos no país. Um porta-voz da agência explicou ao EL PAÍS que até agora o órgão não havia recebido nenhum alerta de segurança por parte dos responsáveis por esses ensaios.

VEJA MAIS – Após The Lancet por em dúvida estudo contrário e repercussão de reportagem de jornal britânico ganhar o mundo, OMS anuncia retomada de testes com hidroxicloroquina para covid-19

MUITO GRAVE: The Lancet “põe em dúvida” estudo que levou OMS a suspender cloroquina; investigação do britânico The Guardian pode revelar escândalo

BOMBA: Governos e OMS mudaram suas políticas e tratamentos da Covid-19 com base em dados suspeitos de pequena empresa e estudo da Lancet é questionado, destaca reportagem do The Guardian

A origem inicial do boom que promoveu os dois medicamentos foi um estudo comandado pelo médico francês Didier Raoult, que encontrou benefícios no uso contra a covid-19. A pesquisa, no entanto, foi considerada posteriormente como irregular, mal projetada e muito pouco confiável. Isso não evitou que esses tratamentos fossem apontados como “revolucionários”, nas palavras do presidente dos EUA, Donald Trump, que anunciou que toma hidroxicloroquina para se proteger do coronavírus, sendo seguido, posteriormente, pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. No momento, não existe nenhuma prova sólida de que esses medicamentos funcionem contra a doença. Existem apenas dados parciais apontando que eles podem aumentar o risco de arritmias em pacientes graves.

O último estudo, que condenou o uso da cloroquina e hidroxicloroquina, “tem um nível de inconsistências alarmante”, alerta Pedro Alonso, diretor do programa de malária da OMS, ao EL PAÍS. “Há enormes dúvidas sobre a qualidade desse trabalho e tanto seus autores como a revista que o publicou vão ter de prestar contas”, ressalta.

A cloroquina e sua derivada são usadas para combater a malária há décadas e têm um perfil de segurança muito alto, lembra Alonso. Além disso, esses medicamentos são utilizados para combater doenças autoimunes como o lúpus. “Até agora não sabemos se funcionam ou não contra a covid-19, mas a solução não é interromper os ensaios com esses medicamentos e, sim, seguir adiante com eles, pois precisamos de bons ensaios clínicos controlados e randomizados para saber se oferecem algum benefício, principalmente para a segunda onda da doença”, considera Alonso.

O estudo em questão é assinado por Mandeep Mehra, do Hospital Brigham de Mulheres de Boston; Frank Ruschitzka, do Hospital Universitário de Zurique; Amit Patel, do departamento de bioengenharia da Universidade de Utah, e Sapan Desai, da empresa Surgisphere, que forneceu os dados anônimos dos 96.000 pacientes incluídos no estudo.

Mas o trabalho tem inconsistências, como o tratamento dos dados, que não foram publicados para que possam ser analisados pelo restante da comunidade científica, e a ausência de um comitê de ética para verificar se o tratamento dos dados dos pacientes está de acordo com a lei, segundo a carta aberta publicada quinta-feira, assinada por mais de 120 médicos, bioestatísticos e pesquisadores biomédicos e enviada à direção da revista The Lancet.

O estudo não dá informações detalhadas sobre os hospitais de cada país de onde vêm os dados, afirmam os signatários. Além disso, utiliza doses de cloroquina e hidroxicloroquina que são em média 100 miligramas mais altas do que as recomendadas pela agência de medicamentos dos EUA, acrescentam.

Na Austrália, o estudo considera um número de pacientes mortos (73 até 23 de abril) que é superior ao registrado em todo o país até essa data pela Universidade Johns Hopkins, segundo o jornal The Guardian. Na África, inclui 25% de todos os infectados que havia no continente e 40% de todos os falecidos, o que significaria, pela expressividade da amostra, que eles teriam acordos para poder acessar os dados computadorizados detalhados dos pacientes, algo que os signatários da carta consideram “pouco provável” —e Alonso considera “impossível”— dado o baixo grau de digitalização de muitos hospitais no continente. O estudo reúne informações de pacientes de seis continentes e, apesar das diferenças entre eles, a incidência de doenças prévias, como diabetes e os problemas cardiovasculares, é “extraordinariamente pequena”, assinala a carta.

Os signatários exigem que a empresa Surgisphere forneça todos os dados e que uma comissão independente da OMS ou outro organismo independente os analise. Também pedem à revista que cumpra os compromissos que assinou sobre dados públicos e publique também os detalhes da revisão desse estudo por especialistas independentes.

Na tarde de sexta-feira, a The Lancet publicou uma correção, alterando o número de pacientes analisados na Ásia (8.101 em vez de 4.402) e na Austrália (63), mas sem mudar os resultados principais do estudo.

Mandeep Mehra, cardiologista do Brigham e primeiro autor do estudo, disse ao EL PAÍS que, além das correções, foi iniciada uma “revisão independente dos dados”, acrescentando: “Os resultados e conclusões do trabalho continuam sendo os mesmos”. A Surgisphere, empresa responsável pelo banco de dados, defendeu em um comunicado enviado ao EL PAÍS a validade de seu sistema, baseado no estabelecimento de acordos de colaboração com 1.200 hospitais de 45 países para que lhe deem acesso a dados anônimos de pacientes, e garantiu que cumpre as principais normas internacionais de proteção de dados.

Bloqueio de ensaios clínicos

O trabalho deu um golpe fatal em muitos dos ensaios clínicos que estavam em andamento. Isto, por sua vez, pode fazer com que nunca se saiba se, de fato, esses medicamentos podem ajudar contra a covid-19, possivelmente em doses que não sejam altas e com pacientes que não apresentam anomalias no batimento cardíaco. Para isso, são necessários ensaios controlados —nos quais um grupo não toma o medicamento ou toma um placebo— e randomizados, ou seja, cada paciente é colocado aleatoriamente em um dos grupos.

“Uma questão muito importante agora é que as pessoas com poder científico na organização de saúde apostaram em diferentes medicamentos que estão sendo testados em estudos randomizados”, afirma Julián Pérez Villacastín, presidente eleito da Sociedade Espanhola de Cardiologia. “[Os estudiosos da cloroquina e hidroxicloroquina] fizeram um investimento enorme e estão no meio do caminho, e em alguns casos, estão sendo forçados a parar. Além disso, têm o problema de que no início havia muitos pacientes e, com isso, poderiam ser obtidos resultados confiáveis em um prazo relativamente curto. Mas o que aconteceu é que o recrutamento ficou muito mais lento porque o número de pacientes diminuiu. Está sendo muito difícil concluir os estudos e muitos poderão não ser concluídos nunca”, assinala. Alonso ressalta também que, devido aos dados do estudo publicado na The Lancet, os pacientes não queiram participar de ensaios por “medo”.

El País

 

Opinião dos leitores

  1. Para vocês pensarem por que não vêem isso aqui nos jornais. Apreciem o Lancet la no final.
    1) May 20, 2020 – Times of India – Hydroxychloroquine research shows some promise in interim study conducted by Telangana Govt – An interim report prepared by the Telangana Government has yielded promising results on the efficacy of prophylactic use of Hydroxychloroquineor HCQ, as it s popularly known on preventing COVID-19…

    2) Este é o melhor relatório de todos, pois estabelece protocolos caso seja ministrada, embora não recomende o uso devido aos testes não serem ainda completos.
    Last Updated: May 12, 2020 – USA/NIH COVID-19 Treatment Guidelines – Potential Antiviral Drugs Under Evaluation for the Treatment of COVID-19 – Chloroquine/Hydroxychloroquine: The Panel recommends against using high-dose chloroquine (600 mg twice daily for 10 days) for the treatment of COVID-19 (AI), because the high dose carries a higher risk of toxicities than the lower dose.

    3) Este foi noticiado aqui com alarde, porque não recomenda o uso, e como sempre, aceito como verdade por quem não lê ou acredita na imprensa. Mas é só um artigo do professor de Epidemiologia e Bioestatistica, Rosemberg. Na conclusão ele mesmo diz que o estudo teve inúmeras limitações, principalmente na coleta de dados. A Dra. Elizabeth, co-autora, é esposa de um cientista que trabalha numa pesquisa financiada sobre o Rendesivir. Dá o que pensar.
    JAMA May 11, 2020 – Association of Treatment With Hydroxychloroquine or Azithromycin With In-Hospital Mortality in Patients With COVID-19 in New York State

    4) 07ABRIL2020 PFARMA – Hidroxicloroquina apresenta bons resultados contra o coronavírus – A hidroxicloroquina (HCD), um derivado menos tóxico da cloroquina, demonstrou boa eficácia na inibição do novocoronavírus SARS-CoV-2. – Um artigo publicado na Nature revisou sete estudos de ensaios clínicos, publicados no Chinese Clinical Trial Registry, para o uso do hidroxicloroquina no tratamento do COVID-19.

    5) Thursday, April 9, 2020
    NIH clinical trial of hydroxychloroquine, a potential therapy for COVID-19, begins. Search identifier NCT04332991

    6) 18 March 2020 – Nature – Hydroxychloroquine, a less toxic derivative of chloroquine, is effective in inhibiting SARS-CoV-2 infection in vitro

    7) E olha só. O Lancet hoje faz pouco caso da hidroxicloroqiuna/cloroquina, mas recomendava a aplicação sem mencionar os efeitos colaterais.
    February, 2006 – The Lancet – New insights into the antiviral effects of chloroquine. Effects of chloroquine on viral infections: an old drug against today's diseases?.
    2005 – Chloroquine is a potent inhibitor of SARS coronavirus infection and spread.
    2004 – In vitro inhibition of severe acute respiratory syndrome coronavirus by chloroquine.

  2. Quantas vidas poderiam ser poupadas se não fossem essa resistência idiota de pseudo cientistas e imprensa tendenciosa, com viés ideológicos e extremista reverberando lorota contra as evidencias clinicas favoráveis ao protocolo na fase precoce !!!

  3. O Presidente esteve certo desde o início da Pandemia, ainda no mês de março. Mas aí veio à esquerda, politizou a Pandemia, inventou que a Cloroquina era da direita ……. Agora estamos vendo que a Cloroquina é o "cara"!

  4. Temos que correr contra o tempo e passar a usar a cloroquina urgente e a ivermectina, depois eu falo que Bolsonaro tem razão

  5. São corruptos que querem receber mais propina dos laboratórios com a venda de remédios mais caros. Viva o Presidente Bolsonaro.

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Geral

CPMI do INSS: governo Lula tem 1ª derrota com escolhas de presidente e relator; veja lista de integrantes

Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O senador Carlos Viana (Podemos-MG, foto em destaque) foi escolhido nesta quarta-feira (20/8) para presidir a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A escolha foi uma reviravolta: consolidou uma vitória para a oposição e a primeira derrota para governistas e para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que havia indicado o senador Omar Aziz (MDB-AM) para presidir os trabalhos. O grupo alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro comemorou aos gritos de: “A farra do PT está acabando”.

Viana foi eleito por 17 votos a 14, que foram para Aziz. Logo depois de ser escolhido como presidente, o senador designou como relator o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), em derrota para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que havia indicado o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO).

Farra do INSS

  • O escândalo do INSS foi revelado pelo site Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
  • Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
  • As reportagens do site Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).

A CPMI reúne 32 integrantes, entre deputados e senadores, tanto da base do governo quanto da oposição. O colegiado ainda contará com o mesmo número de suplentes.

Saiba quem são os integrantes da CMPI:

Senadores titulares:

  • Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da comissão;
  • Omar Aziz (PSD-AM);
  • Renan Calheiros (MDB-AL);
  • Eduardo Braga (MDB-AM);
  • Styvenson Valentim (PSDB-RN);
  • Eliziane Gama (PSD-MA);
  • Chico Rodrigues (PSB-RR);
  • Jorge Seif (PL-SC);
  • Izalci Lucas (PL-DF);
  • Eduardo Girão (Novo-CE);
  • Rogério Carvalho (PT-SE);
  • Fabiano Contarato (PT-ES);
  • Leila Barros (PDT-DF);
  • Tereza Cristina (PP-MS); e
  • Damares Alves (Republicanos-DF).

Senadores suplentes:

  • Alessandro Vieira (MDB-SE);
  • Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB);
  • Oriovisto Guimarães (PSDB-PR);
  • Otto Alencar (PSD-BA);
  • Nelsinho Trad (PSD-MS);
  • Magno Malta (PL-ES);
  • Marcos Rogério (PL-RO);
  • Rogério Marinho (PL-RN);
  • Randolfe Rodrigues (PT-AP);
  • Teresa Leitão (PT-PE);
  • Augusta Brito (PT-CE);
  • Ciro Nogueira (PP-PI); e
  • Cleitinho (Republicanos-MG).

Deputados titulares:

  • Coronel Chrisóstomo (PL-RO);
  • Coronel Fernanda (PL-MT);
  • Adriana Ventura (Novo-SP);
  • Paulo Pimenta (PT-RS);
  • Alencar Santana (PT-SP);
  • Sidney Leite (PSD-AM);
  • Ricardo Ayres (Republicanos-TO);
  • Romero Rodrigues (Podemos-PB);
  • Mário Heringer (PDT-MG);
  • Bruno Farias (Avante-MG); e
  • Marcel Van Hattem (Novo-RS).

Deputados suplentes:

  • Zé Trovão (PL-SC);
  • Fernando Rodolfo (PL-PE);
  • Bia Kicis (PL-DF);
  • Rogério Correia (PT-MG);
  • Orlando Silva (PCdoB-SP);
  • Carlos Sampaio (PSD-SP);
  • Thiago Flores (Republicanos-RO);
  • Mauricio Marcon (Podemos-RS);
  • Lucas Redecker (PSDB-RS); e
  • Josenildo (PDT-AP).

Metrópoles

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Geral

57% acham que Brasil está indo na direção errada, diz pesquisa Quaest

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) aponta que 57% dos entrevistados acreditam que o Brasil está indo na direção errada. Os que pensam que está na certa representam 36%.

Os que não sabem ou não responderam somam 7%.

As opiniões não sofreram grandes alterações em relação à última pesquisa, realizada em julho deste ano. Na época, os que responderam que o país segue na direção errada somam 58%, em uma variação de um ponto percentual quando comparada a hoje.

Já os que disseram que o Brasil avança na direção correta totalizavam 34% na época, dois pontos percentuais a menos do que os atuais 36%.

Os que não sabem ou não responderam saíram de 8% para 7%.

Ao longo da série histórica, os números passaram a mudar este ano no mês de maio, quando a opinião de que o Brasil ia na direção errada era compartilhada por 61%, e passou a diminuir posteriormente. Na mesma época, a direção certa marcava 32%, e passou a subir nas próximas pesquisas de julho e agosto.

O levantamento ouviu 2.004 pessoas presencialmente entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

O Brasil está indo na direção certa ou na direção errada?

  • Errada: 57% (58% em julho)
  • Certa: 36% (34% em julho)
  • Não sabe/não respondeu: 7% (8% em julho)

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Política

INSS: Rogério Marinho confirma instalação de CPMI após vitória da oposição

O senador Rogério Marinho (PL-RN) anunciou nesta quarta-feira (20), em suas redes sociais, que será instalada uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), após o governo ser derrotado na eleição para presidência do colegiado.

Segundo Marinho, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) venceu a disputa contra Omar Aziz (PSD-AM) por 17 votos a 14. O relator da comissão será o deputado Dr. Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).

O parlamentar afirmou que a comissão terá como objetivo apurar responsabilidades “sem seletividade” e apresentar os culpados. “Vamos apurar e apresentar os culpados sem seletividade. Fazer justiça”, escreveu Marinho.

Opinião dos leitores

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Brasil

51% desaprovam governo Lula e 46% aprovam, diz Quaest

Foto: Reprodução

Pesquisa da Quaest divulgada nesta 4ª feira (20.ago.2025) mostra uma ligeira recuperação da popularidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A desaprovação oscilou 2 pontos percentuais para baixo, passando de 53% na pesquisa de julho para 51%.

Os entrevistados que disseram aprovar a gestão do petista passaram de 43% em julho para 46% em agosto. Os resultados estão dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais, de 13 a 17 de agosto. O nível de confiança é de 95%.

Eis o cenário completo para a pergunta “Você aprova ou desaprova o trabalho que o presidente Lula está fazendo?”:

  • aprovam: 46% (eram 43% na pesquisa de julho);
  • desaprovam: 51% (eram 53%);
  • não sabem/não responderam: 3% (eram 4%).

A aprovação cresceu no Nordeste, entre mulheres, pobres, menos instruídos e católicos.

Eis as respostas à pergunta: “Como você avalia o trabalho que o presidente Lula está fazendo?”:

  • negativo: 39% (eram 40%);
  • positivo: 31% (eram 28%);
  • regular: 27% (eram 28%);
  • não sabem/não responderam: 3% (eram 4%).
  • Para 43% dos entrevistados, o governo Lula está melhor que o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Eis o cenário completo para a pergunta “Na sua opinião, o governo Lula está melhor, igual ou pior do que o governo Bolsonaro?”:

    • melhor: 43% (eram 40%);
    • pior: 38% (eram 44%);
    • igual: 16% (eram 13%);
    • não sabem/não responderam: 3% (eram 3%).

    Mais da metade (57%) disse que o Brasil está indo na direção errada.

    Eis o cenário completo:

    • errada: 57% (eram 58%);
    • certa: 36% (eram 34%);
    • não sabem/não responderam: 7% (eram 8%).

Poder360

Opinião dos leitores

  1. A turma da direita e esquerda sempre criticam os institutos que não agradam, mas nunca vi criticarem o método. Será que são analfabetos em métodos estatísticos? Imagino que ao menos o ensino médio eles detêm 🤣

  2. Essa pesquisa está totalmente equivocada, como é que 57% dizem que o Brasil está na direção errada e a aprovação do Governo é 51% se o Governo está errado não poderia ter essa aprovação deveria está com 36% como afirma os que dizem que está no caminho certo. Área pesquisa era pra ser 57% DESAPROVA E 33% aprova.

  3. Um sujeito que não consegue sair a rua, todo dia fala mais besteira, não enxerga as puladas de cerca de alguém muito próximo, senil, e vcs querem que a gente acredite nessas pesquisas kkkkkk, mais fácil acreditar que vai ter ajuda de amigos muito influentes.

  4. Se Quaest diz que a reprovação é esse percentual, então é muito maior, pois aí é um instituto de pesquisa com viés ideológico de esquerda.

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Polícia

VÍDEO: Homem é retirado de casa por membros de facção e encontrado morto em Natal

Vídeo: Reprodução

Um homem foi encontrado morto, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (20), na zona Oeste de Natal. A vítima, identificada como Antônio Dias da Silva, de 37 anos, foi localizada no pé de um morro na Rua Pastor Josino Galvão, no bairro Felipe Camarão.

De acordo com a Polícia Militar, o corpo apresentava sinais de violência, especialmente no rosto. Os agentes chegaram ao local após receberem uma denúncia anônima de populares, que relataram a presença da vítima na região.

Segundo informações confirmadas pela família, Antônio foi retirado de casa ainda na noite anterior por homens armados que seriam membros de facções criminosas. Populares também disseram, sem gravar entrevista, que o homem pode ter sido morto durante um tiroteio registrado na mesma noite no bairro.

A Polícia Civil esteve no local para colher informações que ajudem a esclarecer a autoria e a motivação do crime. Após o trabalho da perícia, o corpo foi recolhido e levado para a sede do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), onde passará por exames mais detalhados.

Ponta Negra News

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Brasil

[VÍDEO] AS PESSOAS ESTÃO LOUCAS: Casais saem no soco em disputa por vaga de estacionamento em SP

 

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Vídeo: Reprodução 

Uma briga por vaga de estacionamento no bairro Carrão, Zona Leste de São Paulo, terminou em socos, puxões de cabelo e até uma mulher sendo arrastada por um carro no domingo (17).

Populares intervieram, mas a confusão só acabou quando os envolvidos foram ao 31º DP. O casal de um carro preto e a mulher de um Polo prata prestaram depoimento, mas ninguém quis prosseguir com o caso.

Segundo a polícia, os relatos foram conflitantes e todos foram liberados.

Paulo Mathias

Opinião dos leitores

  1. O marido, amigo ou namorado dessa senhora que tá caída no chão é um Zé Ruela, um frouxo, um babaca, a moça apanhando do casal e ele com braços de alface querendo segurar o marido da outra. Dou figa!

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Cidades

Médico Paulo José Faria Carrilho está desaparecido desde 18 de agosto

Foto: Divulgação

O médico Paulo José Faria Carrilho está desaparecido desde a última segunda-feira, 18 de agosto de 2025.

Segundo os familiares, ele não deu mais notícias e as buscas seguem em andamento.

Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro do médico deve entrar em contato, com urgência, pelo número (84) 99133-0522.

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Geral

Ellas em Talk traz Luiza Brunet e especialistas para debater independência liderança, saúde e combate à violência contra a mulher em Natal

Foto: Divulgação 

O Ellas em Movimento realiza no próximo dia 29 de agosto, no Natal Shopping, o evento Ellas em Talk, um encontro que vai reunir grandes nomes nacionais e locais em um espaço de diálogo sobre independência financeira, liderança, saúde, bem-estar e enfrentamento à violência contra a mulher.

Entre as presenças confirmadas está a atriz, empresária e ativista Luiza Brunet, referência nacional na defesa dos direitos das mulheres. Luísa será uma das atrações do Palco Cinema, ao lado da especialista em harmonização facial Mariana Rios, e da médica ginecologista Anaísa Dantas.

Também sobem ao palco a vice-prefeita de Natal, Joanna Guerra, e a secretária de Políticas Públicas para as mulheres de Natal, Andreia Dias, que compõem a grade de convidadas deste espaço.

No Palco Mall, o público poderá acompanhar uma programação extensa, incluindo três grandes painéis temáticos:
• Violência contra a Mulher: reunindo a promotora de Justiça Érica Canuto, o deputado estadual e delegado de polícia Adjuto Dias, e a advogada Sâmua Martins, especialista em processos de divórcio de mulheres em situação de violência, em um debate sobre proteção, justiça e políticas públicas de enfrentamento.
• Liderança Feminina: com a especialista em marketing Diana Peta e outras lideranças convidadas, discutindo os caminhos e desafios para o protagonismo das mulheres nos negócios e na sociedade.
• Saúde e Bem-Estar Feminino: com a participação de Mariana Rios e da ginecologista Dra. Anaísa Dantas, abordando os cuidados essenciais para a saúde integral da mulher.

O Ellas em Talk é uma iniciativa do projeto Ellas em Movimento, que tem como missão promover educação empreendedora, conhecimento, inspiração e transformação através de encontros voltados para mulheres, organizados pelas sócias Débora de Castro, Suzy Noronha e Raffaela Rosito.

Com uma programação que une experiência, troca e empoderamento, o evento promete ser um marco no calendário de discussões sobre o protagonismo feminino no Rio Grande do Norte.

Ingressos a venda do link http://www.sympla.com.br/event__3067949

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Judiciário

Homem que chamou Lula de “ladrão” é intimado pela Justiça

Foto: Reprodução

O morador de Campos dos Goytacazes (RJ) Igor de Oliveira Rodrigues foi intimado pela Justiça Federal para acordo com o Ministério Público Federal sobre o episódio em que chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “ladrão” durante a passagem da comitiva presidencial pela BR-101.

O caso ocorreu em abril deste ano e Igor chegou a ser detido pela PF (Polícia Federal) na rodovia. A situação foi gravada por celular.

Igor Rodrigues é uma liderança da direita em Campos dos Goytacazes e integrante do movimento Amor pelo Brasil. Ele emparelhou seu carro com o comboio presidencial e proferiu ofensas contra Lula.

A Polícia Federal considerou a atitude suspeita e conduziu Igor até a delegacia local. Após prestar depoimento, ele foi liberado. O caso foi registrado como possível crime de injúria.

Agora, o MPF (Ministério Público Federal) oferece uma proposta de transação penal. A audiência foi marcada para 18 de setembro.

A proposta de transação penal é um acordo oferecido pelo Ministério Público em casos de crimes de menor potencial ofensivo nos Juizados Especiais Criminais.

Nesse acordo, o autor do fato (réu em potencial) aceita cumprir uma pena restritiva de direitos ou multa, em vez de responder a um processo criminal.

Se a transação for aceita e cumprida, o processo é extinto, e o indivíduo não terá antecedentes criminais ou reincidência, pois não há condenação formal.

À CNN, Igor Rodrigues diz que exerceu liberdade de expressão.

“Fui acusado de injúria, mas minha fala não teve a intenção de ofender a honra pessoal do presidente. Apenas exerci meu direito de liberdade de expressão, manifestando uma crítica política e minha indignação. O presidente foi descondenado, não inocentado, e essa é uma informação pública. Além disso, figuras públicas como Marina Silva, Geraldo Alckmin e Silas Malafaia já fizeram declarações semelhantes. Minha manifestação foi uma opinião política, não um ataque pessoal”, afirmou.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Que país é esse gente??? Fachin agora presidente da corte poderia responder essa pergunta: Lula é inocente?

  2. ### 📌 Liberdade de expressão no Brasil

    * A **Constituição Federal (art. 5º, IV e IX)** garante a liberdade de expressão.
    * Mas essa liberdade **não é absoluta**.
    * Ela **encontra limites** quando atinge direitos de terceiros, como a **honra, imagem e dignidade da pessoa humana**.

    ### 📌 Difamação, calúnia e injúria (Código Penal)

    1. **Calúnia (art. 138)**: acusar alguém de crime sem prova.
    👉 Ex.: chamar alguém de *“ladrão”* ou *“pedófilo”* sem comprovação.

    2. **Difamação (art. 139)**: atribuir fato ofensivo à reputação de alguém (mesmo que não seja crime).

    3. **Injúria (art. 140)**: xingar ou ofender diretamente a dignidade de alguém (*“safado, vagabundo”* etc).

    🔎 Todos são crimes contra a honra, com pena prevista em lei.

    ### 📌 Crítica x Ofensa

    * **Crítica política** é permitida → Ex.: *“Não concordo com a forma que o presidente administra”*.
    * **Ofensa criminosa** não é permitida → Ex.: *“Fulano é ladrão/pedófilo”* sem decisão judicial.

    ### 📌 Aplicando ao caso do Presidente Lula

    * Quando ele diz que chamar alguém de ladrão, pedófilo ou traficante **não é liberdade de expressão**, ele está correto **do ponto de vista legal**.
    * Quem faz isso **precisa provar ou pode responder criminalmente**.

    ✅ **Resumo direto**:
    No Brasil, você pode **criticar ideias e governos**, mas não pode **atribuir crimes a alguém sem prova**. Isso deixa de ser liberdade de expressão e passa a ser **crime contra a honra**.

    Quer que eu te mostre exemplos práticos de **como diferenciar uma crítica política legal de uma ofensa criminosa**?

  3. Lula é Ladrão, provo com o meu contracheque onde é descontado 28% do meu salário bruto para tapar o rombo que fizeram no meu fundo de pensão, e aí, é ou não é? Se pesquisarem no Google terão a exata resposta de quem foi que roubou os fundos de pensões…

  4. Linda essa democracia da esquerda, dá gosto de se ver. O bandido é condenado em 3 instâncias por colegiados e não pode ser chamado pelo título que lhe cabe. Parabéns aos envolvidos! Obrigado nordeste!

  5. Bolsonaro foi chamado de genocida, miliciano, fizeram uma bola com a cabeça dele… nada disso a justiça viu.

  6. Caramba, se for prender todo mundo do que chama LULADRAO de ladrão ou que ele é o chefe da quadrilha de PTralhas, tem que construir mais de 100 milhões de cadeias. Kkkkk

  7. Para prender todos os brasileiros que chamam Lula de ladrão tem que fechar os estádios de todas as cidades e ainda assim não caberão tanta gente.🇧🇷🤠💄

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Cidades

Prefeitura aguarda repasse federal para concluir obra na Pedra do Rosário

Foto: Anderson Régis

A Pedra do Rosário, um dos ícones mais importantes da fé no Rio Grande do Norte, está aguardando a conclusão de uma obra essencial para a comunidade religiosa e turística de Natal. A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) informou que a obra, que já está 51,7% concluída, só será retomada quando o Governo Federal liberar o repasse de R$5,5 milhões. Conforme a pasta, a prefeitura depende desse valor para a conclusão da última etapa da obra, a construção da Estação Turística/Religiosa Pedra do Rosário, que é a Meta 4 do projeto.

O projeto total, orçado em mais de R$30 milhões, foi dividido em quatro metas e formalizado em parceria entre a Prefeitura de Natal e o Governo Federal. As obras começaram em Novembro de 2023. Conforme a Seinfra, até o momento, todo o entorno da Pedra já foi concluído, restando apenas a construção da estação turística religiosa, prevista para dar maior estrutura ao local e à visitação dos fiéis e turistas.

A Pedra do Rosário é um ponto de devoção para os natalenses e outros fiéis do estado. Todos os anos, no dia 21 de novembro, ocorre uma missa tradicional que marca as celebrações em homenagem a Nossa Senhora da Apresentação, Padroeira de Natal. O local, que também atrai turistas devido à vista panorâmica do Rio Potengi e o famoso pôr do sol, é considerado um símbolo cultural e religioso de grande importância para a cidade.

De acordo com o padre Bianor Júnior, pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, a obra tem um significado profundo para a fé dos potiguares: “Ela se torna de fato um ícone importante para a fé do povo potiguar. A imagem de Nossa Senhora chegou nas águas do Rio Potengi para ser a padroeira da cidade e da arquidiocese. É um ícone de extrema importância para nossa devoção religiosa.”

Apesar da relevância da obra para a comunidade, o andamento da construção tem gerado apreensão entre os fiéis, especialmente pela falta de um prazo definido para sua conclusão. A prefeitura se reúne com a Arquidiocese de Natal para discutir os rumos das obras. “Não temos prazo. Apenas nos informam que existem questões burocráticas das licenças que precisam ser concluídas para dar andamento aos trabalhos”, explicou o padre Bianor. A falta de clareza sobre o tempo de conclusão da obra tem deixado a comunidade insegura, especialmente com relação ao tradicional evento religioso de 21 de novembro, quando a imagem de Nossa Senhora da Apresentação é homenageada no local.

Tribuna do Norte

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