Política

Pesquisa XP/Ipespe: Bolsonaro volta aos 30% de aprovação, enquanto 24% consideram regular e 45% desaprovam; avaliação no Nordeste apresenta melhora relevante

Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) experimentou, nos últimos dias, uma melhora em seus níveis de aprovação junto ao eleitorado, a despeito do quadro ainda grave da pandemia do novo coronavírus e de seus impactos econômicos observados. É o que mostra a mais recente edição da pesquisa XP/Ipespe, feita entre os dias 13 e 15 de julho.

Segundo o levantamento, após atingir a mínima de 25% de avaliações positivas em maio, o mandatário viu o indicador crescer gradativamente até atuais 30%. É a melhor marca desde 24 de abril, quando 31% dos eleitores classificavam o governo como ótimo ou bom, e o mesmo patamar visto em março deste ano ou setembro de 2019. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais.

As avaliações negativas, por sua vez, atingiram 45%, em uma queda de 5 pontos percentuais em relação à máxima de meados de maio. Apesar da melhora, o saldo das avaliações positivas e negativas do presidente – hoje de -15 p.p. – ainda é significativamente pior do que o registrado antes da covid-19 ser declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março.

Em fevereiro, o grupo de eleitores que classificavam o governo como ruim ou péssimo superava em 2 p.p. o grupo dos que avaliavam a gestão como ótima ou boa. No segundo mês de gestão, Bolsonaro contava com vantagem de 23 p.p. das avaliações positivas sobre as negativas. O saldo foi diminuindo a cada nova pesquisa até se tornar negativo em maio de 2019.

Os dados abertos mostram que cresceu a participação da população com renda de até dois salários mínimos sobre o grupo que avalia positivamente a atual gestão. Antes da pandemia, o eleitorado mais pobre respondia por cerca de 46% de toda a base que avalia o governo como ótimo ou bom. Esse número passou para em média 48% e agora atingiu praticamente 50%.

A melhora no desempenho do presidente junto aos mais pobres coincide com a concessão do auxílio emergencial de R$ 600, pago a trabalhadores informais, desempregados e beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família durante a crise da covid-19. Inicialmente, foram aprovadas três parcelas, mas o governo prorrogou o benefício por mais dois meses.

A ideia agora é criar um programa permanente de renda mínima a partir da unificação de programas sociais já existentes. Com isso, o governo pretende ampliar a base de contemplados pelo Bolsa Família e os valores repassados, sem que isso implique em impacto fiscal adicional. Analistas observam potenciais dividendos políticos com o movimento.

Segundo a pesquisa XP/Ipespe, também houve melhora relevante na avaliação do presidente junto ao eleitorado do Nordeste, que responde por 27% da amostra da pesquisa. Deste grupo, 27% classificam a gestão como ótimo ou boa – melhor marca desde fevereiro, antes da crise sanitária. O presidente também melhorou seu desempenho, mesmo que dentro da margem de erro, em todas as demais regiões.

No recorte por gênero, a recuperação de Bolsonaro se deu entre os homens, ampliando o abismo observado desde a corrida presidencial. Hoje, o governo é avaliado positivamente por 36% dos homens e 24% das mulheres. Em maio, essa diferença chegou a ser de 15 pontos percentuais.

Recuperação

O levantamento também mostra uma melhora na percepção da população sobre os rumos da economia. Em dois meses, o percentual de eleitores que acreditam que o país está no caminho certo nesta área saltou de 27% para 33%. De igual modo, as avaliações de que Bolsonaro é o maior responsável pela situação atual foram de 24%, em junho, para atuais 19%.

O movimento coincide com uma avaliação mais otimista do eleitorado sobre a manutenção do emprego e das perspectivas com relação às próprias dívidas – embora, no segundo caso, o grupo dos que esperam um aumento do próprio endividamento continue sendo maioria.

Segundo a pesquisa, em dois meses, caiu de 54% para 46% o grupo de respondentes que acredita ser pequena ou muito pequena a chance de manter o emprego atual nos próximos seis meses. No mesmo período, cresceu de 39% para 46% o grupo dos que acreditam que essa possibilidade é alta.

De acordo com o levantamento, o medo da população com o coronavírus tem diminuído, a despeito da persistência do Brasil em registros de mais de 1.000 mortes diárias. Ainda assim, a preocupação com a doença continua sendo a tônica da maioria. Questionados sobre o momento em que o país se encontra na crise, 53% acreditam que o pior ainda está por vir, ao passo que 39% entendem que o pior já passou. Em maio, esses grupos correspondiam a 68% e 22% da população, respectivamente.

Ainda sobre a pandemia, saltou de 52% para 58% o percentual de entrevistados que concordam com as medidas de flexibilização do isolamento social adotadas por diversos governadores e prefeitos, a despeito de algumas localidades do país estarem enfrentando um crescimento na curva de contágios e óbitos.

Tal percepção também se refletiu em uma leve melhora na avaliação sobre a atuação de Bolsonaro no enfrentamento ao novo coronavírus. Em maio, 58% adotavam postura crítica e 21% avaliavam positivamente. Hoje, 52% classificam a posição do presidente como ruim ou péssima e 25%, como boa ou ótima.

Por outro lado, a percepção sobre a atuação dos governadores, antagonistas do presidente nesta crise sanitária, piorou e atingiu a pior marca desde o início da pandemia ao registrar 39% de avaliações positivas e 28% negativas.

O movimento se refletiu em uma perda de apoio dos governadores em quase todas as regiões do país. No Sudeste, as avaliações negativas voltaram a superar numericamente as positivas – o que não acontecia desde março. Apenas a região Sul apresentou comportamento estável.

Modelo “paz e amor” aprovado

A melhora na popularidade de Bolsonaro coloca o presidente, em termos de aprovação, próximo aos patamares de antes da saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. À época, o ex-juiz da Lava Jato acusou o mandatário de tentar interferir politicamente na Polícia Federal. O caso deu origem a um inquérito ainda em fase de apuração na Procuradoria Geral da República.

A pesquisa XP/Ipespe deste mês mostra uma recuperação do governo federal quanto à percepção dos eleitores sobre a política de combate à corrupção, mas os números seguem distantes do que se observou no início da gestão ou mesmo no último mês com Sérgio Moro no comando da pasta.

Segundo o levantamento, de junho pra cá, caiu de 47% para 43% o grupo de eleitores que acreditam que a corrupção terá aumentado nos próximos seis meses. No mesmo período, se manteve em 21% o percentual daqueles que entendem que os crimes de colarinho terão diminuído. Em março, os grupos correspondiam, respectivamente, a 30% e 27%. Já no primeiro mês de governo, eram 16% e 54%.

De acordo com o levantamento, 77% dos entrevistados tomaram conhecimento da investigação envolvendo o ex-policial militar Fabrício Queiroz, amigo da família presidencial e ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e 76% souberam que ele e a esposa, Márcia Aguiar, tiveram suas prisões transformadas em domiciliares.

Queiroz é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como operador financeiro de um suposto esquema de “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro à época em que o atual senador era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A pesquisa mostra que 68% dos entrevistados discordam da prisão domiciliar concedida ao casal amigo do clã-Bolsonaro. Questionados sobre quem está mais envolvido com Queiroz, 61% dos eleitores acreditam ser o próprio senador Flávio Bolsonaro. Outros 8% apontam o presidente Jair Bolsonaro e 4% dizem que o caso é restrito ao ex-assessor.

Para 35%, a continuidade das investigações sobre Queiroz e o esquema de “rachadinhas” no gabinete do filho do presidente pode afetar muito o governo Jair Bolsonaro. Outros 54% acreditam que o caso afetará um pouco ou não terá efeito sobre a atual gestão.

Questionados sobre como Bolsonaro deve agir em relação ao Congresso Nacional, apenas 22% defendem o endurecimento de posições e o discurso contra a política tradicional, ainda que isso signifique dificuldades na relação. Outros 40% apoiam uma flexibilização para aprovar sua agenda, ainda que isso signifique um afastamento do discurso inicial. E 25% entendem que o mandatário deve manter a relação com o parlamento como está.

Desde o agravamento da crise do coronavírus, Bolsonaro aprofundou uma investida em direção a lideranças do chamado “centrão”. O movimento coincidia com uma perda de popularidade e com o aumento de pedidos de impeachment contra o presidente protocolados junto à Câmara dos Deputados, além do próprio avanço de investigações contra o mandatário e seu entorno.

O flerte de Bolsonaro com o bloco contou com uma bateria de reuniões com lideranças partidárias e com a oferta de cargos cobiçados na administração pública, tendo a recriação do Ministério das Comunicações e sua oferta ao deputado Fábio Farial (PSD-RN) seu exemplo mais eloquente.

Antes deste movimento, porém, indicados do “centrão” já haviam ocupado posições como a diretoria de ações educacionais do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), a direção do Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra Secas) e a secretaria de Mobilidade do Ministério de Desenvolvimento Regional.

O movimento, no entanto, parece não ter abalado a reputação de Bolsonaro junto ao eleitorado. Segundo a pesquisa XP/Ipespe, 49% dos entrevistados acreditam que o presidente está com o mesmo comportamento de sempre em relação aos demais Poderes. O que pode aumentar o nível de segurança para que novos acenos sejam feitos ao “centrão” quando necessário.

Infomoney

 

Opinião dos leitores

  1. MITO 2022. Esses que acham péssimo devem tá com saudades das boquinhas das Estatais, do pão com mortadela, de invadir terras, casas e da vida fácil que levavam.

  2. e eu acho massa os comentários dos esquerdistas, kkkkkkk, eles piram com essa notícia, 30% de votos pra um candidato com certeza ele é eleito , teria que os outros 70% votar em outro candidato único, o que não é o caso , e ainfa faltam 2 anos , chora esquerda , mito 2022.

    1. Você até que é bom em matemática, mas é péssimo em análise. Nota zero!

  3. Quando acabar o auxílio emergencial, quero saber se vai manter essa ligeira alta… presidente fake

    1. Era uma vez um pais que tinha tudo para ser rico, mas os vagabundos roubaram durante 33 anos da saúde, educação, segurança, saneamento básico e habitação. Ai o povo se revoltou e elegeu uma cara honesto. Então agora querem tirar ele de lá, dizendo que ele nao gosta de marciano, saturniano, mercuriano, uraniano kkkkkkk! Vão arrumar um quintal para limpar no sol do meio dia, cambada de ladroes da nação!

    2. Mas Marcelo, o cara "honesto" era deputado há uns 35 anos e nunca produziu nada, aliás produziu: rachadinhas e enricou a família uma 1000 x.
      Estranho né?

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Economia

Correios travam empréstimo de R$ 20 bilhões com juros abusivos de 136% do CDI

Foto Thiara Andrade/Correios

Os Correios suspenderam nesta terça-feira (2) a negociação de um empréstimo de R$ 20 bilhões com bancos, depois de perceberem que os juros cobrados eram altos demais. A operação previa taxas próximas a 136% do CDI, acima do limite de 120% considerado seguro pelo Tesouro Nacional para empréstimos com garantia da União.

A decisão veio após reunião entre o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, e integrantes do Ministério da Fazenda. Embora os Correios não dependam diretamente da União, o Tesouro avisou que não apoiaria a operação se os custos ultrapassassem o limite de 120% do CDI — índice usado como referência para empréstimos entre instituições financeiras e operações garantidas pelo governo.

A tentativa de crédito fazia parte do Plano de Reestruturação da empresa e havia sido aprovada pelo Conselho de Administração na última sexta-feira (28). Mas a estatal amarga prejuízos bilionários: no primeiro semestre de 2025, o rombo foi de R$ 4,37 bilhões, contra R$ 1,35 bilhão no mesmo período do ano passado. Só no segundo trimestre, o déficit chegou a R$ 2,64 bilhões.

A crise foi tão profunda que levou o ex-presidente dos Correios, Fabiano Silva, a entregar sua renúncia ao Palácio do Planalto em julho. Agora, a empresa precisa encontrar alternativas para equilibrar as contas sem se enforcar com juros abusivos e sem depender demais do governo federal.

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Economia

MPF acusa Petrobras e quer anular licença do pré-sal: “sigiloso e às pressas”

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O Ministério Público Federal entrou com ações civis públicas pedindo a anulação da licença ambiental concedida à Petrobras em setembro, que autoriza ampliar a exploração de petróleo e gás na Etapa 4 do pré-sal, na Bacia de Santos. O MPF acusa a empresa e o Ibama de conduzirem o processo “sigiloso e às pressas”, sem transparência e sem consultar as comunidades tradicionais afetadas no litoral norte de São Paulo e sul do Rio de Janeiro.

Segundo a procuradora Fabiana Schneider, a licença foi emitida em apenas 11 dias, sem qualquer aviso ao Ministério Público ou às comunidades. O MPF quer que União, Ibama, Funai e Incra realizem reuniões de consulta com pescadores, caiçaras, quilombolas e indígenas antes de qualquer novo ato administrativo, e cobra R$ 5 milhões de indenização por danos morais coletivos.

O pedido inclui ainda um Estudo de Impacto Ambiental complementar, considerando os danos sociais e ambientais do projeto, segundo informações da Agência Brasil.

O MPF ressalta que impactos já acontecem, como mudanças nas rotas de peixes e aumento de embarcações, afetando diretamente o “maretório” — conceito que descreve o território de uso das comunidades tradicionais, base para seus costumes e existência.

Para Schneider, a falta de consulta prévia demonstra má-fé de Petrobras e Ibama, que ignoraram acordos feitos desde a primeira etapa do projeto, incluindo estudos do Projeto Povos junto à Fundação Oswaldo Cruz.

A Petrobras defende a legalidade da licença e diz cumprir todas as normas ambientais e de segurança. Em nota, afirmou que o projeto da Etapa 4 é “essencial para a segurança energética do país” e que seguirá investindo até 2030, com pico de produção de 2,7 milhões de barris de óleo por dia em 2028. O Ibama ainda não se manifestou sobre o caso.

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Mundo

Pré-candidato no Peru escapa de ataque a tiros em plena campanha

Foto: Reprodução

O pré-candidato à presidência do Peru, Rafael Belaúnde Llosa, sobreviveu a um ataque a tiros nesta terça-feira (2) enquanto circulava pela província de Cañete, região de Lima. O veículo em que estava foi alvejado ao menos três vezes na cabine, e o político sofreu apenas pequenos cortes causados por estilhaços. A Polícia Nacional confirmou que ele está fora de perigo.

Belaúnde se dirigiu em seguida a uma delegacia para formalizar a denúncia. Lideranças políticas locais condenaram o ataque e exigiram ação rápida das autoridades. Para Gino Costa, ex-ministro do Interior, “a Justiça deve punir os responsáveis com rapidez e rigor”, enquanto Pedro Cateriano, ex-presidente do Conselho de Ministros, classificou o episódio como “um mau início de campanha”.

O político concorre pelo partido Libertad Popular e já ocupou o Ministério de Energia e Minas em 2020, mas deixou o cargo cedo devido à falta de apoio no Parlamento. Neto do ex-presidente Fernando Belaúnde Terry, deposto por um golpe militar nos anos 1960, Rafael Belaúnde enfrenta agora um cenário político tenso, com sucessivas mudanças de governo e eleições gerais marcadas para abril de 2026.

O episódio reforça a instabilidade política no Peru e a violência que ronda campanhas eleitorais no país.

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Política

Lula diz que até a morte é “suave” para agressores de mulheres e critica Justiça

Foto: Reprodução

O presidente Lula afirmou, nesta terça-feira (2), que “até a morte é suave” para punir agressores de mulheres. A declaração veio após relatos da primeira-dama Janja, que pediu ao marido uma postura “mais dura” no enfrentamento à violência contra mulheres no país.

Lula citou crimes recentes de extrema violência, como o atropelamento de Tainara Souza Santos na Marginal Tietê, em São Paulo, que resultou na amputação das pernas da vítima. O presidente criticou falhas do sistema penal brasileiro e apontou desigualdade no tratamento entre acusados ricos e pobres.

“Se ele tiver dinheiro, fica 2 anos preso e vai pra rua bater noutra mulher. Um pobre desgraçado, que roubou um pão, é preto e não tem nada”, disse.

O petista defendeu ainda que a responsabilidade de educar os filhos para respeitar mulheres não é apenas da escola, mas de toda a sociedade. “Cada um de nós, homens, precisamos ser o professor do outro”, afirmou, destacando a importância de transmitir caráter, dignidade e respeito desde cedo.

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Política

PL suspende apoio a Ciro após atrito na família Bolsonaro

Foto: Reprodução

O Partido Liberal suspendeu o apoio ao ex-ministro Ciro Gomes para o governo do Ceará. A decisão, anunciada nesta terça-feira (2), é consequência de um conflito interno que virou caso público envolvendo Michelle Bolsonaro e os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, segundo informações de O Antagonista.

O partido também vai investigar todos os acertos políticos firmados por Bolsonaro em outros estados desde que entrou em prisão domiciliar. A bronca de Michelle, que prefere o senador Eduardo Girão, atingiu principalmente o deputado federal André Fernandes, que negociava com Ciro Gomes.

Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro criticaram publicamente a ex-primeira-dama, alegando que Fernandes apenas seguia ordens do líder. Uma reunião da cúpula do PL, com Valdemar Costa Neto, Rogério Marinho, Flávio Bolsonaro e André Fernandes, definiu a paralisação das negociações estaduais.

Fernandes explicou que a futura composição política do Ceará será definida em conjunto com a direção nacional do partido, destacando que Michelle não estava a par dos acordos anteriores com Ciro. “O momento exige uma pausa. Vamos repensar e analisar o futuro do Ceará”, afirmou, encerrando temporariamente as articulações.

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Judiciário

Bolsonaro ficará preso até 2033; semiaberto só depois de 6 anos de regime fechado

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O ex-presidente Jair Bolsonaro só deve deixar o regime fechado em 23 de abril de 2033, segundo a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. Para o livramento condicional, referente a cinco crimes — incluindo golpe de Estado —, a previsão é ainda mais distante: 13 de março de 2037.

A pena de 27 anos e 3 meses começou a ser cumprida em 25 de novembro, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A Vara considerou, ainda, o período em prisão domiciliar entre 4 de agosto e 22 de novembro de 2025, mesmo que tenha sido em outro processo, abatendo esse tempo do total da pena. O documento, porém, alerta que datas podem mudar e que benefícios como progressão de regime dependem de análise judicial.

Bolsonaro permanece em regime fechado porque o Código Penal exige prisão inicial para condenações acima de oito anos. A defesa tenta converter a pena em domiciliar, alegando risco à vida do ex-presidente devido a problemas de saúde agravados por cirurgias e complicações da facada de 2018.

Semiaberto só no futuro

Caso o pedido seja negado, a progressão ao semiaberto dependerá de critérios objetivos (tempo mínimo de detenção) e subjetivos (comportamento na prisão), exigindo ao menos 25% da pena para crimes com qualificantes de violência, como golpe de Estado e organização criminosa armada.

Mesmo com bom comportamento, estudo e trabalho na prisão, Bolsonaro terá que cumprir pelo menos seis anos e sete meses em regime fechado. O período pode reduzir ligeiramente se alguns crimes forem considerados com menor gravidade, e a defesa ainda deve pedir que o STF desconte o tempo cumprido em prisão domiciliar. Até lá, o ex-presidente vai permanecer atrás das grades.

Opinião dos leitores

  1. A justiça brasileira é falha nisso. Esse homem preso pelos gravissimos crimes que cometeu poderá está entre as pessoas de bem em 6 anos. Isso é um deboche com a população brasileira.

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Economia

Comércio de Natal terá horários especiais no fim de ano; programe-se

Foto: Reprodução

O comércio de Natal vai esticar o expediente nas últimas semanas de dezembro. Shoppings vão funcionar até às 23h nos dias 17 a 20, 22 e 23, e terão horários especiais em domingos, véspera de Natal e Ano Novo.

O comércio de rua também ganha fôlego extra entre 20 e 23 de dezembro, fechando apenas às 19h no dia 24 e às 18h no dia 31.

As mudanças vêm de um Termo Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho 2025-2026, assinado entre o Sindilojas-RN e o Sindicato dos Empregados no Comércio.

O acordo garante que horas extras sejam pagas em até 60 dias e permite que as empresas utilizem banco de horas, desde que autorizado formalmente.

O presidente do Sindilojas-RN, Gilberto Costa, defende o ajuste. “Esse termo harmoniza a operação do comércio nos períodos de maior movimento, respeitando direitos e garantindo segurança jurídica”. Para quem vai às compras, a boa notícia é poder aproveitar mais tempo.

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Política

VÍDEO: Cadu Xavier garante que a situação fiscal do RN em 2025 está “melhor” que anos anteriores

Imagens:  Reprodução/98 FM Natal

O secretário da Fazenda e pré-candidato a governador, Cadu Xavier, afirma que o RN encerra 2025 em “situação melhor” do que nos anos anteriores. Em entrevista à 98 FM Natal, ele disse que o Estado mantém o pagamento da folha e do 13º salário dos servidores em dia, mesmo reconhecendo que fornecedores ainda enfrentam atrasos.

Cadu explicou que dezembro costuma trazer mais arrecadação por causa do Natal, equilibrando as contas. Admitiu que 2025 teve desafios, mas não tão severos quanto 2024, quando a redução do ICMS de 20% para 18% travou a receita estadual nos primeiros meses.

O secretário destacou que, apesar de alguns atrasos com fornecedores, o volume de pendências é menor que no fim de 2024. Para ele, cumprir o calendário de salários desde que a gestão começou é prova de que a situação fiscal do RN melhorou em relação ao “estado completamente quebrado” recebido em 2019, reforçando sua proximidade com a governadora Fátima Bezerra.

Mesmo assim, Cadu alerta que os desafios continuam. Na avaliação dele, o governo encerra 2025 em condições mais favoráveis, com caixa mais organizado e capacidade de honrar compromissos prioritários, embora fornecedores sigam esperando.

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Política

VÍDEO: Trump elogia Lula e acerta papo sobre tarifas e crime organizado: “Eu gosto muito dele”

Imagens: Reprodução/Metrópoles

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não economizou elogios a Lula após uma ligação de 40 minutos nesta terça-feira (2). “Tivemos uma conversa muito boa. Eu gosto dele, muito bom”, declarou Trump, em referência ao presidente brasileiro, depois de discutir tarifas sobre produtos brasileiros e a cooperação contra o crime organizado.

A conversa teve como destaque a retirada de tarifas de 40% sobre carnes bovinas frescas, cacau, café, frutas, vegetais, nozes e fertilizantes brasileiros, decisão anunciada pela Casa Branca em 20 de novembro. Lula comemorou a medida e reforçou que ainda há produtos com tarifas e que o Brasil quer avançar rápido nas negociações, mirando principalmente o setor industrial.

Além do comércio, Lula pediu reforço dos Estados Unidos no combate ao crime organizado internacional. O presidente brasileiro citou operações recentes que sufocaram financeiramente organizações criminosas com ramificações fora do país. Trump se mostrou “totalmente disposto” a apoiar ações conjuntas entre os dois países contra essas redes.

Os dois líderes concordaram em manter conversas frequentes para acompanhar os avanços nos temas discutidos, garantindo que a relação entre Brasil e EUA fique em alta, tanto na economia quanto na segurança.

Opinião dos leitores

  1. Independente da posição, isso é acordo comercial, nine sabe como está a Venezuela e está agindo como se nada tivesse acontecido mesmo apoiando maduro, ele sabe que os EUA está pondo pressão sobre a Venezuela e não quer entrar nessa confusão principalmente com os EUA. Isso é estratégia política, ele está embarcando na melhor opção, em breve o nine irá criticar os EUA

  2. Queria ver a cara do bananinha nessa hora. Com certesa vai falar o mesmo de sempre: É uma estratégia de Trump. Kkkk

  3. 👉Trump diz que qualquer país que trafique drogas para os EUA pode ser atacado👈 👺Será que o cachaça ficou com medo e até esqueceu a soberania que tanto defende? Arregou e ligou para o Trump?

  4. Pronto !! agora o imperialista americano vai ser elogiado,pelos comunistas de iPhone.
    Neste mundo infelizmente, quem manda é o dinheiro.

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Política

Alcolumbre joga sabatina de Messias para escanteio e detona omissão de Lula

Foto: Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, cancelou nesta terça-feira (2) a sabatina de Jorge Messias, indicado de Lula ao STF, e não poupou críticas ao governo federal. Segundo ele, a responsabilidade é exclusiva do Executivo, que não enviou a mensagem oficial de indicação ao Senado. Segundo informações do Metrópoles, uma declaração do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, foi o estopim para a desistência de Alcolumbre.

Conforme aliados, o presidente do Senado se irritou com fala de Wagner, que

Alcolumbre explicou no plenário que havia definido 3 de dezembro para a leitura do parecer do relator e 10 de dezembro para a sabatina e votação. O objetivo era cumprir a atribuição constitucional do Senado ainda em 2025, sem empurrar a decisão para o ano que vem. Mas, segundo ele, o governo Lula “omitido” impediu que o processo seguisse o cronograma.

“A omissão do Executivo é grave e sem precedentes. Isso interfere no cronograma da sabatina e poderia gerar alegações de vício regimental”, disse Alcolumbre, em nota lida aos senadores, sem definir nova data para a votação.

Opinião dos leitores

  1. Lula foi eleito e tem que colocar o candidato que alcumbre quiser no dia em que alcolumbre quiser kkkkk

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