Política

Pesquisa XP/Ipespe: Bolsonaro volta aos 30% de aprovação, enquanto 24% consideram regular e 45% desaprovam; avaliação no Nordeste apresenta melhora relevante

Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) experimentou, nos últimos dias, uma melhora em seus níveis de aprovação junto ao eleitorado, a despeito do quadro ainda grave da pandemia do novo coronavírus e de seus impactos econômicos observados. É o que mostra a mais recente edição da pesquisa XP/Ipespe, feita entre os dias 13 e 15 de julho.

Segundo o levantamento, após atingir a mínima de 25% de avaliações positivas em maio, o mandatário viu o indicador crescer gradativamente até atuais 30%. É a melhor marca desde 24 de abril, quando 31% dos eleitores classificavam o governo como ótimo ou bom, e o mesmo patamar visto em março deste ano ou setembro de 2019. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais.

As avaliações negativas, por sua vez, atingiram 45%, em uma queda de 5 pontos percentuais em relação à máxima de meados de maio. Apesar da melhora, o saldo das avaliações positivas e negativas do presidente – hoje de -15 p.p. – ainda é significativamente pior do que o registrado antes da covid-19 ser declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 11 de março.

Em fevereiro, o grupo de eleitores que classificavam o governo como ruim ou péssimo superava em 2 p.p. o grupo dos que avaliavam a gestão como ótima ou boa. No segundo mês de gestão, Bolsonaro contava com vantagem de 23 p.p. das avaliações positivas sobre as negativas. O saldo foi diminuindo a cada nova pesquisa até se tornar negativo em maio de 2019.

Os dados abertos mostram que cresceu a participação da população com renda de até dois salários mínimos sobre o grupo que avalia positivamente a atual gestão. Antes da pandemia, o eleitorado mais pobre respondia por cerca de 46% de toda a base que avalia o governo como ótimo ou bom. Esse número passou para em média 48% e agora atingiu praticamente 50%.

A melhora no desempenho do presidente junto aos mais pobres coincide com a concessão do auxílio emergencial de R$ 600, pago a trabalhadores informais, desempregados e beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família durante a crise da covid-19. Inicialmente, foram aprovadas três parcelas, mas o governo prorrogou o benefício por mais dois meses.

A ideia agora é criar um programa permanente de renda mínima a partir da unificação de programas sociais já existentes. Com isso, o governo pretende ampliar a base de contemplados pelo Bolsa Família e os valores repassados, sem que isso implique em impacto fiscal adicional. Analistas observam potenciais dividendos políticos com o movimento.

Segundo a pesquisa XP/Ipespe, também houve melhora relevante na avaliação do presidente junto ao eleitorado do Nordeste, que responde por 27% da amostra da pesquisa. Deste grupo, 27% classificam a gestão como ótimo ou boa – melhor marca desde fevereiro, antes da crise sanitária. O presidente também melhorou seu desempenho, mesmo que dentro da margem de erro, em todas as demais regiões.

No recorte por gênero, a recuperação de Bolsonaro se deu entre os homens, ampliando o abismo observado desde a corrida presidencial. Hoje, o governo é avaliado positivamente por 36% dos homens e 24% das mulheres. Em maio, essa diferença chegou a ser de 15 pontos percentuais.

Recuperação

O levantamento também mostra uma melhora na percepção da população sobre os rumos da economia. Em dois meses, o percentual de eleitores que acreditam que o país está no caminho certo nesta área saltou de 27% para 33%. De igual modo, as avaliações de que Bolsonaro é o maior responsável pela situação atual foram de 24%, em junho, para atuais 19%.

O movimento coincide com uma avaliação mais otimista do eleitorado sobre a manutenção do emprego e das perspectivas com relação às próprias dívidas – embora, no segundo caso, o grupo dos que esperam um aumento do próprio endividamento continue sendo maioria.

Segundo a pesquisa, em dois meses, caiu de 54% para 46% o grupo de respondentes que acredita ser pequena ou muito pequena a chance de manter o emprego atual nos próximos seis meses. No mesmo período, cresceu de 39% para 46% o grupo dos que acreditam que essa possibilidade é alta.

De acordo com o levantamento, o medo da população com o coronavírus tem diminuído, a despeito da persistência do Brasil em registros de mais de 1.000 mortes diárias. Ainda assim, a preocupação com a doença continua sendo a tônica da maioria. Questionados sobre o momento em que o país se encontra na crise, 53% acreditam que o pior ainda está por vir, ao passo que 39% entendem que o pior já passou. Em maio, esses grupos correspondiam a 68% e 22% da população, respectivamente.

Ainda sobre a pandemia, saltou de 52% para 58% o percentual de entrevistados que concordam com as medidas de flexibilização do isolamento social adotadas por diversos governadores e prefeitos, a despeito de algumas localidades do país estarem enfrentando um crescimento na curva de contágios e óbitos.

Tal percepção também se refletiu em uma leve melhora na avaliação sobre a atuação de Bolsonaro no enfrentamento ao novo coronavírus. Em maio, 58% adotavam postura crítica e 21% avaliavam positivamente. Hoje, 52% classificam a posição do presidente como ruim ou péssima e 25%, como boa ou ótima.

Por outro lado, a percepção sobre a atuação dos governadores, antagonistas do presidente nesta crise sanitária, piorou e atingiu a pior marca desde o início da pandemia ao registrar 39% de avaliações positivas e 28% negativas.

O movimento se refletiu em uma perda de apoio dos governadores em quase todas as regiões do país. No Sudeste, as avaliações negativas voltaram a superar numericamente as positivas – o que não acontecia desde março. Apenas a região Sul apresentou comportamento estável.

Modelo “paz e amor” aprovado

A melhora na popularidade de Bolsonaro coloca o presidente, em termos de aprovação, próximo aos patamares de antes da saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. À época, o ex-juiz da Lava Jato acusou o mandatário de tentar interferir politicamente na Polícia Federal. O caso deu origem a um inquérito ainda em fase de apuração na Procuradoria Geral da República.

A pesquisa XP/Ipespe deste mês mostra uma recuperação do governo federal quanto à percepção dos eleitores sobre a política de combate à corrupção, mas os números seguem distantes do que se observou no início da gestão ou mesmo no último mês com Sérgio Moro no comando da pasta.

Segundo o levantamento, de junho pra cá, caiu de 47% para 43% o grupo de eleitores que acreditam que a corrupção terá aumentado nos próximos seis meses. No mesmo período, se manteve em 21% o percentual daqueles que entendem que os crimes de colarinho terão diminuído. Em março, os grupos correspondiam, respectivamente, a 30% e 27%. Já no primeiro mês de governo, eram 16% e 54%.

De acordo com o levantamento, 77% dos entrevistados tomaram conhecimento da investigação envolvendo o ex-policial militar Fabrício Queiroz, amigo da família presidencial e ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e 76% souberam que ele e a esposa, Márcia Aguiar, tiveram suas prisões transformadas em domiciliares.

Queiroz é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como operador financeiro de um suposto esquema de “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro à época em que o atual senador era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

A pesquisa mostra que 68% dos entrevistados discordam da prisão domiciliar concedida ao casal amigo do clã-Bolsonaro. Questionados sobre quem está mais envolvido com Queiroz, 61% dos eleitores acreditam ser o próprio senador Flávio Bolsonaro. Outros 8% apontam o presidente Jair Bolsonaro e 4% dizem que o caso é restrito ao ex-assessor.

Para 35%, a continuidade das investigações sobre Queiroz e o esquema de “rachadinhas” no gabinete do filho do presidente pode afetar muito o governo Jair Bolsonaro. Outros 54% acreditam que o caso afetará um pouco ou não terá efeito sobre a atual gestão.

Questionados sobre como Bolsonaro deve agir em relação ao Congresso Nacional, apenas 22% defendem o endurecimento de posições e o discurso contra a política tradicional, ainda que isso signifique dificuldades na relação. Outros 40% apoiam uma flexibilização para aprovar sua agenda, ainda que isso signifique um afastamento do discurso inicial. E 25% entendem que o mandatário deve manter a relação com o parlamento como está.

Desde o agravamento da crise do coronavírus, Bolsonaro aprofundou uma investida em direção a lideranças do chamado “centrão”. O movimento coincidia com uma perda de popularidade e com o aumento de pedidos de impeachment contra o presidente protocolados junto à Câmara dos Deputados, além do próprio avanço de investigações contra o mandatário e seu entorno.

O flerte de Bolsonaro com o bloco contou com uma bateria de reuniões com lideranças partidárias e com a oferta de cargos cobiçados na administração pública, tendo a recriação do Ministério das Comunicações e sua oferta ao deputado Fábio Farial (PSD-RN) seu exemplo mais eloquente.

Antes deste movimento, porém, indicados do “centrão” já haviam ocupado posições como a diretoria de ações educacionais do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), a direção do Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra Secas) e a secretaria de Mobilidade do Ministério de Desenvolvimento Regional.

O movimento, no entanto, parece não ter abalado a reputação de Bolsonaro junto ao eleitorado. Segundo a pesquisa XP/Ipespe, 49% dos entrevistados acreditam que o presidente está com o mesmo comportamento de sempre em relação aos demais Poderes. O que pode aumentar o nível de segurança para que novos acenos sejam feitos ao “centrão” quando necessário.

Infomoney

 

Opinião dos leitores

  1. MITO 2022. Esses que acham péssimo devem tá com saudades das boquinhas das Estatais, do pão com mortadela, de invadir terras, casas e da vida fácil que levavam.

  2. e eu acho massa os comentários dos esquerdistas, kkkkkkk, eles piram com essa notícia, 30% de votos pra um candidato com certeza ele é eleito , teria que os outros 70% votar em outro candidato único, o que não é o caso , e ainfa faltam 2 anos , chora esquerda , mito 2022.

    1. Você até que é bom em matemática, mas é péssimo em análise. Nota zero!

  3. Quando acabar o auxílio emergencial, quero saber se vai manter essa ligeira alta… presidente fake

    1. Era uma vez um pais que tinha tudo para ser rico, mas os vagabundos roubaram durante 33 anos da saúde, educação, segurança, saneamento básico e habitação. Ai o povo se revoltou e elegeu uma cara honesto. Então agora querem tirar ele de lá, dizendo que ele nao gosta de marciano, saturniano, mercuriano, uraniano kkkkkkk! Vão arrumar um quintal para limpar no sol do meio dia, cambada de ladroes da nação!

    2. Mas Marcelo, o cara "honesto" era deputado há uns 35 anos e nunca produziu nada, aliás produziu: rachadinhas e enricou a família uma 1000 x.
      Estranho né?

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Geral

Estrangeiros retiram R$ 3,5 bilhões da Bolsa de Valores em julho

Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 3,5 bilhões da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) na parcial de julho de 2025. Na 3ª feira (15.jul.2025), o último dado diário disponível, houve saída líquida de R$ 1,1 bilhão do mercado de ações.

A saída parcial de capital estrangeiro interrompe uma sequência de 2 meses consecutivos com entrada de recursos na Bolsa de Valores. A B3 registrou investimento líquido de R$ 10,6 bilhões em maio e de R$ 5,4 bilhões em junho. No ano, o saldo está positivo em R$ 23,0 bilhões.

A saída indica menor confiança no mercado brasileiro. Esse movimento pressiona o câmbio, reduz a liquidez da Bolsa e pode encarecer o custo de financiamento para empresas. Também sinaliza cautela com o cenário fiscal e político do país.

O Ibovespa, principal índice da B3, caiu por 7 pregões seguidos de 7 a 15 de julho. Na 4ª feira (16.jul), teve leve alta de 0,19%, mas voltou a registrar queda nesta 5ª feira (17.jul).

Às 11h25, caía 0,30%, aos 135.106 pontos. Ao considerar essa cotação, o índice recuou 2,70% no acumulado parcial do mês.

Os agentes financeiros acompanham o desenrolar sobre as tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos contra o Brasil e os possíveis impactos na economia brasileira. O cenário de incerteza fiscal também está no radar dos investidores.

Poder 360

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Geral

Prefeitura de Extremoz abre matrículas para a educação de jovens e adultos (EJA)

A Prefeitura de Extremoz, por meio da Secretaria Municipal de Educação, está com matrículas abertas para a EJA – Educação de Jovens e Adultos. O programa é destinado a jovens, adultos e idosos a partir de 15 anos que ainda não concluíram o Ensino Fundamental.

As inscrições podem ser realizadas na Escola Municipal Profa Vera Lúcia Gonçalves, Escola Municipal CEL José Franco Ribeiro ou diretamente na Secretaria Municipal de Educação. Para matrícula, é necessário apresentar documento com foto, CPF e comprovante de residência.

“A EJA representa mais que uma oportunidade educacional. Ela significa dignidade e portas abertas para o futuro. Nosso compromisso é garantir acesso à educação a todos os moradores da nossa cidade”, afirmou a prefeita Jussara Sales.

As aulas são realizadas no turno noturno, facilitando o acesso de quem trabalha durante o dia. A Prefeitura de Extremoz convida a população a aproveitar essa chance de retomar os estudos e ampliar suas oportunidades profissionais e pessoais.

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Geral

VÍDEO: “O pix tem nome: Jair Bolsonaro”, diz o ex-presidente sobre as críticas do governo Donald Trump

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, nesta quinta-feira (17/7), sobre as críticas do governo Donald Trump em relação ao Pix. Bolsonaro afirmou que a forma de pagamento foi criada sob seu governo, em novembro de 2020, quando, segundo ele, o Banco Central (BC) não tinha independência. O ex-presidente também disse que o “Pix tem nome”, citando a si próprio.

A declaração ocorreu em coletiva de imprensa realizada logo após Bolsonaro se reunir com aliados no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em Brasília.

Metrópoles

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Geral

Secretário de Esporte de Natal, Hermes Câmara, segue internado para avaliar resultado de procedimento após hospitalização por suspeita de infarto

Foto: Elpídio Junior/Cmnat

O Secretário de Esporte de Natal, Hermes Câmara, permanecerá na UTI para avaliar o resultado do procedimento realizado após ter sido hospitalizado na madrugada desta quinta-feira com sintomas compatíveis com infarto.  Ele permanece em observação médica, com quadro de saúde estável.

Veja o que diz o mais recente boletim médico:

Ficará até a segunda-feira (21) na UTI para avaliar o resultado do procedimento de hoje. Foram identificados vários trombos e uma nova avaliação será necessária para saber se foram diluídos ou se vai demandar mais um procedimento.

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Geral

VÍDEO: CEO é flagrado em suposta traição durante ‘câmera do beijo’ no show do Coldplay

Uma cena capturada durante o show do Coldplay em Boston, nos Estados Unidos, virou assunto nas redes sociais e levantou suspeitas de traição envolvendo um alto executivo do setor de tecnologia. O registro aconteceu durante a tradicional kiss cam, momento em que o telão destaca casais na plateia.

Ao focar em dois espectadores sentados juntos, o público mal sabia que estava prestes a assistir a uma reação desconcertante. O homem, identificado como Andy Byron, CEO da empresa bilionária Astronomer, segundo o Extra, aparece abraçado com Kristin Cabot, diretora de RH da companhia.

Quando se veem na tela gigante do estádio, os dois entram em pânico: ele se abaixa rapidamente para tentar sair de cena, enquanto ela esconde o rosto com as mãos, visivelmente desconfortável.

Chris Martin, vocalista da banda, sem entender o motivo da reação, soltou uma piada no microfone: “Ou eles estão tendo um caso ou são muito tímidos”, arrancando risos da plateia.

O vídeo foi compartilhado por diversos perfis no TikTok e na plataforma X, onde já soma mais de 1,2 milhão de visualizações. Internautas especulam que o momento revela uma possível infidelidade por parte de Byron, que é casado e tem dois filhos.

Dados do LinkedIn mostram que Andy Byron está à frente da Astronomer desde julho de 2023. Kristin, por sua vez, atua como chefe de RH na mesma empresa há nove meses.

Metrópoles

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Geral

99% dos gastos com cartão do Planalto são sem transparência, diz TCU

Foto: reprodução

O TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou que, de um total de R$ 55,5 milhões gastos pela Presidência da República com o cartão de crédito corporativo de janeiro de 2023 a abril de 2025, R$ 55,2 milhões foram classificados como sigilosos. A cifra representa 99% do total e marca o maior percentual já registrado desde o início do monitoramento sobre o uso dos cartões corporativos pela Presidência.

Os dados, referentes ao 3º mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), constam em um relatório de monitoramento aprovado na 4ª feira (16.jul.2025) pelo plenário da corte, que mostram sucessivas falhas na transparência dos gastos com o CPGF (Cartão de Pagamento do Governo Federal).

O Tribunal também identificou que mesmo os gastos não sigilosos carecem de detalhamento. Em muitos casos, não é possível saber o que foi comprado, nem acessar os comprovantes fiscais.

Segundo o TCU, a forma de divulgação atual impede o controle social e a fiscalização adequada dos recursos públicos.

Eis as principais falhas elencadas:

  • sigilo em mais de 99% das despesas da Presidência com o cartão corporativo;
  • ausência de detalhamento por item adquirido;
  • falta de vínculo entre despesas e notas fiscais;
  • publicações fora dos padrões de dados abertos; e
  • dificuldade de cruzar informações entre o Portal da Transparência e sites oficiais.

A Vice-Presidência da República também registrou sigilo elevado: dos R$ 393,9 mil gastos com cartão corporativo no atual mandato, R$ 362,2 mil (92%) foram classificados como reservados.

SIGILO

Desde 2020, o uso do sigilo tornou-se padrão na gestão dos cartões corporativos. Em 2023, 99,6% das despesas da Presidência foram classificadas como confidenciais. Em 2024, o índice se manteve elevado: 99,28% dos gastos foram mantidos sob sigilo, somando R$ 15 milhões.

O volume é superior ao praticado durante os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), quando a média de despesas sigilosas variava de 64% a 79%.

O tribunal ressaltou haver tecnologias disponíveis para permitir a publicação automatizada de notas fiscais e itens adquiridos. No entanto, falta integração entre os sistemas da Presidência e do Portal da Transparência, o que obriga o cidadão a realizar cruzamentos manuais para descobrir o conteúdo das compras.

DETERMINAÇÕES

Diante da repetição de falhas, da ausência de avanços concretos e “medidas paliativas”, o TCU decidiu endurecer o tom e exigiu que a Presidência e a Vice-Presidência da República apresentem, em até 30 dias, um plano de ação detalhado para corrigir as lacunas na transparência dos gastos com cartão corporativo.

A medida inclui a definição de responsáveis, prazos e ações específicas para garantir o cumprimento das determinações anteriores, que vêm sendo ignoradas ou tratadas com soluções paliativas.

A decisão foi tomada depois de o tribunal reconhecer o “largo histórico” de recomendações ignoradas e o comportamento reiterado de “inércia e dispersão” dos órgãos, que, segundo o TCU, vêm postergando indefinidamente a publicização dos dados exigidos por lei.

A corte declarou que as iniciativas adotadas até agora não atendem à transparência ativa prevista na Constituição e na Lei de Acesso à Informação.

“Considerando o longo tempo que o tribunal, sem avanços, vem se debatendo sobre a problemática do cartão corporativo do governo federal, o largo histórico de ciências, recomendações e determinações já feitas, refeitas e reiteradas […] propõe-se determinar à PR e à VPR que, no prazo de 30 dias, apresentem plano de ação contendo as medidas a serem tomadas, os responsáveis e o cronograma a fim de sanar as lacunas apresentadas”, disse o ministro Walton Alencar, relator do caso no TCU.

Poder 360

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Polêmica

VÍDEO: Confusão grande entre a turma que faz passeio nas dunas no litoral do RN

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A quinta-feira (17) começou tumultuada na praia de Pirangi, pois aconteceu uma confusão envolvendo a turma que faz passeios nas dunas. Gritaria e ameaças; tudo isso sob os olhares dos turistas. A turma do 4×4 brigando internamente.

Segundo o Blog Gustavo Negreiros, existe uma guerra interna entre o pessoal do 4×4 de pessoas que trabalham no setor há anos com os novatos. Se o serviço é regulamentado pelo estado, não cabe a nenhuma categoria tentar tutelar.

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Política

VÍDEO: Célia Xakriabá e Kim Kataguiri brigam e polícia é chamada durante votação de licenciamento ambiental

Vídeo: Reprodução

A aprovação do projeto de lei que flexibiliza e simplifica o licenciamento ambiental foi marcada por uma confusão entre parlamentares na madrugada desta quinta-feira (17) no plenário da Câmara dos Deputados.

O presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) chegou a chamar a polícia legislativa para “restabelecer a ordem”.

O empurra-empurra começou por volta das 2h30, após a deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) ser chamada de “cosplay de pavão” pelo deputado Kim Kataguiri (União-SP).

Antes disso, ela havia chamado o adversário político de “deputado estrangeiro e reborn” e afirmado que ele não tem o direito de falar sobre questões indígenas.

Sem citar o nome da parlamentar indígena, outro deputado, Rodolfo Nogueira (PL-MS), perguntou como funciona o licenciamento ambiental para abater os pavões, cujas penas são usadas para confeccionar cocares como o que Xakriabá usava.

No microfone, a deputada explicou que usava um cocar sagrado do povo fulni ô e que os pavões perdem as penas naturalmente. Ela pediu respeito e disse que não admite ser atacada pelo que veste.

“Isso é um racismo televisionado. Certamente eu tomarei medidas necessárias”, disse em resposta aos colegas de plenário.

Fora dos microfones, a discussão prosseguiu com Xakriabá aos gritos. Imagens da TV Câmara mostraram parte do empurra-empurra e Motta chamando a polícia legislativa, três vezes seguidas.

O deputado Coronel Meira (PL-PE) disse que teve a mão ferida com uma caneta ao tentar conter a parlamentar.

Ela deixou o plenário em seguida e recebeu a solidariedade de deputadas.

Erika Kokay (PT-DF) disse que Xakriabá foi humilhada durante a discussão do projeto e não teve a intenção de machucar ninguém. Taliria Petrone (PSOL-RJ) prestou solidariedade.

“Não vamos tolerar nenhuma forma de silenciamento, ataque à ancestralidade e violência política de gênero”, avisou.

O presidente da Câmara afirmou não concordar com nenhum tipo de violência e lamentou a confusão durante a madrugada.

Na terça-feira (15), o Conselho de Ética da Câmara aprovou a suspensão por três meses do mandato do deputado federal André Janones (Avante-MG). Na semana passada, o parlamentar se envolveu em uma confusão no plenário durante discurso do opositor Nikolas Ferreira (PL-MG).

Janones negou ter provocado a confusão e disse que foi agredido e teve inclusive o “pênis apalpado” por adversários.

Em maio, o conselho suspendeu também por três meses o mandato do bolsonarista Gilvan da Federal (PL-ES) por ofensas contra a ministra Gleisi Hoffmann (PT), chefe da articulação política do governo Lula (PT).

Folha de S. Paulo

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Geral

VÍDEO: Apoiador do PT agride influenciador em debate sobre escolas cívico-militares

 

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Vídeo: Reprodução

Um homem agrediu um influenciador com bandeiradas durante audiência na Câmara de Pará de Minas (MG), que discutia a implantação de escolas cívico-militares.

O caso ocorreu antes do início do evento. Após o ataque, o homem foi retirado por seguranças sob vaias.

O diretório municipal confirmou a filiação do agressor e disse que ele reagiu após suposta provocação de um opositor. A Câmara repudiou a violência e reforçou o compromisso com o debate democrático.

Jovem Pan News

 

Opinião dos leitores

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Marketing

Click Digital 2025 traz especialistas de marketing e tecnologia para Natal

Foto: Divulgação

No dia 22 de  agosto, Natal sedia o Click Digital, evento que acontece no Teatro Riachuelo, das 12h às 23h, e tem como base cinco pilares fundamentais:Presença digital, estratégia, vendas, posicionamento e automação com inteligência artificial.

Com apoio do SEBRAE, CDL Natal e FIERN, o evento aposta em uma proposta prática, voltada para execução e resultados reais.

Empresários, gestores e profissionais de todo o país são esperados.

Informações no site eventoclickdigital.com.br ou pelo Instagram @eventoclickdigital

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