Saúde

Prefeitura do Natal decreta situação de emergência para enfrentamento do Coronavírus

O Município de Natal decretou situação de emergência para enfrentamento da Pandemia do COVID-19, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde – OMS. O decreto assinado pelo prefeito Álvaro Dias foi publicado na edição desta quarta-feira (18) do Diário Oficial do Município e também estabelece uma série de medidas que serão adotadas pela administração da capital potiguar em relação ao expediente das repartições públicas e eventos em toda cidade.

Também foi instituído o Gabinete de Crise COVID-19, com a função de coordenar as ações do Governo Municipal no enfrentamento e prevenção de disseminação do COVID-19, composto pelo: Prefeito Municipal, que o presidirá; Secretário Municipal de Governo; Secretário Municipal de Comunicação Social; Secretário Municipal Saúde; Secretário Municipal de Educação; Secretário Municipal de Segurança Pública e Defesa Social; Secretário Municipal de Trabalho e Assistência Social; Secretário Municipal de Administração.

Com o decreto, fica estabelecido que para o enfrentamento da situação de emergência poderão ser requisitados bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa. As aulas na rede pública municipal de ensino estão suspensas por 15 dias, podendo ser renovado por igual período ou outro que se fizer necessário. Também está autorizada a nomeação de 100 novos servidores públicos municipais, aprovados no Concurso Público de Provas e Títulos da Secretaria Municipal de Saúde – SMS.

Estão dispensados do expediente presencial os servidores públicos municipais ou empregados públicos municipais gestantes e lactantes, os maiores de 60 anos e os acometidos de comorbidades ou doenças crônicas, cujas atividades não sejam possíveis de serem realizadas remotamente. O decreto também suspendeu por 60 dias as férias e licenças-prêmio (férias-prêmio) deferidas ou programadas dos servidores públicos municipais, ou empregados públicos, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, integrantes das áreas de saúde, guarda municipal, assistência social, limpeza urbana e serviços de cemitérios.

Estão vedadas as viagens oficiais de agentes públicos, ressalvadas aquelas autorizadas pela Secretaria Municipal de Governo; a realização de provas e concursos públicos no âmbito do Município do Natal; eventos públicos municipais culturais, artísticos e de entretenimento também estão proibidos. A expedição de novos alvarás de autorização para a realização de shows estão suspensas e há a recomendação para o cancelamento de eventos privados, enquanto vigorar o período emergencial de que trata este Decreto.

Fica determinada a adoção, quando possível, de trabalho remoto, condicionada à manutenção diária, no órgão, de pessoal suficiente para garantir o atendimento, desde que inexista prejuízo aos serviços essenciais, devendo cada Secretaria e Órgão municipal expedir em Portaria, Provimento ou Instrução Normativa próprios a regulamentação do regime de trabalho, jornada e trabalho remoto.

CONFIRA O DECRETO NA ÍNTEGRA

DECRETO N.º 11.920 DE 17 DE MARÇO DE 2020

Decreta situação de emergência no Município do Natal e define outras medidas para o enfrentamento da pandemia decorrente do COVID-19. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DO NATAL, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Artigo 55, inciso IV, da Lei Orgânica do Município do Natal e,
CONSIDERANDO o que dispõe a Lei Federal nº 13.979, de 6 de fevereiro 2020; e
CONSIDERANDO a Pandemia do COVID-19, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde – OMS;

DECRETA:

Art. 1º. Fica decretada situação de emergência no Município do Natal para enfrentamento da Pandemia do COVID-19, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde – OMS.

Art. 2º. Para o enfrentamento da situação de emergência, poderão ser requisitados bens e serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o pagamento posterior de indenização justa.

Art. 3º. A situação de emergência de que trata este Decreto autoriza a adoção de todas as medidas administrativas necessárias à imediata resposta por parte do Poder Público à situação vigente.

Art. 4º. Ficam suspensas as aulas na Rede Pública Municipal de Ensino pelo período de 15 (quinze) dias, a partir do dia 18 de março de 2020, podendo ser renovado por igual período ou outro que se fizer necessário.

Art. 5º. Ficam suspensos, em caráter temporário, os bloqueios de proventos dos servidores inativos e pensionistas do NATALPREV, ausentes do recadastramento anual cujos meses de aniversário sejam de março a agosto do corrente ano.

Art. 6º. Ficam dispensados de perícia médica pela Junta Médica do Município – JMM, vinculada ao NATALPREV, para fins de convalidação, os atestados médicos com prazos inferiores a 60 (sessenta) dias, os quais deverão ser entregues nas próprias Unidades de Lotação dos Servidores.

Art. 7º. São dispensados do expediente presencial os servidores públicos municipais ou empregados públicos municipais gestantes e lactantes, os maiores de 60 anos e os acometidos de comorbidades ou doenças crônicas, cujas atividades não sejam possíveis de serem realizadas remotamente, que compensarão os dias não trabalhados cessada a situação de emergência.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica aos servidores e empregados públicos integrantes das áreas de saúde, guarda municipal, assistência social, limpeza urbana e serviços de cemitérios.

Art. 8º. Estão suspensas as férias e licenças-prêmio (férias-prêmio) deferidas ou programadas dos servidores públicos municipais, ou empregados públicos, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, integrantes das áreas de saúde, guarda municipal, assistência social, limpeza urbana e serviços de cemitérios.

Art. 9º Ficam vedadas ao longo do período de emergência:

I – as viagens oficiais de agentes públicos, ressalvadas aquelas autorizadas pela Secretaria
Municipal de Governo;

II – a realização de provas e concursos públicos no âmbito do Município do Natal.

Art. 10. Ficam autorizadas as nomeações de 100 (cem) novos servidores públicos municipais, aprovados no Concurso Público de Provas e Títulos da Secretaria Municipal de Saúde – SMS (Edital nº 001/2018 SEMAD), para atender as necessidades da Rede Municipal de Saúde.

Art. 11. Fica proibida a realização de eventos públicos municipais culturais, artísticos e de entretenimento.

§1º. Fica vedada a expedição de novos alvarás de autorização para a realização de shows e espetáculos públicos ou privados.
§2º. Fica recomendado o cancelamento de eventos privados, enquanto vigorar o período emergencial de que trata este Decreto.

Art. 12. Fica determinado que todos os servidores ou funcionários públicos que viajaram ou tiveram parentes próximos com quem convivem diariamente que o fizeram, a partir do dia 01 de março de 2020, para o exterior ou para estados do país com altos índices de incidência do COVID-19, comuniquem o fato aos seus gestores imediatos para que possam ser avaliados, devendo ser aplicadas as seguintes medidas:

I – os que apresentam sintomas (sintomáticos) de contaminação pelo novo coronavírus (COVID-19) deverão ser afastados do trabalho, sem prejuízo de sua remuneração, pelo período mínimo de 14 (quatorze) dias ou conforme determinação médica;
II – os que não apresentam sintomas (assintomáticos) de contaminação pelo novo coronavírus (COVID-19) deverão desempenhar, em domicílio, em regime excepcional de teletrabalho, pelo prazo de 14 (quatorze) dias, a contar do retorno ao Estado, as funções determinadas pela chefia imediata, respeitadas as atribuições do cargo ou do emprego, vedada a sua participação em reuniões presenciais ou a realização de tarefas no âmbito da repartição pública.

Art. 13. Ficam suspensas as atividades com idosos nos Centros de Referência em Assistência Social – CRAS e/ou qualquer outro equipamento público municipal. Parágrafo único. Fica recomendada a suspensão de visitação aos internos dos lares para idosos.

Art. 14. Fica determinado quanto ao funcionamento das secretarias e órgãos municipais que:

I – as Secretarias e Órgãos municipais fixarão em Portaria, Provimento e Instrução Normativa próprios, pelo período em que vigorar a situação de emergência, as medidas de restrição de acesso aos prédios municipais, observadas as peculiaridades dos serviços prestados, limitando o ingresso às pessoas indispensáveis à execução dos serviços, e pelo tempo estritamente necessário; e
II – as Secretarias e Órgãos municipais disponibilizarão canais telefônicos ou eletrônicos de acesso aos interessados, como alternativa para evitar ou reduzir a necessidade de comparecimento pessoal nas repartições públicas municipais.

Art. 15. Fica determinada a adoção, quando possível, de trabalho remoto, condicionada à manutenção diária, no órgão, de pessoal suficiente para garantir o atendimento, desde que inexista prejuízo aos serviços essenciais, devendo cada Secretaria e Órgão municipal expedir em Portaria, Provimento ou Instrução Normativa próprios a regulamentação do regime de trabalho, jornada e trabalho remoto.

Parágrafo único. O disposto neste caput não se aplica aos servidores e empregados públicos integrantes das áreas de saúde, guarda municipal, assistência social, limpeza urbana, serviços de cemitérios.

Art. 16. Fica autorizada a reorganização da jornada de trabalho dos servidores, de forma que o horário de entrada ou saída, ou ambos, recaiam fora dos horários de pico de afluência ao sistema de transporte público municipal, se possível em turnos.

Art. 17. As empresas prestadoras de serviços com terceirização de mão de obra, as empreiteiras e as organizações parceiras orientarão e acompanharão diariamente seus colaboradores, adotando medidas e providências de precaução, definidas pelas orientações das autoridades sanitárias e de saúde, e o afastamento daqueles com sintomas compatíveis ou infectados pelo COVID-19.

Art. 18. As Secretarias e Órgãos municipais acompanharão, orientarão e intensificarão as rotinas de asseio, higiene e desinfecção, no âmbito de sua respectiva responsabilidade.

Art. 19. As empresas de transporte público municipal fixarão informativos nas garagens e pontos de ônibus acerca das medidas a serem adotadas pelos trabalhadores e usuários visando sua proteção individual.
§1º. As empresas de transporte público municipal promoverão higienização total dos veículos de sua frota, em especial nos pontos de contato com as mãos dos usuários.
§2º. Fica recomendado às empresas de transporte público municipal a disponibilização de álcool gel para higienização dos motoristas, cobradores e usuários.
§3º. Fica recomendado às empresas de transporte público municipal que não transportem passageiros em número excedente à lotação de bancada.

Art. 20. Fica recomendado aos bares, restaurantes e similares que adotem medidas de prevenção ao COVID-19, e que garantam espaçamento entre mesas igual ou superior a 1 metro.

Art. 21. Ficam os Secretários municipais e titulares de Órgãos da Administração Municipal Direta e Indireta autorizados a baixar os atos necessários à execução deste Decreto.

Art. 22. Fica instituído o Gabinete de Crise COVID-19, com a função de coordenar as ações do Governo Municipal no enfrentamento e prevenção de disseminação do COVID-19, composto pelo:

I – Prefeito Municipal, que o presidirá;
II – Secretário Municipal de Governo;
III – Secretário Municipal de Comunicação Social;
IV – Secretário Municipal Saúde;
V – Secretário Municipal de Educação;
VI – Secretário Municipal de Segurança Pública e Defesa Social;
VII – Secretário Municipal de Trabalho e Assistência Social;
VIII – Secretário Municipal de Administração.

Art. 23. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Palácio Felipe Camarão, em Natal, 17 de março de 2020.

ÁLVARO COSTA DIAS
Prefeito

Opinião dos leitores

  1. A situação de enfretamento de emergência tá tão efetiva que as acdemias dos shoppings e supermercados estão funcionando normalmente c/ todo mundo malhando seus glúteos e peitxolas sem 1 mínimo de preocupação. Eu odeio esse País. Tio Sam, socorro!!

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Geral

VÍDEO: Ingrid Guimarães ironiza bolsonarismo e diz ter “medo até de citar o nome”

 

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Vídeo: Reprodução/Instagram

A atriz Ingrid Guimarães voltou a alfinetar o bolsonarismo durante uma participação no espetáculo Pequenas Doses Cavalares, do comediante Rafa Chalub. Em tom de humor, ela comentou como reagiria caso a filha resolvesse deixar uma herança para uma instituição terraplanista, usando a situação como gancho para críticas indiretas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a seus apoiadores.

Durante a fala, Ingrid afirmou que evita citar diretamente o nome de Bolsonaro por receio de retaliações. “Tenho medo até de falar esse nome”, disse a atriz, arrancando risos da plateia ao relacionar o clima de polarização política às reações extremas nas redes sociais.

A atriz também relembrou experiências negativas após se posicionar politicamente no passado, afirmando que já perdeu contratos publicitários depois de críticas ao bolsonarismo. Segundo ela, o medo de novos cancelamentos ainda influencia a forma como se manifesta publicamente.

Conhecida por usar o humor para comentar temas sociais e políticos, Ingrid tem se mostrado cada vez mais aberta em suas críticas, mesmo reconhecendo os riscos profissionais. A fala no espetáculo viralizou nas redes sociais, dividindo opiniões.

Com informações do Canal do Paulo Mathias

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Política

Vácuo na Justiça e divisão da pasta expõem fragilidade de Lula na agenda da segurança

Foto: Cristiano Mariz

A possível saída de Ricardo Lewandowski do Ministério da Justiça e Segurança Pública abriu mais um flanco sensível para o governo Lula em uma área considerada estratégica para 2026. O ministro comunicou ao presidente o desejo de deixar o cargo, alegando missão cumprida, e agora o Planalto se vê diante de duas decisões complexas: definir um substituto capaz de sustentar a agenda política da pasta e decidir se avança, ou não, com a prometida divisão do ministério para criar uma estrutura exclusiva de Segurança Pública.

A ideia de fatiar a pasta voltou ao debate interno como tentativa de reforçar o combate ao crime organizado, tema explorado pela oposição e que desgasta sucessivos governos do PT. Embora Lula condicione a mudança à aprovação da PEC da Segurança no Congresso, aliados divergem sobre o custo político de implementar a reestruturação a menos de um ano da eleição. Parte do entorno presidencial defende adiar a decisão para um eventual novo mandato, evitando turbulência administrativa em pleno ano eleitoral.

Nos bastidores, há resistência inclusive à saída de Lewandowski. Auxiliares tentam convencê-lo a permanecer, avaliando que a troca agora ampliaria a sensação de instabilidade. Caso a permanência não se confirme, surgem nomes como o do ministro da CGU, Vinicius de Carvalho, e do ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ambos, porém, adotam postura cautelosa: Carvalho nega articulações e Pacheco não demonstra interesse em migrar para o Executivo, sobretudo após ruídos com o Planalto na disputa por uma vaga no STF.

A indefinição se soma a outro ponto de atrito: quem comandaria uma eventual nova pasta da Segurança. O nome do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, circula entre aliados de Lula, mas enfrenta resistência no Congresso, incomodado com investigações que atingem parlamentares. O cenário reforça o desafio do presidente: reorganizar a principal vitrine do discurso de ordem e segurança sem ampliar tensões políticas nem transmitir fragilidade às vésperas da disputa pela reeleição.

Com informações do O Globo

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Geral

Relatório da oposição aponta rombo de até R$ 4 bilhões e expõe colapso fiscal no RN

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Um relatório divulgado pelo Observatório da Oposição no Rio Grande do Norte projeta um déficit que pode chegar a R$ 4 bilhões nas contas do Estado nos próximos anos. O documento, elaborado pelo gabinete do senador Rogério Marinho (PL-RN), reúne dados fiscais, indicadores oficiais e projeções orçamentárias para sustentar críticas à condução administrativa do governo estadual, classificando o cenário como de crise estrutural.

Segundo o levantamento, a análise da execução orçamentária de 2024 e das estimativas para 2025 e 2026 aponta desaceleração das receitas, alta rigidez das despesas obrigatórias e crescimento de passivos, como precatórios. A Receita Corrente Líquida, que era de R$ 12,2 bilhões em 2021, perdeu ritmo, enquanto a arrecadação segue fortemente dependente do ICMS, responsável por mais de R$ 10 bilhões anuais.

As despesas com pessoal, de acordo com o Observatório, ultrapassam os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, reduzindo a capacidade de manobra do Executivo. Para 2026, a projeção indica receitas de R$ 25,67 bilhões frente a despesas de R$ 27,21 bilhões, gerando um déficit de R$ 1,54 bilhão, valor que pode se ampliar com restos a pagar e obrigações herdadas, alcançando até R$ 4 bilhões.

O relatório também critica o descumprimento das metas do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF), apontando falhas em indicadores como geração de poupança corrente, controle de gastos com pessoal e disponibilidade de caixa. Apesar disso, o Estado manteve acesso a crédito após acordo homologado pelo STF, classificado no documento como uma medida excepcional diante do não cumprimento das exigências.

Na área de infraestrutura, o Observatório sustenta que diversas obras apresentadas pelo governo estadual como realizações próprias tiveram planejamento, projetos e garantia de recursos ainda no governo Bolsonaro. Entre os exemplos citados estão a Adutora do Agreste, o Ramal do Apodi, a Barragem de Oiticica, a Adutora do Seridó, o Anel Viário de Mossoró e a engorda da Praia de Ponta Negra, todas com recursos federais assegurados anteriormente.

Além do quadro fiscal, o levantamento aponta agravamento em áreas estratégicas. Na segurança pública, destaca o crescimento do crime organizado no sistema prisional, com aumento de 222% no número de presos ligados ao Comando Vermelho em um ano. Em educação, o RN aparece na última posição nacional no Ideb do ensino médio público, enquanto na saúde o relatório descreve sobrecarga da rede, filas de espera e subutilização de unidades como o Hospital da Mulher, em Mossoró.

Com informações da Tribuna do Norte

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Geral

Após empréstimo de R$ 12 bilhões, Correios admite precisar de mais R$ 8 bilhões em 2026

Foto: Correios/Divulgação

Mesmo após contratar um empréstimo de R$ 12 bilhões para aliviar o caixa, os Correios já admitem que a injeção de recursos não será suficiente para reverter a crise financeira. Nesta segunda-feira (29), o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, afirmou que a empresa precisará de pelo menos mais R$ 8 bilhões em 2026, seja por meio de novos empréstimos ou de aportes diretos do Tesouro Nacional.

Segundo Rondon, o plano original previa a captação de R$ 20 bilhões, mas a proposta inicial foi barrada pelo Tesouro devido às taxas de juros consideradas elevadas. Com isso, a empresa optou por uma primeira rodada de crédito de R$ 12 bilhões, contratada junto a um consórcio de bancos públicos e privados, com garantia da União e pagamento previsto até 2040. Mesmo assim, o comando dos Correios reconhece que o modelo econômico da estatal deixou de ser viável.

Para tentar estancar a sangria, a empresa anunciou um plano de reestruturação agressivo, que inclui corte de até R$ 2,1 bilhões em gastos com pessoal, fechamento de mil agências, venda de imóveis e um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que pode reduzir o quadro em cerca de 15 mil funcionários — quase 18% da força de trabalho. A meta é interromper uma sequência de 12 trimestres consecutivos de prejuízo e evitar um rombo estimado em até R$ 23 bilhões em 2026.

Além da redução de custos, os Correios tentam recuperar receitas após perder espaço no mercado de encomendas e serem impactados pelo programa Remessa Conforme, que abriu a logística de compras internacionais para concorrentes privados. A expectativa da direção é só voltar ao lucro em 2027, enquanto admite que 2026 ainda deve ser marcado por piora no desempenho financeiro — cenário que mantém a estatal dependente de crédito público e sob forte pressão política e fiscal.

Com informações do G1

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Política

Entre crises, tarifaço e disputas, Lula entra em 2026 mirando a própria sobrevivência política

Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O terceiro ano do governo Lula foi marcado por uma tentativa clara de transformar entregas administrativas em capital eleitoral, mas acabou atravessado por crises políticas, tensão institucional e um embate internacional de alto risco. Em 2025, o presidente cobrou resultados do ministério no chamado “ano da colheita”, promoveu oito trocas no primeiro escalão e reposicionou aliados em áreas-chave, como Saúde, articulação política e comunicação, numa estratégia explícita de reorganização para a disputa pela reeleição.

Apesar das dificuldades, o Planalto conseguiu cumprir promessas relevantes, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a saída do Brasil do Mapa da Fome antes do prazo previsto. Essas medidas são vistas por aliados como trunfos eleitorais, especialmente diante de um cenário econômico ainda sensível e de uma base social que o governo tenta reconquistar após desgaste político ao longo do mandato.

O maior choque veio do exterior. O tarifaço imposto pelo governo Donald Trump, com sobretaxas de até 40% sobre produtos brasileiros e sanções contra autoridades, expôs a vulnerabilidade da política externa brasileira em um cenário geopolítico hostil. Após meses de pressão, Lula conseguiu reverter parte das medidas em negociações diretas com o presidente norte-americano, mas cerca de 22% das exportações seguem sob risco, mantendo a economia em estado de alerta.

No front interno, a relação com o Congresso deteriorou-se. A derrubada do decreto do IOF, impasses sobre projetos prioritários e a frustração do Senado com indicações ao STF aprofundaram o distanciamento entre os Poderes. Ainda assim, Lula adotou discurso conciliador, evitando confronto público enquanto tenta reorganizar sua base. O saldo de 2025 é claro: o governo segue de pé, mas entra em 2026 pressionado, com menos margem política e apostando alto na narrativa de entregas para sustentar o projeto de reeleição.

Com informações do Metrópoles

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Política

MORAES NA MIRA: oposição aciona Senado por crimes de responsabilidade

Foto: STF

A oposição protocolou nesta segunda-feira (29) no Congresso um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O documento, assinado por mais de 100 deputados e senadores, acusa Moraes de crime de responsabilidade e de agir fora do decoro do cargo.

Os parlamentares afirmam que Moraes pressionou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em favor do Banco Master, investigado por fraudes bilionárias. Segundo eles, o ministro manteve ao menos quatro contatos diretos sobre a situação do banco e uma operação de venda de ativos ao Banco de Brasília, apesar de divergências internas e indícios de irregularidades.

O pedido também aponta conflito de interesses: o escritório de advocacia da esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, tinha contrato com o Master, prevendo pagamentos de R$ 129 milhões em três anos, atuando junto a órgãos decisórios como Banco Central, Receita Federal, Cade e Congresso. Para os deputados, isso mostra favorecimento privado e interferência em órgão autônomo.

O próximo passo é a tramitação do pedido no Senado, chamado de Petição (PET), com análise técnica da Advocacia da Casa antes de chegar à decisão dos senadores. Historicamente, nenhum ministro do STF teve impeachment aprovado, mas os opositores afirmam que o caso exige resposta imediata para preservar a credibilidade das instituições.

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Saúde

Soluços e noites mal dormidas: Bolsonaro sofreu 50 apneias por hora antes de nova cirurgia

Foto: Reprodução

A equipe médica de Jair Bolsonaro informou que o ex-presidente teve 50 casos de apneia do sono por hora na noite anterior à nova cirurgia para controlar crises de soluço. Segundo o cirurgião Cláudio Birolini, responsável pelo acompanhamento, a polissonografia feita antes da cirurgia mostrou a necessidade de melhorar o padrão de sono de Bolsonaro.

O ex-presidente passou pelo bloqueio do nervo frênico esquerdo, repetindo o procedimento que já havia sido feito no lado direito no sábado (27), depois que os soluços persistiram. O bloqueio consiste na aplicação de anestésico próximo ao nervo que controla o diafragma, interrompendo temporariamente sua função para controlar os soluços.

Após a cirurgia, Bolsonaro apresentou uma crise de hipertensão, mas seu quadro segue estável. Ele ainda passará por uma endoscopia até esta quarta (31) e a previsão é que ele deixe o hospital na quinta-feira (1º). Enquanto isso, permanece em observação, com fisioterapia, cuidados de prevenção de trombose e acompanhamento pós-operatório da hérnia inguinal bilateral, operada no dia 25.

Segundo os médicos, os soluços prejudicam o sono, causam cansaço e atrasam a recuperação. Antes de optar pelo bloqueio do nervo frênico, a equipe buscou otimizar tratamento clínico, ajustar dieta e medicação, avaliando também possíveis causas digestivas, como trombo digestivo, gastrite, esofagite severa e refluxo gastroesofágico.

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Judiciário

PF vai ouvir dirigentes antes de acareação no STF sobre o caso Master

Foto: Reprodução

A Polícia Federal vai colher depoimentos do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos, antes de qualquer acareação no Supremo Tribunal Federal. Os depoimentos começam nesta terça-feira (30), a partir das 14h, por videoconferência.

A delegada responsável vai avaliar se há necessidade de acareação entre os envolvidos, que tem o objetivo de esclarecer divergências sobre as fraudes apuradas no Master. O caso envolve transações do BRB com o banco, mesmo após o Banco Central ter vetado a compra por riscos econômicos.

O diretor do BC participou de reuniões com Vorcaro, Paulo Henrique Costa e o presidente do BRB, Gabriel Galípolo, para tratar da transação. Segundo o STF, nem o BC nem o diretor são investigados, mas têm “especial relevância” para esclarecer os fatos apontados pela PF.

O caso Master começou em março, quando o BRB anunciou a compra do banco. Apesar da negativa do BC, o BRB adquiriu carteiras de crédito do Master. A PF encontrou indícios de fraudes contábeis e manipulação de números, estimadas em R$ 12,2 bilhões no sistema financeiro.

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Geral

Pane no helicóptero da Band força pouso em Guarulhos; piloto e cinegrafista feridos

Foto: Reprodução

Um helicóptero da Band precisou fazer um pouso de emergência nesta segunda-feira (29) no estacionamento de uma transportadora em Guarulhos, na Grande São Paulo. O piloto e o cinegrafista estavam sobrevoando a região do Parque Novo Mundo, entre as rodovias Presidente Dutra e Fernão Dias, quando a aeronave perdeu potência no motor.

O Corpo de Bombeiros informou que os dois ocupantes sofreram ferimentos leves na coluna e na cabeça. Eles foram socorridos no local e seguem em observação, recebendo cuidados médicos. Nenhum dos ferimentos oferece risco de vida.

Segundo a própria Band, o pouso foi realizado em local seguro e a aeronave tinha manutenção e certificações em dia. O resgate mobilizou uma unidade de bombeiros e duas viaturas de apoio para atender a ocorrência rapidamente.

O episódio serve de alerta para o transporte aéreo urbano, mesmo em empresas de grande porte, e reforça a importância de protocolos de segurança bem treinados para evitar tragédias maiores.

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Política

TCE avisa: gestores que esconderem emendas parlamentares vão pagar caro

Foto: Reprodução

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) avisou: a partir de agora, Estados e municípios têm de mostrar tudo sobre as emendas parlamentares de forma clara e rastreável. A orientação veio na Nota Técnica nº 09/2025, baseada na Resolução nº 034/2025 e nas regras do STF. O objetivo é garantir que cada centavo público seja acompanhado desde a proposta da emenda até a entrega final do serviço ou produto.

Segundo o TCE, transparência não é só publicar documentos: as informações devem ser permanentes, organizadas e acessíveis ao público. É preciso detalhar a emenda, o parlamentar que propôs, o valor, o beneficiário final, o órgão responsável e o estágio da execução. Falta de dados claros já é considerada risco grave para a fiscalização do Tribunal.

Outro ponto é a rastreabilidade dos recursos. Ou seja, cada emenda precisa estar vinculada aos registros oficiais de orçamento, contratos e pagamentos, sem brechas que escondam quem recebe o dinheiro ou como ele é usado. Qualquer tentativa de confundir esse fluxo será considerada irregularidade grave pelo TCE.

Para ajudar gestores a seguir a regra, o TCE lançou o Manual do Sistema de Emendas Parlamentares – Portal do Gestor. O preenchimento correto do sistema é condição obrigatória para obter a Certidão de Regularidade, necessária para executar as emendas em 2026. A Secretaria de Controle Externo promete acompanhar e orientar, com atualizações futuras para reforçar transparência e fiscalização.

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