Política

Revista Época cita Deputado Fábio Faria numa reportagem sobre doações de dinheiro para campanhas

A revista Época desta semana traz reportagem sobre uma nova modalidade de doação de dinheiro para campanhas políticas, nessa reportagem a Revista cita o Deputado Federal Fábio Faria como um dos que receberam dinheiro nessa nova modalidade. Segue abaixo reportagem:

Revista Êpoca:

A saga da empresa que saiu da falência, captou R$ 67 milhões em fundos de pensão de estatais e depois bancou a campanha de quatro candidatos do PT.

Esqueça as tradicionais doações por fora de empresas em busca de favores políticos, os inesquecíveis “recursos não contabilizados” ou, ainda, os toscos pagamentos de caixa dois em sacolas com dinheiro vivo. Nas eleições de 2010, apareceu uma nova “tecnologia” no conspurcado mundo do financiamento de campanhas políticas: o doador que tem cadastro comercial, doa oficialmente, assina recibo – mas ninguém sabe quem ele é. Nem quem recebe e – só mesmo no mal-assombrado reino da política brasileira – nem sequer quem paga. A única coisa palpável é o dinheiro que chega, limpinho, aos comitês financeiros das campanhas. É como se eles fossem doadores-fantasmas.

Só que eles acabam deixando vestígios. ÉPOCA conseguiu capturar um deles. Seu nome é M Brasil Empreendimentos, Marketing e Negócios, empresa com sede no Rio de Janeiro, registrada em nome de um motoboy e de um sargento do Corpo de Bombeiros da Bahia. Ambos moram na periferia de Salvador. Nas últimas eleições, porém, a empresa distribuiu R$ 650 mil em doações a candidatos do PT.

A M Brasil deu R$ 100 mil ao Diretório Nacional do partido, R$ 300 mil ao comitê do governador eleito de Brasília, Agnelo Queiroz, e R$ 50 mil ao deputado paulista Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT. Receberam R$ 100 mil também outros dois importantes quadros petistas: o deputado distrital Chico Vigilante, de Brasília, e o candidato derrotado a deputado federal pelo Espírito Santo Guilherme Lacerda, ex-presidente do fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal, o Funcef.

Há recibos e há transações bancárias. Mas ninguém se recorda dessas doações ou da M Brasil. O deputado Ricardo Berzoini diz que não conhece a empresa nem seus donos. Guilherme Lacerda não se lembra deles. Chico Vigilante não lembra. E os responsáveis pela campanha de Dilma não quiseram explicar se lembram. “O importante é que foi uma doação legal, não pedi e não sei quem fez. Essa situação só vai mudar quando for aprovado o financiamento público de campanha”, afirma Vigilante.

O motoboy e o sargento também não confirmam se lembram ou não. ÉPOCA descobriu que quem assina as contribuições em nome da empresa é outro sócio: o radialista Jair Marchesini, um apresentador de televisão com atuação política no Rio de Janeiro. Em 2006, ele concorreu pelo PDT a um mandato de deputado federal, mas não se elegeu. Marchesini foi responsável pelo recrutamento do bombeiro e do motoboy para a criação da M Brasil e de outras quatro empresas. Marchesini nega que eles sejam, bem, laranjas: “Não é nada disso. Eles seriam meus sócios, me ajudariam a dirigir as empresas aqui no Rio”. A acreditar nas palavras de Marchesini, o motoboy e o sargento comungariam de dons sobrenaturais. E não seria o único traço fantástico na história.

A empresa doou R$ 650 mil a quatro candidatos do PT e à direção nacional do partido

Aos fundos, renderam apenas prejuízo. Entre aqueles que deram dinheiro à M Brasil constam o Cibrius, dos servidores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão subordinado ao Ministério da Agricultura, e o Faceb, mantido pelos funcionários da Companhia Energética de Brasília. Em duas operações, o Cibrius despejou R$ 13 milhões na M Brasil. De acordo com o diretor superintendente do Cibrius, Fabrício Garcia, não houve interferência política na decisão de realizar os investimentos. “Atendemos a todas as exigências técnicas necessárias”, diz. Até agora, o prejuízo do fundo com esse investimento é calculado em pouco mais de R$ 200 mil. “Vamos executar as garantias oferecidas pela M Brasil para recuperar nosso dinheiro”, afirma Garcia.

As perdas do Faceb somam cerca de R$ 130 mil, devido a atrasos no pagamento dos rendimentos por parte da M Brasil – o Faceb investira R$ 4,4 milhões nos títulos imobiliários da empresa, adquiridos em junho de 2009. O fundo dos servidores da Terracap, a empresa estatal que administra os imóveis públicos no Distrito Federal, estima prejuízos na ordem de R$ 230 mil. Permanece duvidoso o motivo por que os sete fundos investiram nos papéis da M Brasil. E todos os responsáveis dos fundos ouvidos por ÉPOCA negam que esses investimentos tenham relação com uma possível ingerência política nos fundos.

Apesar do dinheiro recebido dos fundos de pensão por meio da M Brasil, o grupo Barenboim manteve-se endividado. Os bancos credores executaram as dívidas. Agora, os fundos tentam tomar de Barenboim os imóveis dados como garantia na venda dos títulos. ÉPOCA localizou o empresário Barenboim. Ele reconheceu estar por trás da M Brasil. Mas não explicou a barafunda envolvendo a M Brasil e as doações. Disse apenas que ajudou o PT por ter se tornado um fã do ex-presidente Lula. “Também doei para a campanha do Agnelo porque acho que ele fez um bom trabalho no governo”, afirmou Barenboim.

Agnelo Queiroz foi ministro do Esporte no primeiro governo Lula e diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no segundo mandato do petista. Na Anvisa, assinou ato que beneficiou a empresa de Barenboim, contrariando regras da própria agência. Em dezembro de 2009, Agnelo renovou a autorização de funcionamento da M Brasil. No ano passado, com Agnelo fora da agência, a Anvisa indeferiu um novo pedido de renovação – há uma norma da agência que proíbe que uma mesma empresa atue como distribuidora de medicamentos e farmácia. “Vamos tentar reverter essa proibição na Justiça”, afirma Jair Marchesini, o sócio de Pedro Barenboim.

Os fundos de pensão envolvidos afirmam que acumulam prejuízos com a operação

Por meio de seu advogado, Luis Alcoforado, o governador Agnelo Queiroz afirmou que os atos assinados quando estava à frente da Anvisa são legais e legítimos. “É um tempo considerável para querer identificar conexão entre o ato e a doação. Ninguém sabia, em dezembro de 2009, que Agnelo seria candidato a governador”, diz Alcoforado. Segundo ele, o governador também não conhece os donos da Barenboim. Barenboim afirma que não houve qualquer relação entre a medida de Agnelo quando estava na Anvisa e sua doação à campanha dele. “Nem sabia que ele foi diretor da Anvisa”, disse Barenboim.

O único não petista a receber dinheiro da M Brasil foi o deputado federal Fábio Faria, do PMN do Rio Grande do Norte. É um parlamentar conhecido por flanar em festas do circuito Rio-São Paulo ao lado de estrelas da televisão, como Adriane Galisteu ou Sabrina Sato. Ele recebeu R$ 50 mil. Segundo Faria, um grupo econômico interessado em investir no Rio Grande do Norte ofereceu uma doação legal a seus arrecadadores de campanha. Ele não sabe por que o recibo foi emitido em nome da M Brasil, uma empresa que ele diz nunca ter ouvido falar. “Resolvi ajudar o Fábio porque ele é meu amigo, meu amigão”, afirma Barenboim. “Não sei quem é, nunca vi esse sujeito”, diz Faria.

Alguém, na certa, está vendo fantasmas.

 

Opinião dos leitores

  1. "Não sei quem é, nunca ví….kkkkkkkkkkkkkk. e por falar nisso o que é doação de campanha que eu nem sei o que é isso ? " Essa frase é conhecida de um grande especialista, MALUF !!!!.

  2. As pessoas podem esquecer que tem amigos e que esses depositam "sem querer" alguns milhares de reais nas suas contas bancárias… Palocci também não "esqueceu" como comprou um ap de 7 milhões?… Isso é besteira, intriga da oposição… Ô povo ruim…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Câmara dá carta branca ao STF e limita ação de partidos pequenos: quem não atingir cláusula de desempenho fica fora do jogo

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

 

A Câmara aprovou, nesta quarta-feira (22), regras que vão mexer com o STF e enviou o projeto ao Senado. A proposta regula julgamentos monocráticos e define prazos de até 12 meses para decisões de ações concentradas, como ADIs e ADPFs. Recurso do Partido Novo foi derrotado por 344 a 95.

O texto, do relator Alex Manente (Cidadania-SP) e baseado em anteprojeto da comissão de juristas de Gilmar Mendes, exige justificativa em plenário para decisões monocráticas e aumenta o quórum necessário para modulação de efeitos para 2/3 dos ministros.

A medida mais polêmica limita que apenas partidos que atinjam a cláusula de desempenho possam propor ações no STF. A regra, válida a partir de 2027, exige mínimo de 13 deputados em 1/3 dos estados ou 2,5% dos votos válidos em 1/3 das unidades da Federação. Para Talíria Petrone (Psol-RJ), a medida fere a Constituição, que garante a partidos representados no parlamento o direito de acionar a Corte.

Federações partidárias deverão atuar como uma só agremiação, mesmo que algum partido individualmente alcance a cláusula. Apenas confederações sindicais ou entidades de classe nacionais poderão propor ações de controle concentrado de constitucionalidade.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Fachin autoriza Fux a mudar para a Segunda Turma do STF

Foto: Antonio Augusto/STF

O presidente do STF, Edson Fachin, autorizou que o ministro Luiz Fux troque a Primeira Turma pela Segunda. O pedido de Fux atende à vaga aberta pela aposentadoria de Luís Roberto Barroso, que, se permanecesse, assumiria posição no colegiado. A mudança de turma acontece logo após Fux votar pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, do general Braga Netto e de sete integrantes do chamado núcleo de desinformação da trama golpista.

Com isso, a Primeira Turma agora terá apenas quatro ministros: Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino, enquanto a quinta vaga só será preenchida após nomeação de Lula para substituir Barroso.

A Segunda Turma passa a contar com André Mendonça, Nunes Marques, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, enquanto a Primeira continuará julgando recursos de Bolsonaro e dos demais núcleos de réus com quórum reduzido. Até agora, o STF condenou 15 réus na trama golpista, sendo oito do núcleo liderado por Bolsonaro e sete absolvidos ontem.

Réus à espera

Os próximos julgamentos já têm datas: núcleo 3 será analisado em 11 de novembro, núcleo 2 a partir de 9 de dezembro, e o núcleo 5, liderado pelo empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo, ainda não tem previsão. Figueiredo mora nos EUA e sequer apresentou defesa.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

FACÇÕES NA MIRA: Governo federal cria lei que pune líderes com até 30 anos e rastreia cada membro

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O governo federal quer apertar o cerco contra o crime organizado. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, enviou nesta quarta-feira (22) ao presidente Lula e à Casa Civil o projeto Antifacção, que cria o novo tipo penal “organização criminosa qualificada”, com penas de até 30 anos de prisão para líderes e integrantes de facções.

O projeto institui um banco de dados nacional com informações detalhadas sobre criminosos, incluindo nome, pseudônimo, endereço e até DNA. A ideia é centralizar dados estratégicos para rastrear facções em todo o país. Lewandowski afirmou que o Estado precisa estar “mais organizado do que o crime”, cada vez mais sofisticado.

Entre as medidas previstas estão apreensão de bens e valores durante investigações, infiltração de policiais e colaboradores nas facções, criação de pessoas jurídicas fictícias para operações e monitoramento de encontros de presos ligados ao crime organizado.

A pena para organização criminosa simples sobe de 3–8 anos para 5–10 anos, e agravantes como aliciamento de crianças, domínio territorial, uso de armas restritas ou morte de agentes de segurança podem dobrar a punição.

Facções dominam

Lewandowski alerta que o domínio territorial das facções deixa comunidades vulneráveis, sem saneamento, escolas ou saúde. Para enfrentar o problema, o ministério planeja retomar territórios ocupados por criminosos, combinando ação policial e avanço de serviços públicos.

O endurecimento das penas, segundo ele, não é solução única, mas funciona como fator de dissuasão, especialmente para os membros de menor escalão das facções.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Doe e faça sorrir: “Mensageiros do Riso” voltam às ruas de Natal para espalhar solidariedade e alegria às crianças carentes

Imagens: Divulgação

O movimento social “Mensageiros do Riso” está de volta às ruas com a missão de transformar solidariedade em sorriso. O grupo, formado por voluntários, realiza ações em comunidades carentes levando alimentos, brinquedos, e momentos de afeto. Nesta semana, o Blog do BG, entrou em contato com os responsáveis e eles produziram um vídeo, com intuito de sensibilizar a população sobre a importância do apoio financeiro ao projeto.

Uma das formas encontradas pelo movimento para levantar recursos é a venda de rosas, buquês, e doces em festas e eventos, revertendo 100% do valor para as ações sociais. Agora, o chamado é para que mais pessoas se juntem, doando, divulgando ou participando.

A próxima ação já tem data marcada: 09 de novembro, especial Dia das Crianças, trazendo alegria para as crianças que vivem em áreas de vulnerabilidade. Para que isso seja possível, o grupo conta com doações por pix.

📌 PIX para doação: 84981047882
Titular: Raquel Maria Baracho da Silva

Além da doação financeira, os voluntários reforçam a importância de ampliar a rede de solidariedade. Quem deseja acompanhar, apoiar ou participar das próximas ações pode seguir o movimento no Instagram e entrar em contato.

📲 Siga o perfil: @mensageirosdoriso.

🤝 Seja voluntário. Doe. Compartilhe. Faça parte.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Ex-vereador de Parnamirim e assessores são pegos com “funcionários fantasmas” e nepotismo com dinheiro público

Foto: Reprodução

O ex-vereador de Parnamirim, Epifânio Bezerra de Lima, e dois de seus assessores foram condenados pelo Ministério Público do RN por improbidade administrativa. A sentença da 2ª Vara da Fazenda Pública confirmou que o trio usou cargos na Câmara de Vereadores para enriquecimento ilícito e favorecimento de parentes e aliados.

As investigações revelaram que os assessores eram “funcionários fantasmas”, recebendo salários públicos sem cumprir qualquer atividade. Uma das servidoras é sobrinha do ex-parlamentar e admitiu não frequentar regularmente a Câmara, alegando estudar medicina na Universidade Federal da Paraíba, enquanto era deslocada ao município a mando do tio.

O outro assessor confessou que não cumpria expediente formal, afirmando que só “passava informações das comunidades ao vereador”, mantendo-se à disposição dele.

Segundo o MPRN, a prática teve intuito claro de beneficiar familiares e aliados, usando dinheiro público para despesas pessoais e educação dos parentes.

Opinião dos leitores

  1. Ninguém pensar que esses políticos vão pra política com o intuito de trabalhar pra população não.eles vão trabalhar pra se mesmo e pra os parentes.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Primeiro turno? Lula já está condenado a disputar segundo em 2026, dizem líderes do próprio PT

Foto: Ricardo Stuckert

Mesmo com otimismo interno, caciques do PT já descartam vitória de Lula no primeiro turno das eleições de 2026. Fontes ouvidas pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, apontam que a polarização política vai forçar o petista a disputar segundo turno, independente de melhora na economia ou da popularidade do presidente.

Segundo líderes do partido, uma direita dividida não ajudaria Lula a bater os 50% dos votos válidos logo de cara. “Mesmo com vários candidatos adversários, ele não passa no primeiro turno”, resumem interlocutores do PT, revelando insegurança rara entre os próprios aliados do presidente.

O nome mais temido do lado de lá é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), embora ele negue pretensão de disputar a Presidência e diga que foca na reeleição estadual. Caso Tarcísio mude de ideia, outros líderes regionais, como Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, poderiam integrar a chapa de oposição, enquanto candidatos isolados seriam engolidos pela disputa.

O recado é claro: o cenário eleitoral ainda está aberto, mas o que se desenha é um Lula vulnerável, sem força para atropelar adversários no primeiro turno. Para a direita, a oportunidade de retomar o Palácio do Planalto em 2026 nunca esteve tão palpável.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

BOMBA EM SÃO MIGUEL DO GOSTOSO: MP Eleitoral pede cassação de prefeito, vice e ex-prefeito por abuso de poder

Foto: Reprodução/Instagram

 

O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com alegações finais pedindo a cassação dos diplomas do prefeito Léo de Doquinha, do vice João Eudes e do ex-prefeito Renato de Doquinha, assessor especial da atual gestão. O trio é acusado de abuso de poder político durante as eleições municipais de 2024, conforme noticiou o perfil do Instagram @boragostoso.

Segundo o MPE, o ex-prefeito usou a máquina pública para beneficiar seus aliados. Entre janeiro e julho de 2024, a prefeitura contratou 385 servidores temporários sem justificativa plausível, fazendo o número de funcionários saltar de 411 para 796 — aumento de quase 94%.

A Promotoria diz que as contratações não tinham relação com calamidade ou aumento real de serviços, mas sim para influenciar votos, configurando o clássico “cabresto eleitoral” das cidades pequenas.

O documento, assinado pelo promotor Edisio Souto Neto em 22 de outubro de 2025, lembra ainda que o município já havia sido proibido, em decisão judicial transitada em 2023, de realizar contratações temporárias sem justificativa. Mesmo assim, o alerta foi ignorado e cerca de 800 pessoas foram contratadas em 2024, reforçando a suspeita de manipulação do pleito.

Diante das provas, o MPE requer cassação imediata dos diplomas e inelegibilidade de 8 anos para os três envolvidos. O caso tramita na 14ª Zona Eleitoral de Touros/RN e aguarda decisão da Justiça Eleitoral, que pode mexer fundo na política local.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

São Gonçalo do Amarante moderniza ponto eletrônico e regulamenta jornada de servidores municipais

Foto: Divulgação

A Prefeitura de São Gonçalo do Amarante publicou nesta terça-feira (21) o Decreto nº 2.053/2025, que estabelece novas regras para registro de ponto, controle de frequência, jornada de trabalho, banco de horas e regime de trabalho híbrido dos servidores municipais. O documento foi assinado pelo prefeito Jaime Calado (PSD) e marca um avanço importante na modernização e na transparência da gestão pública.

O Sistema de Registro de Ponto Eletrônico (SRPE), que já funcionava em órgãos como Saúde, Juventude, Esporte e SAAE, será ampliado para todas as secretarias. Com biometria facial, o sistema garante mais segurança e confiabilidade, evitando falhas e permitindo um controle mais eficiente da presença dos servidores.

O decreto detalha diferentes modalidades de jornada — padrão, especial, reduzida, plantão/escalas e híbrida — e regulamenta o banco de horas, permitindo compensações controladas e evitando o acúmulo indevido de horas extras. Para reforçar a fiscalização, foram criados Fiscais de Ponto e um Comitê Permanente de Análise de Registro, responsáveis por acompanhar frequência e validar justificativas.

Durante os primeiros 60 dias, haverá uma fase piloto para adaptação e capacitação dos servidores, garantindo que a modernização do ponto eletrônico seja implementada sem atritos. O decreto já está em vigor e pode ser consultado na íntegra no Diário Oficial do Município: www.saogoncalo.rn.gov.br
.

Opinião dos leitores

  1. Vai começar a temporada de protestos, servidores públicos, principalmente médicos, não gostam de ponto eletrônico porque ficam na obrigatoriedade de cumprir a carga horária de trabalho.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Ciro Gomes renasce no PSDB, joga indireta em Lula e PT e promete virar 2026 no Ceará

Foto: Divulgação/PSDB

O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes oficializou sua filiação ao PSDB nesta quarta-feira (22), em Fortaleza. A cerimônia teve a presença do ex-senador Tasso Jereissati, apontado como peça-chave para o retorno de Ciro ao partido, além de lideranças da oposição cearense. O Estado é hoje governado pelo petista Elmano de Freitas.

Ciro agradeceu a Jereissati pelo convite para “recomeçar sua vida pública” e chamou o ex-senador de “o maior estadista cearense”. Sem papas na língua, criticou a traição que sofreu no PDT e aproveitou para alfinetar Lula e o PT. “Para eles, pode tudo”, ironizou.

Ciro também reforçou a diferença da oposição com o PT: “Aqui não tem ladrão, e lá?”, cutucou. Líderes do PSDB esperam que o nome do ex-governador seja capaz de unificar a oposição contra Elmano de Freitas em 2026. Embora não confirme candidatura, Ciro avisou: “O tempo da libertação se aproxima. Moro pelo Brasil, mas mato pelo Ceará”.

O ex-ministro aproveitou para criticar o avanço de facções criminosas no Estado e o chamado “lulismo eterno” que quer se perpetuar no poder.

Já Tasso Jereissati destacou que Ciro terá duas missões históricas: reconstruir o PSDB e resgatar o orgulho de ser cearense. Ciro assumirá a presidência estadual do PSDB, enquanto o ex-prefeito José Sarto ficará à frente do diretório municipal de Fortaleza.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

[PESQUISA PERFIL] Com 95,25%, Prefeito Joãozinho, de Serra Caiada, tem maior índice de aprovação do RN

Foto: Divulgação

O prefeito de Serra Caiada, Joãozinho Furtado, alcançou o maior índice de aprovação entre os gestores municipais do Rio Grande do Norte, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Perfil. O levantamento mostra que 95,25% dos serracaiadenses aprovam a gestão do prefeito, enquanto apenas 2,25% a desaprovam.

Outros 2,50% dos entrevistados não souberam ou preferiram não opinar, evidenciando o alto nível de satisfação da população com o trabalho desenvolvido pela administração municipal.

A pesquisa foi realizada nos dias 18 e 19 de outubro, ouvindo 400 moradores com 16 anos ou mais em todas as regiões do município, incluindo a zona urbana e as comunidades rurais.

O levantamento tem margem de erro de 4,9 pontos percentuais, para mais ou para menos, e intervalo de confiança de 95%, o que reforça a credibilidade dos resultados e a expressiva aprovação da gestão de Joãozinho Furtado.

Gráfico: Divulgação/Instituto Perfil

Avanços e gestão 

Os números refletem uma série de avanços concretos implementados em Serra Caiada. O município conta com 100% das vias asfaltadas, iluminação pública totalmente em LED e pagamento dos servidores rigorosamente em dia, com salário antecipado todos os meses.

Além disso, a cidade recebeu o Selo ATRICON Ouro em gestão fiscal, reconhecimento nacional que reforça o compromisso da administração com a transparência, a responsabilidade financeira e a eficiência na aplicação dos recursos públicos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *