Por Pedro Soares, Folha de São Paulo
Diante da alta da renda maior nas faixas mais baixas de rendimentos, a região Nordeste foi o destaque da Pesquisa Anual de Serviços do IBGE, com expansão de 36,1% do faturamento do setor no acumulado de 2007 a 2010. O percentual ficou acima da média nacional no período (31,8%).
Em todos os Estados da região, o faturamento do setor subiu mais do que a média nacional. As empresas do Piauí registraram o maior crescimento do país, de 50,2%.
O emprego no setor de serviços no Nordeste também subiu acima da média — 34,8% no acumulado de 2007 a 2010, contra 27,3% em todo o país. Ainda assim, o salário médio da região era o mais baixo: 1,8 salário mínimo. A média nacional era de 2,4 salários.
Em termos de faturamento, o pior desempenho foi da região Norte: 21,5% no acumulado de 2007 a 2010. O Sudeste ficou praticamente na média (31,3%). Já Sul e Centro-Oeste superam o desempenho de todo o país, com altas de 33,5% e 32,4%.
Segundo o IBGE, a concentração do setor persistia, apesar do crescimento mais acelerado do faturamento das firmas nordestinas. Em 2010, a região Sudeste concentrava 66,9% da receita das empresas prestadores de serviços no Brasil (R$ 647,3 bilhões); 67,2% dos salários, retiradas e outras remunerações (R$ 115,9 bilhões) e 60,3% do pessoal ocupado (6,4 milhões). Só o Sudeste tinha uma remuneração média –de 2,7 salários mínimos– superior à do país.
Em segundo lugar, apareceu a região Sul, com 14,2% da receita (R$ 137,6 bilhões); 14,1% dos salários (R$ 24,4 bilhões); e 15,8% do pessoal ocupado (1,7 milhão).
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