Economia

Banco Central eleva estimativa para crescimento do PIB em 2019 e 2020 de 1,8% para 2,2%

Foto: Agência Brasil/EBC

O Banco Central (BC) aumentou a projeção para o crescimento da economia neste ano e em 2020. A informação foi divulgada nesta quinta-feira19) no Relatório de Inflação, feito trimestralmente.

A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em 2019 passou de 0,9%, previsto em setembro, para 1,2%. Para 2020, a projeção para o crescimento do PIB foi revisada de 1,8% para 2,2%.

2019

Segundo o BC, o ajuste na projeção “repercute os resultados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o terceiro trimestre do ano, a revisão da série histórica do PIB e o conjunto de informações setoriais disponíveis para o trimestre em curso”.

Para o crescimento do quarto trimestre deste ano, o BC destacou o impulso decorrente das liberações extraordinárias de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Programa de Integração Social (PIS)/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

No âmbito da oferta, a previsão para a variação anual da agropecuária passou de 1,8% para 2%, “refletindo revisão das contas trimestrais e aumento da previsão de abates, em cenário de forte elevação dos preços de carnes”.

Segundo o BC, a projeção para o desempenho da atividade industrial passou de 0,1% para 0,7%, em decorrência dos aumentos nas estimativas para indústria extrativa (de -1,6% para -0,4%), indústria de transformação (de -0,2% para 0,2%) e, principalmente, construção civil (de 0,1% para 2,1%), setor que apresentou crescimento significativo ao longo dos últimos dois trimestres, revertendo tendência observada ao longo dos últimos anos.

A projeção de expansão da atividade do setor de serviços em 2019 foi ligeiramente revisada (de 1% para 1,1%), com destaque para elevações nas projeções para comércio (de 1,2% para 2%) e serviços de informação (de 2,5% para 3,5%). Em sentido oposto, as estimativas para outros serviços e administração, saúde e educação públicas foram reduzidas para 1,2% e -0,2%, na ordem, ante projeções anteriores de 1,6% e 0,1%.

A estimativa de crescimento para o consumo das famílias foi revista de 1,6% para 2%, enquanto para os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF), de 2,6% para 3,3%. A estimativa para o consumo do governo foi revisada de -0,3% para -0,6%.

Para a exportação e importação de bens e serviços, as estimativas ficaram em -3% e 1,7%, em 2019, respectivamente, ante projeções anteriores de -0,5% e 1,9%.

2020

Para o BC, o maior impulso da economia em 2020 está condicionado ao cenário de continuidade das reformas e ajustes na economia brasileira.

Para 2020, as previsões para agropecuária, indústria e serviços foram revistas, respectivamente, para 2,9%, 2,9% e 1,7%, ante 2,6%, 2,2% e 1,4% no Relatório de Inflação anterior, divulgado em setembro. “A elevação na previsão da atividade no setor primário repercute os primeiros prognósticos para a safra de 20203 e as boas perspectivas para a pecuária. Na indústria e em serviços, a elevação nas previsões foi bastante disseminada entre atividades, repercutindo melhores perspectivas para os diversos setores da economia”, diz o BC.

O BC estima expansão de 2,3% para o consumo das famílias e de 4,1% para a FBCF, ante 2,2% e 2,9%, respectivamente, na previsão anterior. “Parte da alta na previsão para a FBCF está associada a prognóstico mais favorável para a construção civil”, destaca.

A projeção para o consumo do governo foi alterada de 0,5% para 0,3%. A estimativa para o crescimento das exportações foi revista de 1,7% para 2,5%, enquanto a projeção para as importações passou de 1,6% para 3,8%. “O aumento na previsão para as exportações está associado, entre outros fatores, a elevações nas estimativas de crescimento da produção agropecuária e extrativa mineral, setores voltados ao mercado externo. O aumento na projeção para as importações reflete as perspectivas favoráveis para a indústria de transformação e para a FBCF, com consequente aumento da demanda por insumos, máquinas e equipamentos, bem como o aumento na projeção para o consumo das famílias”, conclui o BC.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. 1,2% é um crescimento menor q nos 2 anos de governo Temer! Fracasso grande do governo Bolsonaro!

    1. O mais importante tolinho desinformado, não é o valor previsto, é o crescimento, isso implica que deixamos a estagnação, agora é so crescimento, e é o constatado pelo mercado, inclusive o risco Brasil baixou, logo se tornou pais confiável.

    2. Dilma:2014 -> 0,5%, 2015 -> – 3,5%, 2016 -> -3,5%
      Temer: 2017 -> 1% – > 1%.

      O Governo Bolsonaro está no caminho certo!

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Economia

Desemprego no Brasil vai cair em 2019 e 2020, diz Organização Internacional do Trabalho (OIT)

FOTO: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

As taxas de desemprego no Brasil vão cair em 2019 e 2020. Mas o avanço na criação de postos de trabalho será lento e o país corre o risco de ter de esperar “anos” até ver as taxas retornarem para níveis registrados antes da recessão. O índice brasileiro de desemprego é ainda mais de duas vezes superior à média mundial, de cerca de 5% em 2019.

A avaliação é da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que, em seu informe anual, aponta para uma taxa de desemprego no Brasil de 12,5% ao final de 2018. Para 2019, o índice pode cair para 12,2% e, em 2020, essa taxa seria de 11,7%.

De acordo com a OIT, a queda na taxa de desemprego está ligada à recuperação da economia. Em 2018, a expansão foi de apenas 0,7%. Mas a perspectiva da entidade é de que o crescimento seja de 2,4% em 2019.

Em números absolutos, o total de brasileiros desempregados passará de 13,5 milhões de pessoas em 2017 para 13,3 milhões ao final de 2018. Para 2019, o total chegará a 13,1 milhões e, em 2020, o número serra de 12,7 milhões.

Apesar da queda, o departamento de pesquisa da OIT estima que um retorno a taxas de 7% de desemprego no Brasil não ocorrerá no curto prazo. O índice havia sido registrado antes de 2014.

Para que esse número tenha uma melhora mais rápida, um forte aumento de demanda teria de ser registrado na economia nacional. A OIT tampouco acredita que, de imediato, a reforma trabalhista possa dar um impulso e seus resultados teriam de ser aguardados para os próximos anos.

As taxas brasileiras, mesmo sofrendo uma queda, continuam entre as mais elevadas do G-20, o grupo que reúne as maiores economias do mundo. No México, o desemprego deve ser de 3,4% em 2019, contra 3,9% nos EUA e 6,1% no Canadá. No Japão, o índice será de 2,4% contra 3,7% na Coreia.

De acordo com a OIT, a Austrália deve fechar o ano com uma taxa de 5,3%, contra 4,4% na Indonésia, 3,2% na Alemanha, 3,8% no Reino Unido e 4,5% na Rússia. França, Itália e Turquia contam com taxas de desemprego que variam entre 9% e 11%. Mas, mesmo assim, abaixo da média brasileira dos últimos anos.

No geral, a OIT estima que 172 milhões de pessoas estavam desempregadas ao final de 2018, o equivalente a uma taxa de 5%. Essa é a primeira vez que, desde a eclosão da crise financeira em 2008, os níveis globais retornaram para o patamar de 5%. Para 2019 e 2020, a previsão é de que a taxa fique inalterada.

Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. Sem 13º, sem férias e sem FGTS, mas não pode reclamar. É direito ou desemprego.

  2. Jornalismo de guerra. Na época do PT era notícias ruins toda hora. Agora, na falta de alguma notícia boa do governo bozo, apela-se para previsões.

    1. Se o piloto do avião é cego, não adianta torcer nem a favor , nem contra. Só existe um resultado possível
      Kkkkkkkkkkkk

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