Saúde

Nutricionistas dão dicas de alimentação saudável para crianças; escolas também devem estimular hábitos alimentares

Nutricionistas Marina Macedo e Amanda Damasceno. (Fotos: Divulgação)

Introduzir alimentos saudáveis que agradem ao paladar das crianças nem sempre é uma tarefa fácil. É preciso ter paciência, tranquilidade e adotar estratégias para que os pequenos possam se sentir à vontade na hora de experimentar e criar o hábito de comer frutas, verduras e legumes. Afinal, oferecer uma alimentação rica e variada ajuda no amadurecimento psicológico e físico e no desenvolvimento da criança.

Um dos primeiros desafios para os pais é justamente dar início a esse processo de introdução alimentar. Para reunir dicas de como superar bem essa etapa, conversamos com duas especialistas que trabalham com crianças do ensino infantil e fundamental da Maple Bear Natal. As nutricionistas Amanda Damasceno e Marina Macêdo deram cinco dicas importantes para alimentação das crianças:

– Estimular, oferecer e consumir os alimentos junto à criança, são ações indispensáveis para o sucesso de uma alimentação saudável;

– A alimentação de uma criança deve ser o mais natural possível, rica em frutas, vegetais, leguminosa e cereais;

– Não oferecer alimentos industrializados nos primeiros anos de vida; até um ano de idade a alimentação não deve ter adição de sal;

– A criança tem o direito de consumir apenas o que interessar e a quantidade desejada. Forçar, obrigar, fazer chantagem ou usar artifícios para a criança comer mais, não são aliados nessa construção;

– Oferte o mesmo alimento de formas diferentes. Se a recusa for de muitos alimentos, procure a ajuda de um profissional nutricionista.

Escola deve contribuir com alimentação saudável

Foto: Bianca Rezende e o filho Lucas Rezende. (Foto: Divulgação)

Além da família, a escola também tem uma participação importante na formação do hábito alimentar da criança porque exerce influência na formação cognitiva e humana. Por isso é o lugar ideal para incentivar ações em educação alimentar e nutricional para a promoção da alimentação saudável e da saúde.

Na Maple Bear Natal, o lanche das crianças é baseado em alimentos de verdade, tudo natural, com restrição de adição de açúcares e gorduras e tudo feito no dia. Não são utilizados produtos industrializados. As preparações são sempre enriquecidas com legumes, frutas e hortaliças e há uma grande variedade para atender as necessidades e preferência de todos os alunos.

Diariamente é ofertado fruta, suco e o lanche principal, que contém carboidrato e proteína. Os pais são informados todos os dias se a criança gostou de cada item, se não gostou, se repetiu.

Bianca Rezende é mãe de Lucas Rezende Aladim, de 2 anos, que estuda no ensino infantil da Maple Bear Natal. Ela conta que se sente tranquila por saber que ele tem uma alimentação saudável na escola. “Acho incrível ele ter uma alimentação balanceada. Como a gente já sabe o que ele comeu lá todos os dias, isso facilita na hora de fazermos o jantar, por exemplo, porque sempre damos algo diferente. A escola tem sua parcela de contribuição nessa conquista diária de batalhar pela saúde”, explicou.

“O nosso objetivo é reforçar essa alimentação que a criança já deve ter em casa. Eles são estimulados a conhecer os mais diversos sabores e experimentar de tudo para construir o hábito. A criança cresce e se desenvolve rápido e precisa de nutrientes. Uma alimentação adequada fornece energia para um desenvolvimento saudável”, afirmou a diretora da educação infantil da Maple Bear Natal, Julyana Freitas.

 

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Saúde

Alimentação saudável poderia cortar gastos bilionários com saúde, diz estudo

Foto: (Claudia Totir/Getty Images)

Já imaginou receber, junto da carteirinha do SUS, um cartão que dá desconto na feira? Tudo por um único motivo: fazer você comer de forma mais saudável – e, por tabela, comprar menos remédio e ir menos ao médico.

Essa foi a proposta de pesquisadores dos Estados Unidos em um estudo publicado na revista científica PLOS Medicine. Com o objetivo de identificar estratégias de bom custo-benefício capazes de melhorar a saúde dos americanos, o trabalho simulou o que aconteceria se o sistema de saúde dos EUA cobrisse 30% dos custos da população com alimentos saudáveis.

Para isso, os cientistas consideraram o número atual de pessoas com idades entre 35 e 80 anos e que estão inscritas no Medicare e/ou no Medicaid, os dois principais programas federais de saúde do país.

No estudo, foram criados dois cenários: no primeiro, o benefício subsidiava 30% do gasto com frutas e verduras das pessoas. No outro, essa porcentagem também incluía cereais integrais, óleos vegetais e oleaginosas (nozes e castanhas).

Os resultados apontam que ambas as situações seriam positivas. Considerando o número atual de beneficiários, o primeiro plano (que cobria só frutas e verduras) evitaria, ao longo de toda a vida, 1,93 milhão de casos de doença cardiovascular e 350 mil mortes. Já o segundo, que incluía mais alimentos fontes de fibras e gorduras boas, seria capaz de prevenir 3,28 milhões de episódios de infarto e derrame, além de 120 mil diagnósticos de diabetes e 620 mil mortes.

No quesito econômico, ambos os modelos reduziriam a utilização dos serviços de saúde. A economia anual para o governo seria de US$ 40 bilhões no primeiro caso, e de US$ 100 bilhões no segundo. Nada mal, né?

“Encorajar pessoas a comer de forma saudável, prescrevendo alimentos para isso, poderia compensar tanto ou mais do que outras intervenções, como medicamentos para controlar a pressão alta ou o colesterol”, comentou, em nota, Yujin Lee, uma das autoras do estudo. Segundo ela, a prescrição alimentar está sendo cada vez mais considerada nos Estados Unidos, e já há estudos sendo feitos para implementar a medida.

“Esses achados reiteram o conceito de que comida é remédio: programas inovadores que encorajam a alimentação saudável podem e devem ser integrados ao sistema de saúde”, defende Lee.

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Opinião dos leitores

  1. Políticas públicas para melhorar o que se põe à mesa simultaneamente às que educam sobre o consumo e desperdício de alimentos, seria um ganho que extrapolaria positivamente os efeitos em diferentes setores do país, além da economia e da saúde. Um sonho que com um pouquinho de vontade e esforço é completamente realizável.

  2. Já está na hora de a Receita Federal acatar a dedução de gastos com academias e esportes na Declaração de Imposto de Renda. Esporte é essencial para saúde, e demanda muito dinheiro!!!

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