Diversos

Itamaraty nega envolvimento brasileiro em ataque a bases militares na Venezuela

Foto: BRUNO MANCINELLE / AFP

O Ministério das Relações Exteriores negou, nesta segunda-feira, qualquer envolvimento brasileiro nos ataques a bases militares venezuelanas ocorridos no domingo, que deixaram um militar morto e outro ferido. A resposta veio depois que o ministro da Comunicação venezuelano, Jorge Rodríguez, acusou o Brasil de dar apoio aos grupos responsáveis pelos ataques a unidades militares no sul do país.

No Twitter, Jorge Rodríguez disse que os responsáveis pelo ataque “treinaram em acampamentos paramilitares amplamente identificados na Colômbia e receberam a colaboração desonesta do governo de Jair Bolsonaro”.

Rodríguez revelou que seis pessoas foram detidas e que algumas armas foram recuperadas: 83 fuzis AK-103, 60 granadas, um lançador de foguetes, uma bazuca, uma metralhadora e seis caixas de munição. Há uma operação em andamento para tentar capturar os demais responsáveis e reaver o armamento. Ao todo foram levados 112 fuzis, 120 granadas, três lançadores de foguetes, três metralhadoras, dez bazucas e dez caixas de munição.

Os ataques ocorreram na madrugada de domingo, quando um grupo de cerca de 12 indígenas da etnia pemón, liderados por um oficial desertor das Forças Armadas, atacou uma base de infantaria na região de Gran Sabana, no estado de Bolívar, que faz fronteira com o Brasil. Além das armas eles levaram um caminhão e fizeram um refém. Depois atacaram dois postos policiais na região, onde roubaram mais armas antes de tentar atacar mais uma guarnição militar, desta vez sem sucesso.

Na cidade de Luepa houve confronto com civis e militares, resultando na morte do soldado. Há relatos de que pelo menos um sargento tenha sido levado como refém. Segundo o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, a ação foi realizada por “setores extremistas da oposição”.

Relação difícil

No dia 14 de dezembro, o governo de Nicolás Maduro acusou dois parlamentares da oposição, Yanet Merín e Fernando Orozco, de tentar um golpe contra o presidente, algo que teria ocorrido com o apoio do presidente autoproclamado Juan Guaidó. De acordo com a versão oficial, o plano incluía a tomada de dois quartéis no estado de Sucre, algo que seria o primeiro passo para ações semelhantes em unidades em Caracas e outras regiões.

Outrora aliados, as relações entre Brasil e Venezuela mudaram de cara depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, e a chegada de Michel Temer ao poder. Com a eleição de Jair Bolsonaro, o Brasil reconheceu Juan Guaidó como presidente venezuelano e agiu para efetivamente isolar Nicolás Maduro.

O primeiro contato direto entre os dois governos só aconteceu em novembro, em meio à invasão da embaixada do país em Brasília. Na ocasião, o encarregado de negócios Freddy Meregote se encontrou com Maurício Correia, coordenador-geral de Privilégios e Imunidades. Isso em meio a uma crise migratória na fronteira do estado de Roraima com a Venezuela, com milhares de pessoas fugindo da grave situação econômica e social enfrentada pelo país.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. IGUAL A HISTÓRIA DO ÓLEO DERRAMADO NO MAR, QUE disseram que tinha sido "a" e depois "b", E ATÉ HOJE, COM TODOS OS RECURSOS E TECNOLOGIA, NÃO SE SABE QUEM FOI E NEM DE ONDE VEIO. OU NÃO QUEREM DIVULGAR A VERDADE E ESTÃO DEIXANDO O TEMPO PASSAR PRA CAIR NO ESQUECIMENTO.
    SHELL

  2. Maduro está igual ao pateta e aos petistas, desacreditado, sem moral, dinheiro (isso nove dedos tem), e precisando de uma boa surra e correr igual ao outro amigo do peito "Evo Morales", enfim, a história reserva para vcs um fim trágico. O socialismo bacana de vcs, já desapareceu faz tempo e as derrotas recentes vão levar vcs mais ainda para o buraco.

  3. Se teve envolvimento brasileiro, aí eu digo Só Faltava essa para completar as loucuras desse governo de vcs. Mas se for verdade, tudo bem, a turma Bolsonaro tem armas e coragem, pois eles que devem ir na linha de frente do combate, os quatro patetas, de uma coisa tenho certeza eles têm habilidades com armas, cresceram e são íntimos de milicianos e por isso que devem ir na linha de frente nos próximos combates, que com certeza, os venezuelanos não deixar barato.

    1. Será que não seria mais racional, você dizer que quem está fazendo isso, embora eu não concorde, está tentando salvar a população desse governo ditador, miserável, apoiado por lulaladrão. ?

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Política

Os riscos da arrogância do império americano

Por Leonardo Boff para o Congresso em Foco:

Conto-me entre os que se entusiasmaram com a eleição de Barack Obama para Presidente dos EUA, especialmente vindo depois de G. Bush Jr, presidente belicoso, fundamentalsta e de pouqíssimas luzes. Este acreditava da iminência do Armagedon bíblico e seguia à risca a ideologia do Destino Manifesto, um texto inventado pela vontade imperial norteamericana, para justificar a guerra contra o México, segundo o qual os EUA seriam o novo povo escolhido por Deus para levar ao mundo os direitos humanos, a liberdade e a democracia. Esta excepcionalidade se traduziu numa histórica arrogância que fazia os EUA se arrogarem o  direito de levar ao mudo inteiro, pela política ou pelas armas,  o seu estilo de vida e sua visão do mundo.

Esperava que o novo presidente não fosse mais refém desta nefasta e forjada eleição divina, pois anunciava em seu programa o multilateralismo e a não hegemonia. Mas tinha lá minhas desconfianças, pois atrás do Yes, we can (Sim, nós podemos”) podia se esconder a velha arrogância. Face à crise econômico-financeira, apregoava que os EUA mostrou em sua história que podia tudo e que ia superar a atual situação. Agora por ocasião do assassinato de Osama bin Laden ordenada por ele (num Estado de Direito que separa os poderes, tem o Executivo  o poder de mandar matar ou não cabe isso ao Judiciário que manda prender, julgar e punir?), caiu a máscara. Não teve como escondera arrogância atávica.

(mais…)

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