Clima

Governo americano diz que depositará credibilidade ‘em planos sólidos’ do Brasil, e destaca que Bolsonaro adotou ‘tom positivo e construtivo’ durante seu discurso

Foto: Reprodução/CNN/Montagem

Após o discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Cúpula do Clima na manhã desta quinta-feira (22), o governo americano se posicionou sobre as metas estabelecidas pelo governo federal no combate ao desmatamento e redução de emissões de gases.

Em nota, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou que o país depositará sua credibilidade em “planos sólidos” e ressalta que os americanos não se furtarão de enviar os recursos necessários.

“Nossa credibilidade se apoiará em planos sólidos, na execução do trabalho e em um foco implacável nos resultados. Alcançar metas ambiciosas requer recursos e os americanos estão comprometidos com a parceria com os brasileiros nesse esforço”, diz a nota.

Após a fala de Bolsonaro na Cúpula, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o governo brasileiro enviou um plano de trabalho aos EUA e que são necessários recursos para colocá-lo em prática.

Segundo o governo do presidente Joe Biden, Jair Bolsonaro revelou um “um tom positivo e construtivo” durante seu discurso.

“Estamos satisfeitos que o presidente Bolsonaro tenha reconhecido o importante papel do setor privado em nos ajudar a encontrar soluções. Concordamos com sua ênfase no envolvimento necessário dos povos indígenas e comunidades tradicionais na proteção das florestas e da biodiversidade, e com seu reconhecimento do importante papel do setor privado em nos ajudar a encontrar soluções.”

O comunicado também diz que “detalhes ainda precisam ser resolvidos”. “Muitos detalhes ainda precisam ser resolvidos, e é justo perguntar a todos os países, Estados Unidos, Brasil e outros – como vamos alcançar nossos ambiciosos objetivos.”

O governo americano diz ainda que seguirá trabalhando em conjunto com o Brasil. “Esperamos continuar trabalhando junto com o Brasil para expandir nosso diálogo e cooperação, com base em nossas décadas de cooperação em desafios ambientais compartilhados.”

“Alcançar a neutralidade de carbono até 2050, dez anos antes do comprometido anteriormente e sem pré-condições, é significativo, assim como seu compromisso de dobrar os fundos disponíveis para fiscalização, um passo crucial para eliminar o desmatamento ilegal até 2030”, diz o comunicado do departamento de Estado dos EUA.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Um finge que fala a verdade e o outro finge que acredita. Menos mau. Pior seria esse senhor continuasse vomitando bobagens.

  2. Marrapaz…deixaram o miliciano falar por último…kkkk
    TB, do Jeito que ele mente…Biden nem queria ouvir….kkkkk

  3. Nem Biden acredita no que ele próprio falou…. Ele sabe que Bozo não é de confiança…Mas os EUA precisam de aliados contra a China…por falar em China, já reduziu a compra de soja do Brasil e tá comprando “apenas” 85% a mais de soja americana…EUA pode até jogar xadrez, mas a China joga Go…kkkk

  4. Se o desmatamento é ilegal como diz o bozo, porque não para esse desmatamento agora? Por que deixar pra 2030?

  5. Pense numa matéria de tirar o sono da esquerda reacionária.
    Biden falando do Brasil sem o ranço e o ódio demostrados pela esquerda contra o Presidente. Qual será a versão que a mídia comprometida com os recursos públicos vai levar ao ar? Qual será o tamanho da mentira que vão colocar nessa notícia, afinal, tem mídia que a credibilidade não existe e ela insiste em permanecer cavando sua própria ruina, sem respeito ao povo e totalmente afastada dos fatos.
    Alguém leu o livro do ex presidente americano Baraque Obama? Ele fala de Lula, está lá escrito, registrado, para ninguém ter dúvida. Vão lá ler, é um político de esquerda atestando a conduta do ex presidente do Brasil.

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Clima

O DONO DO PEDAÇO: ‘Estamos discutindo tudo isso sem o Brasil presente’, diz Macron sobre ausência de Bolsonaro na Cúpula do Clima

Governador do Amapá, Waldez Góes, com o presidente francês, Emmanuel Macron, e Rodolphe Alexandre, presidente da coletividade da Guiana Francesa Foto: Divulgação

Sem a presença oficial do Brasil, o presidente da França, Emmanuel Macron , liderou nesta segunda-feira a principal reunião sobre o futuro da Amazônia , em Nova York.

O encontro acontece em meio à agenda da Cúpula do Clima nas Organizações das Nações Unidas ( ONU ), na cidade americana. Jair Bolsonaro chega à cidade no começo da tarde desta segunda, e Macron criticou a ausência do país na conferência.

— Vamos falar francamente. Estamos discutindo tudo isso sem o Brasil presente. O Brasil é bem-vindo. Todos nós queremos trabalhar — disse o francês, afirmando que busca “soluções políticas” para seguir adiante.

Em seu discurso, citou ainda que as florestas tropicais estão desaparecendo rapidamente e que as queimadas têm aumentado. Complementou dizendo ter legitimidade para liderar as discussões em função da Guiana Francesa, e criticou a postura do Brasil em relação ao Fundo Amazônia.

— Vamos falar do Fundo Amazônia. O Brasil nao está levando a sério esses critérios — disse o francês, citando a suspensão das doações de Alemanha e Noruega.

Chanceler da Alemanha, Angela Merkel também discursou no evento, mencionando os investimentos na floresta amazônica. Sem citar especificamente o Brasil ou a suspensão do Fundo Amazônica, disse que os doadores devem cobrar metodologia para garantir resultados.

— Como disse Macron, Nao estamos aqui só para dar dinheiro (…). Precisamos estabelecer uma metrologia que seja aprovada para dar resultados — observou.

Também participam da reunião os presidentes da Colômbia, Iván Duque, do Chile, Sebastián Piñera, e da Bolívia, Evo Morales.

O ator Harrison Ford, vice-presidente da Conservação Internacional, criticou o desmatamento da Amazônia e disse que preservar a floresta é fundamental para qualquer debate sobre mudança do clima.

— A ganância está ganhando a batalha na Amazônia — disse o ator.

Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk pediu união aos países pela preservação e reforçou que as nações europeias estão dispostas a financiar projetos para a floresta. Segundo ele, as recentes queimadas na região tiraram o mundo da “letargia”.

— Queimadas em florestas são uma tragédia. Não importa o tamanho. Precisamos desse choque como esses incêndios para sair do estado de letargia. Nao quero dar lição de moral em ninguém. Nossa história é desmatamento para criar indústria, mas queremos ajudar a manter a floresta. Até as crianças sabem da importância delas para o futuro — disse Tusk.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Macron, o defensor da Amazônia, foi chamado de o maior poluidor do mundo pelo Greenpeace nas manifestações do final de semana em Paris.

  2. Waldez Góes não seja um entreguista descarado, honre aqueles que morreram impedindo a França de ocupar o Brasil. Já tentaram 2 vezes, uma vez pelo RJ e outra pelo Maranhão, quero ver esse sorriso na hora que a água bater no teu pescoço, quando ameaçarem tomar o Amapá pela Guiana.

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