Diversos

RN e mais 12 estados e DF divulgam carta aberta contra decreto de armas

Governadores de 13 estados divulgaram nesta terça-feira (21) uma carta aberta contra o decreto de armas, editado pelo presidente Jair Bolsonaro, no começo do mês.

Na avaliação do grupo, que conta também com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o decreto que amplia o direito do cidadão à arma vai aumentar a violência no país.

“Achamos que isso não vai ajudar, pelo contrário. O que aguardamos é sermos chamados pelo governo federal para debatermos a política de segurança pública do país”, afirmou ao blog o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), um dos signatários do documento.

Na carta (veja abaixo), as autoridades de 13 estados e mais o Distrito Federal afirmam que “as medidas previstas pelo decreto não contribuirão para tornar nossos estados mais seguros. Ao contrário, tais medidas terão um impacto negativo na violência – aumentando por exemplo, a quantidade de armas e munições que poderão abastecer criminosos – e aumentarão os riscos de que discussões e brigas entre nossos cidadãos acabem em tragédias”.

Camila Santana disse que não há previsão de entrega direta ao presidente Bolsonaro, com quem os governadores do Nordeste estarão reunidos na sexta-feira, na primeira viagem do presidente à região.

Além de Santana, assinam a carta Ibaneis Rocha (DF), Rui Costa (BA), Flavio Dino (MA), Renato Casagrande (ES), Helder Barbalho (PA), entre outros.

Nesta segunda-feira (21), o Jornal Nacional revelou que o decreto de Bolsonaro que regulamenta o uso e porte de armas no país libera compra de fuzil por qualquer cidadão.

O documento permite que as pessoas consigam comprar arma produzida pela Taurus. O Fuzil T4 foi criado em 2017 e se enquadra em novas especificações.

O decreto das armas está em vigor desde o início de maio. Ainda não há um cronograma para regulamentação, mas, desde que foi anunciado, o decreto dividiu opiniões.

O Ministério Público Federal, em Brasília, pediu a suspensão do decreto. Atualmente, existem três ações contra o decreto na Justiça Federal e três no Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja a íntegra da carta dos governadores:

Carta dos Governadores sobre o Decreto Presidencial n. 9.785 (07 de maio de 2019) e a Regulação Responsável de Armas e Munições no País

Como governadores de diferentes estados do país, manifestamos nossa preocupação com a flexibilização da atual legislação de controle de armas e munições em razão do decreto presidencial n. 9.785 (07 de maio de 2019) e solicitamos aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União que atuem tanto para sua imediata revogação como para o avanço de uma efetiva política responsável de armas e munição no país.

Sabemos que a violência e a insegurança afetam grande parte da população de nossos estados e que representam um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento humano e econômico do Brasil. Nesse contexto, a grande disponibilidade de armas de fogo e munições que são usadas de maneira ilícita representa um enorme desafio para a segurança pública do país e é preciso enfrentá-lo.

Por essa razão, é urgente a implementação de ações que melhorem a rastreabilidade das armas de fogo e munições durante toda a sua existência, desde sua produção. Também é fundamental aumentar os meios de controle e fiscalização para coibir os desvios, enfrentar o tráfico ilícito e evitar que as armas que nascem na legalidade caiam na ilegalidade e sejam utilizadas no crime. Reconhecemos que essas não são soluções mágicas, mas são condições necessárias para a melhoria de nossa segurança pública.

Diante deste cenário, e a partir das evidências disponíveis, julgamos que as medidas previstas pelo decreto não contribuirão para tornar nossos estados mais seguros. Ao contrário, tais medidas terão um impacto negativo na violência – aumentando por exemplo, a quantidade de armas e munições que poderão abastecer criminosos – e aumentarão os riscos de que discussões e brigas entre nossos cidadãos acabem em tragédias.

As soluções para reverter o cenário de violência e insegurança no país serão fortalecidas com a coordenação de esforços da União, Estados e Municípios para fortalecer políticas públicas baseadas em evidências e para implementar o Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, fortalecendo a prevenção focalizada nas populações e territórios mais afetados pela violência e a repressão qualificada da criminalidade.

Reforçamos nosso compromisso com o diálogo e com a melhoria da segurança pública do país. Juntos, podemos construir um Brasil seguro para as atuais e futuras gerações.

IBANEIS ROCHA

Governador do Distrito Federal

FLÁVIO DINO

Governador do Estado do Maranhão

WELLINGTON DIAS

Governador do Estado do Piauí

PAULO CÂMARA

Governador do Estado de Pernambuco

CAMILO SANTANA

Governador do Estado do Ceará

JOÃO AZEVEDO

Governador do Estado da Paraíba

RENATO CASAGRANDE

Governador do Estado do Espírito Santo

RUI COSTA

Governador do Estado da Bahia

FÁTIMA BEZERRA

Governadora do Estado do Rio Grande do Norte

RENAN FILHO

Governador do Estado de Alagoas

BELIVALDO CHAGAS

Governador do Estado de Sergipe

WALDEZ GÓES

Governador do Estado do Amapá

MAURO CARLESSE

Governador do Estado do Tocantins

HELDER BARBALHO

Governador do Estado do Pará

Andréia Sadi – G1

 

Opinião dos leitores

  1. Esses vagabundos não estão preocupados com a segurança das famílias nem do cidadão de bem, ai vem com esse "mimi" mal versado de carta ao presidente. Jogada certa Capitão, vamos a reforma agora!

    1. Chapéu de jumento é marretada. Além da idiotice de achar que vai fazer sua própria segurança armado ainda vai garantir sua aposentadoria quando tiver no caixão. Isso aí burro de carga!!

  2. Como será a segurança desses que são contra?
    Seus planos de saúde são "TOP"
    Suas famílias e parentela estão todos empregados e bem remunerados.
    E suas residencias são boas, chiques e em lugares privilegiados…
    E que tipo de condução usam para se locomover…
    E alimentação faltam em suas casas.
    Aí fora tem uma guerra e as armas são flores???????????????

  3. Desemprego atormentando o país há um bom tempo e dos cidadãos de bem preocupados em se armar. Deus permita que uma bala perdida nunca ache um filho deles pelo caminho.

  4. Só uma pergunta
    Então está bom do jeito que está?
    Os bandidos armados e o cidadão sem o direito de se proteger, eu até seria contra mas se estado protegesse o cidadão

  5. Falou o Brasil independente! rsrsrs. A lógica diz que o agressor quando percebe que a suposta vítima tem o mesmo potencial ofensivo dele, pensa 2 vezes para atacar, isso vale para nações, como EUA x Rússia, é óbvio…

  6. IBANEIS ROCHA (MDB)
    FLÁVIO DINO (PCB)
    WELLINGTON DIAS (PT)
    PAULO CÂMARA (PSB)
    CAMILO SANTANA (PT)
    JOÃO AZEVEDO (PSB)
    RENATO CASAGRANDE (PSB)
    RUI COSTA (PT)
    FÁTIMA BEZERRA (PT)
    RENAN FILHO (MDB)
    BELIVALDO CHAGAS (PSB)
    WALDEZ GÓES (PDT)
    MAURO CARLESSE (Ex PTB, atual PHS – nunca ouvi falar)
    HELDER BARBALHO (MDB)

    Praticamento só a galera que defende o direito dos "manos".

  7. Interessante que esses estados são contra o o governo central atual, e estão entre os estados que menos investem em segurança, por que será!? Baseado em que estudo!? Qual a proposta desses governos!? Acorda Brasil…

  8. TODOS eles são escoltados por vários policiais ou seguranças armados, a maioria, senão TODOS, quando se tornarem EX-governadores, também terão essa segurança paga pelo contribuinte. E VOCÊ? Quem escolta você? Quem faz sua segurança?

  9. Complemente e coloque o partido de cada governador, aí vai ver se são contra as armas ou contra tudo que vier do governo. Oposição por oposição não há um diálogo justo. Estes mesmos governadores não veem a hora a reforma da previdência passar mais pela demagogia oportunista não movem uma palha

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Política

Bolsonaro diz que, se for inconstitucional, decreto de armas tem que deixar de existir

Bolsonaro participa de cerimônia de lançamento da construção da segunda ponte entre o Brasil e Paraguai com o presidente paraguaio Mario Abdo Foto: HANDOUT / REUTERS

Horas após a ministra Rosa Weber , do Supremo Tribunal Federal (STF), dar prazo de cinco dias para o governo dar mais explicações sobre o decreto que flexibiliza o porte e a pose de armas , o presidente Jair Bolsonaro disse que, “se for inconstitucional , (o decreto) tem que deixar de existir”.

— Teremos um bom embate no tocante a isso (decreto das armas), pode ter certeza. Não estamos fazendo nada mais do que o povo quis em 2015. E estamos dentro do limite da lei. Se for inconstitucional, tem que deixar de existir. Quem vai dar a palavra final é o plenário da Câmara ou a justiça — disse Bolsonaro, em entrevista após cerimônia de lançamento da pedra fundamental da construção da segunda ponte entre o Brasil e Paraguai.

O presidente não se estendeu sobre o assunto. Na ocasião, Bolsonaro ainda elogiou o presidente paraguaio e o país vizinho.

— Uns tem camisa paraguaia, outros, relógio, eu tenho o coração. Se no passado os presidentes eram militares e nos legaram grandes obras, no presente os presidentes são ‘paraquedistas’ e, talvez, por estarem mais perto do céu, têm os melhores sonhos para os povos. Que bom estarmos em um país onde as velhas ideologias foram deixadas para trás — disse Bolsonaro.

Além de dar um prazo de cinco dias para Bolsonaro explicar o decreto assinado nesta semana que flexibiliza o porte de armas, Rosa Weber, que é a relatora da ação protocolada pelo partido Rede , deu o mesmo prazo para que o Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro, dê suas justificativas para o ato. Ela também abriu a possibilidade de manifestações para Advocacia-Geral da União (AGU), Procuradoria-Geral da República (PGR), Senado Federal e Câmara dos Deputados.

A ministra deve aguardar a resposta antes de decidir se suspende ou não de forma liminar o decreto.

Nesta sexta-feira, as duas Casas do Congresso divulgaram, cada uma, o seu parecer sobre o tema — antes mesmo da manifestação da magistrada. O Senado pontua que Bolsonaro extrapolou seus poderes e a Câmara aponta inconstitucionalidades relativas ao Decreto do Desarmamento .

O principal argumento é que ao ampliar o porte de armas por decreto o presidente teria ido contra o Estatuto do Desarmamento, que foi instituído por lei e só poderia ser alterado por nova legislação produzida pelo Congresso.

O Globo

 

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Diversos

Parecer da Câmara diz que decreto de armas de Bolsonaro é ilegal

Documento da Câmara sobre o decreto que flexibilizou o porte de armas Foto: Agência O Globo

Um parecer elaborado pela Secretaria-Geral da Câmara afirma que é ilegal o decreto que ampliou o porte de armas para 20 categorias, editado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta semana. O documento deve subsidiar a análise da Casa sobre o tema. O parecer diz que as mudanças feitas por Bolsonaro contrariam dispositivos previstos em lei e, portanto, não poderiam ser feitas apenas por decreto.

A lei violada é o Estatuto do Desarmamento, segundo a análise. É ele quem estabelece as regras de porte. Assim, na visão da área técnica da Câmara, apenas outra lei poderia fazer tais alterações. De acordo com o parecer, ao enquadrar 20 categorias entre os que automaticamente tem “efetiva necessidade” de andar armados o decreto avançou sobre a lei.

“A lei não permite que norma infraconstitucional estabeleça presunção absoluta ou relativa de cumprimento desse requisito. A lei é clara no sentido de que deve haver a demonstração efetiva da necessidade do porte, devendo cada caso concreto ser analisado pelo órgão competente”, afirma o parecer, assinado pelo secretário-geral da Mesa, Leonardo Augusto de Andrade Barbosa.

Outro ponto questionado pela análise técnica é a extensão do porte a todos os praças das Forças Armadas. O parecer ressalta que a lei diz expressamente que o porte aos praças é “com as restrições impostas pela respectiva Força Armada”. Assim, o decreto não poderia ter feito a ampliação da previsão, que caberia a cada força.

Também é questionado o fato de o decreto tratar de porte de arma sem impor um limite temporal nem territorial, outra medida que contraria o Estatuto do Desarmamento. O parecer é concluído com a informação de que já outros pontos que geram dúvidas, sem mencionar quais seriam.

“Esclareço que outros dispositivos do decreto suscitam dúvidas que carecem de análise mais aprofundada quanto à sua compatibilidade com a legislação regente, e permanecem, por essa razão, sob análise da Assessoria Jurídica desse órgão”, conclui.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Endureçam as leis, invistam na educação e não será preciso armar a população, o bandido saem de casa para matar ou morrer, os cidadãos de bem, por mais revoltados que estejam, não saem para matar e se o fizerem certamente ficarão muito mal.

  2. Essa coisa é uma FARSA eleito na base de mentiras e FAKE NEWS. Ninguém merece ter um monstro desse a frente de uma Nação.

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Educação

Massacre em escola de Suzano-SP: games violentos e mais indagações ignoradas, e agora tem quem relacione com decreto de armas; “esqueceram” tragédias em Realengo-RJ, em 2011, e outras tão graves desde 2002

Montagem, via foto (Juliane Monteiro e Rodrigo Cunha/G1)

Por Rodrigo Matoso

O fanatismo político, de fato, está longe de um limite e, infelizmente, será colocado “em jogo” sempre que seja possível tomar algum proveito para discussão e repercussão.

O massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano-SP, tem sido explorado e relacionado pela esquerda e seus seguidores com a flexibilização do porte de armas. Não bastasse, até uma parte da mídia, pelo visto, com o mesmo pensamento, resolveu explorar a questão.

Antes de tudo, esqueceram de repercutir o uso de outras armas no crime desta quarta-feira(13), como no caso de um dos alunos que recebeu um golpe de machado no ombro direito. O adolescente foi operado e passa bem. Na escola ainda foram apreendidos outros itens, como arco e flecha, malas com fio e coquetel molotov.

Outro fator pouco explorado pela mídia, à influência de games violentos, também merece uma atenção especial dos pais e familiares. É necessário alerta quanto aos jogos, acompanhamento também nas redes sociais desses jovens, controle e busca por ajuda profissional, em casos de comportamentos suspeitos.

Por fim, decidiram ignorar outros tantos e infelizes casos registrados neste século, que se inicia desde 2002. Apenas um exemplo, um dos mais traumáticos no país, em 2011, na Escola Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro,  deixou 12 pessoas mortas por um ex-aluno.

Relembre –  Anos de 2002, 2003, 2011, 2012 e 2017: De Realengo a Goiânia, relembre outros casos de atiradores em escolas do país

 

Opinião dos leitores

  1. ESSES JOGOS TIPOS FREEFIRE TEM DE SER PROIBIDO URGENTE … SO UN CEGO NAO VER A MUDANÇA DE COMPORTAMENTO , ALO PRESIDENTE PROTEJA NOSSAS CRIANÇAS

  2. Concordo que estão utilizando como arma política. Mas todas as vertentes políticas são assim. Inclusive faz parte do dissenso democrático. Agora, jogos e filmes violentos?! Por favor, essa falácia já foi apresentada desde 1999 no massacre de Columbine. O país que mais consome vídeo games violentos é o Japão, com índices baixos de violência. E acham que os filme hoje são violentos?! Hoje tanto filme quanto jogos vêm com a classificação estampada, nos anos oitenta e noventa não. Filmes como Rambo e Robocop eram dínamos para vender produtos infantis. O povo que fala que hoje somos mais violentos, precisam estudar um pouco de história da cultura. Concordo que não tem nada a ver com porte de arma (nesse caso específico), mas também não tem nada a ver com vídeo game ou filme, ao menos no âmbito estrutural. Ah! E o caso acabou de ocorrer, ainda está muito fresco para fazer qualquer análise precisa. Paciência, sociedade miojo, quer a resposta em três minutos.

  3. A direita culpa o PT, a esquerda culpa a direita e a Record os games. Nada de novo. Que país de gente burra, meu Deus.

  4. Foram apreendidos um revólver 38 com numeração raspada (portanto ilegal) besta, arco e flecha, coquetéis molotov e um machado. Na verdade, se houvesse alguém "do bem" armado na escola , essa tragédia teria sido menor. Só o abate desses vermes é capaz de fazer cessar uma tragédia desse naipe.

  5. O abandono dos filhos pelos país, geração milênio ( mímimi) que não suportam nada, nossas ruas, os programas da TV, as redes sociais, acesso ilimitado a informação,a cultura da luta de classes raciais, gênero, ideologia,etc… vídeo games são violentos??? Fico me perguntando como as gerações passadas sobreviveram sem acesso ao mundo virtual e sem tantas psicoterapias disponíveis , tudo era real e enfrentado na raça… Lamentável mais um episódio de violência, que Deus conforte todos envolvidos…

  6. so faltam dizer que o massacre foi por causa do desarmamento… ou porque o presidente nao é do PT… Ora.. So na Era lula foram 3 massacres e um na era temer… e todos no periodo do desarmamento. E deve-se levar em conta que hoje o desarmamento ainda nao entrou em vigor. e menos assim, os assassinos em questao portavam uma arma ilegal e armas brancas. pura leviandade culpar jogos eletronicos, quando o problema pode ser apenas uma doença mental ou paranoia, ou talvez ate influenciados sob efeito de alguma droga tipo maconha, causadora de esquizofrenia, que querem tanto legalizar. Antes do massacre, fizeram um latrocinio (um tio) e fugiram com o produto do roubo no mesmo bairro… muito parecido com o que ocorre diariamente neste país.

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