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SANTO FORTE? Ventos de 95 km/h derrubam palanque que receberia Bolsonaro no Paraná; evento tem local transferido

Foto: Andressa Anholete/Bloomberg

Uma forte chuva, com ventos de mais de 95 quilômetros por hora (km/h), atingiu a cidade de Maringá (PR) na manhã de hoje (1). Segundo a prefeitura, embora não tenha causado maiores danos, nem deixado vítimas, a força do vento derrubou um palanque montado no aeroporto regional para a cerimônia, agendada para esta tarde, de entrega de obras de melhoria e de ampliação da pista de pousos e decolagens.

Além do governador Ratinho Júnior e de outras autoridades estaduais e municipais, o evento contará com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro. Mais cedo, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente chegou a anunciar que sua ida ao estado seria cancelada devido ao ocorrido, mas, pouco depois, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), usou sua conta no Twitter para anunciar que a visita presidencial está mantida. Barros, que é natural de Maringá, acompanhará Bolsonaro.

Segundo o diretor administrativo do Aeroporto Regional de Maringá, Felipe Gabriel Ferro, a solenidade será transferida para o Pavilhão Azul do Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro.

À Agência Brasil, Ferro disse que o vento derrubou algumas árvores na cidade, mas que o estrago maior foi mesmo a queda do palanque. Segundo ele, a chuva e o vento atingiram o aeroporto com maior intensidade, pois este se encontra em uma área mais alta e descampada de Maringá.

De acordo com a prefeitura, as obras de melhoria da infraestrutura aeroportuária começaram em 2019 e exigiram cerca de R$ 81,5 milhões em investimentos federais e municipais. Além da instalação de novos instrumentos de auxílio à navegação aérea e da modernização do pátio, a pista foi ampliada a fim de permitir pousos e decolagens de aeronaves de maior porte, incluindo voos de carga nacionais e internacionais.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Pode ficar chateado com os ventos que chegaram na hora errada? Bolsonóide era pra tá no palanque.

  2. Não tá vendo que nada dá certo com esse encosto, é peste covid; seca grande nos reservatórios e apagão; inflação; paralisação do país; fim de aposentadoria pra trabalhador comum; estado aparelhado com corruptos do centrão e enfraquecimento das leis de combate a corrupção; conflitos generalizados; ventania. Ah praga! Tá igual aos ratos do pt com o chefe da quadrilha, luladrão!

    1. De Provérbios 29, versículos 2 e 4: “Quando o governo é formado de homens justos e honestos, o povo vive feliz; mas, quando os líderes de uma nação são maus e desonestos, o povo chora de tristeza”.

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PANDEMIA E ANO SEM TESÃO? Incertezas derrubam a libido e elevam busca por terapia sexual

Scarlett Johansson e Adam Driver: protagonistas de um divórcio nas telas em ‘História de um Casamento’ (Foto: Reprodução)

Nem Hollywood poderia prever. Se filmes como Contágio ou Pandemia acertaram ao tratar do lado mais sórdido de uma doença de escala global, o mais realista dos roteiros não daria conta dos efeitos de 2020 sobre a sexualidade. Trancados em casa, sozinhos ou em conjunto, experimentamos uma queda sem precedentes na libido, um apocalipse no tesão como o conhecíamos, que tornaria o isolamento em uma ilha deserta (e para lá de sonífera).

Não é impressão: se no início o tema foi pauta de memes (faz falta, né, minha filha?), o avançar da pandemia revelou dados concretos sobre um ano em que o sexo perdeu espaço para temas mais sérios. Primeiro entre os casais, os pacientes zero dessa história. Dados do Google revelam um impressionante aumento de 9.900% nas buscas por “divórcio on-line gratuito” no Brasil em abril. Na prática, o número passa a concretos 18,7% a mais nos pedidos de divórcio entre maio e junho, tirando-nos do catálogo de ficção para um roteiro mais próximo a História de um Casamento.

“Nunca vi tantos homens, mulheres e casais buscando terapia sexual”, diz a sexóloga Danni Cardillo, para quem 2020 trouxe muitos novos clientes em busca de uma (re)conexão sexual. “Foi a gota d’água, as pessoas estão olhando para o sexo porque não têm mais para onde ir – principalmente quem tem um relacionamento.”

É uma busca genuína. Dados de uma pesquisa da Universidade de Florença, na Itália, apontam um aumento da insatisfação (ou melhor, da “não satisfação”) sexual de 7,4% antes da pandemia para 53,3% durante. Não que a vontade tenha sumido. A mesma pesquisa indica um aumento de 40% de interesse em sexo – clima captado pelo estilista paulistano Igor Dadona, que, isolado desde março, fez sucesso com o suéter estampado “OMG I Really Need to Fuck” (“Meu Deus Eu Realmente Preciso Transar”). O primeiro drop esgotou em semanas. O segundo, em dias.

O que reduziu foi o acesso ao corpo do outro, a uma oportunidade de transar, a um simples espaço de desejo entre tantas notícias ruins. Porque, sim, tesão também é contexto. E passa inclusive por sobressaltos da política, como explica Maria Homem, psicanalista da Casa do Saber. “Tem uma coisa muito profunda e muito simples, que é: a gente tá com medo de morrer. E moraliza o medo, coloca os dilemas entre ciência ou fake news, macho ou viado, existe o vírus ou não existe, coragem ou falsidade. Toda essa polarização drena nossas certezas sobre a eficácia de medicamentos, da máscara, da cloroquina ou da vacina chinesa-inglesa-russa-multinacional, global”. E sem certezas não há sexo possível.

Foi buscando as respostas que órgãos como o Departamento de Saúde de Nova York lançaram cartilhas sobre sexo seguro em tempos de pandemia. No caso específico de NY, o documento crava que o único parceiro seguro nesse cenário é você mesmo, apesar de admitir os “furos” no isolamento. A sugestão seria apostar na criatividade: seja no sexo “sem beijo” ou “com o rosto coberto” (alô, fetichistas!), além de interações virtuais, como videosexo e sexting – o “manda nudes” como política pública, quem diria?

“Nunca se vendeu tanto vibrador, nunca se comprou tanto em sex shop”, aponta Danni Cardillo. Segundo ela, o “sumiço” do tesão pode significar um momento de redescoberta, especialmente do corpo feminino. Para os homens, ela reflete, o sexo sempre foi fácil. Já para as mulheres, a busca do prazer, relegada a um histórico segundo plano, pode estar a um passo de assumir o protagonismo, seja no uso de acessórios, de filmes como o erótico-suave polonês 365 Dias, mas, principalmente, na conversa com o parceiro ou parceira.

As respostas ainda rareiam. Sobre o Rio, Beirute ou Madagascar, o desafio de encontrar tesão no mais brochante dos anos requer reflexão. “Como me dar ao direito de fantasiar e de seguir no imaginário sexual com essa vivência que é dupla, coletiva, individual, de medo e de negação do medo? Dá mais trabalho, né?!”, provoca Maria Homem.

“Não vamos parar de transar, é tão essencial quanto respirar ou comer”, afirma Danni Cardillo, “mas estávamos vindo de uma narrativa onde era o oba-oba, o mecanizado, tudo muito fácil”. Confrontados com a realidade de nossa própria insatisfação, resta correr atrás do prejuízo de uma vida de sexo automático para uma prática mais consciente, honesta e responsável. Colocar tempero na comida, mudar o roteiro do filme e, de repente, sair do clima de ficção científica de 2020 direto para um enredo +18 de bom gosto.

Globo, via GQ

 

 

Opinião dos leitores

  1. Altíssimos índices de pêias moles, doença que derna as eras antigas,ofende a humanidade macharal. Inclusive tô entrando nesse índice! Aviso: logo, não me venh com essa história de reconexão sexual, Prefiro ficar com a vêienta mole e engolir um azulzinho é muito mió.

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Crise e sindicato mais pobre derrubam número de greves no país; total de paralisações recua 41% no 1º semestre do ano

O número de greves realizadas no país recuou 41% nos primeiros seis meses deste ano em relação a igual período de 2018, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Foram 529 paralisações de janeiro a junho, contra 899 no mesmo intervalo do ano passado. A queda foi puxada pelo setor público, com recuo de 51%, mas também houve baixa relevante na esfera privada, de 27%.

Para analistas, a redução das mobilizações pode ser explicada por uma combinação de fatores que inclui a perda de receitas dos sindicatos com a reforma trabalhista; o clima de temor entre servidores públicos diante da retórica inflamada do governo contra a categoria; o pessimismo com relação à possibilidade de vitória diante da situação fiscal em todas as esferas administrativas; além da atividade econômica fraca e o desemprego elevado.

Considerando anos fechados, o país registrou seu maior número de greves em 2016, quando foram realizadas 2.114 paralisações. Desde então, os movimentos paredistas têm diminuído, indo a 1.568 em 2017 e 1.435 em 2018. Para Rodrigo Linhares, técnico do Dieese, a queda no primeiro semestre é parte desse movimento maior, que seria uma “volta ao normal”, após um pico que destoou da média histórica.

Mas essa não é toda a história, já que a retração registrada neste início de ano é maior do que aquelas do ano fechado de 2017 (-26%) e 2018 (-7%). Além dessa queda bastante mais aguda, no primeiro semestre, as greves do setor privado superaram em número as do setor público, invertendo a tendência registrada nos últimos cinco anos.

“A agressividade do governo Bolsonaro com relação ao funcionalismo – que tem respaldo social – introduz um elemento de precaução, em meio à ameaça de fim da estabilidade e possibilidade de redução de salários e demissões”, diz o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto. “A redução das greves é resultado de uma pressão que tem dado certo.”

Para Linhares, a menor mobilização dos servidores também pode ser resultado de um cálculo político. “O ânimo de greve tem muito a ver com a expectativa de que o movimento pode trazer algum benefício, porque a greve é sempre um risco”, afirma. “Talvez a crise fiscal esteja produzindo um desânimo, uma avaliação de que não vale a pena arriscar num momento em que o ganho não é plausível.”

Na esfera pública, as greves do funcionalismo somaram 236 no primeiro semestre deste ano, contra 481 um ano antes. Já as paralisações em estatais diminuíram pela metade, para 22.

Os servidores municipais, como de costume, realizaram o maior número de greves do funcionalismo (172, ante 347 no primeiro semestre de 2018). Nessa esfera, as greves da educação recuaram de 176 para apenas 72, e as paralisações da saúde caíram de 56 a 18.

Para Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), um dos fatores que podem explicar o menor número de greves de professores municipais neste ano é o fato de que o reajuste do piso do magistério, estabelecido pelo Ministério da Educação, foi de apenas 4,17%. Como o percentual serve de parâmetro para as negociações salariais municipais e o valor foi baixo para os padrões históricos, mais municípios podem ter aplicado o percentual, evitando protestos.

“Geralmente a greve ocorre por falta de negociação ou quando é proposto um percentual abaixo da referência, que é a lei do piso”, explica Araújo. Outro fator, diz ele, é o temor da categoria diante do governo Bolsonaro. “O professor está sendo tratado como inimigo e isso coloca medo.”

Na esfera privada, as greves somaram 268 no primeiro semestre, contra 369 um ano antes. O setor de serviços ganhou peso nas mobilizações, indo de 73% para 78% do total dessa esfera.

“A greve na esfera privada cai em menor velocidade do que no setor público, porque, entre os trabalhadores de serviços e os terceirizados, principalmente, há muita greve de funcionários que estão com meses de salários atrasados”, diz Linhares. Ele explica que, nesse tipo de situação extrema, o desaquecimento do mercado de trabalho e o desemprego elevado têm menor peso na decisão de parar. O atraso de salários motivou 56% das greves do setor privado no primeiro semestre.

Pesou ainda sobre a mobilização o fim da contribuição sindical obrigatória, estabelecido pela reforma trabalhista em vigor desde novembro de 2017. Segundo dados do antigo Ministério do Trabalho, a arrecadação da contribuição sindical urbana caiu de R$ 3,65 bilhões em 2017 para R$ 500,1 milhões no ano passado, um recuo de 86%. “A reforma trabalhista tirou recursos das entidades. Assim como não há almoço grátis, não há greve grátis”, diz Vargas Netto.

Importantes categorias profissionais têm data-base na segunda metade do ano. É o caso, por exemplo, de metalúrgicos, bancários e químicos. Os metalúrgicos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Paulo têm data-base em 1º de setembro e, com cláusulas sociais garantidas até agosto de 2020, negociam a pauta econômica.

Segundo Luiz Carlos da Silva Dias, presidente da Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT-SP, as negociações correm normalmente e a expectativa é que possam ser concluídas ainda neste mês. Já os bancários de São Paulo fecharam ano passado convenção coletiva com validade de dois anos e, portanto, não sentam à mesa de negociações neste ano.

Com data-base em 1º de agosto, os trabalhadores dos Correios pararam na quarta passada. A categoria pede reposição da inflação nos salários, manutenção do plano de saúde e é contrária à privatização da estatal. Na quinta, a Justiça determinou a volta ao trabalho de ao menos 70% dos funcionários. O dissídio coletivo vai a julgamento em 2 de outubro.

“Pode ser que este semestre venha a alterar a proporção da queda observada na primeira metade do ano”, diz Linhares, do Dieese. “Há datas-base importantes e a saída de professores do recesso.”

Vargas Netto é menos otimista. “Não há nenhuma indicação de retomada forte do emprego, os efeitos da reforma trabalhista vão continuar se acumulando, além da dificuldade de mobilização”, lamenta. “Este ano, do ponto de vista sindical, deve ser o pior desde a Nova República.”

Valor

Opinião dos leitores

  1. Acabou a boquinha pra muito sindicalista fajuta. Maioria apenas se locupletava com o dinheiro dos associados, fazendo gordas retiradas sem prestar contas, apenas com a justificativa de "outros", era tudo que gastavam e não conseguiam prestar contas. Kkkkkkk.
    Eu o jeito agora voltar pra o batente.

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