Diversos

PANDEMIA E ANO SEM TESÃO? Incertezas derrubam a libido e elevam busca por terapia sexual

Scarlett Johansson e Adam Driver: protagonistas de um divórcio nas telas em ‘História de um Casamento’ (Foto: Reprodução)

Nem Hollywood poderia prever. Se filmes como Contágio ou Pandemia acertaram ao tratar do lado mais sórdido de uma doença de escala global, o mais realista dos roteiros não daria conta dos efeitos de 2020 sobre a sexualidade. Trancados em casa, sozinhos ou em conjunto, experimentamos uma queda sem precedentes na libido, um apocalipse no tesão como o conhecíamos, que tornaria o isolamento em uma ilha deserta (e para lá de sonífera).

Não é impressão: se no início o tema foi pauta de memes (faz falta, né, minha filha?), o avançar da pandemia revelou dados concretos sobre um ano em que o sexo perdeu espaço para temas mais sérios. Primeiro entre os casais, os pacientes zero dessa história. Dados do Google revelam um impressionante aumento de 9.900% nas buscas por “divórcio on-line gratuito” no Brasil em abril. Na prática, o número passa a concretos 18,7% a mais nos pedidos de divórcio entre maio e junho, tirando-nos do catálogo de ficção para um roteiro mais próximo a História de um Casamento.

“Nunca vi tantos homens, mulheres e casais buscando terapia sexual”, diz a sexóloga Danni Cardillo, para quem 2020 trouxe muitos novos clientes em busca de uma (re)conexão sexual. “Foi a gota d’água, as pessoas estão olhando para o sexo porque não têm mais para onde ir – principalmente quem tem um relacionamento.”

É uma busca genuína. Dados de uma pesquisa da Universidade de Florença, na Itália, apontam um aumento da insatisfação (ou melhor, da “não satisfação”) sexual de 7,4% antes da pandemia para 53,3% durante. Não que a vontade tenha sumido. A mesma pesquisa indica um aumento de 40% de interesse em sexo – clima captado pelo estilista paulistano Igor Dadona, que, isolado desde março, fez sucesso com o suéter estampado “OMG I Really Need to Fuck” (“Meu Deus Eu Realmente Preciso Transar”). O primeiro drop esgotou em semanas. O segundo, em dias.

O que reduziu foi o acesso ao corpo do outro, a uma oportunidade de transar, a um simples espaço de desejo entre tantas notícias ruins. Porque, sim, tesão também é contexto. E passa inclusive por sobressaltos da política, como explica Maria Homem, psicanalista da Casa do Saber. “Tem uma coisa muito profunda e muito simples, que é: a gente tá com medo de morrer. E moraliza o medo, coloca os dilemas entre ciência ou fake news, macho ou viado, existe o vírus ou não existe, coragem ou falsidade. Toda essa polarização drena nossas certezas sobre a eficácia de medicamentos, da máscara, da cloroquina ou da vacina chinesa-inglesa-russa-multinacional, global”. E sem certezas não há sexo possível.

Foi buscando as respostas que órgãos como o Departamento de Saúde de Nova York lançaram cartilhas sobre sexo seguro em tempos de pandemia. No caso específico de NY, o documento crava que o único parceiro seguro nesse cenário é você mesmo, apesar de admitir os “furos” no isolamento. A sugestão seria apostar na criatividade: seja no sexo “sem beijo” ou “com o rosto coberto” (alô, fetichistas!), além de interações virtuais, como videosexo e sexting – o “manda nudes” como política pública, quem diria?

“Nunca se vendeu tanto vibrador, nunca se comprou tanto em sex shop”, aponta Danni Cardillo. Segundo ela, o “sumiço” do tesão pode significar um momento de redescoberta, especialmente do corpo feminino. Para os homens, ela reflete, o sexo sempre foi fácil. Já para as mulheres, a busca do prazer, relegada a um histórico segundo plano, pode estar a um passo de assumir o protagonismo, seja no uso de acessórios, de filmes como o erótico-suave polonês 365 Dias, mas, principalmente, na conversa com o parceiro ou parceira.

As respostas ainda rareiam. Sobre o Rio, Beirute ou Madagascar, o desafio de encontrar tesão no mais brochante dos anos requer reflexão. “Como me dar ao direito de fantasiar e de seguir no imaginário sexual com essa vivência que é dupla, coletiva, individual, de medo e de negação do medo? Dá mais trabalho, né?!”, provoca Maria Homem.

“Não vamos parar de transar, é tão essencial quanto respirar ou comer”, afirma Danni Cardillo, “mas estávamos vindo de uma narrativa onde era o oba-oba, o mecanizado, tudo muito fácil”. Confrontados com a realidade de nossa própria insatisfação, resta correr atrás do prejuízo de uma vida de sexo automático para uma prática mais consciente, honesta e responsável. Colocar tempero na comida, mudar o roteiro do filme e, de repente, sair do clima de ficção científica de 2020 direto para um enredo +18 de bom gosto.

Globo, via GQ

 

 

Opinião dos leitores

  1. Altíssimos índices de pêias moles, doença que derna as eras antigas,ofende a humanidade macharal. Inclusive tô entrando nesse índice! Aviso: logo, não me venh com essa história de reconexão sexual, Prefiro ficar com a vêienta mole e engolir um azulzinho é muito mió.

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Comportamento

“Viagra rosa”: novo medicamento promete aumentar libido e orgasmos femininos

Foto: shutterstock

Vinte e quatro anos após o início da comercialização do Viagra , uma revolução parecida promete acontecer entre as mulheres – principalmente aquelas que estão fora da idade fértil e sentem problemas de queda de libido.

Conhecido como “ She-agra ”, uma brincadeira feminina com o nome do remédio conhecido, o medicamento busca ser o primeiro potencializador de libido feminina legalizado na Europa, e deve chegar às prateleiras com preços acessíveis em, no máximo, dois anos.

Entre as promessas da pílula rosa, estão duas versões: uma que combina testosterona e citrato de sildenafil – os mesmos princípios ativos do viagra – atuando no corpo e no cérebro para induzir a libido

Já a segunda contém cloridrato de buspirona – um ativo frequente em medicamentos que combatem a ansiedade, por exemplo – e testosterona , e seu principal efeito é “desinibir” mulheres que têm dificuldades em se soltar na cama.

O remédio foi testado em 940 mulheres, que deixaram suas impressões em um diário online após o sexo. De acordo com o pesquisador Eric Claasen ao portal The Sun, a proposta do remédio – assim como no caso do viagra – envolve “a quebra de tabus e a autonomia das mulheres sobre seus próprios corpos”.

IG

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Diversos

“Método milagroso” não recomendado por especialistas diz que tabaco na vagina ajuda a aumentar a libido

Foto: shutterstock

Antes de continuar, aqui está uma breve atualização dos itens que você deve manter longe dos órgãos genitais: pasta de dente como lubrificação? Não. Dentes de alho para tratar infecções fúngicas? Também não. Agora, está surgindo uma nova tendência, que envolve tabaco – não precisamos dizer isso de verdade, mas colocar tabaco na vagina é uma péssima ideia.

Comumente usado no Senegal, o ” tabaco vaginal” é comercializado como um método “milagroso” para “enviar seu homem ao sétimo céu”, de acordo com o professor Pascal Foumane, que falou com o SciDevNet . É usado na África Ocidental por três razões: aumentar a libido , ajudar no prazer sexual e diminuir os órgãos genitais – e é vendido a um preço muito barato de 13 rand por saqueta.

Como o “tabaco vaginal” é feito

É feito de folhas de tabaco secas e tangora (raízes de uma árvore específica), além de plantas encontradas na área, incluindo kankouran mano e koundinding. O produto tem vários nomes de código, como “Secret” e “Jumbo”. Alguns produtores também incluirão refrigerante e manteiga de karité como componentes adicionais no tabaco.

Os riscos de colocar tabaco na vagina

As mulheres estão sendo admitidas na emergência depois de terem perdido a consciência como resultado do uso dos produtos, de acordo com Gnima Ndiaye, coordenadora de saúde reprodutiva no Senegal, que também revela que encontrou uma mulher de 36 anos com câncer de colo de útero em estágio três, que é “muito raro para alguém da idade dela”.

“No mesmo ano, recebi uma menina de 25 anos que tinha lesões vaginais e que sangrava em contato com o espéculo [uma ferramenta médica usada para exames vaginais]”, disse ela. “Nos dois casos, elas disseram que usavam tabaco”.

Outros sintomas do uso do produto incluem um colo do útero ou vagina inflamada, além de ISTs repetidas. Uma mulher senegalesa, chamada Neyba, acredita que o tabaco vaginal a ajudou a conceber um filho.

“Eu disse a uma tia sobre minha dificuldade em engravidar e ela recomendou este produto”, disse ela. “Até os médicos ficaram surpresos. Sinto mágoa e dores insuportáveis ​​toda vez que aplico o produto. Mas depois que o efeito passou, eu me sinto muito bem.”

No entanto, Aminata Seck, uma parteira, lembra as complicações no parto que ela viu devido às mulheres terem usado o chamado tabaco vaginal. “Eles tiveram um aumento muito grande na taxa de contrações uterinas, o que às vezes causou uma diminuição da oxigenação no feto, resultando em natimortos ou, em outros casos, morte neonatal”, disse.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Não foi atoa que o TABACO foi associado ao TABACO. Kkkkk
    Se isso pega, vai ter tabacaria aberta em toda esquina.

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Comportamento

O que é libido? Especialistas detalham uma das perguntas mais procuradas de 2019 no Google

Foto: iStock

O Google divulgou nessa quarta (11) as palavras mais buscadas de 2019 no site. Entre as perguntas, se destaca “o que é libido?”. A palavra quer dizer desejo sexual ou vontade de fazer sexo.

Há muitos motivos para essa palavra estar em alta nas buscas. A falta de vontade de transar é mais comum do que se imagina, mesmo para quem está no auge da sexualidade.

O setor especializado em sexologia da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) revela que a diminuição da libido está em primeiro lugar entre as queixas femininas, seguida pela falta de orgasmo e dor na hora do sexo. São vários os motivos que fazem com que a libido desapareça. O relacionamento está interessante? Há algo atrapalhando o sexo, como traições ou hábitos que tornem a transa mecânica? Como anda a autoestima sexual? A mulher tem hábitos de erotização?

Depois de analisar essas perguntas, é importante verificar se existe algum sinal de depressão. O uso de antidepressivos ou anticoncepcionais e a ocorrência de menopausa mudam um pouco a intensidade do desejo.

Os especialistas garantem que o desejo feminino é, na maioria das vezes, ativado por um estímulo sexual. Ele costuma ser mais ativo no início da relação, quando há paixão e sedução. No relacionamento estável, a pessoa para de pensar em sexo, porque tem a falsa impressão de que a relação é segura. Outros impeditivos: trabalho, filhos, vida doméstica e pessoal.

E se eu nunca tive tesão na vida?

Essa é a falta de libido primária. Nesses casos, os motivos podem ser uma educação muito rígida e repressora, excesso de timidez, medo de se mostrar para o outro e até um trauma, como um abuso sexual. Já a causa secundária é quando estava tudo bem e o desejo foi se perdendo progressivamente. O termômetro para saber se algo está errado é ver se causa sofrimento para a mulher ou no casal.

Aí, é importante procurar um ginecologista e eliminar qualquer suspeita de origem fisiológica, como desequilíbrio hormonal ou doenças crônicas. Analisar os medicamentos e o anticoncepcional usados também faz parte.

A partir daí, a chave é procurar um médico especializado em sexualidade, um psicólogo ou um terapeuta sexual. É ele que vai orientar sobre os hábitos de erotização do casal, como driblar o cansaço e criar momentos de intimidade — um jantarzinho, um vinho ou até uma série erótica.

Serviço: O projeto Afrodite, da Unifesp, presta atendimento gratuito. Na rua Embaú, 66, Vila Clementino, SP. De segunda a sexta, das 7h às 15h30.

Universa – UOL

Opinião dos leitores

    1. Sonha Marcelino, sonha! Vcs vão é tomar outra lapada em 2022! Kkkkkkk

    2. Será que encanadora de vento tem libido, ou sapo 09 dedos tem também?, O certo é que felizmente estamos livres destas duas pragas.

    3. Isso é uma doença, ver lulopetismo ou aliançobolsonarismo em tudo!

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Diversos

Injeção na vagina que custa aproximadamente R$ 5.500 promete orgasmos mais fortes e frequentes, e aumento da libido

Reprodução/Instagram/@maddy.cosmeticnurse

Método usa material retirado do corpo da própria paciente e promete, além de orgasmos mais fortes e frequentes, aumento do desejo e da libido

É muito comum mulheres reclamaram que não sentem prazer nas relações sexuais. Aqui no Delas , por exemplo, temos um e-mail para o qual nossas leitoras podem mandar dúvidas sobre sexo ( [email protected] ) e são inúmeros os questionamentos sobre orgasmo – ou a falta dele. E você pudesse tomar uma injeção na vagina que te ajudasse a ter mais prazer?

O método já foi notícia outras vezes e, agora, está de volta às páginas dos jornais internacionais e redes sociais. O procedimento é um injeção de plasma rico em plaquetas e promete promover orgasmo mais forte e frequente, além de trazer outros benefícios.

Segundo informações recentes do jornal “Daily Mail”, as tais injeções, conhecidas como “O-boost”, custam, cada aplicação, em torno de 2 mil dólares australianos (aproximadamente R$ 5.500). É possível fazer as aplicação uma vez ao ano.

Como funciona o método de injeções para ter mais orgasmo

De acordo com a clínica “The Manse”, da Austrália, o método consiste em retirar sangue do braço da paciente e levar o material para uma máquina que separa as células. Em seguida, as plaquetas são recolhidas com uma seringa e reaplicadas na paciente. É o chamado plasma rico em plaquetas (PRP).

Para a aplicação, é passada uma pomada anestésica e também é usada uma anestesia local. A injeção é feita no clitóris, abaixo da uretra, logo na entrada da vagina .

Segundo os médicos da clínica, o procedimento é praticamente indolor, já que usa anestesia, e um dos contras é que a paciente pode sentir muita vontade de fazer xixi, mas a sensação deve passar em 24 horas. Por uma semana ela pode também ter um excesso de líquido na vagina, por isso é recomendado o uso de absorvente.

Como o clitóris é uma região extremamente sensível, é recomendado esperar 24 horas após o procedimento para ter a primeira relação sexual.

Benefícios prometidos com a injeção

A enfermeira Madeline Firkins, que trabalha em outra clinica australiana, faz uma publicação no Instagram com mais detalhes do procedimento. Segundo ela, os benefícios da injeção são os seguintes:

Mais excitação com a estimulação do clitóris
Orgasmos mais fortes e mais frequentes
Aumento da libido
Diminuição da dor durante a relação sexual
Mais firmeza para a pele da vulva

Profissionais também defendem que o método quase não tem efeitos colaterais ou risco de rejeição, já que é totalmente natural, feito com material da própria paciente.

Será que essa é a chave para ter mais orgasmo ? Lembre-se que quando se fala de qualquer procedimento, é importante pesquisar bem o local e os profissionais responsáveis para evitar qualquer problema.

IG

Opinião dos leitores

  1. Isso, hermosa dama. Todo cuidado com a beneplácita ainda é pouco. Nada de comprometer o que de melhor ela tem: aquele olor delicado de jardins edênicos. Não podemos abrir mão de sua divina cremosidade, pois que és o verdadeiro bálsamo de nossas almas sôfregas e sem imaginação.

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