Saúde

Índia tem mais de 300 pessoas hospitalizadas com doença desconhecida; convulsões, perda de consciência e náuseas

Uma doença ainda não identificada levou centenas de pessoas a serem hospitalizadas na cidade indiana de Eluru, durante o fim de semana, com uma morte registrada. Nenhum dos pacientes internados desde sábado (5) estava infectado pelo novo coronavírus.

Mais de 300 pessoas foram hospitalizadas no fim de semana por causas desconhecidas, mas com sintomas comuns, segundo anunciaram as autoridades indianas nesta segunda-feira (7). Os pacientes apresentavam sintomas como convulsões, perda de consciência e náuseas.

Pelo menos um dos doentes hospitalizados morreu, após uma parada cardiorrespiratória, e as autoridades investigam a doença desconhecida que afetou a população de Eluru, no estado de Andhra Pradesh.

“As pessoas que adoeceram, especialmente as crianças, começaram a vomitar de repente, depois de se queixarem de ardor nos olhos. Algumas delas desmaiaram ou tiveram convulsões”, disse um médico do Hospital do Governo de Eluru ao jornal The Indian Express, citado pela BBC.

O surgimento da enfermidade ocorre ao mesmo tempo em que a Índia continua a combater a pandemia de covid-19, sendo o segundo país com maior número de infeções em todo o mundo, e o estado de Andhra Pradesh um dos mais afetados. No entanto, a covid-19 não foi a causa das hospitalizações em massa dos últimos dias.

O número de pacientes começou com 55 à meia-noite de sábado e subiu para 170 na manhã de domingo. No fim do dia de domingo, as hospitalizações já tinham subido para 270 e à meia-noite para 315. Segundo as autoridades, pelo menos mais 50 pessoas estão internadas em hospitais privados, devido à mesma doença.

Cerca de 180 pacientes já tiveram alta hospitalar, mantendo-se o restante internado, com situação considerada estável.

“Todos os pacientes tiveram resultados negativos à covid-19”, afirmou à imprensa Dolla Joshi Roy, autoridade responsável do distrito West Godavari de Eluru. “A taxa de recuperação é boa e não há necessidade de pânico”, acrescentou.

De acordo com nota divulgada pelas autoridades de saúde do estado de Andhra Pradesh, as análises no sangue não apresentaram qualquer infecção viral, como dengue ou chikungunya, ambas causadas por picada de mosquito. Foram ainda recolhidas amostras de água de mais de 57 mil casas, uma vez que foi detectada uma origem comum de abastecimento de todos os pacientes.

“A causa é desconhecida, mas ainda estamos realizando todos os tipos de testes, incluindo a alimentos e ao leite”, disse Roy.

Especialistas do Instituto de Ciências Médicas da Índia e um neurologista de outro estado também se deslocaram a Eluru para fazer mais testes neurotóxicos e aguardam os resultados.

O chefe de governo de Andhra Pradesh, YS Jaganmohan Reddy, pediu um inquérito para investigar o aparecimento do surto e visitou os pacientes.

RTP

Opinião dos leitores

    1. Infelizmente o ano acabar não significa que as desgraças irão magicamente desaparecer 🙁

  1. Pronto, agora vão dizer que é culpa da china. Agradeçam a Deus pela china todo dia!! Na sua mão está um produto chinês.

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Saúde

Cegueira irreversível por glaucoma é desconhecida por 53% dos brasileiros

(Foto: Nappy.co)

Qual foi a última vez que você foi ao oftalmologista? Segundo uma nova pesquisa, um a cada 10 brasileiros nunca consultou um especialista na saúde dos olhos e dois quintos da população desconhece a segunda principal causa de cegueira no mundo: o glaucoma.

O glaucoma é uma doença ocular que causa a perda das células da retina, fazendo com que o paciente tenha dificuldade para enxergar. Os principais fatores de risco são pressão alta no olho e histórico familiar, sendo mais comum entre afrodescendentes. Quando avançada, a doença causa cegueira irreversível — por isso a importância do acompanhamento médico.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a segunda maior causa de perda de visão do mundo, ficando atrás apenas da catarata. No entanto, poucas pessoas sabem dos perigos da enfermidade. É o que mostra a nova pesquisa da Upjohn, divisão da farmacêutica Pfizer focada em doenças crônicas não transmissíveis, em parceria com o Ibope Inteligência.

Para entender a percepção dos brasileiros sobre essa condição, foram entrevistados 2,7 mil internautas com mais de 18 anos e de diferentes regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Pernambuco.

O levantamento mostrou que 41% dos respondentes não sabem o que é glaucoma e 53% desconhecem que ele causa cegueira irreversível. “Confirmar o quanto existe de desinformação sobre o tema é muito preocupante”, afirma Luiz Fernando Vieira, gerente médico da Upjohn, à imprensa. “Isso impede o diagnóstico precoce, que pode salvar a visão de muitos”. Como ressaltam os médicos, o tratamento — que consiste em uso regular de colírios ou cirurgia — não recupera a vista perdida, apenas evita sua progressão.

Falta de cuidados

Quando perguntados sobre a frequência em que vão ao oftalmologista, 10% dos entrevistados assumiram que nunca foram e 25% disseram que vão raramente, apenas quando sentem algum incômodo nos olhos. O destaque vai para os jovens: 21% dos que tem entre 18 e 24 anos nunca consultaram um especialista.

A importância de cuidar regularmente da saúde dos olhos parecem mesmo ser pouco desconhecida por boa parte da população. Apesar de 53% dos entrevistados assumirem que ficariam abalados ao perder a visão por receio de perder a autonomia e ter que depender de outras pessoas, 30% acreditam que devem procurar o oftalmologista somente depois que começam a usar óculos e 23% após perceberem alguma perda de visão.

A profilaxia correta, porém, consiste em visitas anuais ao médico, já que a doença não mostra sinais nos primeiros estágios. “As fases dos tipos de glaucoma – aberto ou fechado – são muitas vezes assintomáticas e os pacientes geralmente buscam o tratamento em um período bastante tardio”, explica Augusto Paranhos Junior, presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG).

O principal exame para detectar e prevenir traços da doença é a medida da pressão intraocular, mas, segundo o estudo, 52% desconhecem se já mediram, não sabiam que ele existia ou se o oftalmologista já realizou o procedimento. Esse dado sobe para 58% no Rio Grande do Sul e 60% entre a classe C, sendo que mais de 90% das pessoas com deficiência visual no mundo vivem em países pobres ou em desenvolvimento.

Especialistas ainda alertam que o estresse pode aumentar a pressão intraocular e, em tempos de pandemia, ficamos ainda mais ansiosos em razão das mudanças na rotina e do medo do novo coronavírus. Por isso, sugerem, praticar exercícios físicos e até mesmo meditação podem ser medidas eficazes para aliviar as tensões e, consequentemente, cuidar dos olhos.

Galileu

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