Judiciário

Marco Aurélio Mello se despede do STF após 31 anos em sessão virtual

FOTO: NELSON JR./SCO/STF – 13.10.2019

Em função da pandemia, o decano do STF, ministro Marco Aurélio Mello, participa nesta quinta-feira (1º) apenas virtualmente da sessão da sua despedida da Suprema Corte. O ministro completou 31 como ministro do STF há poucas semanas.

Defensor dos ritos do tribunal, o decano justificou a ausência ao prédio ao R7 Planalto pela coerência com as práticas durante a pandemia.

“Tenho feito as sessões juridicionais por videoconferência. Logo não comparecerei o que seria a sessão de despedida, de homenagem, ao próprio prédio do tribunal. Ficaria meio incongruente. De qualquer forma vamos participar por videconferência seguindo, portanto, a última prática”.

A sessão plenária de hoje acontece pela manhã, o que é pouco comum no STF, e trata-se de sessão administrativa sem julgamentos. O encontro entre os 11 ministros faz um balanço e marca o encerramento do primeiro semestre de 2021, antes do início das férias do Judiciário em julho.

“Tenho o privilégio de render tributo a um amigo, colega e a um brasileiro que sintetiza acima de tudo a vocação para o serviço público, em defesa do Direito, da Constituição e da democracia”, disse Dias Toffoli, representando os demais ministros da Corte.

Toffoli lembrou julgamentos importantes relatados pelo decano, como da legalidade da interrupção da gravidez para fetos anencéfalos e enumerou as três vezes em que ele ocupou a presidência da Suprema Corte e quando ocupou a presidência da República.

Apesar de Marco Aurélio não estar presencialmente no plenário do STF, o presidente do STF, Luiz Fux, comandou a sessão presencialmente. Também estavam no prédio os ministros Cármen Lúcia, Luis Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Os demais ministros participaram de forma remota, assim como o procurador-geral da República, Augusto Aras e o advogado-geral da União, André Mendonça, representantes da OAB, familiares e amigos do ministro.

R7

Opinião dos leitores

  1. Esse senhor foi quem humilhou uma jovem advogada que chamou as “excelências” de “vocês”. Quase é expulsa do “Palácio” onde os deuses “trabalham”. Na Suécia, nem o Primeiro Ministro é tratado por “excelência” – ele é tratado por VOCÊ. Aliás, chamar um político, um juiz, um delegado ou qualquer funcionário público de “excelência” é considerado RIDÍCULO na Suécia.

    1. Bem lembrado João Juca, esses seres extraterrestres do stf pensam que não são mortais. Já vai tarde e atrasado, aliais postergou a saída para fcar com mais privilegios, uma VERGONHA, ainda mais é primo do antigo caçador de maracujá das Alagoas, dois inúteis.

    1. Se for igual ao primeiro indicado dele….tá literalmente e completamente FERRADO……

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Televisão

Sérgio Chapelin se despede da Globo depois de 47 anos: ‘Meu tempo passou’

FOTO: REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Apresentador do Globo Repórter há 23 anos e contratado da emissora desde 1972, Sérgio Chapelin teve sua aposentadoria apressada pela Globo. O contrato do âncora é válido até dezembro, mas ele sairá do ar mais cedo, em setembro. Foi escanteado após uma dança das cadeiras iniciada pela demissão de Dony De Nuccio. A despedida antecipada não surpreendeu o veterano. “O meu tempo passou”, diz.

“Há um tempo eu vinha falando que queria me aposentar, e a direção pedia para ficar mais um pouco. Agora, a emissora precisou fazer uma mudança e achou que era o momento certo. Qualquer empresa precisa de uma renovação de quadros e eu sabia que isso iria acontecer comigo, que eu seria o próximo”, conta ao Notícias da TV.

Chapelin, que assumiu o Globo Repórter em 1996, depois de dividir com Cid Moreira a bancada do Jornal Nacional, está em paz com a substituição: “Saio de cena para entrar uma pessoa mais jovem”, reconhece.

O jornalista se refere a Sandra Annenberg, que vai sair do Jornal Hoje para assumir o seu lugar na atração das noites de sexta-feira. “Deixo o programa em boas mãos. Ela é fera, assim como a Glória Maria, e não vejo problemas em ter duas mulheres apresentando [o Globo Repórter]. É moderno, é poderoso.”

Assumidamente avesso a dar entrevistas, ele admite que ainda não sabe o que irá fazer da vida depois de setembro. “Acredito que a pior parte vai ser me acostumar à nova rotina. A única coisa que eu sei é que não quero apresentar nada, não quero gravar textos nem fazer locução. Já li muitos textos na vida.”

De acordo com o longo comunicado escrito pelo diretor-geral de Jornalismo da Globo, Ali Kamel, ao anunciar a troca de âncoras, existe a possibilidade de Chapelin elaborar um novo acordo com a emissora, mesmo fora do ar. “Sérgio deixará o Globo Repórter no fim de setembro. Mas não deixará a Globo. Como Cid Moreira, continuará ligado à emissora que a ele é tão grata”, escreveu o executivo na ocasião.

Escola antiga

Aos 78 anos, Chapelin passou quase meio século da vida na Globo. Teve uma passagem rápida pelo SBT, que durou um ano, e voltou para a antiga casa em 1984. Reconhece, porém, que acabou não acompanhando a evolução das bancadas.

Ele alega ser um profissional da escola antiga de apresentadores e diz que é contra âncoras que dão sua opinião no ar. “Existem comentaristas, né? O apresentador é aquele que lê o texto de forma isenta, e eu sempre fiz isso”, esclarece.

“Há muitos anos, o Armando Nogueira antecipou que para apresentar um telejornal o âncora precisava estar na Redação e ser quase um editor. Isso, eu acho legal e é o que acontece agora na função”, exalta Chapelin.

Nascido em Valença, no interior do Rio de Janeiro, o veterano apresentador cogita a possibilidade de viver definitivamente no interior. “Eu sou um homem rural, gosto de andar a cavalo, cuidar da roça. Quero terminar os meus dias no campo”, finaliza.

Notícias da TV – UOL

 

Opinião dos leitores

  1. Não foi "escanteado" como diz a matéria. Dedicou toda uma vida ao trabalho. Já iria parar.
    Continuará nos quadros da empresa.

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