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Expectativa é de crescimento no número de doações de órgãos no RN

Foto: Ilustrativa

Somente no primeiro semestre de 2019 o Rio Grande do Norte já alcançou 31 doações efetivas de órgãos. O quantitativo está próximo de ultrapassar todas as doações realizadas no ano inteiro de 2018, que foram 32.

Os dados foram repassados pela Central de Transplantes do RN, que realiza hoje (29) e amanhã (30), em parceria com o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), a Jornada Asas do Bem – evento que percorre o Brasil na busca pela valorização da doação de órgãos.

“São 34 mil pessoas em todo o Brasil na fila de espera por um transplante. E um único doador pode salvar até 10 vidas. O trabalho desses que eu chamo de ‘anjos ocultos’, que lutam com a rapidez exigida pelos que estão na fila por um órgão é que faz este sistema todo funcionar”, disse o palestrante convidado Alexandre Barroso, autor do livro “A última vez que morri”, uma narrativa sobre sua história de luta pela vida, depois de três procedimentos de transplante (duas vezes de fígado e uma de rim).

Na sexta-feira (30) é a vez do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) integrar a jornada Asas do Bem. O palestrante Alexandre Barroso falará para os servidores do hospital na Sala de Aula do Programa de Residência Médica, a partir das 14h.

“Precisamos ousar sonhar mais longe e fazer o nosso estado evoluir para realizarmos cada vez mais transplantes, evitando os deslocamentos para outros estados”, disse o secretário adjunto da saúde, Petrônio Spinelli, que esteve presente na abertura da Jornada, no auditório da Faculdade de Farmácia da UFRN.

Números

O RN realiza atualmente os transplantes de rim e córnea. Em 2019, no primeiro semestre, já foram viabilizados 58 transplantes de rim e 74 de córnea. A lista de espera por um rim no estado é de 180 pessoas e para as córneas de 210 pessoas.

Durante o evento a coordenadora da Central de Transplantes, Raissa Marques, também chamou atenção para as ações que serão desenvolvidas durante o mês de setembro, o “Setembro Verde”, dedicado à conscientização da importância da doação de órgãos. Serão palestras, capacitações e momentos de sensibilização que encerram com a já tradicional caminhada pela doação de órgãos, que este ano acontece no dia 28 de setembro.

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RN registra 23 doações de órgãos e 41 transplantes no primeiro bimestre de 2014

A Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) registrou, nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, 23 doações de órgãos e 41 transplantes no Rio Grande do Norte. Ao todo foram, 34 córneas, 5 rins e 2 fígados transplantados e 16 córneas e mais 7 múltiplos órgãos captados no primeiro bimestre do ano. Os órgãos que foram doados e não encontraram receptores compatíveis no RN seguiram para os estados do Ceará, Pernambuco, Paraná e São Paulo, onde foram transplantados.

De acordo com Mary Bruno, subcoordenadora da Central de Transplantes do RN, a doação de órgãos é um importante ato para salvar vidas. Segundo ela, além dos avanços tecnológicos, a participação da sociedade, por meio da conscientização e da doação de órgãos, é fundamental para elevar o número de transplantes no país, que vem apresentando crescimento, mas ainda pequeno diante do potencial que tem. Entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014 foram registrados 592 doações e 961 transplantes no RN.

“Apesar do expressivo quantitativo, nos últimos 3 anos, de doações e transplantes registrados no Estado é preciso continuar conscientizando as pessoas quanto a realização deste importante ato. Nossa meta é zerar a fila de espera e assim oferecer uma nova vida a alguém que aguarda por um transplante”, disse.

Antigamente, o tempo de espera por um transplante de córnea no estado do Rio Grande do Norte era longo, uma média de 3 a 5 anos. Na última década este tempo vem diminuindo para no máximo 5 meses. Hoje, a fila de espera por transplante de córnea no RN conta com 70 pessoas. Segundo Mary Bruno, o dado demonstra que o estado tem tendência a voltar a zerar esta fila como aconteceu em 2012.

“O RN é um dos estados brasileiros com tendência a zerar a fila de córnea. A importância da recuperação da visão para um paciente significa não só uma melhor qualidade de vida para este e para sua família, mas também a sua reinserção na sociedade. A diminuição do tempo de espera trouxe mais credibilidade ao serviço prestado pela Central de Transplantes da Sesap”, disse a subcoordenadora.

Segundo os dados de 2013 da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o percentual de recusa familiar no RN foi de 61%, maior que a média nacional de 47%. Mesmo com o percentual considerado alto, o estado é o segundo no Nordeste em número de doações por milhão de população (pmp), com 13,9 doadores/pmp, número acima da média nacional de 13,2 doadores/pmp e da média da Região Nordeste, de 9,2 doadores/pmp.

“Temos muito a agradecer às famílias que conseguem ser solidárias no momento da perda de um ente querido, mas é preciso lembrar que ainda temos uma recusa familiar muito grande. A população precisa entender que ela também pode salvar uma vida”, explica Mary Bruno.

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