Saúde

VÍDEO: Técnica para descontaminar órgãos pode acelerar filas de transplantes no Brasil

Cientistas brasileiros e canadenses estão conseguindo descontaminar os órgãos, que, antes não poderiam ser doados por causa de infecções. Assista reportagem da Record abaixo.

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Diversos

RN registra 23 doações de órgãos e 41 transplantes no primeiro bimestre de 2014

A Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) registrou, nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, 23 doações de órgãos e 41 transplantes no Rio Grande do Norte. Ao todo foram, 34 córneas, 5 rins e 2 fígados transplantados e 16 córneas e mais 7 múltiplos órgãos captados no primeiro bimestre do ano. Os órgãos que foram doados e não encontraram receptores compatíveis no RN seguiram para os estados do Ceará, Pernambuco, Paraná e São Paulo, onde foram transplantados.

De acordo com Mary Bruno, subcoordenadora da Central de Transplantes do RN, a doação de órgãos é um importante ato para salvar vidas. Segundo ela, além dos avanços tecnológicos, a participação da sociedade, por meio da conscientização e da doação de órgãos, é fundamental para elevar o número de transplantes no país, que vem apresentando crescimento, mas ainda pequeno diante do potencial que tem. Entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2014 foram registrados 592 doações e 961 transplantes no RN.

“Apesar do expressivo quantitativo, nos últimos 3 anos, de doações e transplantes registrados no Estado é preciso continuar conscientizando as pessoas quanto a realização deste importante ato. Nossa meta é zerar a fila de espera e assim oferecer uma nova vida a alguém que aguarda por um transplante”, disse.

Antigamente, o tempo de espera por um transplante de córnea no estado do Rio Grande do Norte era longo, uma média de 3 a 5 anos. Na última década este tempo vem diminuindo para no máximo 5 meses. Hoje, a fila de espera por transplante de córnea no RN conta com 70 pessoas. Segundo Mary Bruno, o dado demonstra que o estado tem tendência a voltar a zerar esta fila como aconteceu em 2012.

“O RN é um dos estados brasileiros com tendência a zerar a fila de córnea. A importância da recuperação da visão para um paciente significa não só uma melhor qualidade de vida para este e para sua família, mas também a sua reinserção na sociedade. A diminuição do tempo de espera trouxe mais credibilidade ao serviço prestado pela Central de Transplantes da Sesap”, disse a subcoordenadora.

Segundo os dados de 2013 da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o percentual de recusa familiar no RN foi de 61%, maior que a média nacional de 47%. Mesmo com o percentual considerado alto, o estado é o segundo no Nordeste em número de doações por milhão de população (pmp), com 13,9 doadores/pmp, número acima da média nacional de 13,2 doadores/pmp e da média da Região Nordeste, de 9,2 doadores/pmp.

“Temos muito a agradecer às famílias que conseguem ser solidárias no momento da perda de um ente querido, mas é preciso lembrar que ainda temos uma recusa familiar muito grande. A população precisa entender que ela também pode salvar uma vida”, explica Mary Bruno.

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Diversos

Passageiros poderão ceder lugar em voos para rins, fígado e coração que serão transplantados

O governo federal assina na noite desta quarta-feira um acordo com as principais companhias aéreas brasileiras para facilitar o deslocamento de órgãos para transplante. Pelo acordo, os assentos desocupados nos voos comerciais regulares serão destinados prioritariamente ao transporte do órgão, que também ocupa um lugar na aeronave, e da equipe responsável. Além disso, caso o avião esteja lotado, a companhia perguntará se algum passageiro aceita voluntariamente ceder o seu lugar e embarcar no próximo voo.

Segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é aumentar em 10% o número de órgãos sólidos transportados – como rins, fígados e coração – que são os que precisam de maior rapidez para serem transplantados. O governo espera ter um melhor aproveitamento dos órgãos e tecidos, em especial na Região Norte. Lá, quase 60% dos transplantes necessitam de transporte aéreo, seja comercial ou militar.

Pelo acordo firmado com TAM, Gol, Azul, Oceanair e Passaredo, as companhias se comprometem a priorizar o embarque os órgãos e equipes responsáveis por levá-los até os pacientes. Elas também vão pagar as taxas aeroportuárias de embarque e conexão. Haverá um representante da Central Nacional de Transplante do Ministério da Saúde, 24 horas por dia, no Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA). Com isso, ele poderá ter informações sobre os voos e saber a melhor logística de transporte dos órgãos.

Em 2009, o governo já tinha feito um acordo com as companhias aéreas, que se voluntariavam para embarcar os órgãos. Segundo o Ministério da Saúde, o novo acordo contará com mais empresas participantes e terá o comprometimento formal delas em priorizar o embarque de órgãos. Além do Ministério da Saúde e das companhias aéreas , assinam o acordo o Ministério da Defesa, a Secretaria de Aviação Civil (SAC), a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Infraero. A cerimônia será às 19h, num hotel em Brasília.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2012 foram transportados 3.514 órgãos e tecidos, ou 14,6% de todos os 23.999 transplantes feito no ano. O ministério informou ainda que, entre 2000 e 2013, o número de voos para transporte de órgãos subiu de 67 para 5.102.

Em 2012, os transplantes com deslocamento aéreo foram mais comuns nos casos de rim e pulmão para o Rio Grande do Sul, coração para o Distrito Federal, fígado para Pernambuco, pâncreas para São Paulo, e córnea para o Maranhão, Pará e Goiás.

De acordo com o ministério, 95% dos transplantes no país são feitos no Sistema Único de Saúde (SUS). A rede pública conta com 27 centrais de notificação, captação e distribuição de órgãos, sendo 11 delas sub-regionais; 11 câmaras técnicas nacionais; 748 serviços distribuídos em 467 centros; 1.047 equipes de transplantes; 71 Organizações de Procura por Órgãos (OPO) em 17 estados.

O Globo

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Polícia

Justiça Federal condena médicos por desvio de órgãos para transplante

A Justiça Federal no Rio de Janeiro condenou por improbidade administrativa os médicos Joaquim Ribeiro Filho e Eduardo de Souza Martins Fernandes, acusados de desviar órgãos e ignorar a ordem de pacientes na lista nacional de transplantes de fígado. Os réus terão que pagar multa de R$ 100 mil cada um e estão proibidos de exercer cargo ou emprego público, contratar com o Poder Público ou receber benefícios e incentivos fiscais por cinco anos. Ainda cabe recurso da decisão.

O crime foi cometido em 2007 no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, na zona norte, onde os réus trabalhavam. A sentença saiu cerca de quatro anos depois de o Ministério Público Federal (MPF) entrar com ação civil pública que acusou os médicos de usarem de influência e prestígio para ludibriar os órgãos de controle do Sistema Nacional de Transplantes e burlar a lista única de receptores.

O hospital chegou a ser fechado em 2008, após a operação da Polícia Federal, conhecida como Fura-Fila, que desbaratou o esquema de desvio de órgãos. Depois do episódio, o sistema de transplante de fígado no Rio foi modificado.

Segundo o MP, em julho de 2007, Joaquim Ribeiro, que era coordenador da equipe médico-cirúrgica do Hospital do Fundão, prestou falsas informações sobre as condições patológicas de um receptor, inscrevendo o paciente irregularmente na lista para receber qualquer órgão disponível em território nacional. O médico entrou em contato com a Central de Notificação e Captação e Distribuição de Órgãos do Estado do Rio de Janeiro para receber um órgão como coordenador de transplante de fígado do hospital para uma paciente inscrita na 38ª posição da lista nacional de transplantes. Entretanto, o órgão foi captado em Minas Gerais por Eduardo de Souza Martins Fernandes, médico da equipe cirúrgica do Hospital do Fundão, e transplantado para o receptor incluído irregularmente na lista nacional.

Outra má conduta apontada pela ação é a que os réus informaram à central que um fígado disponível para transplante era órgão marginal ou limítrofe (em más condições ou com excesso de gordura), embora tenham oferecido o mesmo órgão para um paciente como fígado em “bom estado”, ocultando o nome do paciente para a central. A centrais do Rio de Janeiro e de Brasília não autorizaram o implante. Na época, 530 pacientes aguardavam doação e o receptor não estava entre eles.

A advogada dos médicos, Rafaella Marcolini, informou que a sentença tem inconsistências e que vai recorrer. “A sentença foi muito sintética e não faz referência à uma séria de fatos importantes e pontos discutidos ao longo desses quatro anos. Pontos e testemunhos que fortalecem a tese da defesa de que não houve improbidade e de que todos os atos foram legítimos. Houve, sim, inconsistência e recorreremos em breve”, informou. Os médicos ainda respondem a processo criminal por peculato na 3ª Vara Criminal Federal, ainda pendente de sentença.

Agência Brasil

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