Saúde

Governo cogita dar 1ª dose ‘em massa’ para reduzir pandemia; segunda aplicação seria iniciada a seguir

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo/Arquivo

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira que o governo quer priorizar a primeira dose da vacina contra a covid-19 para fazer a imunização em massa da população. Somente depois dessa fase, seria iniciada a segunda aplicação no país.

Durante evento em Manaus, Pazuello deu essa informação quando se referia ao uso da vacina do laboratório AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

De acordo com ele, a primeira dose da vacina proporciona uma proteção de 71%, enquanto as duas aplicações combinadas levaria a imunização “para cerca de 90%.”

“É uma estratégia que a SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde) vai fazer pra reduzir a pandemia. Talvez o foco seja não na imunidade completa, mas na redução da contaminação, e aí a pandemia diminui muito”, afirmou o ministro.

Pazuello fez um novo balanço de todas as vacinas que poderão ser utilizadas no país e voltou a dizer que somente a produção doméstica possibilitará a imunização em massa da população. “Ficou difícil para as importadas”, afirmou.

De acordo com o ministro, a análise de uso emergencial em andamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) corresponde a 6 milhões de doses de Coronavac importadas da China e outras 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca trazidas da Índia.

Pazuello acredita que, se a aplicação de todas essas doses começar ainda em janeiro, o Brasil terá a capacidade de liderar rapidamente o número de imunizações do mundo, considerando a capacidade instalada no Sistema Único de Saúde (SUS).

O ministro informou que, na avaliação do governo, a vacina do laboratório Janssen “é a melhor de todas”, mas que a capacidade de entrega é de apenas 3 milhões de doses em maio. Ele também reclamou do preço da vacina da Moderna (US$ 37 a dose) e das condições exigidas pela Pfizer.

Apesar da campanha contra as vacinas, promovida abertamente pelo presidente Jair Bolsonaro, Pazuello reconheceu que a população quer ser vacinada, mas defendeu que a imunização não seja obrigatória. “Lembrando que existem outros poderes na República”, afirmou.

Ele também voltou a dizer que a vacinação vai começar em todo o país no mesmo dia e horário, em um recado indireto a governadores que têm marcado data para o início da imunização. “Vai começar no ‘dia D’ e na ‘hora H’ em todos os Estados do Brasil.”

Com Valor

Opinião dos leitores

  1. A caravana passa e os cães ladram (vou pedir pro Ministro um lote de ant-rábica para certos comentaristas monomaníacos). A vacinação tá chegando, com o devido aval da Anvisa que é quem tem que verificar a compatabilidade com as particularidades do Brasil. Tentaram colar essa bobagem de que iriam faltar seringas e agulhas… só torcida contra. O resto é esperneio de derrotado.

  2. O governo federal não admite não ser o primeiro a vacinar, perder para Dória devido não ter agido quando devia, sob as ordens de um general ministro incompetente especialista em logística que foi forçado pelo Bozo a "esquecer" de vacinas, seringas e agulhas. Fez e faz de tudo pra atrasar quem já está pronto para aplicar a vacina, vetando a aplicação através da Anvisa. E agora boiada? Dia D e hora H de que ano?

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