Saúde

Fazer sauna reduz risco de enfarto, diz estudo

Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

Fazer sauna regularmente pode ser uma forma de reduzir o riscos de infarto, de acordo com um novo estudo internacional que acompanhou por 15 anos pessoas que faziam sessões, com diferentes frequências. Os resultados mostraram que, entre aqueles que faziam de quatro a sete sessões por semana, há 61% menos chances de sofrer um infarto do que aqueles que faziam apenas uma sessão por semana. O estudo, publicado no periódico “Neurology” e realizado por cientistas nas universidades de Bristol, Leicester, Emory, Cambridge, Innsbruck e do Leste da Finlândia, foi o primeiro a tratar do tema com análises realizadas a longo prazo.

De acordo com os resultados, os menores riscos de infarto relacionados a fazer sauna foram descobertos a partir de 1628 homens e mulheres entre 53 e 74 anos que vivem no Leste da Finlândia e se dispuseram a fazer parte do estudo. Com a sauna como uma prática tradicional finlandesa, os participantes foram divididos em três grupos com diferentes níveis de frequência por semana: aqueles que faziam sauna uma única vez, os que faziam de duas a três vezes e aqueles que faziam de quatro a sete vezes.

A diminuição no caso de infartos relacionada ao costume de fazer saunas se liga à redução da pressão arterial, estímulo do sistema imunológico, melhora do sistema nervoso autônomo, além de mais eficácia nas funções cardiovasculares.

Comparado com os participantes que faziam apenas uma única sessão de sauna (do primeiro grupo), aqueles que faziam de duas a três (segundo grupo), tinham 14% menos chances de ter um infarto. Os dados foram verificados com semelhança em ambos os sexos, mesmo com todos os fatores de risco normalmente associados ao enfarto, como massa corporal, diabetes, idade, consumo de álcool, entre outros.

De acordo com Setor Kunutsor, um dos pesquisadores à frente do estudo na Bristol Medical School, “os resultados são significativos e destacam os benefícios de se fazer sauna”. O mesmo grupo de cientistas responsável pela pesquisa também descobriu recentemente que sessões de sauna têm efeitos na rigidez da parede arterial, influenciando a pressão arterial e os parâmetros da função cardíaca.

O Globo

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Jornalismo

Hospital se nega a atender e Secretário de Governo morre de infarto

A presidente Dilma Rousseff pediu providências ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na apuração da suposta omissão de socorro ao secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, que morreu vítima de um infarto ontem.

Ele era responsável por negociar o reajuste salarial dos servidores federais e, nos últimos dias, tentava conter ameaça de greve geral do funcionalismo programada para março.

Duvanier foi sepultado hoje em São Paulo, no Cemitério de Congonhas.

A informação de que pode ter havido negligência médica no atendimento a Duvanier chegou à presidente na noite de quinta-feira, após reunião setorial sobre as ações do governo nas áreas de Saúde e Educação.

Minutos antes, a assessoria de imprensa do Planalto divulgou uma nota de pesar pelo falecimento do secretário.

“Sua inteligência, dedicação e capacidade de trabalho farão muita falta à nossa administração”, afirmou a presidente no comunicado.

Duvanier estava à frente do cargo desde 2007 e faria 57 anos no próximo mês.

A secretária adjunta Marcela Tapajós assume, interinamente, o diálogo com as categorias de servidores. O governo veda o aumento por causa do ajuste fiscal e da crise financeira mundial.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que acionou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Polícia Civil do Distrito Federal e o Conselho Federal de Medicina (CFM).

“O Ministério da Saúde reafirma que nenhum serviço ou profissional de saúde pode negar socorro, inclusive com sentenças jurídicas já estabelecidas a este respeito”, afirma o documento.

A Resolução 44/03 da ANS proíbe a cobrança de caução na prestação de serviços pelos hospitais e clínicas credenciadas pelas operadoras de saúde.

Na madrugada de quinta-feira, Duvanier teria sido levado aos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia – instituições particulares de referência na Capital Federal – que lhe teriam supostamente negado atendimento, porque não atendiam o convênio dele e ele não teria um cheque para deixar como caução para garantir o pagamento dos serviços.

Por fim, ele chegou ao Hospital Planalto, mas o quadro estava avançado e os médicos não conseguiram reanimá-lo.

A ANS não verificou nenhuma infração por parte do plano de saúde GEAP – Fundação de Seguridade Social, que atende os servidores públicos federais.

A Delegacia de Defesa do Consumidor da Polícia Civil do Distrito Federal abriu inquérito para investigar a suposta omissão de socorro e já começou a ouvir os funcionários dos hospitais envolvidos no episódio.

A expectativa é ouvir os familiares na próxima semana.

A delegada responsável pelo caso também vai pedir as imagens dos circuitos internos de TV dos hospitais.

A pena para omissão de socorro que resulta em morte é de um ano e meio.

Fonte: Estadão

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