Saúde

Conheça as diferenças entre os sintomas de dengue, gripe, febre amarela, zika e chikungunya

Foto: Thinkstock

Os sintomas iniciais de febre amarela, dengue, gripe, zika e chikungunya são comuns a várias doenças infecciosas causadas por vírus, como dor no corpo, dor de cabeça e dor nas juntas. Mas a partir do segundo ou terceiro dia, o vírus procura os órgãos pelos quais tem afinidade e então os sintomas de cada doença se tornam mais característicos.

A febre amarela, provocada pela picada dos mosquitos Haemagogus ou Sabethes (foto), que habitam região de mata, causa sintomas como febre com calafrio, dor de cabeça, dores musculares, mal estar e cansaço. A partir do terceiro dia, a maioria das pessoas já começa a apresentar melhora. No entanto, 15% desenvolvem complicações, entre elas hepatite e alteração do funcionamento dos rins e do coração, que podem levar à morte.

Dengue, zika e chikungunya são doenças transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. Diferentemente dos mosquitos Haemagogus ou Sabethes, o Aedes aegypti vive no meio urbano e se prolifera em locais com água parada, como base de vasos (foto). Exames de sangue já são capazes de fornecer diagnósticos precisos de cada doença. Entre essas doenças, já existe vacina apenas para dengue, mas de eficácia ainda não totalmente comprovada.

Existem dois tipos mais comuns de dengue: a dengue clássica e a hemorrágica. A clássica tem sintomas similares à gripe como febre alta (em torno de 40 graus), dor de cabeça, dor nas articulações, dor atrás dos olhos, dores musculares, prostração, vermelhidão no corpo e coceira. Os sintomas regridem a partir do sétimo dia, mas a fraqueza perdura por algumas semanas. Já a hemorrágica apresenta, inicialmente, os mesmos sintomas da clássica, porém, após o terceiro dia, surgem os sinais de hemorragia, como sangramento da gengiva, do nariz e rompimentos superficiais da pele.

Em 80% dos casos, a zika não tem sintomas. Os sinais da doença geralmente são semelhantes ao de uma virose ou da dengue, porém menos agressivos. São eles: febre em torno de 38 graus, aumento dos gânglios linfáticos, dor de cabeça, dor nas articulações, erupção cutânea com coceira, fotofobia, conjuntivite, diarreia, náuseas e cansaço, que desaparecem em sete dias. Estudos comprovaram a relação da zika com a microcefalia em bebês gerados por mães que contraíram a doença na gravidez. A zika também está relacionada à Síndrome de Guillain-Barré, inflamação dos nervos periféricos que resulta em fraqueza muscular e paralisia, em geral, de forma temporária .

Assim como a dengue e a zika, a chikungunya causa febre alta, dor de cabeça, dores musculares, conjuntivite, náuseas, vômitos e vermelhidão pelo corpo. O predominante são as dores articulares, que afetam simetricamente diversas juntas e são debilitantes. O quadro evolui para cura em dez dias. A doença, em geral, não mata, mas provoca dores articulares crônicas – para a vida toda.

Já a gripe não é transmitida por mosquito, mas sim pelo contato entre uma pessoa gripada e outra saudável por meio de gotículas no ar ou pelo aperto de mão, por exemplo. A principal característica que difere a gripe da febre amarela, dengue, zika e chikungunya é a presença de secreção (catarro). Sintomas como dor de garganta e tosse são típicos da gripe e não das demais doença.

Com informações do R7 Estadão

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Diversos

Secretaria Municipal de Saúde de Natal intensifica vigilância da Febre Amarela

Diante dos casos de Febre Amarela Silvestre que assola boa parte do país, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal, por meio do Centro de Controle de Zoonoses, tem intensificado o monitoramento das áreas silvestres da cidade buscando ampliar a sensibilidade da vigilância em áreas que têm possibilidade de circulação do vírus.

O chefe do Centro de Controle de Zoonoses, Alessandre Medeiros, tranquiliza a população e afirma que “não temos epidemia, evidências ou situação de surto de Febre Amarela, mas a função do Centro é realizar a vigilância ativa desses animais, os saguis, para identificação de indícios de circulação e tomar as ações de prevenção”.

Os animais, macacos, saguis, não transmitem o vírus. Eles são vítimas. E, ao serem contaminados, fazem o papel de “sentinela”, alertando para o surgimento da doença. Atentos a esta situação, o Núcleo de Vigilância de Reservatórios e Animais Amplificadores do Centro de Controle de Zoonoses já fez a coleta de 15 saguis no Parque das Dunas, salientando que nenhum foi positivado para o vírus da Febre Amarela Silvestre.

Segundo Alessandre, o que se cogita no país, São Paulo, Minas Gerais e Bahia, é uma transmissão silvestre, tida por um outro grupo de vetores, o Aedes albopictus e o Haemagogus. “As áreas que estão recebendo maior atenção pelas equipes do CCZ em Natal são o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, Parque das Dunas (Bosque dos Namorados) e a UFRN”.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta à população para não matar os animais. Em caso de encontrar algum sagui morto, a população não deve entrar em contato com o animal, mas sim, procurar as equipes do Centro de Controle de Zoonoses para a coleta pelo telefone 3232-9788.

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Diversos

Febre amarela: Brasil exigirá atestado de vacinação de angolanos e congoleses

aedes_dengue_zikaResolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina a exigência do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia para viajantes procedentes ou que se destinam a Angola e à República Democrática do Congo, na África.

De acordo com o texto, publicado na edição de hoje (11) do Diário Oficial da União, a decisão foi tomada em razão do surto de febre amarela na região e atende recomendação do Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), atualizada em maio deste ano.

Ainda segundo a resolução, no início deste mês, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde enviou à Anvisa o pedido de exigência temporária do certificado para viajantes procedentes ou que se destinam a ambos os países.

Será considerado procedente de Angola ou da República Democrática do Congo o viajante que esteve nesses países nos sete dias anteriores a sua chegada ao Brasil.

Viajantes com a vacina contra a febre amarela aplicada há menos de 10 dias terão a entrada permitida no país, mas ficarão em quarentena até que o certificado se torne válido ou por um período de até seis dias, contados a partir da última exposição possível à infecção.

Em caso de contraindicação à vacina, será permitido o ingresso do viajante em território nacional mediante a apresentação de atestado médico em português, inglês, francês ou espanhol.

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor do vírus Zika, da dengue e da febre chikungunya, a febre amarela urbana foi notificada pela última vez no Brasil em 1942, no Acre. No ano passado, foram registrados nove casos da doença em sua forma silvestre em todo o Brasil, com cinco mortes. Este ano, até abril, foi identificado um caso com óbito.

A maior parte do território brasileiro é considerada área com recomendação para vacinação de rotina contra a febre amarela. Não fazem parte desta lista os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, do Espírito Santo e Rio de Janeiro.

No Brasil, a vacina contra a febre amarela é aplicada desde 1937, disponível gratuitamente em postos de saúde da rede pública. Segundo a governo, a dose é altamente eficaz e segura para uso a partir dos 9 meses de idade em residentes e viajantes de áreas com recomendação de imunização ou a partir de 6 meses de vida em situações de surto da doença.

Agência Brasil

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