Saúde

Inflamação é uma das principais características da depressão, indica estudo

Foto: solarseven/Getty Images

Uma pesquisa feita com cerca de 86 mil pessoas no Reino Unido apontou uma associação entre depressão e inflamação. Os cientistas mostraram que indivíduos com a doença psiquiátrica apresentam níveis mais altos de inflamação em seu organismo.

A pesquisa foi realizada por pesquisadores da King’s College London, que analisaram a presença da proteína C reativa (CRP) – um marcador de inflamação no organismo – em amostras sanguíneas dos participantes do estudo. Dos participantes, cerca de 27 mil apresentavam diagnóstico de transtorno depressivo crônico, enquanto 59 mil participantes não apresentavam o transtorno.

Segundo os cientistas, os níveis de CRP observados foram “significativamente maiores” nas amostras dos indivíduos com depressão em relação aos que não têm o transtorno – o resultado obtido seria a evidência mais forte que se tem dessa relação até o momento.

Os pesquisadores também consideraram dados genéticos e fenotípicos – isto é, referentes a características possíveis de se observar nos indivíduos, como as físicas – através do UK Biobank, um banco de dados biomédicos do Reino Unido. Foram observados fatores como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), tabagismo, consumo de álcool, exposição a traumas e status socioeconômico.

Os mecanismos por trás da ligação entre a depressão e a inflamação permanecem misteriosos, mas os cientistas acreditam que essa descoberta e os dados que obtiveram são importantes para uma melhor compreensão sobre a doença psiquiátrica – e, quem sabe, para o desenvolvimento de diferentes tratamentos para a depressão.

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Opinião dos leitores

  1. Tem uma capa da revista ISTOÉ de 2010, o tema da reportagem: “NUNCA FOMOS TÃO FELIZES”.
    Hoje, a maioria dos brasileiros, não pode comprar 1 kg de patinho.
    Parece que viramos Venezuela e foi pelas mãos da extrema direita.

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Saúde

Estudo analisa inflamação de gânglios linfáticos após vacina de Covid-19

Foto: American Roentgen Ray Society/American Journal of Roentgenology)

Em artigo publicado no American Journal of Roentgenology, a pesquisadora Shabnam Mortazavi, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos, avaliou o inchaço de gânglios linfáticos axilares em mulheres que foram vacinadas contra a Covid-19.

A reação foi identificada nos casos dos imunizantes da Moderna e da Pfizer/BioNTech e já tinha sido observada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês). Por se assemelhar a características de tumores malignos, o efeito colateral tem chamado a atenção de profissionais da saúde desde o início da vacinação no país norte-americano.

Mortazav analisou registros de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021 de um total de 23 mulheres, entre 21 e 49 anos. Todas apresentaram inflamação dos gânglios linfáticos na axila do mesmo lado do braço em que foi aplicada a vacina. Dentre as pacientes, 13% foram classificadas como sintomáticas em decorrência da presença de caroços. Em 43%, o inchaço foi detectado acidentalmente em exames de rastreamento, como mamografia, ultrassom e ressonância magnética. E em outros 43% dos casos, a reação foi identificada a partir de diagnósticos por imagem realizados por motivos distintos.

No caso das mamografias, um nódulo foi considerado anormal quando o tamanho, a forma ou a densidade dele divergiam das proporções dos demais nódulos axilares. Para ultrassonografias, identificou-se a irregularidade com base na avaliação da espessura cortical e na proeminência do nódulo comparada à axila oposta. Em ressonâncias magnéticas, foram considerados anormais os nódulos assimétricos em tamanho ou número em relação à outra axila.

Os resultados mostraram que 57% das mulheres estavam com um nódulo anormal. Esses dados foram obtidos durante um intervalo médio de 9,5 dias entre o recebimento da primeira dose de vacina e a realização dos exames. “O estudo destaca a inflamação dos gânglios linfáticos axilares do mesmo lado do braço vacinado com Pfizer/BioNTech ou Moderna como uma reação em potencial com a qual radiologistas devem estar familiarizados”, declara, em nota, Mortazavi.

A pesquisa ainda ressalta que as informações são importantes para que as reações não sejam confundidas com tumores malignos. De acordo com Mortazavi, para melhorar a avaliação dos casos de inchaço dos gânglios linfáticos e das suas possíveis causas, é fundamental levar em consideração a data em que o paciente foi vacinado contra o Sars-CoV-2 e o braço em que o imunizante foi aplicado.

No último dia 15 de fevereiro, o site da empresa de saúde University Hospitals, nos EUA, entrevistou a especialista em radiologia da mama Holly Marshall, médica no Cleveland Medical Center, que não esteve envolvida no estudo. Ela explicou à publicação que a reação não necessariamente é preocupante. “O inchaço pode ser um sinal de que o seu corpo está produzindo anticorpos em resposta à vacina, como é esperado”, disse. “É um acontecimento normal enquanto o corpo está construindo uma resposta imunológica para combater o vírus.”

Galileu – O Globo

Opinião dos leitores

  1. Não criemos pânico, a vacina da Pfizer é muito moderna, usa uma tecnologia diferente do "feijão com arroz" aplicada na Coronavac (que é a mais amplamente aplicada no país) e a vacina da Sinovac é "tão perigosa" quanto do sarampo, catapora e outras aí com o vírus inativado. Ou seja, o risco é baixíssimo.

    A da Pfizer ainda não veio ao Brasil, então não há porque associar vacinas a tumores de qlqr natureza.

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