Política

Bolsonaro diz faltar humildade a Mandetta, mas não o demitirá ‘na guerra’

Foto: Isac Nóbrega/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou hoje que não pretende demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio à pandemia do coronavírus. Mas admitiu que os dois vêm se “bicando”.

“Não pretendo demiti-lo no meio da guerra, mas em algum momento ele extrapolou. Sempre respeitei todos os ministros. A gente espera que ele dê conta do recado. Não é uma ameaça para o Mandetta. Nenhum ministro meu é ‘indemissível’, como os cinco que já foram embora”, afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan.

“Em alguns momentos, acho que o Mandetta teria que ouvir mais o presidente. Ele disse que tem responsabilidade, mas ele cuida da saúde, o (Paulo) Guedes da economia e eu entro no meio. O Mandetta quer fazer valer muito a vontade dele. Pode ser que ele esteja certo, mas está faltando humildade para ele conduzir o Brasil neste momento.”

Ainda segundo Bolsonaro, “aquela histeria, aquele clima de pânico, contagiou alguns lá [dentro do Ministério da Saúde]”. “Já está no momento de todo mundo botar o pé no chão”, cobrou.

Esperando ‘povo’ para decretar reabertura do comércio Ainda durante a entrevista, Bolsonaro disse esperar poder logo aliviar medidas de isolamento social. Mas que, para isso, depende de apoio da população.

“Tenho um projeto de decreto que considera atividade essencial toda aquela exercida que indispensável para ele levar o pão para casa. Eu, como chefe de Estado, tenho que decidir. Se chegar esse momento, vou assinar essa MP”, disse.

Hoje, nas redes sociais, Bolsonaro divulgou imagens de uma mulher que pedia a reabertura do comércio. “Temos que levar em conta seu estado emocional [da mulher no vídeo]. Para abrir comércio, eu posso abrir em uma canetada”, argumentou.

A reabertura do comércio é uma possibilidade para acelerar a economia do Brasil em meio à pandemia. À rádio, o presidente citou o crescimento econômico que era esperado para o país.

“O Brasil estava decolando. Nosso crescimento estava em 1,7%, era para estar agora nesse primeiro trimestre em 2,5%. Temos as exceções, mas tem gente que está de olho na minha cadeira”, em novo ataque indireto a João Doria (PSDB), governador de São Paulo.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Se a eleição fosse hoje…Bolsonaro x Mandetta. Bolsonaro perdia feio, voto mais nele não, ia muito bem até ter essa ideia de carnificina com a população brasileira.

  2. Senhor, misericórdia e compaixão para todos nós brasileiros, isso é o que estamos necessitando Pai.

  3. Além de toda a incompetência desse senhor agora demonstra sua inveja de um ministro que demonstrou liderança, conhecimento e capacidade de argumentação, tudo que esse senhor não tem.

    1. Falou o defensor de Lula.
      Como disse Bebiano em sua carta, o ódio no coração cega e mata.
      Por que tanto rancor?
      Você quer a volta da turma do petrolao?
      Ou gosta da turma de Fidel e Maduro?
      Ou você acha que Macron é mais competente do que Bolsonaro?
      Lembre de que há uma questão polêmica.
      Muitos países do mundo não adotaram quarentena e não tiveram muitos casos nem mortes (Japão e Coreia do Sul, Rússia) e outros só adotaram medidas recentemente, como Itália, França, Espanha.
      Nem por isso nesses países estão culpando o presidente.
      Já os comunistas brasileiras gritam feito criança mimada, atendendo aos comandos da cúpula do foro de São Paulo, louco para tomar o poder na América Latina.
      O povo não é bobo.

    2. As pessoas tendem a radicalizar em tudo, principalmente na política. Quem é sensato não compactua com esse absurdo que Bolsonaro quer promover, pois sabe que por este caminho vai morrer muita gente que não precisaria morrer. Independente de sua corrente política, não reconhecer isso demonstra uma das duas possibilidades.<br><br> ou você é extremista e radical, assim como os eleitores do PT, que defendem seus líderes independentemente de excessos e dos males que causaram ao povo; <br><br>ou você é negacionista e não acredita que a ciência e a medicina sejam as melhores armas para nos salvar desta pavorosa doença.<br><br>Os líderes do países que demoraram a reconhecer a gravidade da Covid-19 hoje vem à imprensa pedir desculpas à população, reconhecem que erraram e tentam desesperadamente salvar seu povo. No Brasil temos um inconsequente no Governo, que está claramente mais preocupado com o resultado das próximas eleições do que com a saúde do seu povo.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cidades

Prefeitura do Natal e Ministério da Saúde vão conveniar recursos para o Hospital Varela Santiago

Foto: Divulgação

O Ministério da Saúde se comprometeu a destinar recursos para o funcionamento do Hospital Infantil Varela Santiago. O repasse será feito por meio de convênio com a Prefeitura de Natal. Este foi o resultado da audiência que o prefeito Álvaro Dias teve nesta quinta-feira (11), em Brasília, com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

“Ficamos muito felizes com a sensibilidade e o empenho demonstrados pelo ministro Luiz Henrique, que entendeu a necessidade do Hospital Varela Santiago contar com esses recursos e ter, assim, condições de seguir com os relevantes serviços que presta às crianças e às famílias em Natal”, destaca o prefeito Álvaro Dias. O ex-senador José Agripino, autor de emendas parlamentares destinadas ao Varela Santiago, e o diretor-superintendente do Hospital, Paulo Xavier, também participaram da reunião.

Na audiência, o ministro Luiz Henrique Mandetta antecipou o plano de fazer dois convênios com a Secretaria de Saúde de Natal. Em um deles, seriam repassados R$ 500 mil para custear projetos da unidade que é referência em assistência pediátrica. No segundo, seria garantido um repasse mensal de 150 mil para a operação do Hospital.

Opinião dos leitores

  1. Crédito ao prestígio do ex senador José Agripino. Que mesmo sem mandato conseguiu ajudar uma instituição tão séria. E pobre deste estado q hj tem senadores cujo prestígio se limita ao chocolate da Nestlé.

    1. Omi deixa de conversar bosta!!!! A pergunta é José Agripino !!! O que esse cara ta fazendo ai? Ladrão, roubou muito nosso estado;

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Bolsonaro anuncia deputado e ortopedista Luiz Henrique Mandetta como futuro ministro da Saúde

O deputado federal e futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), durante comissão na Câmara — Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) anunciou nesta terça-feira (20) o nome do deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) como ministro da Saúde em seu governo.

O anúncio foi feito pelo Twitter após encontro de Bolsonaro com representantes das Santas Casas e deputados da Frente Parlamentar da Saúde.

Mandetta será o terceiro ministro do DEM no governo Bolsonaro. Além dele, já foram anunciados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil e Tereza Cristina (DEM-MS) para a Agricultura.

Médico e ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Mandetta está no segundo mandato de deputado federal e não disputou as eleições deste ano.

O nome do futuro ministro já vinha sendo especulado para assumir a Saúde há algumas semanas. O próprio presidente eleito chegou a declarar, no último dia 13, que Mandetta era um dos seus interlocutores para a área e que ele poderia ser o seu ministro da Saúde.

Mais Médicos

O futuro ministro compartilha com Bolsonaro críticas em relação ao programa Mais Médicos, criado em 2013 durante o governo de Dilma Rousseff.

Cuba anunciou a saída do programa na semana passada e, segundo Bolsonaro, o governo do país caribenho não concordou com as condições estabelecidas para a continuidade dos profissionais no Mais Médicos.

Em 2013, durante as discussões para aprovação no Congresso Nacional da medida provisória que criou o programa, Mandetta afirmou que os médicos cubanos eram “lançados como balança comercial” por seu país.

Ele ainda criticou o convênio do governo brasileiro com a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), que intermediou a contratação dos cubanos, cuja maior parte dos salários fica com o governo de Havana.

“Será que a OPAS se presta à terceirizada da atividade fim, a gato, a navio negreiro no século XXI, simplesmente por causa dos 10% que ela embolsará pela parceria com o governo brasileiro?”, questionou o deputado na ocasião.

Bolsonaro tem repetido que as condições de trabalho dos cubanos no Mais Médico são comparáveis à “escravidão” e criticado o fato dos estrangeiros não ficarem com o salário integral recebido no Brasil.

Mandetta também já abordou em discurso na Câmara outro criticado atualmente por Bolsonaro: a possibilidade de trabalho no Mais Médicos sem revalidar o diploma obtido no exterior. O presidente eleito disse que é “injusto” e “desumano” destinar aos mais pobres atendimento médico “sem qualquer garantia” de qualidade.

“O governo entregará o bisturi para operar a sua mãe, o seu filho, a uma pessoa que não comprovará o seu conhecimento na área de medicina. E cria dois tipos de brasileiros, porque esses médicos a quem ele dará o bisturi não podem trabalhar no Sírio-Libanês, não podem trabalhar no Copa-D’Or. Eles podem trabalhar no Acre, no Amazonas, na periferia, no Nordeste, no Maranhão”, declarou Mandetta em 2013.

O futuro ministro ainda defendeu a “responsabilidade solidária” dos prefeitos que aderiram ao programa no caso de erros cometidos pelos profissionais que não revalidaram o diploma.

“Quando algum médico desse programa cometer um erro grave que leve alguém à morte, muito provavelmente o país de origem o chamará de volta, e nós ficaremos igual àquele caso do avião da GOL que caiu: os pilotos foram para os Estados Unidos, e ninguém foi responsabilizado”, afirmou.

Perfil

Mandetta nasceu em Campo Grande, município que se tornou a capital do Mato Grosso do Sul, estado criado em 1977. Caçula em uma família com cinco filhos, o futuro ministro seguiu a profissão do pai, o médico Hélio Mandetta.

Conforme o site do deputado, ele estudou no Colégio Dom Bosco, em Campo Grande, onde integrou a equipe de natação da escola. Aos 15 anos, fez intercâmbio nos Estados Unidos.

De volta ao Brasil, Mandetta cursou medicina na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro. Concluiu o curso em 1989 e, junto com a mulher Terezinha, retornou ao Mato Grosso do Sul.

Mandetta fez residência em ortopedia na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e ainda cursou uma especialização em ortopedia em Atlanta (EUA).

O site do futuro ministro ainda registra que ele trabalhou como médico em hospitais militares e na Santa Casa de Campo Grande.

Em seu estado, Mandetta foi dirigente de plano de saúde e secretário municipal. Ele presidiu a Unimed de Campo Grande entre 2001 e 2004 e, ao encerrar sua gestão, assumiu a secretaria de Saúde de Campo Grande.

O futuro ministro comandou a secretaria de 2005 a 2010, durante a gestão do então prefeito Nelsinho Traud. Mandetta era filiado ao MDB e migrou para o DEM para concorrer a deputado federal em 2010. Foi eleito com 78,7 mil votos e reeleito, quatro anos depois, com 57,3 mil votos.

Neste ano, Mandetta decidiu não disputar um terceiro mandato de deputado federal.

Sem concorrer a cargo eleitivo, Mandetta apoiou Bolsonaro durante a eleição presidencial. Após a vitória do candidato do PSL, publicou vídeo no Facebook no qual disse que foi um “alívio” saber que o eleitor “optou pela renovação” e declarou ter a certeza de que Bolsonaro fará um governo “democrático”, com o “poder técnico prevalecendo sobre o poder político”.

Ministros anunciados

Veja abaixo os ministros já anunciados por Bolsonaro:

Onyx Lorenzoni, deputado (Casa Civil);
Paulo Guedes, economista (Economia);
Augusto Heleno, general (Segurança Institucional);
Marcos Pontes, tenente-coronel (Ciência e Tecnologia);
Sérgio Moro, ex-juiz federal (Justiça);
Tereza Cristina, deputada (Agricultura);
Fernando Azevedo e Silva, general (Defesa);
Ernesto Araújo, diplomata (Relações Exteriores);
Wagner Rosário, atual ministro (Controladoria-Geral da União).

Com informações do G1

 

Opinião dos leitores

  1. Acho bonitinho quando vejo quem votou em Bolsonaro dizendo que são só investigados…kkkkkkkkkkkkkk
    Pra vc que trabalhou de graça, que era caixa dois de Bolsonaro, que era contra o sistema e a corrupção, meus mais sinceros pêsames.
    Ah, sabe quem tbm vai entrar no trem da alegria? Zé Agripino!

  2. Faltou acrescentar que ele é investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e caixa dois. Só isso para que o noticiário fosse completo.

    1. ué , mas a esquerda não queria um condenado pra presidente ? Por enquanto o Mandetta é só investigado.

    2. Vocês não entendem o raciocínio de quem defende o PT e Lula não? Se o condenado for do PT (incluindo Lula), mesmo com dezenas de provas, condenação em duas instâncias, dezenas de recursos negados: Ele é inocente e/ou perseguido político! Se não for do PT, basta a abertura do processo (ou uma simples denúncia sem provas) que o sujeito já é criminoso…

    3. BG
      Essa cafajestada ptRALHA ainda não acordou que seus bandidos de estimação vão todos para os presídios (de preferencia Federais) a partir de janeiro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *