Economia

Vendas no comércio sobem 1,8% em abril, maior alta para o mês desde 2000

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

As vendas no comércio varejista subiram 1,8% em abril na comparação com o mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (8). É a maior alta para o mês desde 2000, após queda de 1,1% em março.

Com isso, o varejo ficou 0,9% acima do patamar pré-pandemia. O setor acumula crescimento de 4,7% no ano e de 3,6% nos últimos 12 meses, diz o instituto. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).

O resultado positivo atingiu sete das oito atividades analisadas pela pesquisa. A maior alta, de 24,8%, foi a de móveis e eletrodomésticos. Outras variações positivas vieram dos setores de tecidos, vestuário e calçados (13,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,2%), por exemplo.

O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi o único a ter retração frente ao mês anterior, com queda de 1,7%.

“O consumo das famílias se modificou em termos de estrutura no começo da pandemia. O que tem acontecido é que, em alguns setores, o consumo tem se concentrado em momentos específicos do ano. Antigamente, esses momentos eram muito marcados, como a Black Friday e o Natal, agora o cenário mudou”, diz o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Para Santos, essas semanas de promoções vêm perdendo força.

“São fenômenos que acabam acontecendo porque as compras estão mais digitais e permitem que determinados setores possam ter promoções fora desses momentos e provocar uma determinada onda de vendas em períodos distintos de tempos”. (Cristiano Santos, gerente da pesquisa).

O pesquisador diz ainda que houve inversões entre as atividades no mês de abril. “Algumas atividades que estavam indo bem começaram a cair e outras que estavam caindo começaram a crescer. Abril foi um momento em que as grandes lojas de móveis e eletrodomésticos acabaram focando na receita de consumo das famílias”, diz.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o aumento no volume de vendas foi de 3,8%.

Varejo cresce 23,8% na comparação com o ano passado

O volume de vendas no varejo cresceu 23,8% na comparação com abril do ano passado, informou o IBGE. O comércio varejista ampliado registrou 41% de aumento, maior da série no indicador que confronta o resultado do mês com igual mês do ano anterior. O aumento recorde é explicado pela base de comparação baixa.

“Em abril de 2020, foi o maior tombo do índice na série histórica da PMC. Então quando olhamos para essas grandes variações, precisamos lembrar que muitas dessas lojas declararam uma perda muito grande de receita. Por exemplo, se uma loja tinha um faturamento de R$ 100 mil e em abril ela só vendeu 10%, depois, se ela crescer 100%, ela passa de R$ 10 mil para R$ 20 mil. Ou seja, o patamar ainda está muito baixo em relação ao cenário que se tinha antes da pandemia”, disse o pesquisador.

Comércio varejista cresce em 21 unidades da federação

Em março frente ao mês anterior, o comércio varejista cresceu em 21 das 27 unidades da federação. Entre os destaques estão Distrito Federal (19,6%), Rio Grande do Sul (14,9%) e Amapá (10,8%).

Já Mato Grosso (-1,4%), Alagoas (-1,1%) e Sergipe (-0,8%) pressionaram o indicador negativamente.

CNN Brasil

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Economia

Bolsa salta 7% e tem maior alta em uma década após queda histórica

Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O Ibovespa fechou com a maior alta desde 2009 nesta terça-feira (10), recuperando parte das perdas da véspera, quando teve o pior dia em mais de duas décadas, apoiado em correções técnicas e expectativas de ações coordenadas de autoridades globalmente para proteger as economias dos efeitos do surto de coronavírus.

As ações da Petrobras também mostraram melhora, fechando com altas de mais de 8,5% cada após tombo de quase 30% na véspera, mas foram os papéis da Vale que se destacaram com salto de mais de 18%.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 6,99%, a 92.087,26 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro era de R$ 36,38 bilhões.

Reuters

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