Diversos

Mercado Livre anuncia cinco novos centros de distribuição no país

Foto: Divulgação

O Mercado Livre anunciou a expansão de sua rede logística com cinco novos centros de distribuição no país. Serão três novas instalações em São Paulo, duas em Cajamar — uma delas já em operação — e uma em Guarulhos; uma em Minas Gerais, na cidade de Extrema; e outra em Celso Ramos, em Santa Catarina.

— Serão 340 mil metros quadrados de área instalada, isso mais que duplica a capacidade que a gente tinha em superfície plana — afirmou Leandro Bassoi, vice-presidente de Mercado Envios, o braço logístico do grupo argentino. — É um passo importante para a gente conseguir fazer entregas cada vez mais rápidas.

Quatro dos novos centros de distribuição serão do modelo conhecido como fulfillment, quando o estoque dos vendedores é gerenciado pelo Mercado Livre, do armazenamento à entrega do pacote. Em Guarulhos o modelo será de cross-docking, servindo como um entreposto de encomendas enviadas pelos vendedores.

— Por isso escolhemos Guarulhos, pela proximidade com o aeroporto — afirmou Bassoi, lembrando o investimento feito pela companhia para a criação da MELI Air, uma companhia aérea própria com frota de quatro aviões.

O objetivo da companhia é ampliar a capacidade de entrega de produtos em até dois dias. Hoje, disse Bassoi, 80% das vendas via fulfillment são entregues em até 48 horas, sendo que 70% acontecem no dia seguinte da compra. E essa rede de entregas rápidas cobre 1,8 mil cidades no país.

Antes da ampliação a empresa operava dois centros de distribuição em São Paulo, um em Cajamar e outro em Louveira, e um terceiro em Lauro de Freitas, na Bahia, inaugurado neste ano. Das cinco novas instalações anunciadas nesta quinta-feira, uma em Cajamar, com 75 mil metros quadrados, entrou em operação na segunda-feira, dia 9.

O movimento do Mercado Livre foi antecipado no mês passado pela coluna Capital, do GLOBO, que informou que o site estava absorvendo mais 75 mil metros quadrados de galpões em Cajamar (SP).

Os outros quatro começarão a operar em meados de 2021. Segundo Bassoi, o plano da Mercado Envios é encerrar o ano que vem com sete centros de distribuição de fulfillment, 17 centros de cross-docking, somando 610 mil metros quadrados de espaço de armazenagem. Além de 600 carretas e 10 mil vans, gerando 13,5 mil empregos diretos.

A expansão da rede está dentro do orçamento de R$ 4 bilhões em investimentos anunciados pela companhia para o país neste ano. Para 2021, o planejamento ainda não está fechado, mas o volume será maior.

O Globo

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Mercado Livre: Secretaria no Brasil solicita dados sobre anúncio online de negros a R$ 1

A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, vinculada à Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), informou nesta quinta-feira (9) ter solicitado ao site de vendas MercadoLivre informações sobre o autor de uma postagem que anuncia a venda de negros por R$ 1. Segundo Carlos Alberto Silva Júnior, ouvidor nacional, a intenção é encaminhar os dados ao Ministério Público Federal para que seja oferecida denúncia.

Por meio da assessoria de imprensa, o MercadoLivre disse que ainda não recebeu o pedido de informações, mas está à disposição da ouvidoria. O site informou que entregou os dados cadastrais e de acesso do usuário à Polícia Civil do Rio de Janeiro, após notificação oficial, para que o autor seja investigado.

Em nota divulgada à imprensa, a empresa de vendas diz que o conteúdo foi retirado do ar na segunda-feira (6), após denúncia dos usuários do site. O anúncio repercutiu nas redes sociais no domingo (5). A nota do MercadoLivre diz que o site de vendas repudia o conteúdo da postagem e que todos os anúncios publicados têm um botão de denúncia. “Os usuários que infringem as regras do MercadoLivre têm seu cadastro cancelado. Reiteramos que o MercadoLivre está sempre à disposição para colaborar com as autoridades”, declara o texto.

Silva Júnior explica que quem fez a postagem pode ser enquadrado no Artigo 20 da Lei n° 7.716/1989, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Ele destaca que quem compartilhar o material ofensivo em blogs ou redes sociais com intenção de denegrir ou discriminar pode responder pelos mesmos crimes.

Além da penalização de quem cria ou compartilha o conteúdo, Silva Júnior defende a responsabilização dos sites que, na avaliação dele, deveriam ter dispositivos de segurança para barrar material preconceituoso.

“Não é possível que uma plataforma dessa não consiga oferecer nenhum tipo de filtro. É preciso que seja oferecida denúncia para responsabilização da plataforma, o que, por enquanto, não aconteceu”, diz. Segundo ele, a prerrogativa de responsabilizar plataformas que deixam passar conteúdo discriminatório é do Ministério Público. “É uma ofensa à sociedade como um todo. [A legitimidade para denunciar] cabe ao Ministério Público”, destaca Silva Júnior.

No ano passado, um anúncio semelhante, vendendo pessoas negras, foi postado no MercadoLivre. Na ocasião, a Ouvidoria da Igualdade Racial também solicitou os dados do usuário, que foram fornecidos. De acordo com Silva Júnior, o Ministério Público ofereceu denúncia contra o autor da postagem.

UOL e Agência Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *