Diversos

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, projeta crescimento ‘em ritmo de 3%’ no fim deste ano

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça (4) esperar que o país esteja crescendo até 2,7% no quarto trimestre, e em “ritmo de 3%” no fim do ano.

“Se olharmos a previsão do crescimento do quatro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, esperamos um crescimento de 2,7%. Vamos entrar em 2018 com um crescimento, um ritmo, acima de 3%. Portanto, está dentro da previsão”, disse.

Presente à abertura de uma feira de defesa no Rio, Meirelles disse esperar recuperar “nos próximos trimestres” os 30% perdidos em investimentos nos dois últimos anos.

O quadro róseo foi reforçado pelo crescimento da produção automotiva, comemorado por Meirelles, ainda que não reflita a indústria como um todo.

Sobre o contingenciamento de R$ 41 bilhões anunciados na semana passada, Meirelles disse ser possível abater algo disso com o uso de precatórios depositados pela União em bancos e não retirados.

“Existe a disponibilidade de precatórios que foram depositados pela União nos bancos e que os beneficiários não retiram. Serão vários bilhões de reais”, disse, complementando ao citar a expectativa de arrecadar R$ 8 bilhões com leilões do pré-sal ainda neste ano.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Uma bola que despenca de um prédio de vinte andares quica para cima
    quando bate no chão. Normal depois de anos de irresponsabilidade petista.

    1. Cuidado pra não morrer de um infarto com essas medidas, que mesmo a seu contragosto, a economia vai se recuperar.

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Diversos

Ministro da Fazenda diz que economia começa a crescer, que PIB se refere ao passado, e é “espelho retrovisor”

Por interinoO presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, e o ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, participam da 46ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CDE Antonio Cruz/ Agência Brasil

O Brasil voltou à normalidade e a economia já começou a crescer, disse hoje o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em Brasília.

Meirelles apresentou indicadores que mostram a retomada, como o aumento do fluxo de veículos leves nas estradas, produção de papelão ondulado usado em embalagens, as vendas de supermercados, importação de bens e a confiança do consumidor. “Isso mostra uma retomada da atividade e os dados vão vir”, disse aos conselheiros.

Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu 3,6% em 2016.

Pelo retrovisor

“O PIB que foi divulgado hoje se refere ao ano passado. É o espelho retrovisor”, afirmou o ministro.

Para este ano, a expectativa do mercado financeiro é que o PIB cresça 0,49%. “Quando o PIB cai muito em um ano e começa a crescer no período seguinte, de uma base muito baixa comparada com a média do ano anterior, o crescimento fica pequeno”, disse.

Henrique Meirelles afirmou acreditar que, no último trimestre deste ano,- comparado ao mesmo período de 2016, o crescimento poderá chegar a 2,4%.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

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Diversos

Ministro da Fazenda diz que economia saiu da UTI, mas ainda está em recuperação; impostos não terão aumento

1055170-1-22112016-vac_1505Henrique Meirelles: reforma da Previdência vai ajudar na recuperação da economia Arquivo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comparou hoje (5) a economia brasileira a um paciente que deixou a Unidade de Tratamento Intensivo – UTI. “[Um paciente que] não está correndo ainda, está num processo de estabilização e retomada”, disse o ministro, durante o 12º Congresso Brasileiro da Construção, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

Segundo Meirelles, um dos “remédios” que ajudarão na recuperação da economia é a reforma da Previdência, cuja proposta deve ser apresentada hoje pelo presidente Michel Temer.

“A expectativa é que [a proposta] seja bem recebida no Congresso. Ela será debatida pela sociedade, como deve [ser] em qualquer país do mundo. Mas ela tem uma meta central. Melhor do que tentar antecipar ou manter uma idade de aposentadoria relativamente jovem, aos 55, 56 ou até 60 anos, é dizer que, mais relevante, crucial, todos tenham certeza de que vão receber a aposentadoria”, disse.

O ministro da Fazenda destacou que as atuais regras de aposentadoria foram feitas há muitas décadas, quando a expectativa de vida era inferior. Hoje à tarde, o presidente Temer e o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, reúnem-se com representantes das seis principais centrais sindicais do país, em Brasília.

Impostos não terão aumento

Meirelles disse, durante o congresso, que ouviu as sugestões apresentadas pelos representantes de empresários, mas que não pretende promover desonerações aos setores e garantiu também que não vai aumentar impostos.

“O governo deve cortar gastos correntes para não só não ter um crescimento da dívida publica, que não pressione os juros e crie incerteza, mas que também não foque suas ações em cortes de curto prazo, o que significa corte de investimento público. É importante que se preserve a capacidade de investir”, declarou.

O ministro lembrou que a crise econômica começou no fim de 2014 e ainda persiste. “A longa duração é porque o combate eficaz só começou em maio de 2016. São dois anos completos de crise e isso afeta o endividamento das companhias, dificultando a retomada do crédito. O mesmo acontece com as famílias”, afirmou.

Como medidas a serem tomadas, o ministro defendeu a redução do tamanho do estado e maior participação do capital privado. E, ainda, os reflexos positivos com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do limite dos gastos públicos. Segundo Meirelles, se a PEC tivesse sido aprovada em 2006, a despesa primária do governo seria 10%, em vez dos atuais 19,5%. “Seria outro país”, disse.

PPE continua

Durante o evento, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que o governo dará continuidade ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) visando garantir 200 mil empregos.

“O PPE passará a ser política pública de proteção ao emprego de estado”, disse. Outra medida do ministério relaciona-se a estudos buscando desburocratizar e facilitar o acesso aos recursos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aumentando, assim, os recursos para a habitação.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Pode ter saído a economia dos ricos!! Porque a da população em geral já tá recebendo a extrema unção.

    Só a imprensa golpista que acredita nessas matérias…

  2. Reforma da Previdencia proposta por essa quadrilha: aposentadoria aos 75 anos (espectativa de vida é de 75,5 anos no Brasil!); valor da aposentadoria desvinculado e abaixo do salário minimo (que vai ficar ainda mais minimo com esse cara!) e judiciario, militares e alto escalão do poder público fora de qualquer mudança. E também não haverá aumento de impostos…para os ricos que já quase não pagam e ainda sonegam!

    1. A proposta traz idade mínima de 65 anos. E não 75. Quando for informar, certifique-se de que não está propagando uma mentira, isso é um desserviço.
      Entretanto, eu concordo que em nosso país os ricos pagam poucos impostos, a sociedade deveria estar unida em favor de mudanças a esse respeito.

    2. Acorda Brasil a proposta prevê idade de 65 anos, mas abre brecha para permitir aposentadorias acima disso. O "MINIMA" já diz isso! É necessário procurar informação de quem entende do assunto também, pq um projeto de lei tem muito mais escrito nas "entre linhas".

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Economia

Ministro da Fazenda cogita aumentar o Imposto de Renda: ‘pode ser um caminho’

mi_3013020200349567O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira, 8, que está sendo feita uma discussão, inclusive junto ao Congresso, para encontrar as formas mais adequadas para viabilizar “uma ponte fiscal sustentável”. Levy disse que, em relação à maioria dos países da OCDE, o Brasil tem menos Imposto de Renda sobre a pessoa física. “É uma coisa a se pensar.”

Perguntado pelo Broadcast se seria o caso de elevar o IR no Brasil, Levy afirmou que “pode ser um caminho”. “Esta é a discussão que a gente está tendo agora, e que eu acho que tem que amadurecer mais rapidamente no Congresso.”

A busca de soluções para aumentar a receita do governo, que na semana passada encaminhou ao Congresso proposta orçamentária com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões, pautou a reunião de cooordenação política liderada pela presidente Dilma Rousseff na manhã desta terça. Há consenso no governo sobre a necessidade da elevação da carga tributária para tentar reduzir o rombo no Orçamento da União.

Após ver frusturada sua intenção de ressucitar a CPMF para aumentara receita, a área econômica do governo já admite como possibilidade recorrer à elevação das alíquotas de tributos que não precisam de aprovação do Congresso. Estão nessa lista a Cide, incidente sobre combustíveis; o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); e o sobre Operações Financeiras (IOF).

Esses tributos dependem apenas da “caneta” do Executivo e são usados como instrumento regulatório de política econômica para enfrentar determinadas situações conjunturais da economia. Nenhum aumento precisaria de aprovação de deputados e senadores – basta um decreto presidencial para a entrada em vigor.

A intenção, no entanto, já provocou reação entre parlamentares de oposição. Para lideranças oposicionistas, um decreto presidencial, se for levado adiante, demonstra o autoritarismo de um governo que está perdido. O líder da oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), disse que, se isso ocorrer, vai apresentar um projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos da elevação de impostos.

Relator. Em evento na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o relator do Orçamento de 2016, Ricardo Barros (PP-PR), também disse nesta terça que não vê muita saída para se equacionar o déficit que não passe pelo aumento da carga tributária ou pela perda do grau de investimento do rating brasileiro. “É isso o que tem de se pensar, as duas coisas não são desejáveis. Eu acho que posso fazer cortes no Orçamento, mas não no nível que viabilize o superávit primário de 0,7% do PIB para 2016, que o mercado está solicitando. São necessárias outras medidas estruturais”, disse.

“A Cide é uma boa fonte de tributação e não precisa passar pelo Congresso”, comentou o relator, dizendo que isso não significava que defenda a medida. “A prerrogativa de encontrar fontes para o aumento de arrecadação é do Executivo, eu só trato de cortes”, reiterou. Barros disse ainda que um caminho é uma reforma da Previdência.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PSDB-RJ) disse que, para resolver o atual problema do déficit, o governo terá que optar em aumentar a dívida bruta, cortar gastos ou aumentar receitas. “E aumentar receitas pode se dar ou pela melhoria da economia ou pelo aumento de alíquotas ou criação de tributos. E como o aumento de alíquotas ou criação de tributos é uma situação que nem a sociedade nem o empresariado estão a fim, acho que ela vai ter que partir para o remédio amargo que é cortar gastos”, explicou.

“É uma coisa normal, não vi nada de incoerente na fala (de Dilma).” O presidente da Câmara minimizou o fato de Dilma ter reconhecido erros do governo e disse que essa cobrança de um mea culpa é de natureza política, por conta do processo eleitoral que foi bastante acirrado e por conta de promessas de campanha que não foram cumpridas. “Eu me atenho a situação real”, disse. “Agora se o objetivo é cortar o déficit ela vai ter que propor soluções. Não será o Congresso que vai dar a solução do déficit do Orçamento, é ela que vai propor”, reforçou.

Sobre aumentar impostos por decreto, Cunha disse que “o governo já fez isso em 2015, aumentou PIS e Cofins sobre receita financeira por decreto, já vem fazendo essa prática, que também não é saudável”, avaliou. Para Cunha, um eventual aumento na Cide, por exemplo, certamente terá um impacto na inflação. “Se o governo está tentando controlar a inflação, que já está alta, não sei se não pode ser um tiro no pé (o aumento da Cide), por conta do aumento inflacionário. Eu não faria isso”, afirmou.

Isto É

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Política

Ministro da Fazenda Joaquim Levy tem que ser ‘tratado como Cristo’, afirma Michel Temer

0Foto: Ilustrativa

Se para a presidente Dilma Rousseff o ministro Joaquim Levy não pode ser visto como um Judas, por liderar as medidas impopulares de ajuste fiscal, para o vice-presidente Michel Temer, o titular da Fazenda “tem que ser tratado como Cristo”.

“[Jesus] sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária, na medida em que deixou um exemplo magnífico, extraordinário para todo o mundo”, afirmou Temer nesta segunda-feira (8).

Em entrevista publicada no jornal “O Estado de São Paulo”, a presidente afirmou ser injustas as críticas ao ministro da Fazenda, alvo dos próprios petistas.

Nesta semana, o partido fará um Congresso Nacional, onde é esperada nova onda de críticas a Levy. O vice-presidente, no entanto, preferiu apontar qualidades do nome escolhido por Dilma para a função.

“O ajuste fiscal que o Levy está levando adiante vai representar exatamente isso: num primeiro momento, parece uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os melhores resultados. Muito menos Judas e muito mais Cristo”, concluiu o vice.

Até esta quarta-feira (10), Temer vai manter reuniões com líderes do Senado e da Câmara para afinar o apoio ao Palácio do Planalto em votações pendentes no Congresso, como a lei de desonerações e o projeto que aumenta os salários dos servidores do Judiciário federal.

Folha Press

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Diversos

Cobranças dos governadores do NE marca reunião com ministro da Fazenda

O clima foi “tenso” durante o café da manhã do ministro da Fazenda Joaquim Levy com os governadores nordestinos nesta sexta-feira(8), na capital potiguar. Na ocasião, os chefes do Executivo cobraram uma maior ajuda do Governo Federal, e ainda fizeram um desabafo para o ministro sobre a falta de apoio.

Joaquim Levy permanecerá apenas 10 horas no Rio Grande do Norte. Após desembarcar na madrugada desta sexta-feira(8), o ministro da Fazenda embarca no fim desta manhã rumo a Londres.

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Economia

SEGURA: Ministro da Fazenda diz que inflação pode subir com ajustes na economia

levyLevy em foto publicada na página do Portal Brasil no Facebook – Reprodução da internet

Por interino

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comentou em bate-papo com internautas nesta sexta-feira o resultado do IPCA, que fechou 2014 em 6,41%, pouco abaixo do teto da meta de inflação, que é de 6,5% ao ano. O ministro ressaltou que o número ficou dentro do intervalo prometido pelo governo. Ele admitiu que os preços devem subir em 2015 devido a algumas “arrumações” que o governo precisa fazer para a economia voltar a crescer, mas ressaltou que o Banco Central continuará trabalhando para baixar a inflação e fazer com que ela vá para o centro da meta, de 4,5%, em 2016.

— O mais importante é que o Banco Central, que é o guardião do valor do teu dinheiro, está atento e vai continuar cuidando para que a inflação esteja no caminho de não só ficar abaixo do teto até o final de 2015, mas também para ela voltar para o objetivo de não passar de 4,5% em 2016 — disse o ministro à internauta Letícia Stéfane.

Levy também alertou para o fato de que a inflação de janeiro será mais alta devido a uma sazonalidade, como reajustes nas mensalidades escolares, de tarifas de transporte e IPTU, e também aos ajustes que o governo precisa fazer na economia:

— Em janeiro, realmente a inflação deve ser um pouco mais alta do que em alguns meses do ano passado. Em parte, é porque, janeiro e fevereiro são meses em que, todo ano, tem mais reajustes, como de escola, IPTU, ônibus, etc. Além disso, para a economia voltar a crescer, temos que fazer algumas arrumações e isso pode mexer em alguns preços. Os economistas chamam isso de mudança nos preços relativos e ela é importante para acomodar a economia em um novo caminho de crescimento.

O ministro Levy recebeu pouco mais de 400 perguntas de internautas em seu primeiro bate-papo virtual pelo Facebook. Ele optou por responder a oito delas. A conversa durou cerca de uma hora e vinte minutos.

CONTAS ARRUMADAS

O ministro disse que para que o Brasil seja mais competitivo daqui a quatro anos, as medidas começam com a arrumação das contas do governo. Além disso, escreveu, o governo tem que estimular a concorrência. As afirmações foram feitas em resposta ao internauta Alessandro Araújo, que disse ter 17 anos.

— O que esperar para daqui 4 anos, quando você talvez esteja completando a faculdade? Um Brasil mais competitivo, que vai conseguir ter uma presença maior no mundo, com empregos melhores. E como alcançar isso? Tem vários ingredientes. Começando com as contas do governo estarem arrumadas. Além disso, a gente tem que estimular a concorrência. A concorrência é importante porque quanto mais firmas estão disputando um mercado, você tem mais opções na hora de comprar e as firmas tem que ser mais eficientes, mais capazes. Aí, você vai poder comprar mais barato. Daí que toda a economia fica mais eficiente, mais competitiva e dá para, inclusive, conquistar mercados lá fora. Esse Brasil batalhador é o que a gente pode esperar para crescer e ter mais emprego de qualidade — escreveu na primeira resposta do bate-papo no Portal Brasil.

O ministro escreveu ainda que o Brasil vai passar por um período em que “tem que acertar algumas coisas, para retomar o crescimento e mesmo o aumento do emprego”.

AJUDA DA POPULAÇÃO

Sobre o papel da população no ajuste fiscal, Levy escreveu que cada cidadão pode contribuir para o país trabalhando, fazendo tudo com o máximo de qualidade e, com isso, melhorando a produtividade. Segundo o ministro, se as despesas do governo crescerem e o governo se endividar, ou aumentar imposto, será “difícil a economia melhorar”. Essa foi uma resposta ao internauta Reinaldo Demetrio Silva, que perguntou o que o cidadão comum pode fazer para ajudar nesse momento de ajuste.

— Cada cidadão ajuda o país trabalhando, fazendo tudo com o máximo de qualidade. Quando a gente atende ao cliente bem, estamos valorizando o nosso trabalho e melhorando a economia. Quando fazemos algo bem, melhoramos aquilo que os economistas chamam de produtividade. É como diz o ditado: “Só o trabalho pode criar riqueza”. Além disso, é muito importante que a gente fortaleça a convicção de que o governo não pode gastar mais do que arrecada. Que, se as despesas crescerem e a gente se endividar, ou ficar aumentando imposto, vai ser mais difícil a economia melhorar. Se você conversar isso com seu colega de trabalho, em alguma hora, também com seus amigos, isso vai ajudar a gente a fazer as mudanças juntos — escreveu Levy.

ALTA DE IMPOSTOS

Questionado sobre uma possível alta nos impostos, o ministro disse que, se houver alguma mudança, ela será realizada depois de o governo “esgotar outras possibilidades”. Segundo Levy, o governo, provavelmente, terá de pensar em rebalancear alguns impostos.

— A gente provavelmente terá que pensar em rebalancear alguns impostos, até porque alguns foram reduzidos há algum tempo. E essa receita está fazendo falta. Mas, se houver alguma mudança, vai ser com cuidado e depois de a gente esgotar outras possibilidades. Estamos no caminho certo, e dessa vez a gente está tentando acertar as coisas bem antes de estar numa crise. Como diz um amigo meu, estamos podendo consertar o telhado em dia de sol — escreveu o ministro.

EMPRÉSTIMOS

O ministro afirmou que o governo tem tomado várias medidas para gastar menos e reequilibrar a economia. Questionado pelo internauta Igor Calado, que citou a mudança nas regras de acesso a benefícios previdenciários, perguntou qual a meta de economia para este ano e onde devem ser realizados outros cortes de gastos, Levy disse que “evitar algumas distorções, que acabam fazendo você pagar por despesas com alguém, por exemplo, que começa a receber pensão de viúvo ou viúva aos 25 anos de idade, e vai continuar recebendo esse dinheiro do governo, talvez por mais de 50 anos, é muito importante”.

— Não faz sentido esse desperdício com o dinheiro do povo. Além disso, o governo diminuiu o volume de empréstimos com juros baratos para algumas empresas. Empréstimo barato também é pago pelo contribuinte e tem que ser dado só em situações muito especiais — escreveu.

O ministro lembrou que, ontem, o governo publicou decreto com um corte adicional nos gastos do governo. Segundo ele, as despesas consideradas de “custeio”, para pagar principalmente a máquina do governo, serão cortadas.

— Usando tuas palavras, o corte nessas despesas, que foi de 1/3, é essencial nesse momento. O objetivo é limitar esse tipo de despesa para, com essa economia, ter dinheiro para pagar a Previdência Social e os benefícios certos, que o governo tem obrigação de pagar, e sempre em dia — explicou.

BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

O ministro garantiu que, com a mudança nas regras de de acesso a benefícios previdenciários, o direito de pessoas que já se aposentaram não será atingido. Em resposta ao internauta Pedro Mendes, que disse que o seu pai se aposentou no ano retrasado por invalidez, Levy afirmou:

— Pedro, é muito especial ter um pai que trabalhou a vida inteira. O meu pai também era assim, continuou atendendo no SUS até bem depois dos 70 anos, e tenho orgulho dele. E é muito justo e importante que as pessoas tenham esse seguro da aposentadoria de invalidez, se alguma doença acontece. Esse direito não vai ser mexido. O valor da aposentadoria continuará sendo corrigido pela inflação, de maneira que ela vai ficar protegida por todo o tempo que teu pai a receber. As medidas de contenção acontecerão em outras áreas, exatamente para que o trabalhador e a sua família tenham tranquilidade.

CÂMBIO

Um dos internautas perguntou ao ministro se as viagens internacionais ficarão mais caras por causa do câmbio, mas Levy desconversou:

— Estamos em período de férias, né? Pelo menos para alguns… Bom, o preço de viagens internacionais depende do câmbio. O valor das moedas estrangeiras, o câmbio, tem flutuado bastante. O dólar está mais forte em relação à maioria das moedas, inclusive o euro e moedas da Ásia. Então, o preço da viagem, inclusive em reais, depende para onde você vai. Boa viagem.

CHICAGO BOY

No bate-papo, o ministro foi perguntado por um internauta se se considera um “Chicago boy”, expressão usada para classificar economistas que estudaram na famosa Universidade de Chicago, que tem perfil liberal. Levy é PHD em Economia pela instituição.

O ministro disse que a pergunta era divertida e aproveitou para defender a linha de pensamento da universidade. Ele afirmou que todo governo tem que se preocupar com o fato de que qualquer benefício dado a um grupo determinado tem um custo que precisa ser dividido pela sociedade:

— Deixa eu dizer que, nem o pensamento dessa escola é tão único assim, nem tem algo de especial em algumas medidas darem mais certo ou não. E muita coisa mudou desde aquela época. Mas essa Universidade tinha um professor que dizia uma frase que ficou muito conhecida, e que a gente sabe que tem seu grão de verdade: “Ninguém come realmente de graça”. A gente sabe que quando alguém passeia ou faz alguma coisa sem pagar, outra pessoa está pagando. Então, essa frase é importante para quem está no governo. Tudo que o governo “dá” é pago pelo contribuinte. Então, a gente tem que ter muito cuidado em como usa o dinheiro, para garantir que as pessoas certas, às quais a lei dá o direito, serem as que receberão os benefícios que precisam. Enfim, boas ideias em economia vêm de vários lugares, e a gente tem que estar sempre atento para analisar e adotar as melhores

No perfil do Portal Brasil pelo Facebook, o ministro colocou um vídeo no qual se apresenta como Joaquim, explica qual a função do comandante da Fazenda e diz que está preparado para responder a perguntas da população.

— O ministro da Fazenda é aquela pessoa no governo que tem a responsabilidade de levantar dinheiro para a gente poder pagar tudo aquilo que o governo faz. A gente também escolhe como vai gastar o dinheiro para ter os melhores resultados (…) E o que a gente tem que fazer para o Brasil voltar a crescer e entrar na rota de geração de emprego cada vez mais forte — diz Levy no vídeo de apresentação.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. A hipocrisia se tornou tão ridícula que o Globo, desta vez, não conseguiu abafar.
    Ilimar Franco produziu hoje um milagre, um evento raríssimo, que só aparece, qual o cometa Halley, de 75 em 75 anos.
    Uma crítica à hipocrisia do PSDB, no Globo!
    Enquanto os “delatores” citavam graúdos da base aliada, mereciam credibilidade total por parte de políticos e colunistas tucanos.
    Agora que o nome de Anastasio, ex-governador de Minas, homem de confiança de Aécio, também foi citado, como recebendo o seu milhãozinho, os tucanos mudam completamente de atitude e passam a desmerecer as delações e apontar problemas na Lava Jato.
    Pegou mal.
    Abaixo, trechos da coluna de Ilimar:
    “A oposição está deitando e rolando, desde a eleição, com o escândalo Petrobras. Políticos de PMDB e PT são citados em delações premiadas. Os tucanos batem sem dó, como se todos os citados fossem culpados”.
    “Agora que Antonio Anastasia entrou na roda-viva, os tucanos reagem com indignação”.

  2. Infelizmente, Pedro Paulo, você pode estar certo. Em tempos de partido bolivariano-chavista no Poder quem não tiver aporte de capital público disfarçado de publicidade oficial, e cuja retribuição é apagar malfeitos, desvios ou crimes, vai ter dificuldade.
    Mas será a mesma dificuldade que a Venezuela, único sulamericano a integrar a OPEP e mesmo assim está quebrada, e a famosa Cuba, que não produz nada a não ser prisão de opositores ( ahh se isso pudesse ser feito aqui…) e se sustenta por meio do BNDES, enfrentam hoje?
    O jornalismo bom é aquele que fala bem da Organização Criminosa, os demais são espiões do capital estrangeiro sob comando dos EUA, com a clara intenção de dominar o país e aniquilar os pobres, tomando em primeiro lugar nosso petróleo, não é?
    Vocês petralhas ora precisam de uma cela, ora de um divã…

  3. E agora José? Por quem os sinos dobram?
    No Rio, o jornal O Globo, dos irmãos Marinho, demite 100 profissionais; em São Paulo, a Abril, da família Civita, fecha revistas e entrega metade dos andares que ocupa; em Minas, o Estado de Minas, onde o diretor Zeca Teixeira da Costa fez campanha explícita por Aécio Neves, corta cabeças e coloca a própria sede à venda; meios de comunicação tanto fizeram para contaminar as expectativas empresariais, com o discurso de que o Brasil rumava para o abismo, que foram os primeiros a cortar na carne; venderam o fim do Brasil e estão morrendo antes dele.
    Até o fim do mundo anunciado, ainda vai chover demissões de colunistas e fechamentos de jornalecos que se transformaram em panfletos partidários político eleitoral jogando toda uma história de jornalismo no lixo.

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