Diversos

Ucrânia não descarta ataque com míssil a avião que caiu em Teerã

FOTO: WANA NEWS AGENCY

O governo ucraniano não descarta a hipótese de o avião civil, que transportava 176 pessoas e que caiu nessa quarta-feira (8) na capital iraniana, ter sido atingido por um míssil russo.

O secretário de Segurança de Kiev disse que está analisando vários cenários, como um ataque terrorista, a explosão do motor ou a possibilidade de o boeing ter sido alvo de um míssil antiaéreo.

Os investigadores ucranianos pretendem fazer buscas no local da queda do aparelho, à procura de destroços de um míssil.

O secretário de Segurança da Ucrânia, Oleksi Danylov, informou que participam do inquérito peritos que estiveram envolvidos na investigação da queda do voo MH17, da companhia aérea da Malásia, avião que foi abatido em 2014 por um míssil terra-ar disparado por separatistas russos em território ucraniano. O desastre provocou a morte a 298 pessoas.

Na análise do jornalista José Milhazes, especialista da Antena 1 para assuntos do Leste Europeu, a resposta estará nas caixas-pretas.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou dia de luto nacional, em homenagem às 176 pessoas mortas. Ele prometeu apurar toda a verdade sobre a tragédia.

Canadá

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse que os canadenses merecem uma resposta sobre as causas do acidente aéreo em Teerã, capital iraniana. Morreram na queda do avião 63 canadenses.

Luto nacional

O governo ucraniano decretou hoje luto nacional pelas vítimas do acidente aéreo perto de Teerã, a maior catástrofe desse tipo na história recente do país.

“A fim de honrar a memória dos mortos, o presidente decretou que as bandeiras sejam baixadas a meio-mastro nos órgãos estatais, regionais, empresariais, estaduais e governamentais”, diz comunicado.

Zelensky prometeu uma investigação completa e independente das causas do acidente. “É uma prioridade para a Ucrânia estabelecer as causas”, acrescentou.

RTP – Emissora pública de televisão de Portugal

 

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Economia

Trump não descarta retaliação ao ataque contra petroleira saudita

Foto: Saul Loeb / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não descartou no domingo (15) retaliar o ataque com drones contra duas instalações da principal companhia petroleira saudita, a Aramco. Para a Rússia, discutir retaliação é “inaceitável e contraproducente”.

Os bombardeios provocaram a redução à metade da produção do maior exportador mundial e fez com que o preço do petróleo disparasse nesta segunda-feira (16).

Os rebeldes iemenitas houthis, que são apoiados pelo Irã no conflito que acontece no Iêmen, disseram ter enviado no sábado (14) dez drones para atacar as instalações, o que provocou incêndios de grandes proporções.

“O fornecimento de petróleo da Arábia Saudita foi atacado. Há motivos para acreditar que conhecemos o culpado”, disse Trump no Twitter. Ele acrescentou que os Estados Unidos estão prontos para atacar, “dependendo da verificação”, pois esperam conhecer a versão saudita para determinar como proceder.

Ataque com drones contra instalações da petroleira saudita Aramco — Foto: Juliane Monteiro/ G1

Embora o chefe de estado americano não tenha acusado diretamente o Irã, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, já o tinha feito anteriormente. Segundo Pompeo, não havia “evidências de que os ataques tenham partido do Iêmen.

O Irã negou acusações e acusou os Estados Unidos de buscarem um pretexto para retaliar o país.

“Tais acusações e comentários infrutíferos e cegos são incompreensíveis e sem sentido. Tais comentários parecem mais conspirações de organizações secretas e de inteligência para prejudicar a reputação de um país e criar um quadro para ações futuras”, afirmou o porta-voz do Ministério do Exterior iraniano, Abbas Mousavi, em comunicado.

Repercussão internacional

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que é inaceitável discutir uma possível retaliação aos ataques e que usar o incidente para aumentar as tensões no Irã é contraproducente.

“Acreditamos que é contraproducente usar o que aconteceu para aumentar as tensões em torno do Irã, de acordo com a conhecida política dos Estados Unidos. Propostas de ações retaliatórias difíceis, que parecem ter sido discutidas em Washington, são ainda mais inaceitáveis”, afirmou o ministério em comunicado.

O porta-voz do premiê Boris Johnson afirmou que os ataques foram uma violação do direito internacional. O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, condenou o ataque, mas ressaltou que ainda não está claro de onde partiram os ataques.

Ataques

No sábado (14), ataques de drones provocaram incêndios na unidade saudita de Abqaiq, a maior do mundo dedicada ao processamento de petróleo, e na instalação de Khurais, provocando a redução da produção da petroleira em cerca de 5,7 milhões de barris, o que representa mais de 5 % do suprimento global de petróleo. Não houve relatos de feridos, mas a fumaça foi vista do espaço.

Piora nas relações Irã/EUA

A relação entre os Estados Unidos e o Irã se deteriorou em maio, após o presidente Donald Trump ter retirado os EUA do acordo nuclear assinado em 2015 pelos dois países, com participação ainda da Rússia, da China, do Reino Unido, da França e da Alemanha. Desde então, os americanos adotaram sanções que estão prejudicando a economia iraniana.

G1

 

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Polícia

Ronnie Lessa matou Marielle por repulsa às causas dela, diz MP, que não descarta crime por encomenda

Promotoras do MP em entrevista coletiva — Foto: Matheus Rodrigues/G1 Rio

O Ministério Público disse na tarde desta terça-feira (12) que a vereadora Marielle Franco foi morta por causa de uma “repulsa” do atirador Ronnie Lessa a sua atuação política em defesa de causas voltadas para as minorias. O PM reformado Ronnie foi apontado pela força-tarefa como o atirador.

Segundo as promotoras, porém, as investigações permanecem sob sigilo para identificar o mando do crime.

“O crime contra a Marielle Franco, segundo as investigações, todos os autos de investigação nos autorizam a hoje a afirmar e a colocar e a imputar aos dois denunciados foi a motivação torpe, decorrente de uma abjeta, de uma repulsa, de uma reação de Ronnie Lessa a uma atuação política de Marielle na defesa de suas causas. Nas causas de Marielle, nas causas voltadas para as minorias. Para as mulheres negras, LGBT, entre outras causas para a minorias. Isso ficou comprovado, ficou suficientemente indiciado a ponto do MP denunciar por essa motivação. Essa é uma motivação torpe, abjeta”, disse Simone Sibilio , promotora de justiça e coordenadora do Gaeco.

“Essa motivação ela é decorrente da atuação política dela, mas não inviabiliza um possível mando. Ela não inviabiliza que o crime tenha sido praticado por uma paga ou promessa de recompensa. Essas causas juridicamente e faticamente não se repelem”, acrescentou a promotora.

Policiais da Divisão de Homicídios da Polícia Civil e promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam, por volta das 4h30 desta terça-feira (12), o policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos.

A força-tarefa que levou à Operação Lume diz que eles participaram dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Os crimes completam um ano nesta quinta-feira (14).

“O crime contra Anderson e Fernanda Chaves, segundo a investigação, o executor Lessa atirou contra o carro que estavam a vítima. Foram 14 disparos que atingiram o veículo. A denúncia também imputa o crime mediante emboscada porque monitoraram a vítima. Eles aguardaram ela sair da Câmara, tinham informações privilegiadas e ficaram na Rua dos Inválidos até Marielle sair de lá”, acrescentou Sibilio.

Promotora explica como atirador foi identificado

Elisa Fraga, promotora de justiça e coordenadora da Coordenadoria de segurança e inteligência, explicou como o atirador foi identificado.

“Tivemos três frentes de trabalho. Uma desenvolvida na divisão de inteligência, com agentes de campo. Uma outra que trabalhamos com a ação telemática, em conjunto com agentes do Gaeco: analisamos o conteúdo que recebemos dos provedores. A terceira é através da divisão de evidências digitais e tecnologia”.

“Recebemos uma imagem feita na casa das pedras, a imagem foi gerada por uma câmara de infravermelho. Para saber o biotipo do atirador, podemos traçar um perfil dele. Depois conseguimos usar uma atividade de luz e sombra para identificar que não tinha ninguém no banco da frente, onde tinha sombra é um vácuo de imagem”, acrescentou.

“Nessa imagem obtida, havia um braço direito do atirador. Fizemos a análise e com a comparação de outras imagens do Ronnie Lessa, observamos uma compatibilidade do réu com o atirador”, disse ainda Elisa.

Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos contra Marielle, e Élcio Queiroz, suspeito de dirigir o carro — Foto: Reprodução/TV Globo

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Quem mandou matar CELSO DANIEL, crime ocorrido em janeiro de 2002….. Até hoje o Brasil pergunta.

  2. Quando a Mariele foi assassinada os defensores de Bolsonaro dizia que ela tinha sido assassinada pq tinha relação com o tráfico . Taí o começo da verdade, nesse país é assim aqueles que lutam em defesa dos que não têm acesso ao direito são criminalizados e até assassinados quando incomoda a elite.
    Mariele Vive!

    1. Esse Brasil é estranho mesmo, até ex presidente presidiário colocou um fantoche, e de dentro da cadeia ser o presidente do Brasil.

    2. Eita Wellington Bernardo!
      Defender o direito de quem precisa com correção, é muito digno. Mas tem muita gente que usa a necessidade dos pobres em benefício próprio, não acha?
      Não foram "os eleitores" de Bolsonaro que mataram Mariele, foi apenas um. E por ele, os demais não devem ser apontados.
      Eu lhe pergunto: O que Bolsonaro pode ter feito de tão desastroso com apenas dois meses de Governo Completos? Será que ele vem desmantelando todo um sistema de corrupção que havia por trás dos programas "sociais" dos governos PT, enchendo o bolso de muita gente que atua nos "bastidores"? O que VOCÊ acha?
      Só aceito esse "mimimi' de vocês de forma passiva, se daqui três anos e meio, as coisas estiverem mais desmanteladas do que nos 14 anos de governo do PT.
      Passamos os últimos 16 anos, assistindo diariamente, notícias sobre corrupção e negociatas no congresso. Isso é desestimulante! Estou esperando 2020 pra ver se essa frequência cai, e se as notícias ficarão apenas em torno das postagens loucas da família Bolsonaro nas redes sociais. Um tema bem menos indigesto paras as notícias do nosso país. Com certeza

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Economia

“QUE BELEZA”: Presidente da Petrobras não descarta reajuste da gasolina neste ano

15169651Foto: Pedro Ladeira – 28.abr.2015/Folhapress

Em sua primeira entrevista após anunciar uma “dieta” drástica nos investimentos da Petrobras, o presidente da companhia, Aldemir Bendine, 51, não descartou um reajuste no preço da gasolina até o fim do ano. Não enxerga, contudo, necessidade de um aumento agora.

“Não dá para garantir que não haverá”, disse ele à Folha nesta quarta-feira (1º).

O aumento mais recente dos combustíveis foi em novembro de 2014 -3% na gasolina e 5% no diesel nas refinarias.

Desde que assumiu o comando da petroleira, em fevereiro deste ano, Bendine já conseguiu aprovar o balanço da empresa com uma amarga conta de corrução, R$ 6 bilhões, e reviu o plano de negócios da petroleira dentro de parâmetros considerados mais realistas pelo mercado.

Apesar das vitórias, ainda pairam dúvidas sobre a imunidade da diretoria em relação à interferência do Palácio do Planalto contra reajustes nas bombas de combustíveis. Contra elas, afirma: “Não nos sujeitamos nem a um [mercado] nem a outro [governo].”

O executivo prometeu preservar os ativos do pré-sal da lista de projetos à venda e condenou mudanças no regime de partilha neste momento. Sinalizou, contudo, que uma solução intermediária, como a de dar a preferência no lugar de obrigar a Petrobras a ser a operadora única dos campos licitados, pode ser um caminho.

Criticado reservadamente pela antecessora Graça Foster por não ter familiaridade com o setor de óleo e gás, o ex-presidente do Banco do Brasil devolve com uma provocação: “E você acha que o problema da Petrobras é de petróleo?”.

*

Folha – Como a Petrobras saiu de um estado de euforia, com o pré-sal, para um estado de decepção?
Aldemir Bendine – Acho que o grande componente foi a reversão no mercado de petróleo. Tínhamos uma situação de preços de barril acima de US$ 100.

Mas o mercado despenca e, em 2014, o barril caía a menos de US$ 50 diante de excesso de oferta e da baixa demanda. Assim, não há o que segure.

Mas foi também por incompetência. O balanço da Petrobras mostrou isso.
Difícil falar de passado. Não sou engenheiro de obra pronta. Temos um quadro de grande excelência e operamos hoje uma das melhores reservas de petróleo do mundo, o pré-sal. A Petrobras está se reposicionando. Não vamos olhar para o retrovisor.

E como é redimensionar uma empresa cujo barril valia o dobro pouco tempo atrás?
Tem que haver busca frenética por eficiência. Vamos reduzir custos internos. Fazer novos negócios para melhorar fluxo de caixa. Vamos negociar preços com fornecedores. Haverá integração do modelo de gestão das refinarias.

E essa dieta Ravnena (dieta alimentar da presidente Dilma Rousseff) nos custos?
[Risos]. Hoje não temos uma operação unificada de logística. Vamos concentrar. Vamos cortar o efetivo da comunicação, a Folha noticiou, num primeiro momento, em cerca de 50% [hoje há mais de mil funcionários na área]. Vamos terceirizar atividades menos nobres.

Encontrou estrutura muito inchada?
Diria que estava longe do adequado para uma empresa dessa magnitude. Modelo de operação verticalizado e pesado. A Petrobras precisa ficar mais leve, ter mais segurança na tomada de decisão.

Que mágica vocês vão fazer para gerar caixa se só vender ativos não é suficiente?
Voltamos todos os nossos investimentos para a área de exploração de petróleo. Isso vai gerar mais receita. Além de geração de caixa que, de fato, não é suficiente, tem o plano de desinvestimento com venda de ativos que hoje não fazem muito sentido para nós. Vamos atrás de novos negócios, fazer consórcios para a área de refino.

A Petrobras admite ser sócia minoritária de projetos, como no setor de térmicas e de álcool?
Dependendo do segmento, sim. Se eu tiver condição de aprendizado e desenvolvimento de novas tecnologias, posso ser minoritário. Mas, sem nada em troca, nenhum ganho, não temos interesse.

Vai vender quais ativos?
Não vou falar, esquece. Se abrir, deprecio o valor do ativo.

BR Distribuidora foi lançada [pergunta feita após comunicado ao mercado].
Pretendemos fazer neste ano. Vamos fazer os estudos. Temos indicativos de que há interesse.

Vai ser por IPO?
Não há um único modelo de alienação desses ativos. Por que tenho necessariamente de fazer um IPO? Por que não posso, por exemplo, buscar um sócio estratégico? Não sei o que será feito. Mas eu tenho de surpreender o mercado, não posso ir a reboque dele.

Dos ativos já ventilados para venda, não se chega aos R$ 60 bilhões em cinco anos.
Eu diria que o mercado está precificando errado. Nós conhecemos os nossos ativos, nós sabemos. Aquilo ali não é futurologia. Não vamos trabalhar com expectativas que não podem ser atendidas.

E capitalizar a empresa?
Fora de cogitação.

Está falando dos fornecedores envolvidos na Lava Jato?
Tem Lava Jato, mas também fornecedores com dificuldades financeiras. Em relação ao câmbio, trabalhamos com as melhores previsões, mas os cenários podem não se concretizar, por isso vamos atualizar em dezembro. Acho que vamos entrar numa situação de caixa no fim do ano melhor do que agora.

Mas a Petrobras tem um problema sério com dívidas tributárias.
Vamos negociar para diminuir esse passivo com impostos, algumas dívidas a gente nem reconhece.

Fala-se em uma bomba de R$ 40 bilhões nos próximos dois anos. Esse número é realista?
De fato a empresa tem um passivo tributário alto e vamos buscar, pela via negociação, diminuir isso para não trazer impactos ao caixa da companhia.

Como vai resolver o imbróglio da Sete Brasil? Se fosse hoje, teria autorizado a joint venture [para produção de sondas de exploração]?
São cenários totalmente diferentes. O projeto, em si, é inteligente e benéfico para a empresa. Nós poderemos ter impacto se houver atrasos ainda mais consideráveis para destravar isso.

Por que o BNDES desistiu de financiar o projeto?
Não posso falar por eles.

Haverá venda de ativos do pré-sal?
Não está no plano de desinvestimento da empresa nenhum ativo do pré-sal, pois se trata do nosso melhor e mais rentável ativo.

Analistas dizem que está tudo focado na venda de ativo, mas a geração de caixa está ruim. Não é o caso de aumentar a gasolina?
Primeiro que geração de caixa não está ruim, está equilibrada. Caso haja necessidade de correção de preços, por óbvio a empresa vai realizar. Entretanto, há que analisar que muitos analistas têm uma forma simplista em relação a esse cálculo. Além disso, estamos num cenário de baixa demanda de consumo.

O mercado fala em defasagem de 10% em relação aos preços internacionais.
Totalmente equivocado.

A política de preço será discutida na próxima reunião do conselho?
A empresa não se sujeita à volatilidade do mercado internacional, mas exercemos nossa política de preço diariamente.

E ao governo, a Petrobras se sujeita?
De forma alguma.

O sr. veio na pior crise da empresa. Aprovou o balanço, apresentou um plano de negócios considerado realista.
Teve ainda o financiamento no meio do caminho, que conseguimos.

Mas ainda há dúvidas sobre se a Petrobras está, de fato, blindada da interferência da presidente da República.
A empresa tem independência na sua política de preços e assim será. Seria mais fácil, neste momento de expectativa, promover um aumento, mesmo sem base. Mas não vamos nos sujeitar nem a um [mercado] nem a outro [governo].

No entanto, analistas, investidores e o mercado ainda têm muita dúvida dessa blindagem. Por que esses agentes devem acreditar na sua palavra?
Diante do que já foi realizado. O conselho de administração é independente, e a ele eu me reporto. Vamos atuar de acordo com as práticas de mercado. Essa angústia é visível. Entretanto, está muito mais condicionada a ranços do passado do que à real situação neste momento.

Dá para garantir que não haverá aumento da gasolina este ano?
Não. Não dá para garantir.

Em 2014, houve pressão forte da empresa para reajustar os combustíveis. Não há mais eleição, mas a popularidade da presidente está no chão. Como o sr. vai convencer a presidente a aumentar o preço?
Isso tem de ser feito ao conselho, não à presidente da República.

O sr. já disse que cumprirá a lei que o Congresso aprovar. Mas a Petrobras não consegue hoje ser a operadora única do pré-sal por falta de dinheiro.
Esse é um modelo extremamente benéfico para nós. Por óbvio a situação de caixa traz uma realidade de difícil execução caso houvesse um leilão do pré-sal neste momento.

Tenho convicção de que a União tem sensibilidade para não realização de leilão neste momento não só pela situação de caixa mas principalmente pela volatilidade do preço do barril. Não seria positivo neste momento.

Dilma Rousseff é contra uma mudança agora. Mas o ex-presidente Lula sugeriu substituir a obrigatoriedade pela preferência. Com qual deles o sr. fica?
À parte a empresa não se manifestar sobre tema referente ao Estado, pessoalmente creio que é inoportuna a discussão sobre o modelo de concessão. Isso cria ainda mais insegurança. Mas poderia ser uma alternativa que preservaria o interesse do Estado.

O governo discute o futuro das empresas da Lava Jato. O sr. defende que as empresas sejam salvas? Como evitar um novo “petrolão”?
Não me cabe comentar. Pessoalmente, é vital a empresa ter uma cadeia de fornecedores para conceber seu plano de negócios. Estamos revisando nosso cadastro com aplicação de medidas protetivas e de regras rígidas de controle nos contratos atuais e futuros. Decisões serão cruzadas e colegiadas, tudo subirá para o alto escalão. A partir de agora, nenhum contrato ou aditivo será implementado sem as devidas análises e aprovações.

Já sofreu pressão por indicação de cargos?
Nenhuma.

Sua antecessora reclamou para Dilma de que o sr. não entendia nada de petróleo quando foi escolhido.
Desconheço essa informação. Entretanto, você acha que o problema da Petrobras hoje é de petróleo?

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. O imoral é que o Brasil vende gasolina pura para o Paraguai mais BARATO, e lasca os Brasileiros com uma misturada, 27% de etanol.

  2. Vão ter que vender a BR Distribuidora por causa da irresponsabilidade na gestão da Petrobrás.
    Vote 13.

  3. Bravo, bravo, bravo, enquanto a gasolina sobe o preço para os brasileiros, nas EXPORTAÇÕES DO PETRÓLEO AOS PAÍSES DA AMÉRICA LATINA DIMINUEM CADA VEZ MAIS.
    OBRIGADO PT, AFUNDANDO o BRASIL.
    Vamos pagar para os outros se beneficiarem.
    Estamos pagando o preço por não sabermos votar.

  4. Alguém tem que pagar pelo roubo praticado contra a Petrobras pelo PT. E como sempre, vai ser o povo. Mas tudo isso está bem perto de acabar. Pois com a prisão em breve dos lideres petistas: Lula e Dilma o final desse estelionato eleitoral chegará.

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