Denúncia

Enfermeira tentou proteger identidade de médica acusada de negligência

O básico para um paciente é saber o nome do médico que está atendendo. Mas no caso da leitora Eva Sanchez, de 34 anos, não foi bem assim. Ela denunciou ao blog que precisou do atendimento médico no posto de saúde de Barra de Maxaranguape, litoral Norte potiguar, para socorrer o filho que estava com o braço quebrado, mas para surpresa dela e de todos, a médica de plantão identificada apenas pelo nome de Joyce se recusou a atender.

Diante da negligência, ela procurou identificar a médica tanto para procurar a Justiça, quanto o próprio Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern), para denunciar a omissão, a negligência. Mas a enfermeira, que não foi identificada, não informou o nome da médica.

Mesmo assim, Eva conseguiu identificar a médica pelo nome de “Joyce” após muita tentativa de conseguir o atendimento para o filho. A grafia do nome e o sobrenome da médica não foram descobertos, porque a enfermeira se negou a dar qualquer tipo de informação.

“Eu falei pra ela que não adiantava ela esconder, que eu iria descobrir de qualquer jeito. Mesmo assim, ela não deu uma informação. Tem problema não, sei que ela se chama Joyce e que é fácil de descobrir”, contou.

O caso

Eva Sanchez, 34, chegou a unidade de saúde por volta das 18h30 com o filho chorando de dor com o braço quebrado, mas não foi atendida. Não bastando a negativa, ela foi informada por funcionários que precisaria ficar insistindo no pedido por atendimento. Isso mesmo: para ficar implorando para ser atendida.

Mesmo questionando a necessidade do procedimento por se tratar de um serviço de saúde pública e universal, em virtude da dor que seu filho sentia, bateu na porta da plantonista várias vezes solicitando a consulta. Foram mais de cinco pedidos. No último, para tentar sensibilizar a  médica, ela tentou levar o filho até sala da médica, mas a porta não foi aberta.

Sem sucesso, após esperar mais de uma hora por atendimento e não ter conseguido sequer enfaixar o braço quebrado do seu filho, ela se viu obrigada a vir para Natal.

Pela manhã, este blog procurou a secretaria de saúde de Maxaranguape, mas o telefone só fez chamar. Tentou o celular do secretario de saúde do município Wendel, mas estava fora de área.

Justiça

Um juiz já entrou em contato com o blog querendo saber o nome da médica. Ele vai entrar no caso e, se confirmada a denúncia, vai dar o devido andamento judicial.

Defesa

A advogada da médica, Geyse Raulino, entrou em contato com esse blogueiro e negou a história. De acordo com ela, a médica não se recusou a atender, mas explicou que não poderia receber o filho de Eva, porque estava atendendo um outro paciente. Ela ficou de mandar uma nota contando a versão da médica. O blog está no aguardo.

Código de Ética

Um médico negligente, pode ser punido até com a perda do direito do exercício da profissão. A negligência, inclusive, está descrita no Art. 7, do Código de Ética Médica, prevendo casos de urgência e de ausência de outro médico: “O médico deve exercer a profissão com ampla autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais a quem ele não deseje, salvo na ausência de outro médico, em casos de urgência, ou quando sua negativa possa trazer danos irreversíveis ao paciente”.

Opinião dos leitores

  1. conheço uma Joyce que atende no pronto-socorro da Prontoclínica dr. Paulo Gurgel em Capim Macio.

    É ela?

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