Economia

NOVO FÔLEGO: Após cinco anos de crise, setor do óleo e gás volta a contratar no Brasil

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Apesar do clima de decepção com a ausência das grandes petroleiras nos dois últimos leilões do pré-sal, em novembro, o mercado de trabalho no setor de óleo e gás volta a ganhar fôlego no Brasil. Depois de cinco anos encolhendo sem trégua, o porcentual de vagas abertas para cargos de média e alta gerência na área saltou 8,5% nos primeiros dez meses deste ano. Os salários ainda não se recuperam no mesmo ritmo, mas tiveram alta de 2% no ano, segundo levantamento feito pela consultoria de recrutamento internacional Michael Page a pedido do jornal O Estado de S. Paulo e do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Depois de viver um boom de 2010 a 2013, a partir de 2014 o setor foi atingido por uma espécie de tempestade perfeita: preços do barril de petróleo em baixa; denúncias de corrupção na operação Lava Jato; a crise na Petrobras; a derrocada da OGX de Eike Batista; escassez de leilões de concessão de áreas; economia desaquecida e um freio em projetos de exploração de petróleo e gás.

A combinação desses fatores terminou com uma queda brusca de 20% nos salários em 2014, que se seguiu ao longo de 2015 (-10%) e 2016 (-5%).

Responsável na Michael Page pela área de recrutamento em óleo e gás, Otávio Granha afirma que já é possível detectar uma retomada em termos de demanda e salários em posições técnicas ligadas à fase de exploração e desenvolvimento de campos de petróleo.

“Esse crescimento não vai ser acelerado como foi na época do boom, mas vai ser mais sustentável do que foi naquela época”, diz Granha, para quem o crescimento mais acelerado virá em 2021.

A volta dos leilões de blocos promovidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos últimos dois anos aqueceu a demanda por profissionais atuantes no início da cadeia petrolífera. É o caso dos cargos de geofísico e geólogo, cujos salários tiveram uma alta de 64% e 38%, respectivamente, no acumulado de janeiro a outubro de 2019.

Segundo a Michael Page, atualmente um geofísico no Brasil pode ganhar até R$ 27 mil, enquanto o salário de um geólogo tem um piso de R$ 14 mil e um teto de R$ 42 mil. Já um engenheiro de reservatório, outro cargo em curva ascendente, recebe entre R$ 12 mil e R$ 40 mil, um patamar 44% superior ao de 2018.

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Opinião dos leitores

  1. Era só os vermes PTralhas serem presos que a empresa começou a dar lucros …essa história que o petróleo é nosso , esse ratos ladroes levaram a sério…e roubaram oque puderam

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