Saúde

Casais devem usar camisinha para prevenir infecção por zika?

A França e os Estados Unidos disseram ter encontrado casos de transmissão sexual pelo vírus da zika. Isso significa que você deve usar camisinha com o seu parceiro para evitar infecção e a transmissão do vírus?

Na conferência de imprensa realizada nesta quarta-feira (2) na sede da Opas (Organização Pan-americana de Saúde), em Washington (EUA), o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Análise de Saúde da entidade, Marcos Espinal, reafirmou as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da Opas de que as mulheres grávidas devem usar camisinha para evitar infecção pelo zika. “Mas, respeitamos as decisões dos países”, afirmou Espinal, fazendo referência ao Brasil, que não recomenda formalmente esse tipo de prevenção para todos os casais.

O coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Paulo Buss, afirmou que o país não dá essa ênfase ao tema, mas não descartou a recomendação. “Isso (a transmissão sexual) é uma possibilidade, mas o casal é quem decide se vai usar camisinha ou não”, afirmou. Buss disse, no entanto, que se a mulher está grávida e o parceiro claramente tem sinais da doença, “é lógico que eles usem camisinha”.

Segundo ele, ainda não há informações suficientes sobre a transmissão sexual para que o Ministério da Saúde recomende formalmente o uso da camisinha como forma de prevenção à transmissão do vírus. “Com as investigações, talvez vamos ter condições de em alguns meses ter uma resposta mais firme para fazer recomendações à população”, disse, reforçando que a principal arma contra a zika é o controle do mosquito e a proteção individual.

O Brasil não emitiu recomendação para que casais evitem a gravidez, por isso, com a falta de estudos que comprovem a transmissão sexual da zika, também não aconselha o uso obrigatório de camisinha. Mas, o Ministério segue a recomendação de utilizar preservativo em todas as relações sexuais para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.

A recomendação já está valendo nos EUA

Sem dados concretos é complicado estabelecer uma recomendação formal, isso porque, segundo Lyle Petersen, diretor da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), no caso dos países com forte presença do Aedes aegypti e surtos de zika, como acontece no Brasil, é muito difícil saber se a transmissão se deu pelo mosquito ou por via sexual.

No caso dos EUA, o país já recomenda o uso do preservativo. O CDC afirma que se a grávida tiver sexo “vaginal, anal ou oral”, o casal deve usar camisinha da forma correta durante a gravidez. “No nosso caso, não há muita transmissão de doenças via mosquito, porque estamos no inverno. Isso acontece na Europa também. Por isso, aconselhamos que viajantes (que foram para áreas afetadas pela zika) usem camisinha. Mas, ainda não temos dados suficientes, porque simplesmente ainda não existem resultados de pesquisas sobre o tema”, afirmou Petersen.

Fonte: UOL

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Humor

Blowtex faz recall de preservativos. E agora? Leia!

Sabe aquelas notícias que parece piada e quando você toma ciência se pergunta: “E agora?”. Essa é uma delas. A fabricante de preservativos Blowtex decidiu fazer um recall do seu produto da linha “Turbo”, porque ele pode apresentar defeitos de resistência. O blog nem sabe o que comentar depois dessas. A notícia está no G1:

Segue a notícia:

A fabricante de preservativos Fábrica de Artefatos de Látex Blowtex Ltda decidiu retirar de circulação um lote de preservativos depois de identificar nele um possível defeito que afeta a resistência do produto.

De acordo com anúncio da Blowtex, divulgado no site da fabricante, a suspeita se refere ao  lote “16JUN-B” (impresso no verso da embalagem) do preservativo “Turbo”, de distribuição nacional, e o defeito tornaria o produto impróprio para o uso.

Segundo a assessoria de imprensa da Blowtex, o problema foi detectado em dezembro, e 80 mil unidades do “Turbo” estão sendo retiradas do mercado. Segundo a empresa, o produto apresenta uma composição química diferenciada, com agentes estimulantes em sua composição.

A orientação da Blowtex é a de que os consumidores entrem em contato pelos canais de comunicação da companhia para  pedir a troca do produto ou a devolução do valor pago.

“O problema poderá afetar a resistência do produto e torná-lo impróprio para uso. A Blowtex orienta seus consumidores a não utilizarem o preservativo, como medida de precaução”, informou comunicado divulgado no site da empresa.

A Blowtex disponibilizou o telefone 0800 7736968, o site www.blowtex.com.br  , e os endereços das páginas nas redes sociais – facebook.com/BlowtexPreservativos e @twitesao para que os consumidores entrem em contato para solicitar a troca do produto ou a restituições dos valores pagos.

“Esta ação é exclusivamente para o produto e o lote referidos. Todos os demais produtos da Blowtex estão rigorosamente dentro dos padrões de qualidade”, afirmou a fabricante.

A orientação do Procon-SP é a de que o consumidor procure o órgão de defesa caso tenha dificuldade para pedir a troca do produto ou ter seu dinheiro de volta.

Fonte: G1

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