Saúde

COMEMORAÇÕES JUNINAS: Hospital Walfredo Gurgel e CTQ alertam para os perigos das queimaduras

O mês de junho chegou e, com ele, as comemorações de Santo Antônio, São João e São Pedro, comidas típicas, quadrilhas, música e muita animação fazem parte das três festas. Porém, para manter toda essa alegria durante o período, é preciso estar atento a fim de evitar acidentes com dois dos principais atrativos: as fogueiras e os fogos de artifício. Por essa razão, a Associação de Voluntários Pró-Queimados (MPQ), com o apoio do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), realiza neste mês, uma série de atividades para conscientizar a população e tentar diminuir o índice de adultos e, principalmente, crianças que normalmente chegam ao Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HMWG durante os festejos juninos.

As ações que serão desenvolvidas a partir da segunda quinzena deste mês, são embasadas pelo Dia Nacional de Prevenção e Combate à Queimaduras, comemorado anualmente todo 6 de junho.

Abrindo a programação, no próximo dia 15, das 10h às 12h, no Parque das Dunas, acontece uma ação conjunta entre o Corpo de Bombeiros, Liga de Cirurgia Plástica do RN e servidores do CTQ. Os eventos sobre Prevenção de Queimaduras vão ser realizados Na Folha das Artes e no Anfiteatro do Parque das Dunas. Na Folha das Artes, estarão montadas estações mostrando as situações mais comuns envolvendo queimaduras, principalmente no lar e, em especial, na cozinha. Haverá ainda informações de prevenção para o manuseio de fogos de artifício e fogueiras, simulação de queimaduras, com atores maquiados reproduzindo casos reais.

Uma palestra com orientações sobre os primeiros socorros à pessoa queimada, esclarecimentos sobre tratamentos caseiros (e o que é correto fazer na ocorrência de um acidente), além da abertura para os presentes para questionamentos sobre o assunto, será ministrada no Anfiteatro do Parque. Encerrando os trabalhos, haverá a apresentação do Coral Saúde em Canto, composto por servidores e apoiadores do HMWG.

No dia 25, durante o Concerto da Orquestra Sinfônica do RN, no Teatro Riachuelo, haverá uma ação direcionada à campanha de prevenção de queimaduras e conscientização da população.

No dia 29 de junho, a partir das 16h, no anel viário do Campus Universitário, acontecerá a primeira corrida Pró-Queimados, com percurso total de 5km.

A festa anual em benefício das vítimas de queimaduras chega este ano a sua terceira edição. Porém, diferente dos anos anteriores, não acontecerá no mês de junho. A mudança é justificada: a atração principal será a cantora Elba Ramalho. Como as festas juninas já ocuparam toda a agenda de shows da artista paraibana, o xote, o forró, o xaxado e o baião estão programados para setembro próximo. A data certa da apresentação ainda não foi confirmada pela produção de Elba.

Segundo o chefe do CTQ, Marco Almeida, “junho era sempre um mês complicado no tocante as ocorrências envolvendo queimaduras, principalmente em crianças. Mas, nos últimos anos temos notado uma queda no número de ocorrências que chegam ao CTQ. Acreditamos que essa redução tem se dado graças as campanhas que desenvolvemos nos últimos anos”. Almeida conta que a campanha Pró-Queimados surgiu da necessidade de melhorar ainda mais a qualidade da assistência no único centro especializado no atendimento e assistência à pessoa queimada no Rio Grande do Norte. “O CTQ é referência em todo o Estado para casos de queimaduras. E, dentro do que nos propomos, realizamos um trabalho muito bom”. Marco Almeida afirma que todos os recursos adquiridos – desde o início da primeira campanha – tem sido aplicados na melhoria da assistência do CTQ. “Já fizemos reformas e adquirimos diversos novos equipamentos”, finaliza.

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Diversos

FOTOS: Celular pega fogo no bolso da calça e deixa homem com queimaduras na perna e mãos no RJ

Calça de Crespo ficou queimada Foto: Reprodução

O roteirista Carlos Henrique Lopes Crespo, de 49 anos, sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus na perna esquerda e nos dedos das mãos após seu telefone celular ter explodido e pegado fogo no início da tarde do sábado. Crespo estava com o aparelho, um Samsung modelo Galaxy A5 comprado em 2016, no bolso de sua calça jeans. O acidente ocorreu quando o roteirista estava no banco carona de seu carro, passando pelo Elevado do Joá, na Zona Oeste do Rio. A sua mulher dirigia o veículo.

— Escutei um barulho que chamou minha atenção e, quando olhei para a minha perna, vi que estava saindo uma fumaça preta. O celular estava no bolso, eu não estava usando nem carregando o aparelho. De repente, senti minha perna queimar e, no desespero, peguei o celular e acabei queimando as mãos. Joguei o telefone pela janela e, quando tirei a calça, ela estava com brasas, ou seja, estava claramente pegando fogo — relembra Crespo.

O roteirista foi levado por sua mulher para um hospital, onde recebeu atendimento. Ele teve alta médica na madrugada de domingo, mas precisou voltar à emergência no mesmo dia, com febre alta. No dia seguinte, foi ao hospital novamente para retirar as bolhas formadas pelas queimaduras. Agora, o roteirista faz curativos em casa duas vezes por dia.

— Eu e minha mulher estávamos no meio de um elevado, no carro. Poderíamos ter batido e até ferido outras pessoas. Minha mulher ficou sem saber o que fazer. A sensação era como se tivesse uma frigideira na perna. Foi desesperador — relembra.

O banco do carro do roteirista Foto: Reprodução

O aparelho que estava sendo usado pelo roteirista tinha sido emprestado a ele por sua mãe, já que o seu vinha apresentando defeito. Ele estava com o celular há poucos dias e não havia notado nenhum problema em seu funcionamento.

As feridas podem atrapalhar a vida profissional de Crespo. Freelancer, ele está com uma proposta para iniciar um trabalho este mês, mas não sabe se conseguirá fazer o serviço, uma vez que, além das queimaduras, tem sofrido com enjoos e mal-estar.

— Me senti personagem de fake news. A gente ouve essas histórias e acha que é historinha de WhatsApp. Não sei como vou lidar com celular a partir de agora. Estou assustado — afirma.

O roteirista teve queimaduras de segundo e terceiro graus Foto: Reprodução

Após o acidente, o roteirista fez uma postagem em seu Facebook relatando o que havia acontecido com ele. “Não é uma figura de linguagem. Ontem, meu celular explodiu. Ainda sem acreditar no que aconteceu”, escreveu ele no início do texto. O relato acabou chegando à fabricante Samsung, que entrou em contato com o roteirista. Nessa terça-feira, representantes da empresa estiveram na casa de Carlos Henrique.

Procurada pelo EXTRA, a empresa de tecnologia informou que realizará uma análise completa para determinar a causa exata do ocorrido. “Gostaríamos de assegurar aos nossos consumidores que seguimos os mais rigorosos padrões de segurança e controle de qualidade para garantir a melhor experiência com nossos produtos e serviços”, informou a Samsung em nota.

Extra – O Globo

 

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Diversos

Queimaduras: professor da UFRN fala sobre o aumento dos riscos durante festas juninas e período de férias

063237d36e3327092334571bbc2c7Foto: Anastácia Vaz

As festas juninas são sinônimo de quadrilhas, comidas típicas e também de fogueiras, balões e fogos de artifício. O contato mais frequente com fogueiras e o manuseio inadequado de fogos de artificio faz com que o risco de acidentes com queimaduras aumente. Esse risco torna-se ainda maior se considerarmos que estamos também em época de férias, período em que as crianças passam mais tempo em casa e, consequentemente, estão mais suscetíveis a acidentes domésticos que podem causar traumas como as queimaduras.

O professor Rodrigo Assis Neves Dantas, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), trabalhou durante oito anos no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Estado (SAMU 192-RN) e é vice-coordenador de um projeto de extensão que instrui professores e alunos sobre a prevenção de queimaduras e sobre os primeiros socorros que devem ser tomados. Segundo Rodrigo Dantas, as queimaduras podem ser compreendidas como traumas decorrentes de agentes como energia térmica, química ou elétrica, capazes de produzir o aumento excessivo do calor e assim danificar os tecidos corporais acarretando a morte celular. Tais agravos podem ser classificados como queimaduras de 1º ao 4º grau, dependendo da gravidade.

“As queimaduras de 1º grau são aquelas mais simples, ocasionadas, geralmente, pela radiação solar. A de 2º grau atinge a epiderme e a derme da pele e se caracteriza pela formação de uma estrutura que a gente conhece como bolha. Já a queimadura de 3º grau acomete a epiderme, a derme e pode atingir músculos e outros tecidos. A de 4º grau, que é a mais grave de todas, atinge todos os tecidos da pele e pode atingir órgãos, tendões e até sistema neurológico,” explica o professor.

Rodrigo Dantas lembra ainda que as queimaduras não estão totalmente ligadas ao fogo. “Existem as queimaduras térmicas que podem ser pelo calor ou pelo frio, as queimaduras químicas, que são ocasionadas por substâncias como ácidos, e existem também as biológicas, que são ocasionadas, por exemplo, por caravelas e águas-vivas,” ressalta.

Os motivos são inúmeros e as crianças, por exemplo, podem se queimar brincando com fósforos, ao encostar em aparelhos elétricos quentes, no fogo ou fogão ou até mesmo serem queimadas pelo sol. Porém, baseando-se na literatura local e nos dados do atendimento do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Walfredo Gurgel, que é referência de atendimento de trauma do estado, a maior incidência de queimaduras é por conta de acidentes domésticos, de maneira geral com líquidos quentes. “Geralmente as crianças se queimam com líquidos quentes. Elas alcançam as panelas que estão no fogão com água fervendo, por exemplo, e puxam, então o líquido se derrama sobre seu corpo e causa a queimadura. Essa é a maior incidência,” afirma Rodrigo Dantas.

Um período que merece atenção é o das festas juninas. “Obviamente, na época das festas juninas, o risco de queimaduras por fogo aumenta bastante por causa do contato com os fogos de artifício e pela falta de segurança no seu manuseio, já que algumas empresas não indicam uma maneira adequada para utilização. Então é comum o aumento no número de casos, mas isso não significa que seja a maior incidência comparando com outros períodos do ano. A maior incidência continua sendo nos períodos de férias,” enfatiza.

Primeiros socorros

Segundo o professor, a primeira coisa que se deve fazer diante de uma queimadura por fogos de artificio, que é uma queimadura térmica, é conduzir imediatamente esse indivíduo para uma fonte de água corrente e limpa que esteja na temperatura ambiente, como o chuveiro. “Esse é o único tratamento pré-hospitalar que deve ser feito por leigos no atendimento a um paciente queimado. Dependendo da gravidade dessa queimadura o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) precisa ser acionado pelo 192,” afirma.

O professor também fala sobre a aplicação de substâncias em queimaduras. “Há uma crença cultural de algumas pessoas de que se deve passar pasta de dente, urina, pó de café e outras substâncias para tratar queimaduras, mas isso não é aconselhável, como também não é aconselhável estourar as bolhas das queimaduras de 2º grau em ambiente doméstico. As bolhas precisam ser estouradas, mas dentro de um ambiente hospitalar,” esclarece.

Além disso, Rodrigo Dantas lembra que não se deve puxar a roupa do paciente caso ela esteja grudada na pele, pois isso pode aumentar a lesão e, consequentemente, contribuir para a piora do ferimento. “Nos casos de queimadura, há um consenso entre os especialistas de que não se deve desgrudar a roupa do contato da ferida, pois a roupa tende a colar na pele. Então, no ambiente pré-hospitalar, não se deve puxar para não aumentar a lesão e agravar ainda mais o quadro. Esse procedimento deve ser feito com anestesia dentro do ambiente hospitalar,” explica.

Com informações da UFRN

Opinião dos leitores

  1. Deplorável o estado do paciente na foto… Imagem muito forte.
    Viram crianças, não brinquem com fogo.

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Diversos

Hospital Walfredo Gurgel realiza IV semana de Prevenção de Queimaduras

Nesta terça-feira (4), a partir das 10h, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) dará início a IV Semana de Prevenção à  Queimaduras (SPQ). O evento já faz parte do calendário de atividades do hospital e, pelo segundo ano consecutivo, contará com a parceria do Corpo de Bombeiros Militar (CBM). As ações nesse período vão contar, ainda, com a participação dos alunos da UNI/RN, Fatern/RN e UNP.

Os Fogos de artifícios, fogueiras e o uso do álcool são fatores diretamente associados as festas do mês de junho e, anualmente, elevam em 30% o número de atendimentos no Centro de Tratamento de  Queimados (CTQ) do HMWG.

Abrindo a programação da IV SPQ, às 10h30, o Tenente Cristiano Couceiro do CBM, falará sobre “Acidentes Domésticos Comuns que Causam Queimadura – Como Evitar?”. Das 14h às 18h, o mini curso, “Queimaduras – Condutas no Primeiro Atendimento”, será  ministrado pela enfermeira, Leonor Paiva.

Na quarta-feira, das 9h às11h, e das 15h às 17h, alunos da UNP, UNI/RN e Fatern realizarão um trabalho de conscientização, através da distribuição de panfletos e folders e da simulação de queimaduras com maquiagem, com os transeuntes que circularem pela área externa do Shopping Midway Mall. No auditório do HMWG, às 14h, o médico ortopedista, Márcio Dangelo, fará a exposição do tema “Estratégia Cirúrgica de Queimaduras em Mãos”.  Após, às 14h30, a fisioterapeuta do CTQ, Nara Mendes, falará sobre “Cicatriz: Um Obstáculo Para a Fisioterapia?”. Finalizando as atividades do dia, “A Importância da Atividade na Vida Diária Para o Paciente Vítima de Queimadura”, será apresentado pela terapeuta ocupacional do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), Jonara Crys.

Na quinta-feira(6), último dia de exposições, terá início às 9h30, com a nutricionista, Paula Dias, falando sobre “A Terapia Nutricional no Paciente Vítima de Queimadura”. Às 10h, o cirurgião plástico do CTQ, Marcos Vinícius, discorrerá acerca do “Uso da Oxigenoterapia Hiperbárica em Queimaduras”. Logo em seguida, às 10h30, a assistente social do CTQ, Ana Maria Martins, mostrará “A Prática do Serviço Social no CTQ”. Após, “O Benefício da Mobilização Passiva Durante a Balneoterapia”, às 14h, será o tema debatido pela fisioterapeuta, Joana Darc Gomes da Silva. Dando continuidade, “De Que Humanização estamos Falando”, será o assunto apresentado pela técnica de enfermagem do CTQ, Geíza Carla, às 14h30. A última palestra do dia, às 15h,será apresentada pelo técnico de enfermagem do CTQ, Ronaldo Henrique” e tratará da “Atuação do Enfermagem na Balneoterapia”. E, para encerrar a programação da IV Semana, às 16h, o ex-paciente do CTQ, Júlio César, fará uma apresentação musical.

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