Clima

Planeta está se aproximando de “ponto sem volta” climático, alertam centenas de cientistas em estudo

Foto: Bruno Kelly/Amazonia Real/.

O planeta Terra está se aproximando de um ‘ponto sem volta’ climático, alertaram centenas de cientistas em um estudo divulgado nesta quarta-feira, 28. No documento, publicado pela revista BioScience, os especialistas afirmam que os governos fracassaram na tentativa de combater a mudança climática, provocada pela “superexploração da Terra”.

No estudo, os pesquisadores 31 “sinais vitais” do planeta para avaliar as condições atuais, entre eles taxas de desmatamento, emissões de gases do efeito estufa e derretimento de geleiras. Segundo os cientistas, pelo menos 18 desses índices atingiram níveis recordes preocupantes em 2021.

Apesar da redução temporária das emissões de gás devido à pandemia de Covid-19, as concentrações de CO2 e de metano na atmosfera alcançaram níveis recordes em 2021. Geleiras na Antártica e na Groenlândia estão derretendo 31% mais rápido do que há 15 anos, as temperaturas do oceano atingiram os níveis mais altos desde 2019 e o desmatamento da Amazônia brasileira também bateu um recorde em 2020.

Ainda segundo o estudo, a degradação florestal associada a incêndios, secas e extração de madeira está fazendo com que partes da Amazônia brasileira deixem de atuar na absorção do gás carbônico e se tornem fonte do gás. Os pesquisadores afirmam ainda que as populações de animais como vacas e ovelhas atingiram níveis recordes, totalizando mais de quatro bilhões, e já representam uma massa superior a de todos os humanos e mamíferos terrestres selvagens combinados.

Os cientistas fazem parte de uma plataforma de mais de 14.000 especialistas que há dois anos pediram uma declaração mundial de emergência climática. Assim como nessa ocasião, eles notaram um “aumento sem precedentes” em desastres relacionados ao clima, incluindo inundações na América do Sul e sudeste da Ásia, ondas de calor e incêndios florestais recordes na Austrália e nos EUA e ciclones devastadores na África e no sul da Ásia.

Os pesquisadores pedem ações rápidas e radicais em vários setores, como o fim do uso de energia fóssil, a restauração dos ecossistemas, regimes alimentícios vegetarianos e a busca por um novo modelo de crescimento. “Devido a esses desenvolvimentos alarmantes, precisamos de atualizações frequentes e facilmente acessíveis sobre emergência climática”, diz o estudo.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Discurso hipócrita dos países mais desenvolvidos para segurar o BRasil. Porque não investem no reflorestamento das gigantescas áreas que desmataram em seus territórios?! Claro que temos que cuidar da Amazônia, mas estamos muito melhor que quase todos os países desenvolvidos neste tema.

  2. E o culpado somos todos nós principalmente os países ditos do primeiro mundo ,são eles os grandes responsáveis da poluição do ar/terra/mar e consequente destruição da flora e fauna, a conta chegou queira Deus que seja possível pagar e reverter com ações proativas e conservacionista !

    1. Calma gado, de ozônio no toba, vcs 🐄 entendem bastante.

  3. O planeta Terra passa periodicamente por grandes mudanças climáticas, independente da ação do homem. Essa coisa de “aquecimento global” é apenas mais uma narrativa mentirosa a ser combatida.

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Saúde

EUA alertam que vacina da Janssen aumenta risco de desenvolver doença rara

FOTO: KAMIL KRZACZYNSKI / AFP

O FDA, agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, atualizou, nesta segunda-feira (12), seus avisos sobre a vacina contra a covid-19 da Janssen/Johnson&Johnson para incluir uma informação sobre um “aumento do risco” do desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré.

Com base em um sistema de monitoramento federal sobre a segurança das vacinas, a FDA identificou 100 casos do raro distúrbio neurológico após a injeção de 12,5 milhões de doses. Destes, 95 foram graves e obrigaram a hospitalização do paciente. Uma morte foi relatada.

Em comunicado, a empresa informa que a chance de isso ocorrer “é muito baixa”. “Apoiamos fortemente a conscientização sobre os sinais e sintomas de eventos raros para garantir que eles possam ser identificados rapidamente e tratados de forma eficaz”, diz a nota.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a síndrome paralisa os músculos e se manifesta quando o sistema imunológico do paciente ataca o sistema nervoso periférico.

Em maio, a EMA (Autoridade Europeia de Medicamentos) anunciou que iria analisar informações sobre casos de pacientes que desenvolveram a síndrome de Guillain-Barré após serem imunizados com a vacina da AstraZeneca-Oxford contra a Covid-19.

Viva Bem – UOL, com AFP

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Saúde

Consumo de narguilé cresce no Brasil e especialistas alertam para riscos

Foto: TV Fronteira

Uma pesquisa recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatatística) identificou mais de dois milhões e meio de usuários de narguilé no brasil. Os dados são de 2019. E, no Brasil inteiro, cresce o número de estebelecimentos focados nesse público. Só na cidade de São Paulo, em 2020, mesmo com a pandemia, foram abertas mais de 1600 tabacarias. De abril a junho deste ano, sessenta e cinco por cento das baladas fechadas pela Polícia Civil da capital paulista eram em tabacarias, onde o narguilé era a principal atração.

Especialistas alertam que o aroma atraente leva ao consumo maior. E aí , começa o perigo para a saúde. A médica Stella Martins, do Incor de São Paulo , reuniu os resultados de pesquisas mundiais sobre o uso do narguilê. O trabalho foi feito em parceria entre OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Instituto Nacional do Câncer.

De formato exótico, o nargilé é um grande cachimbo de água que pode ser usado individualmente ou em grupo. Os primeiros registros indicam que nasceu na Índia, no XVIII. Depois de passar pela Pérsia, foi incorporado à cultura dos países árabes. Chegou à Europa e, depois, ao continente americano.

Onde está o perigo?

Em cima, na fornilha, vai o carvão que queima o tabaco que fica embaixo dele. A queima do tabaco produz uma borra que tem alcatrão. Só que o tabaco – ou fumo – contem nicotina, principal substância ligada à dependência. Depois da tragada, a fumaça desce para o reservatório de água. A água esfria a fumaça que sobe pela mangueira até a boca. Ao inalar a fumaça, o usuário entra em contato com o alcatrão, a nicotina e monóxido de carbono. De acordo com especialistas, em uma sessão de narguile, o consumo de fumaça é semelhante a você fumar de cem a duzentos cigarros em uma hora.

Na reportagem em vídeo, conheça a história de Lívian, que perdeu parte do pulmão após contrair fungo associado ao uso de narguilé.

Assista reportagem AQUI.

Fantástico

Opinião dos leitores

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Clima

SUBIDA DO NÍVEL DO MAR: Aquecimento global ameaça cidades costeiras, alertam peritos da ONU

Foto: © Fernando Frazão/Agência Brasil

A subida do nível do mar, as inundações e a intensificação das ondas de calor ameaçam as cidades costeiras em todo o mundo, diz relatório provisório do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima (IPCC, na sigla em inglês).

De Bombaim a Miami, Daca ou Veneza, essas cidades e os seus milhões de habitantes que vivem na foz dos estuários ou nas linhas sinuosas da costa estão “na linha da frente” da crise climática, que corre o risco de redesenhar os mapas dos continentes, afirma o documento.

“O nível do mar continua a subir, as inundações e as ondas de calor são cada vez mais frequentes e intensas e o aquecimento aumenta a acidez do oceano”, observam os cientistas no relatório de 4 mil páginas sobre os impactos das mudanças climáticas.

De acordo com os peritos climáticos, é preciso “fazer escolhas difíceis”.

Sob o efeito combinado da expansão dos oceanos e do degelo causado pelo aquecimento, a subida do nível do mar também ameaça contaminar os solos agrícolas com água salgada e engolir infraestruturas estratégicas, como portos ou aeroportos.

Um “perigo para as sociedades e para a economia mundial em geral”, alerta o IPCC, lembrando que cerca de 10% da população mundial e dos trabalhadores estão a menos de dez metros acima do nível do mar.

“Para algumas megalópoles, deltas, pequenas ilhas e comunidades árticas, as consequências podem ser sentidas muito rapidamente, durante a vida da maioria das populações atuais”.

De acordo com os peritos, o nível do oceano pode subir 60 centímetros até ao final do século.

“O destino de muitas cidades costeiras é sombrio sem uma queda drástica nas emissões de CO2”, dizem os pesquisadores, acrescentando que “qualquer que seja a taxa dessas emissões, o aumento do nível dos oceanos acelera e continuará a ocorrer durante milénios”.

“A maioria das cidades costeiras pode morrer. Muitas delas serão dizimadas por inundações de longo prazo. Em 2050, teremos uma imagem mais clara”, disse Ben Strauss, da organização Climate Central.

Mas, apesar dessas previsões sombrias, as cidades costeiras continuam a crescer, multiplicando as vítimas em potencial, especialmente na Ásia e na África.

Segundo o documento, um aquecimento global acima do limiar de 1,5 ºC (grau centígrado), fixado pelo acordo de Paris, teria “impactos irreversíveis para os sistemas humanos e ecológicos”. Os peritos afirmam que a sobrevivência da humanidade pode estar ameaçada.

Com as temperaturas médias subindo 1,1 °C desde meados do século 19, os efeitos no planeta já são graves e podem se tornar cada vez mais violentos, ainda que as emissões de dióxido de carbono (CO2) venham a ser reduzidas.

Falta de água, fome, incêndios e êxodo em massa são alguns dos perigos destacados pelos peritos da ONU.

O relatório de avaliação global dos impactos do aquecimento, criado para apoiar decisões políticas, é muito mais alarmante que o antecessor, divulgado em 2018.

O documento deverá ser publicado em fevereiro de 2022, após a aprovação pelos 195 Estados-membros da ONU e depois da conferência climática COP26, marcada para novembro em Glasgow, na Escócia.

Prevista originalmente para novembro de 2020, a 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26), com líderes de 196 países, empresas e especialistas, foi adiada devido à pandemia de covid-19.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. enfim assumiram!! o desmatamento da amazônia contribui para esse desastre futuro. mas os poderosos não ligam para isso! é preciso substituir a energia fóssil pela energia limpa! já existe projeto para carro elétrico eólico mas a burocracia do instituto de patentes prejudica a realização do projeto. é a tal da burocracia humana. a má vontade também mata!

  2. Eu fico muito curiosa para saber se tem alguém que leia um relatório de 4 mil páginas…..Todo exagero é digno de desconfiança no poder de convencimento……

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Judiciário

Covid-19: MPs alertam para pré-colapso do sistema de saúde no RN e cobram medidas coordenadas do estado e municípios

Os Ministérios Públicos se reuniram, nesta segunda-feira (31), com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra; o prefeito de Natal, Álvaro Dias; prefeitos de todas as regiões do estado; gestores de saúde e representantes do Legislativo para discutir medidas de combate ao avanço da pandemia de covid-19. O Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público estadual (MPRN) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) reforçaram que o quadro epidemiológico atual exige medidas sanitárias não-farmacológicas mais rigorosas em todas as regiões do estado para conter a transmissão do vírus.

O procurador da República Victor Mariz destacou a criticidade do momento e a necessidade de se formar uma grande aliança para conter a pandemia no RN. “Em razão dos dados epidemiológicos, temos a necessidade de adotar medidas de controle mais rígidas. Persistimos em situação de risco elevado em razão da pandemia. Acompanhamos de perto o abastecimento de kit intubação e oxigênio, e estamos em alerta pelo risco de falta de medicamentos fundamentais. Temos uma situação de pré-colapso, com panorama anunciado de colapso”, relatou. “Fica do MP o alerta e o apelo de que só com a união de esforços e protagonismo dos gestores é que poderemos qualificar o enfrentamento para reduzir a propagação do vírus”, defendeu.

“O acompanhamento semanal do comportamento da pandemia no estado identificou que o RN vem piorando nos indicadores epidemiológicos e assistenciais nas últimas três semanas”, reforçou a promotora de Justiça Iara Pinheiro. “Nossa fala de alerta é baseada na última recomendação do comitê científico do estado, mas também em outras análises de projeção da pandemia para o país, como o Observatório Covid da FIOCRUZ. A capacidade de expansão de leitos públicos praticamente esgotou-se. Pedimos mais restrições em todo o território estadual, porque os dados apontam que todo o estado está em situação grave em relação ao número de casos ativos e demanda alta por leitos de UTI Covid”, explicou.

A procuradora-chefe do MPF no RN, Cibele Benevides, ressaltou a necessidade de se estabelecer consenso e compromisso entre os gestores: “O consenso poderia ser no sentido de maior fiscalização e no reconhecimento de setores que estão cumprindo bem os protocolos, como restaurantes e escolas particulares. O momento é de não avançar com novas aberturas e rever flexibilizações inadequadas, como a permissão de eventos coletivos em Natal”.

O prefeito da capital, Álvaro Dias, se comprometeu a reunir o comitê científico municipal para analisar quais novas medidas poderão ser adotadas. Em Parnamirim, o prefeito Rosano Taveira já definiu que o próximo decreto não permitirá aglomerações de até 100 pessoas, como o atual. O MP irá monitorar a realização da reunião em Natal e a adequação das restrições.

A procuradora regional do Trabalho Ileana Neiva também destacou a importância da vigilância epidemiológica: “Cada município deve observar os causadores dos surtos de covid-19. Além de avaliar novas restrições de circulação, é preciso ampliar a testagem da população, para isolar as pessoas, rastrear os contatos e conter surtos”.

A Procuradora Regional do Trabalho ainda esclareceu que já são considerados “surtos virais” a contaminação de pequeno número de pessoas que frequentam ambiente em comum, sendo que estes surtos, caso não sejam contidos por medidas de vigilância epidemiológica, podem avançar de forma exponencial, contaminando a sociedade que habita ou trabalha no entorno do novo foco viral.

Os gestores municipais relataram as dificuldades financeiras enfrentadas durante a pandemia, com encolhimento da arrecadação e grande aumento nos gastos de saúde pública. Eles também elogiaram a sistemática atual de adoção de decretos regionalizados, que deve ser mantida e expandida de forma coordenada em todo o território potiguar. Atualmente as regiões do Alto Oeste, Vale do Assú e Seridó estão com medidas mais restritivas.

A governadora Fátima Bezerra defendeu que “não deve ter dicotomia entre saúde e economia. Não podemos descuidar dos aspectos sanitários que envolvem uma pandemia dessa magnitude”. Ela também pediu apoio aos prefeitos para cobrar do Governo Federal aporte adicional de recursos – solicitado por todos os estados – para ajudar no enfrentamento à covid-19 e a aquisição de mais vacinas.

O MP irá monitorar, em todo o estado, a adequação das medidas sanitárias ao cenário pandêmico atual em todo o estado.

Números da pandemia – Mais de mil pessoas estão internadas com covid no RN, a maioria em leitos críticos (UTIs e semi UTIs). Nesta terça-feira (1º de junho de 2021), 98% dos leitos críticos estão ocupados, sendo 100% no Seridó, 98,2% na região Oeste e 97,7% na Região Metropolitana. Mais de 73 pessoas em estado de saúde considerado crítico estão na fila de espera por leitos de UTI. Em toda a pandemia, já morreram 840 pessoas na fila, sendo 102 neste mês de maio (número que ainda pode aumentar). Maio apresentou um dos maiores número de casos registrados de toda a pandemia no RN, 25229 mil ao todo. Foram 506 mortes ao longo do mês, média de 16,32 por dia.

 

Opinião dos leitores

  1. Diante do assessoramento de pessoas das mais renomadas do mundo no combate ao Covid-19, todo o mês o RN bate recorde de arrecadação de impostos, em Infectados e MORTOS. E o FAZ de CONTA é a principal diretriz na disseminação do virus

  2. Esses são os mesmos MPs que há pouco dias esbravejava pelo retorno às aulas? Fala-me mais….kkkkkk

  3. Enquanto os MPs alertam para pré-colapso do sistema de saúde no RN e cobram medidas coordenadas do estado e municípios, Bolsonaro diz que no que depender do governo federal, Copa América será realizada, envolvendo o Estado do RN e a Cidade do Natal.
    E nós moradores deste Estado e desta Cidade vamos aceitar isso passivamente?

  4. O Governo do Estado se preocupou em comprar sacos, fazer propaganda na inter TV cabugi, alugar ambulâncias pelo preço absurdo, comprar respiradores quebrados e comprar respiradores inexistentes. Fechou hospitais de Canguaretama e o Hospital Rui Pereira e o Hospital de Campanha ninguém sabe, ninguém viu.

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Saúde

H5N8, variação da gripe aviária, tem potencial para se tornar nova pandemia, alertam cientistas

FOTO: MADS CLAUS RASMUSSEN/EFE/EPA

O mundo ainda não se recuperou da pandemia do novo coronavírus, que há um ano e meio causa a morte de milhares de pessoas, e já existe a possibilidade de uma nova crise na saúde global. Uma variação do vírus da gripe aviária chamada de H5N8 foi apresentada por pesquisadores chineses com potencial de se disseminar entre humanos.

Os virologistas Weifeng Shi e George F. Gao publicaram um artigo na conceituada revista científica Science e alertaram que as mutações da gripe aviária podem ser desastrosas. “Vários tipos do vírus da gripe aviária têm potencial zoonótico porque foi demonstrado que eles cruzam a barreira das espécies, transmitindo para mamíferos, incluindo humanos. O monitoramento contínuo e vigilante para evitar mais transbordamentos, que podem resultar em pandemias desastrosas”, alertam no artigo publicado na última semana.

Os pesquisadores explicaram que o H5N8 pode se propagar rapidamente entre aves do mundo e consequentemente atingir as pessoas, já que o vírus tem alta capacidade de ligação ao receptor do tipo humano.

Os primeiros casos de infecção aconteceram na Rússia, em dezembro de 2020, mas só foram confirmados em fevereiro deste ano. Sete trabalhadores de uma fazenda avícola, que cuidavam de aves contaminadas, tiveram os exames analisados e detectaram a presença do H5N8.

De acordo com informações da agência de saúde russa, os pacientes não apresentaram sintomas relevantes e a doença não apresentou transmissão entre humanos.

Os cientistas chineses são os mesmos que, em dezembro de 2019, alertaram sobre o perigo do SARS-CoV-2 e ambos não se mostraram otimistas sobre os efeitos na população da nova mutação do vírus da gripe aviária.

“A análise filogenética revelou a disseminação global do H5N8 tornou-se uma grande preocupação para a avicultura e a segurança da vida selvagem, mas, criticamente, para a saúde pública global”, publicaram no artigo.

E, complementaram: “A grande migração de longas distâncias de aves selvagens, a capacidade de rearranjo e mutação do vírus da gripe aviária e o aumento da capacidade de ligação ao receptor do tipo humano é imperativo que não sejam ignoradas as chances de disseminação global e o risco potencial do H5N8 para avicultura, avifauna e saúde pública global”, ressaltaram.

O epidemiologista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Eliseu Waldman explica que o contato intenso entre homens e animais ao longo dos anos aumentou a tendência de novas epidemias.

“A forma como o homem tem contato com os animais cria o que chamamos de saltos. O que significa que um vírus que circula em um animal, se adapta e atinge a população humana, que se escapar pega outras pessoas sem nenhuma resistência”, alerta.

O presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Juarez Cunha explica que todas as infecções do influenza surgem a partir de animais e as transmissões tendem a aumentar com o passar do tempo.

“Todos os vírus influenza tem reservatórios em animais. Se imagina que mais cedo ou mais tarde, temos de estar preparados para acompanhar as transmissões e conseguir controlar. A transmissão primeiro é de animal para animal; depois de animal para humano e em seguida de humano para humano. Para que isso não acontece é importante combate rápido com medidas drásticas, como a de dizimar os animais contaminados”, disse o médico.

Nos animais, o H5N8 foi detectado pela primeira vez na China, no ano de 2010. Em 2014, aconteceu um segundo surto em aves que se espalhou por Japão e Coreia do Sul. A doença atingiu aves pela terceira vez em países da Europa e nos Estados Unidos, em 2016. No ano passado, cerca de 46 países registraram surtos da doença e milhões de animais precisaram ser sacrificados.

O que fazer para não virar uma epidemia?

A dupla chinesa lembrou que durante a pandemia da covid-19 houve um aumento da preocupação com os cuidados pessoais e os surtos de gripe diminuíram entre as pessoas, mas caiu a vigilância e o controle para o surgimento de novas doenças.

“Devido à pandemia, as medidas de prevenção e controle – incluindo mobilidade reduzida, maior uso de máscaras e maior distanciamento social e desinfecção – reduziram drasticamente a incidência global dos vírus sazonais da influenza humana A e B. No entanto, os dados podem ser subestimados e devem ser interpretados com um grau de cautela porque a covid-19 influenciou os comportamentos de busca por saúde. Porém, o vírus da gripe aviária causou surto frequente em animais de vários países dos continentes, especialmente durante o inverno”, ressaltaram no artigo.

Mesmo com o alerta de perigo feito por Shi e Gao, eles afirmaram que medidas como vigilância de granjas, atualização da vacina da gripe para os animais, a partir da descoberta da nova mutação, podem controlar a propagação do vírus nas fazendas e, consequentemente, segurar o salto em humanos.

Os pesquisadores ressaltam: “Educação e divulgação também são importantes, incluindo medidas de proteção pessoal reforçadas durante a temporada de influenza, mantendo-se longe de pássaros selvagens e evitando caçar e comer pássaros selvagens”, finalizam eles.

Cunha reafirma que a vigilância é a melhor forma de evitar que a doença evolua. “Não tem como dizer se a transmissão vai ou não acontecer. Por isso, a vigilância deve ser frequente e o uso de medidas preventivas não farmacológicas deve ser mais forte nos trabalhadores rurais, que trabalham diretamente com o animal. Nos casos que o causador é um animal silvestre é mais difícil de controlar, mas é importante verificar se existe mortalidade de aves fora do normal”, finalizou Cunha.

R7

Opinião dos leitores

  1. Hoooooomi, vai arranjar uma lavagem de roupa e deixem de ficar tocando o terror na população, magote de corno.

    1. Neto e Adolfo T. é por essas atitudes de vocês, de não acreditar e ainda ficar com raiva, que o corno é o último a saber.

      Pensem nisso, a dica tá aí, só basta vcs abrirem os olhos, mas abram com moderação.

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Saúde

Estados e municípios temem falta de oxigênio e alertam Ministério da Saúde

Foto: Código 19 / Agência O Globo

Após a crise da falta de oxigênio em Manaus, que levou os hospitais da cidade a uma situação de colapso, outros estados e municípios já temem pela falta do insumo. Os governos de Minas Gerais e Acre já solicitaram ajuda ao Ministério da Saúde para evitar um quadro de escassez de cilindros do gás em seus hospitais. Já em Rondônia, foi o Ministério Público Federal (MPF) que alertou o Executivo sobre um possível problema de desabastecimento no estado. Dezenas de municípios também estão sob risco de desabastecimento.

Na última terça-feira, o governo de Minas Gerais pediu ajuda ao Ministério da Saúde para que não falte oxigênio no estado. Por meio de nota, o governo do estado afirmou que “as empresas fornecedoras de oxigênio estão fazendo uma reestruturação logística para atender a alta demanda”. Segundo ressaltou o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, ainda não há problemas de abastecimento, mas o estado deve se preparar.

Na semana passada, a distribuidora que fornece oxigênio para o estado do Acre informou que o produto pode faltar na região em um prazo de 15 dias. A escassez ocorre devido a alta demanda nos hospitais acreanos que operam atualmente com mais de 100% de lotação nas UTIs para Covid-19.

Após o governo do Acre informar que há uma possibilidade de desabastecimento de oxigênio, o Ministério da Saúde confirmou ao G1 que já foi comunicado oficialmente pelas autoridades locais e que foi feita uma requisição da compra de 300 cilindros que devem ser enviados ao estado até esta quinta-feira.

Em Rondônia, na última sexta-feira, o MPF alertou o Ministério da Saúde sobre o possível desabastecimento do gás e pediu providências urgentes mediante o colapso na saúde na região. Após o alerta, o governo do estado afirmou que “não há falta de oxigênio e que estão sendo mantidas todas as medidas de prevenção para evitar o desabastecimento, bem como iniciativas para auxiliar as prefeituras que enfrentarem a falta de oxigênio”.

Alguns municípios de Rondônia, como Cacoal, Santa Luzia, Alvorada d’Oeste e Guajará-Mirim, enviaram ofício à Secretaria estadual da Saúde (Sesau) na semana passada informando sobre a possibilidade de faltar oxigênio nos hospitais municipais. Segundo o governo estadual, o ofício foi reencaminhado ao Ministério da Saúde e cada prefeitura é responsável pelo abastecimento de suas unidades.

Outros municípios pelo Brasil também vêm relatando risco de escassez do insumo. Cerca de 60 cidades do Rio Grande do Norte enfrentam problemas com a falta de oxigênio, segundo o Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems). O consumo do gás aumentou cerca de 15% desde o início da pandemia. Durante o fim de semana, pelo menos três unidades de saúde da capital Natal e região metropolitana tiveram problemas com a falta do insumo.

No Ceará, 39 municípios estão sob o risco de falta de desabastecimento, segundo a Associação dos Municípios do Ceará (Aprece). O governador Camilo Santana (PT) negou a escassez de oxigênio em nota nas redes socias, mas afirmou que existe um ‘problema na entrega” aos municípios.

“Embora os contratos sejam entre os municípios e as empresas, o governo buscará ajudar no que for preciso para que o problema seja resolvido de forma urgente, para que a população não fique sem assistência”, publicou Santana.

Fabricantes terão que informar estoque

Cidades do interior da Bahia também sofrem com falta de oxigênio e já operam no limite. O prefeito da cidade de Queimadas, na região centro-norte do estado, André Andrade (PT), afirmou na última segunda-feira que os cilindros de oxigênio utilizados no atendimento a pacientes com Covid-19 estão próximo de se esgotar. Ele disse que o fornecedor não tem conseguido dar conta da demanda devido ao aumento rápido dos casos graves da doença que elevou o consumo do gás.

Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que fabricantes, envasadoras e distribuidoras de oxigênio medicinal devem informar ao órgão, semanalmente, sobre a capacidade de fabricação, envase e distribuição, além dos estoques disponíveis do produto.

A medida foi publicada em um edital na edição extra do Diário Oficial da União de sábado. As empresas ligadas ao fornecimento de oxigênio também deverão informar à agência sobre a quantidade demandada pelo setor público e privado.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Espero q façam o pedido logo às empresas fornecedoras, cumprindo sua obrigação de comprar e de pagar. Não queremos jogo de empurra p/o ministério da saúde, p/depois acusa-los de deixar pessoas morrerem sufocadas apenas com o intuito de desestabilizar o governo federal.

  2. O imprestável dará conta? Espero que o tempo cure a cabeça dos amigos bolsonaristas, já que a razão não resolveu.

    1. Esquerda é fanatismo, ódio e agressividade.
      Zumbis de esquerda em ação com discurso de ódio…
      Derrotados em 2018, tentando pegar carona no coronavirus…

    2. Seu Natalense. Se estao avisando que vai faltar O2… a culpa vai ser de um gestor federal que envia dinheiro?? E os Estados e municipios nao tem culpa pela gerencia direta do caos? O problema deste país é a doença politica, igual a time de futebol. Se aqui ta um caos, nao é lá em Brasilia apenas a origem do problema. Estamos tratando de um virus. Creio que boa parte seja a inaptidão e lerdeza dos gestores locais e suas ideias mirabolantes.. Mas é mais facil culpar o problema que veio de fora do país, se espalhou rapido em uma so pessoa. Ja se passou mais de um ano e nenhum gestor politico local gerenciou a crise que preste.. Sao Paulo é o exemplo perfeito… Estado Rico, e falhou desde o inicio, pq so faz aumentar o problema. Vamos chegar em 2022 sem aulas.. e ficam brigando por quem é mais essencial, ou por vacinas. Nao sabem o que é EPI? cade as industrias tendo incentivo pra produzir EPIs? A TV so falavam em respiradores, porque da audiencia. Lockdown de verdade é estado de exceção, falam de algo sem saber o que representa, ninguem aqui vai querer viver nesta condicao. O que estao aplicando sao medidas comerciais de restrição.

  3. Esse é um momento para todos e todas demonstrarem sua força e solidariedade. Nós podemos nos ajudar nas dificuldades materiais. Já perdemos o compasso da hora de aumentar o isolamento. O lockdown é um remédio amargo, mas que nós temos condições de tomar. Não podemos trazer ninguém de volta a vida, mas podemos evitar que muitas pessoas morram.

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Saúde

FOTOS: Dermatologistas alertam contra ‘moda’ de depilação facial com cera quente

FOTO: BBC / KAPSALON FREEDOM

Especialistas levantam questões de saúde e segurança em relação ao conteúdo, que tem sido publicado sem qualquer advertência no TikTok.

Vídeos virais de pessoas fazendo depilação facial com “cera quente” no TikTok chamaram a atenção de dermatologistas, que alertam para os perigos da prática. Os vídeos mostram a cera derretida cobrindo o rosto, boca e pescoço dos participantes e penetrando parcialmente em suas orelhas e nariz antes de ser removida.

Um barbeiro que postou alguns dos exemplos mais vistos diz que o procedimento é benéfico. Mas a Associação Britânica de Dermatologistas (BAD, na sigla em inglês) disparou o alerta: “Não é recomendado tentar aplicar cera dentro do nariz ou das orelhas.”

Uma especialista do Reino Unido levantou questões de segurança, dado o risco da cera obstruir a respiração. E outra sugeriu que o TikTok deveria adicionar um aviso.

Mas, a princípio, os vídeos não se enquadrariam nas diretrizes da rede social sobre comportamento perigoso uma vez que mostram profissionais qualificados.

‘Primeiro do mundo’

A barbearia Kapsalon Freedom, na Holanda, ganhou mais de 800 mil usuários no TikTok.

Uma de suas primeiras publicações sobre o tema, postada em novembro, teve quase 84 milhões de visualizações, após repercussão na imprensa holandesa. No vídeo em questão, a parte inferior do rosto do cliente estava livre.

Mas um exemplo mais recente, com mais de 19 milhões de visualizações, mostra a cera cobrindo o queixo e o pescoço de um homem. Parte da cera retirada das suas orelhas e nariz é exposta à câmera, mostrando dezenas de pelos saindo da substância agora endurecida.

Nesse caso, a cera apenas contorna (sem cobrir) a boca dele. Mas outros vídeos mostram rostos totalmente cobertos, com cotonetes sendo usados para criar passagens de ar.

Um vídeo com mais de um milhão de visualizações mostra esta máscara facial sendo removida do rosto e pescoço de uma mulher – FOTO: KAPSALON FREEDOM – KAPSALON FREEDOM

Tiras de papel também são usadas para proteger os cílios e as sobrancelhas. O barbeiro Renaz Ismael afirma que a depilação facial é comum no Oriente Médio, onde ele nasceu. Mas ele levou o procedimento a um novo patamar.

“Sou a primeira pessoa no mundo que fez a depilação completa”, diz ele à BBC News. Ismael está usando agora a hashtag #viral para promover os vídeos, alguns dos quais foram musicados. Ele também postou exemplos no Facebook, Instagram e YouTube. Mas atraíram um público bem menor.

‘Causa sufocamento’

Alex Echeverri, que trabalha no salão John and Ginger, em West Sussex, no Reino Unido, levantou preocupação em relação à segurança das pessoas que podem tentar realizar o procedimento.

“Nossa primeira consideração seria que isso pode causar asfixia”, diz a esteticista, que tem mais de duas décadas de experiência no setor. “Não há elemento de controle para evitar o sufocamento do rosto com cera. E a cera endurece. Então pode endurecer nas vias aéreas e ter que ser removida cirurgicamente”, adverte.

‘Abscessos cheios de pus’

“Depilar uma área tão grande de pele delicada é muito irresponsável”, acrescentou a barbearia turca Adam Grooming Atelier, em Londres. A Associação Britânica de Dermatologistas também receia que os vídeos possam levar a incidentes, à medida que as pessoas tentem imitar em casa.

“As plataformas de rede social têm a capacidade de propagar rapidamente as tendências de saúde e beleza”, afirma a dermatologista Anjali Mahto.

“A depilação é um processo traumático para a pele, especialmente para áreas sensíveis, como as que se encontram ao redor dos olhos”, explica. “Essas áreas podem ficar inflamadas e irritadas. Em alguns casos, podem surgir pequenas espinhas ou abcessos cheios de pus.”

Isso é conhecido como foliculite.

‘Potencialmente perigoso’

A instituição British Skin Foundation também alertou que alguns dos vídeos mostram a cera sendo usada no que parecem ser jovens em idade escolar.

“Pessoalmente, não recomendaria tratar crianças”, afirmou a dermatologista Emma Wedgeworth. “Parece sensato (que os vídeos) tenham um aviso.”

“Há muita desinformação e práticas de beleza no estilo ‘faça você mesmo’ (do it yourself, na expressão em inglês, ou DIY) potencialmente perigosas no TikTok e em outros canais de rede social. E seria bom ver isso regulamentado de forma mais rígida.”

UOL, via BBC

 

Opinião dos leitores

  1. BG essa tua equipe só tem figura . Os caras escolhem a dedo as postagens . Levantam a bola com perfeição aí vem a turma para cortar e tirar onda . PIXU rindo muito .

  2. Essa técnica depiladora o nosso Tio Cacá ( Calígula ) , já usa inclusive nas regiões pélvicas e próximo ao corrugado. A sobrinhada gosta ! Ai papai ! Cacá queima ou não queima ? Aí papai !

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Diversos

EUA alertam até sobre risco de morte em novo desafio do TikTok

Foto: sarah Tee/ Shutterstock

Na quinta-feira (24), a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, órgão equivalente à nossa Anvisa, emitiu um alerta sobre os perigos do chamado “Desafio Benadryl”, que surgiu recentemente no TikTok, rede social de vídeos curtos.

O desafio consiste na ingestão de altas doses do medicamento Benadryl, um antialérgico bastante conhecido nos EUA. O objetivo dos que decidem tomar o remédio para as gravações é o de induzir alucinações.

“Estamos cientes de notícias de adolescentes que acabam em salas de emergência ou morrem após participarem do ‘Desafio Benadryl’, que os incentiva a ingerir altas doses do medicamento para gravar vídeos para o aplicativo TikTok”, diz o alerta.

No entanto, felizmente, não é uma das tendências que viralizaram no aplicativo – até porque a empresa desativou as hashtags “Benadryl” e “BenadrylChallenge” para evitar que a ideia se espalhe.

Mesmo assim, a FDA informa que entrou em contato com o TikTok e os encorajou “fortemente a remover os vídeos de sua plataforma e ficar atentos para remover conteúdos que possam surgir posteriormente”.

Riscos da automedicação

Tomar doses maiores do que as recomendadas de difenidramina, vendida como Benadryl, pode levar a problemas cardíacos graves, convulsões, coma e até a morte. Por isso, o FDA alerta que os pais devem manter o medicamento longe de crianças e adolescentes, isso para evitar intoxicações acidentais ou uso indevido.

Em um comunicado enviado à NBC News, a Johnson & Johnson, fabricante do medicamento, disse que, “assim que tomou conhecimento dessa tendência perigosa, entramos em contato com as plataformas de mídia social para que o conteúdo fosse removido”.

Proibição de anúncios de emagrecimento

Com o objetivo de contribuir com a positividade corporal, o TikTok anunciou mudanças em suas políticas de publicidade. Entre as novas regras, a rede social afirmou que vai passar a proibir anúncios de emagrecimento para menores de 18 anos e restringir veiculações que promovam uma imagem corporal negativa.

Segundo a plataforma, essas mudanças fazem parte de um esforço para criar um ambiente confortável, seguro e com empatia para os usuários.

“Estamos introduzindo novas políticas de anúncios para combater alegações problemáticas e exageradas em produtos de dieta e perda de peso e colocando restrições mais fortes às referências de imagem corporal”, comunicou o aplicativo.

A rede também disse que vai impor mais restrições aos anúncios com reivindicações implícitas a perda de peso e deve limitar veiculações irresponsáveis de produtos ou aplicativos que promovem o controle corporal.

“Esses tipos de anúncios não oferecem suporte à experiência positiva, inclusiva e segura que buscamos no TikTok”, reiterou em comunicado.

Olhar Digital via NBC News

 

Opinião dos leitores

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Saúde

Psiquiatras alertam para ‘tsunami’ de problemas de saúde mental em meio à pandemia

FOTO: SCIENCE PHOTO LIBRARY

Os psiquiatras alertam para um “tsunami” de problemas de saúde mental devido à pandemia de coronavírus.

Os médicos estão particularmente preocupados com o fato de crianças e idosos não receberem o apoio de que precisam devido ao fechamento de escolas, ao isolamento social e ao medo de hospitais. Fatores como a solidão, o medo da covid-19 e incertezas quanto ao futuro agravam doenças mentais pré-existentes e criam novos problemas para pessoas até então saudáveis.

Em uma pesquisa feita no Reino Unido, os psiquiatras relataram aumento no número de atendimentos de emergência relacionados à doenças mentais e uma queda nas consultas de rotina.

Eles afirmam que muitas pessoas deixaram de procurar ajuda mesmo com os serviços de saúde mental ainda abertos, e por isso acabaram chegando ao ponto em que atendimentos de emergência foram mais necessários.

‘Os pacientes evaporaram’

“Já estamos vendo o impacto devastador da covid-19 na saúde mental, com mais pessoas em crise”, diz a professora Wendy Burn, presidente do Royal College of Psychiatrists (Colégio Real de Psiquiatras), no Reino Unido.

“E estamos muito preocupados com as pessoas que precisam de ajuda agora, mas não estão conseguindo. Nosso medo é que o ‘lockdown’ (fechamento total de comércio e serviço) esteja fazendo com que as pessoas guardem problemas que poderiam levar a um ‘tsunami’ de doenças mentais depois”.

A pesquisa da instituição, feita com 1.300 médicos de saúde mental de todo o Reino Unido, constatou que 43% haviam visto um aumento em casos urgentes, enquanto 45% relataram uma redução nas consultas de rotina.

“Na psiquiatria da velhice nossos pacientes parecem ter evaporado, acho que as pessoas têm medo demais de procurar ajuda”, disse um psiquiatra.

Outro escreveu: “Muitos de nossos pacientes desenvolveram distúrbios mentais como resultado direto da interrupção da rotina gerada pelo coronavírus, do isolamento social, do aumento do estresse e da falta de remédios”.

Idosos e jovens estão entre os grupos que geram maior preocupação.

“Estamos preocupados que crianças e jovens com doença mental que possam estar com dificuldades não estejam recebendo o apoio de que precisam”, diz Bernadka Dubicka, que preside a faculdade de psiquiatria infantil e adolescente do Royal College of Psychiatrists. “Precisamos passar a mensagem e deixar claro que os serviços ainda estão abertos.”

Tanto do Reino Unido quanto no Brasil, o atendimento psicológico continua funcionando e pode inclusive ser feito à distância, através de plataformas de videochamada. No entato, o uso da tecnologia para chamar um médico durante o bloqueio é difícil para algumas pessoas mais velhas, explica Amanda Thompsell, especialista em psiquiatria para idosos.

Idosos também costumam ser “relutantes” em procurar ajuda, e sua necessidade de apoio à saúde mental provavelmente é maior do que nunca, diz ela.

‘Prioridade clara’

A instituição de saúde mental Rethink Mental Illness disse que as preocupações levantadas pelos especialistas são apoiadas por evidências de que as pessoas estão convivendo com mais doenças mentais.

Em uma outra pesquisa feita no país, a maioria das pessoas disse que sua saúde mental piorou desde o início da pandemia, devido à interrupção de rotinas e estretégias que elas utilizavam para controlar problemas de saúde mental como depressão, ansiedade, pânico, entre outros.

“O NHS (sistema de saúde público do Reino Unido) está fazendo um trabalho incrível nas circunstâncias mais difíceis, mas a saúde mental deve ser uma prioridade clara”, diz Danielle Hamm, da instituição de caridade. “É preciso investimentos para garantir que os serviços possam lidar com esse aumento antecipado da demanda.”

Segundo ela, sem o atendimento adequado no momento, pode levar anos para que algumas pessoas se recuperem dos problemas mentais gerados pela pandemia.

BBC

 

Opinião dos leitores

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Saúde

Covid: Bombeiros do RN alertam população nas ruas para evitar aglomerações

Seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Governo do Estado do RN sobre as medidas restritivas relacionadas ao novo coronavírus (Covid-19), o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande o Norte (CBMRN) vem reforçando ações de conscientização e de combate ao vírus em diversos municípios do Estado.

Em Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros, os bombeiros estão visitando locais aglomerados para orientar a população sobre a necessidade do isolamento social para conter a proliferação da pandemia. “Estamos realizando ações de conscientização e fazendo a nossa parte no combate ao novo coronavírus, sempre explicando para a população as recomendações dos órgãos de saúde e do Governo do Estado. Agora com o novo decreto e a obrigatoriedade do uso de máscaras, as atividades preventivas serão intensificadas ainda mais”, disse o comandante do 2° Grupamento de Bombeiros, major Alcione Araújo.

Além conscientizar as pessoas que estão em filas na frente de agências bancárias, casas lotéricas, feiras e supermercados, os militares estão usando alto-falantes com uma mensagem pedindo que as pessoas permaneçam em casa. Em Caicó, por exemplo, o alerta sonoro já estava sendo feito desde o último dia 21 de março.

Atualmente a corporação está atuando na logística e no transporte para a distribuição de cestas básicas e materiais imprescindíveis de segurança no combate ao coronavírus, como as máscaras e o álcool 70%. Na capital e região metropolitana, o serviço de orientação está sendo feito diariamente pelos guarda-vidas, dando ênfase nas praias do litoral.

Em vários países que apresentaram a pandemia, o início do problema foi ligado a situações de aglomeração. Por isso, a maior orientação é cancelar reuniões e eventos que não sejam imprescindíveis. Logo, é necessário evitar ambientes fechados e lotados, como teatros, cinemas e até mesmo os locais de trabalho. Além do isolamento social, lavar as mãos constantemente, espirrar ou tossir tampando o rosto com a parte interna do cotovelo são orientações essenciais na tentativa de conter o avanço do vírus.

 

Opinião dos leitores

    1. Já tem um babaca do Itaú dizendo para aumentar impostos, quanto mais o desgoverno do RN. Eles adoram uma taxinha para usar como querem sem prestar contas. Até agora,não sei se ajustiça já liberou, mais ninguém sabe quantos mil Reais já foram arrecadados pelos bombeiros militar em 2019 e 2020.

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Saúde

“EMERGÊNCIAS DESAPARECERAM”: Assim como fora do país, pacientes com câncer e cardíacos deixam de buscar atendimento por medo da Covid-19, alertam médicos

Internações hospitalares com doença associada por país — Foto: Carolina Dantas/G1

O medo de ir ao hospital devido ao coronavírus Sars CoV-2 está afetando o tratamento de pacientes cardíacos e com câncer. A comunidade médica aponta números: houve alta no número de mortes por ataque cardíaco em casa em Nova York e, em São Paulo, uma queda de 45% nos atendimentos do Instituto do Coração (Incor).

Dados da da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, com base em registros próprios, apontam a mesma tendência: uma queda de 50% nos atendimentos a pacientes com infarto em comparação com o mesmo mês em 2019.

Os médicos alertam que é consenso científico que o isolamento social reduz a disseminação do coronavírus. Entretanto, o grupo mais vulnerável à Covid-19 (pacientes cardíacos, com câncer, diabéticos, imunodeprimidos, entre outros) não pode deixar de lado o cuidado com doenças já existentes.

Decisão compartilhada

O oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), não indica o relaxamento nas medidas de isolamento. Mas alerta que, dependendo do tipo e do estágio do câncer, há mais risco de morrer ao deixar o tratamento do que ao ser infectado pelo coronavírus.

Os pacientes com câncer, de acordo com o oncologista, geralmente se enquadram em mais de uma comorbidade com risco maior para o coronavírus. São frequentemente idosos, que podem ter câncer, problemas do coração e diabetes ao mesmo tempo.

“Além disso, 30% dos tumores estão associados ao uso prévio do tabaco e esses pacientes também costumam somar problemas pulmonares e cardíacos. É uma população com muitos fatores de risco”, explica Hoff.

Hoff, no entanto, disse que há uma resistência dos pacientes em continuar o tratamento contra o tumor por medo de sair de casa. Ele explica que, em tipos mais leves, é possível remarcar as consultas, cirurgias e a quimioterapia, mas existem situações e estágios em que a interrupção do tratamento tem um risco maior de vida do que pegar o coronavírus.

“Muitos tumores não esperam o final da pandemia para fazer a evolução”, disse. O médico diz que pacientes com tumores de progressão rápida e em processo de cura precisam continuar as consultas e o acompanhamento. É importante comparecer ao hospital com no máximo um acompanhante e, se possível, ir sozinho.

Quem já está na fase pós-tratamento ou tem um tumor com progressão mais lenta pode tentar remarcar as idas ao hospital ou médico. Então, qual é o primeiro passo para uma pessoa com câncer? De acordo com Hoff, consultar o médico para ver a solução para o caso individualmente.

“A recomendação é que o paciente não tome a decisão sozinho. Por isso, acho que as consultas por vídeo são extremamente importantes. Para o tratamento em si não é possível, mas para acompanhamento e aconselhamento, sim”. – Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

Isolamento responsável

Em Nova York, o número de mortes em casa por infarto aumentou 8 vezes, de acordo com levantamento feito pela comunidade de cardiologistas “Anglioplast.org”. São pessoas que ligaram para o Corpo de Bombeiros, mas não puderam ser reanimadas. Uma das hipóteses é que os pacientes estão com medo de sair de casa quando começam a apresentar os sintomas no coração por medo do vírus, e assim a situação se agrava.

Em texto publicado no “The New York Times”, Harlan Krumholz, professor e diretor do Yale New Haven Hospital, diz que os “hospitais estão assustadoramente silenciosos, exceto pela Covid-19”.

“O que é surpreendente é que muitas emergências desapareceram. As equipes de ataque cardíaco e derrame, sempre preparadas para entrar em ação e salvar vidas, estão praticamente inativas. Isto não acontece apenas em meu hospital”, escreveu.

Diretor da divisão de Cardiologia Clínica do Instituto do Coração (InCor), o cardiologista Roberto Kalil afirma que os atendimentos em São Paulo também reduziram em comparação com o ano passado. Em levantamento feito a pedido do G1, ele mostra uma média de 25 pacientes por mês com infarto no instituto em 2019.

Média de atendimentos por infarto de pacientes/mês do Incor de infarto em 2019: 25

Atendimentos de pacientes com infarto em março de 2019: 31

Atendimentos de pacientes com infarto em março de 2020: 16

Redução de 45% na comparação entre os dois meses

De acordo com o diretor do instituto, o atendimento nas primeiras duas semanas de abril continua mais baixo: foram 8 pacientes.

“Tem que ficar em isolamento, mas é o que eu chamo de isolamento responsável. A pessoa que está infartando em casa tem muito mais risco de morrer”, disse Kalil.

Há 29 anos no Incor, Paulo Soares é diretor do pronto-socorro há 1 ano e meio, mas já passou em diversos outros momentos no setor de emergência de doenças cardíacas. Ele diz que nunca viu uma redução no atendimento como a vista durante esta pandemia.

“Não tenho nenhuma dúvida de que há uma redução nos atendimentos. Desde que começou o período de quarentena, tivemos uma redução de pacientes com diversos problemas cardíacos. Isso está descrito em vários lugares do mundo onde tem a pandemia. As pessoas têm medo e acabam segurando sem saber quando precisam sair”, disse Soares.

O médico é a favor de todas as políticas de combate ao coronavírus: isolamento social, uso da máscara, evitar tocar o rosto, lavar as mãos. Ele pontua, no entanto, que alguns sintomas são mais urgentes e os pacientes precisam correr para o hospital, mesmo com o risco de pegar o Sars-CoV-2.

Sinais de infarto: dor no peito, falta de ar, suor excessivo em repouso, desmaio e até perda de consciência

Sintomas das arritmias: palpitações, coração acelerado, dor no peito

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Diante desse quadro, um governo responsável e com dever social, deveria ter um esquema de atendimento domiciliar. Isso é justificável, haja vista os profissionais de saúde estarem em suas unidades relativamente ociosos, e nesse atípico emergencial, e de rico de contágio, poderiam montar um atendimento domiciliar a esses pacientes que precisam de atendimento continuado, dessa forma, diminuindo os riscos de evoluções dessas doenças.

    1. Boa Luis, como posso levar uma parelho de tomografia ou um aparelho de rádio terapia pra sua casa?

    2. Grande ideia pensador Luis, mas explica como poderia a classe hospitalar fazer exames em casa?
      Qual o problema de ir aos hospitais QUE ESTÃO VAZIOS?
      O Fato é que se fizerem tudo será pouco, se resolverem o caos, não será aceito, só existe um objetivo com essa situação, tirar o governo, o resto é consequência que o povo vai pagar, e será muito pior se o preço for o mesmo que os cubanos e venezuelanos estão pagando.

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Diversos

ONU e OMC alertam para risco de ‘escassez de alimentos’ no mercado mundial provocada pela Covid-19

Foto: AFP

Existe um risco de “escassez de alimentos” no mercado mundial por perturbações derivadas da Covid-19 no comércio internacional e nas cadeias de abastecimento, advertiram os dirigentes de dois organismos da ONU e da OMC.

As incertezas “podem gerar uma onda de restrições à exportação” que podem provocar uma “escassez no mercado mundial”, afirmam em um comunicado incomum o chinês Qu Dongyu, que dirige a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), e o brasileiro Roberto Azevêdo, diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Para os três organismos multilaterais é “importante” garantir os negócios comerciais, “em particular para evitar escassez de alimentos”, afirma o texto.

Os três organismos se preocupam com a “desaceleração da circulação de trabalhadores da indústria agrícola e alimentícia”, que bloqueia várias agriculturas ocidentais, e com os “atrasos nas fronteiras para os contêineres” de mercadorias, gerando “um desperdício de produtos perecíveis”.

Também destacam a necessidade de “proteção” dos trabalhadores do setor para “minimizar a propagação do vírus no setor e manter as cadeias de abastecimento alimentar”.

“Ao proteger a saúde e o bem-estar dos cidadãos, os países devem assegurar que o conjunto das medidas comerciais não perturbe a rede de abastecimento alimentar”, completam os diretores da FAO, OMS e OMC.

“Em períodos como este, a cooperação internacional é essencial” completam.

“Devemos garantir que nossa resposta à pandemia de Covid-19 não crie de maneira involuntária uma escassez injustificada de produtos essenciais e exacerbe a fome a desnutrição”, conclui o texto.

O Tempo, com AFP

 

Opinião dos leitores

  1. Infelizmente esse corona vírus não escolhe quem atacar… matando pessoas inocentes… se matasse só petralhas e comunista, o Brasil sairia muito melhor dessa crise… bando de abutres.

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Saúde

Bombeiros do RN alertam para cuidados com crianças durante o recesso escolar

FOTO: CBM/ASSECOM

Piscinas, tomadas e escadas são verdadeiros riscos para as crianças que querem se divertir em casa. Com as atividades escolares suspensas como uma das medidas preventivas para evitar a propagação do novo coronavírus (COVID-19), a probabilidade de um acidente doméstico se torna iminente. Por isso, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte (CBMRN) alerta a população com dicas de prevenção no intuito de conter incidentes com crianças.

De acordo com dados levantados pela ONG Criança Segura, através do Ministério da Saúde, 40% dos óbitos por acidentes com crianças acontecem durante os recessos ou férias escolares. Para a capitã Martini, do Corpo de Bombeiros do RN, a atenção e as medidas preventivas adotadas pelos pais ou responsáveis são os principais meios de evitar esse tipo de ocorrência.

“No momento que a criança estiver em casa a atenção deve ser redobrada. Então é importante que a criança seja supervisionada pelos adultos, principalmente em residências que possuem piscinas e banheiras, pois o afogamento está entre as principais causas de mortes acidentais no Brasil”, disse.

As crianças escolhem brincadeiras que podem resultar em pequenos acidentes ou até podem provocar ocorrências mais graves como queimaduras, traumas e lesões. Além disso, o álcool gel, produto recomendado para uso constante durante a circulação de doenças respiratórias, também pode ser perigoso se tiver no alcance das crianças.

“Em tempos de pandemia, a prevenção é mais que necessária. A higiene é fundamental para evitar a contaminação de doenças, no entanto, os próprios responsáveis devem passar o álcool nas mãos das crianças. A recomendação é deixar qualquer produto de limpeza longe das crianças, por causa do perigo de ingestão e no caso do álcool por ser um material inflamável”, alertou a capitã Martini.

Confira abaixo alguns cuidados necessários:

Banheiro

– Mantenha a tampa da privada sempre fechada, se possível lacrada com algum dispositivo de segurança, ou deixe a porta do banheiro trancada;

– Nunca deixe a criança na banheira sem supervisão, nem mesmo por pouco tempo;

– Guarde utensílios afiados e aparelhos como lâminas de barbear, tesouras e secadores de cabelo;

– Tranque o armário de medicamentos, vitaminas, antissépticos bucais e demais produtos que ofereçam perigo de intoxicação.

Cozinha

– Mantenha sacos plásticos, fósforos, isqueiros, álcool, objetos de vidro, cerâmica e facas fora do alcance das crianças;

– Use as bocas de trás do fogão e certifique-se de que os cabos das panelas estejam virados para dentro para não serem alcançados pelas crianças.

Sala

– Cortinas com cordas podem trazer o risco de estrangulamento, especialmente para os menores;

– Cuidado com quinas afiadas! Prefira móveis com quinas arredondadas ou use protetor;

– Mantenha os móveis longe de janelas e cortinas. Eles podem ser usados para escalar;

– Instale grades ou redes de proteção em janelas, sacadas e mezaninos;

– Substitua fios elétricos desencapados e proteja tomadas com tampas, fita isolante ou mesmo móveis.

Quarto

– Evite posicionar camas e qualquer outro móvel perto da janela. Eles podem ser usados para escalar;

– Evite brinquedos com pontas afiadas, como flechas, e os que produzem sons altos;

– Mantenha os móveis longe de janelas e cortinas.

Lavanderia e garagem

– Após utilizar baldes e bacias, esvazie-os, guarde-os virados para baixo e longe do alcance das crianças;

– Produtos de limpeza devem ser guardados em lugares altos ou trancados. Além disso, deve-se mantê-los em seus recipientes originais para não confundir as crianças;

– As garagens não são locais seguros. Ao manobrar o carro, certifique-se de que não há nenhuma criança por perto;

– Lembre-se de trancar o carro, especialmente o porta-malas, e manter as chaves e controles automáticos longe do alcance das crianças. Elas podem entrar no veículo, soltar o freio de mão ou mesmo ficar presas lá dentro.

Piscina

– Quando a criançada for usar a piscina, a supervisão de um adulto o tempo todo é essencial;

– Esvazie piscinas infantis após o uso e as guarde longe do alcance das crianças.

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Diversos

Bombeiros alertam a população para os riscos de afogamento em rios e açudes no interior do RN

Foto: Ilustrativa/Cedida

Durante o período de cheia dos mananciais do interior do Rio Grande do Norte os riscos de afogamentos e outros tipos de acidentes aquáticos aumentam consideravelmente. A subida do nível das águas devido às fortes chuvas exige cuidados para moradores e banhistas que buscam entretenimento nos rios e açudes dos municípios. Diante desse cenário, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte (CBMRN) alerta sobre cuidados para evitar acidentes e óbitos nesses ambientes.

Para o major João Eduardo, Comandante do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros do RN, as crianças e os adolescentes são mais vulneráveis aos riscos de afogamentos. “Em primeiro lugar os cuidados com as crianças e adolescentes são essenciais para evitar ocorrências de afogamentos. Assim como nas praias, elas não têm noção do perigo. Por isso é importante que os pais ou responsáveis redobrem a atenção”, disse.

Os jovens e adultos também precisam ter cautela quando forem entrar em rios, lagoas e açudes. Além disso, a ingestão de bebidas alcoólicas é o principal fator que contribui para o afogamento. “A água turva e escurecida de lagoas e açudes pode esconder muitos perigos como pedras e galhos. O rio, por exemplo, tem muitas armadilhas – redemoinhos, correntezas e buracos. Um descuido pode ser fatal. Em época de cheia o risco aumenta consideravelmente. Geralmente após o consumo da bebida alcoólica o banhista entra na água e consequentemente perde a noção do perigo. Por isso não beber de maneira descontrolada é importante”, alertou o Comandante do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), major João Eduardo.

Na época de chuvas vários fenômenos ocorrem nos mananciais. Nos rios e cachoeiras, as cabeças d’água são perigosíssimas para quem quer curtir um bom banho. “Quando chove na nascente de um rio obrigatoriamente o fluxo aumenta. O nível da água sobe e atingi vários metros em poucos minutos, formando uma espécie de tsunami dos rios. Então a recomendação é sempre evitar de se banhar íngremes e ter atenção com as cabeceiras dos rios”, finalizou o major João Eduardo.

Caso alguém presencie um afogamento ou acidente aquático, é só entrar em contato imediatamente com o Corpo de Bombeiros, através do 193. Não tentar socorrer de forma alguma a pessoa, pois somente os bombeiros têm a capacitação para o resgate.

Confira algumas medidas de prevenção:

– Evite álcool e alimentos pesados, antes de entrar em rios e açudes;

– Em rios: observe a correnteza, os buracos e os galhos submersos;

– Em caso de cabeça d’água, a recomendação é que o banhista procure uma região alta para se proteger da chuva caso perceba a iminência do temporal;

– Em açudes e barragens: verifique a profundidade, os galhos e lodo no fundo;

– Em períodos de enchente ou em zonas de correnteza o cuidado tem que ser redobrado;

– Evite brincadeiras como simulações de afogamento ou forçar a cabeça de um amigo para dentro da água;

– Antes de banhar-se, informe-se sobre a correnteza e a profundidade;

– Cuidado com o limo nas pedras, pois ele pode fazer você escorregar e cair na água;

– Cuidado com buracos e fundos de lodo, pois você pode afundar rapidamente;

– Se o rio tiver correnteza nunca entre na água acima do joelho;

– Não tente entrar na água para realizar o socorro, ao invés disto chame por ajuda e jogue qualquer material de flutuação para ajudar.

 

Opinião dos leitores

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Segurança

Bombeiros alertam para risco de quedas de árvores diante de chuvas, e destacam 59 ocorrências diversas nos primeiros 40 dias deste ano em Natal e região

Foto: Divulgação

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte (CBMRN) já atendeu 59 ocorrências relacionadas a árvores somente nos primeiros 40 dias deste ano em Natal e região metropolitana. Os militares são acionados para vistoriar as mais antigas, cortar aquelas com risco de desabar e remover as que já haviam caído.

Segundo o Corpo de Bombeiros, é nessa época do ano que aumenta consideravelmente a quantidade de ocorrências de árvores que oferecem algum risco de cair sobre as casas ou nas ruas, o que requer um cuidado redobrado. Por isso, ao constatar que uma árvore pode cair, a pessoa deve de forma imediata acionar a corporação através do 193.

“O mais indicado a ser feito, com a chegada do inverno, é a poda (remover galhos inúteis), pois ela se faz necessária para evitar incidentes. O objetivo principal das podas é evitar os riscos de queda das árvores. A poda é um serviço essencial para que as árvores possam se desenvolver no ambiente urbano”, disse o capitão Rafael Barreto, comandante da Sessão Independente de Defesa Ambiental (SIDAM).

Ainda segundo o capitão, é preciso que a população entenda que o CBMRN só atende ocorrências em que realmente a árvore ofereça um perigo iminente para a sociedade. Caso contrário a prefeitura municipal deve ser acionada. “Se a árvore já estiver caída, obstruindo vias e causando riscos a integridade física de pessoas, os bombeiros eliminam o risco, ficando, nos dois casos, a responsabilidade da limpeza do local pelo órgão municipal competente. Já nos casos em que envolva energia elétrica, também é necessário a presença da empresa de fornecimento elétrico”, finalizou.

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