Política

"Minha luta era contra José Dirceu", provoca Roberto Jefferson ao sair do hospital

O presidente nacional do PTB e ex-deputado Roberto Jefferson acaba de deixar o Hospital Samaritano, no Rio, onde havia se internado para uma cirurgia em decorrência de um câncer no pâncreas. Na saída, em entrevista à imprensa, Jefferson afirmou que o mensalão já não é o seu foco. “A minha luta era com o José Dirceu. Ele me derrubou, mas eu salvei o Brasil dele. Ele não foi, não é e não será o presidente do Brasil. Caímos os dois. Estou satisfeito”, disse Jefferson, que saiu do hospital andando, acompanhando da mulher.

Ele voltou a inocentar o ex-presidente Lula de envolvimento no mensalão. Sobre as desavenças entre os ministros do Supremo Tribunal Federal durante o julgamento, disse que aquele era um momento “sob controle da mídia, em que os defeitos são exponenciais”.

 O ex-deputado elogiou a acusação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mas considerou as provas contra os réus frágeis. “Ele tem razão em muitas coisas que ouvi e não tem em outras tantas. A partir de segunda, 6, falarão as defesas. Torço para que haja justiça”.

 Jefferson contou que recebeu o diagnóstico do tumor no pâncreas com serenidade e que acredita no restabelecimento de sua saúde. “Sou um guerreiro. Peitei o PT sozinho. Não vai ser um cancerzinho de pâncreas que vai me derrubar”.

 Ele demonstrou cansaço durante a entrevista e estava com a respiração ofegante. Tossiu algumas vezes e reclamou da retirada do tubo que estava em sua garganta. Jefferson ainda fará quimioterapia. O Hospital Samaritano vai liberar daqui a pouco um laudo médico sobre seu quadro.

Fonte: O Estadão

 

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Polícia

Exame preliminar não detecta tumor maligno em Roberto Jefferson

A cirurgia no advogado e presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson Monteiro Francisco, 59 anos, realizada neste sábado (28), ocorreu dentro do previsto, e não há sinais de que o tumor no pâncreas do político seja maligno. A informação foi divulgada pela assessoria do Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, através de boletim médico.

Segundo o boletim, embora o resultado preliminar indique que o tumor não é maligno, será necessário aguardar o resultado definitivo da análise do material e o exame imuno-histoquímico para a conclusão do diagnóstico.

Jefferson foi submetido a cirurgia para a retirada de um tumor no pâncreas. O procedimento, realizado pelos médicos José de Ribamar Saboia de Azevedo, Alexandre Prado de Resende e Aureo Ludovico de Paula, durou oito horas.

Segundo a assessoria do hospital, a operação teve uma complexidade acima do usual, por conta de uma cirurgia bariátrica prévia.

A cirurgia realizada foi uma gastroduodenopancreatectomia cefálica (retirada de parte do estômago, parte do pâncreas, duodeno e parte do canal biliar). Além disso, os médicos retiraram os lifonodos regionais (glânglios linfáticos).

Um novo boletim médico será divulgado no domingo (29).

Jefferson, que denunciou o esquema do mensalão no Congresso Nacional, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao Hospital Samaritano por volta das 8h de quinta-feira (26). Na sexta-feira (27), o político passou por procedimentos pré-operatórios, como cuidados com alimentação e exames clínicos.

Réu no mensalão
Jefferson é um dos 38 réus do julgamento do mensalão programado para ter início no dia 2 de agosto, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por, supostamente, ter recebido R$ 4 milhões do chamado “valerioduto”, que, segundo a denúncia, era operado por Marcos Valério e abastecia parlamentares aliados ao governo.

Em 2005, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, Jefferson relatou o “modus operandi” do mensalão, detonando o maior escândalo político do governo Lula (2003-2010).

Luiz Francisco Corrêa Barbosa, advogado do ex-deputado, cassado em 2005, pretende sustentar diante dos 11 ministros do STF que, mesmo que Lula não tivesse conhecimento sobre o suposto pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio político no Congresso, ele deveria ter sido responsabilizado criminalmente pela existência do mensalão.

 

Fonte: G1

 

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