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Pedido de CPI sobre rompimento de barragem de Brumadinho é protocolado no Senado

Divulgação/Corpo de Bombeiros

O pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as causas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG) foi protocolado nesta quinta-feira (7) na Mesa do Senado.

O requerimento, entregue pelos senadores do PSD Otto Alencar (BA) e Carlos Viana (MG), tem 44 assinaturas, 17 a mais que o mínimo exigido. Segundo o senador Carlos Viana, inicialmente a comissão não tem caráter punitivo, mas sim voltado para a proposição de uma legislação mais moderna.

Viana, que pretende ser o relator da comissão, lembrou a criação recente da Agência Nacional de Mineração. Segundo ele, o órgão não tem estrutura suficiente para fiscalizar a situação das barragens de rejeitos. “Se tivéssemos modernizado a legislação na hora certa , se tivéssemos permitido uma agência mais moderna, teríamos salvado a vida dessas pessoas”, afirmou.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) , um dos que assinaram o requerimento, adiantou que na próxima terça-feira (12), o documento deve ser lido no plenário da Casa. A partir daí, os líderes podem indicar os nomes que vão compor a comissão. Serão 11 titulares e sete suplentes. A CPI deve ter duração de 180 dias e limite de despesas de R$ 110 mil.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Vai começar a encenação teatral, por favor Luz, Câmara, Ação que o espetáculo deprimente e da autopromoção vai começar.
    É lamentável dizer não fazer da situação lastimável das famílias que perderam os seus entes queridos em detretimento aos seus interesses políticos.
    O que era para ter sido feito e não foi, era a aplicação vigorosa da lei, inclusive uma fiscalização mais severa e nada foi feito em função de muitos que hoje querem de mentirinha esta CPI terem recebidos recursos financeiros do agente causador para gastarem em suas campanhas.
    Esta CPI será mais um circo dos horrores que será promovido para a Câmara alta e sem nenhum efeito punitivo.

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Diversos

Vale soube de problemas em sensores de Brumadinho dois dias antes do rompimento de barragem

Uma troca de e-mails entre profissionais da Vale e duas empresas ligadas à segurança da barragem de Brumadinho mostra que, dois dias antes do rompimento, a Vale já havia identificado problemas nos dados de sensores responsáveis por monitorar a estrutura.

Os e-mails foram identificados pela Polícia Federal. Até esta quarta-feira, havia a confirmação de 150 mortos e 182 desaparecidos em decorrência do mar de lama liberado após o rompimento da barragem.

A TV Globo teve acesso aos depoimentos prestados por dois engenheiros da empresa TÜV SÜD, André Jum Yassuda e Makoto Namba, responsáveis por laudos de estabilidade da barragem.

Os advogados Augusto de Arruda Botelho e Brian Alves Prado, que defendem os engenheiros, disseram que não vão comentar.

Yassuda e Namba foram presos pela Polícia Federal na semana passado. Nesta terça-feira (5), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que eles fossem libertados.

Ao questionar Namba, o delegado Luiz Augusto Nogueira, da Polícia Federal, se refere à existência de e-mails trocados entre funcionários da Vale, da TÜV SÜD e da Tec Wise, outra empresa contratada pela Vale.

As mensagens começaram a ser trocadas no dia 23 de janeiro, às 14h38, e se prolongaram até as 15h05 do dia seguinte. A barragem se rompeu em 25 de janeiro.

Nas perguntas, o delegado diz que o assunto das mensagens “diz respeito a dados discrepantes obtidos através da leitura dos instrumentos automatizados (piezômetros) no dia 10/01/2019, instalados na barragem B1 do CCF, bem como acerca do não funcionamento de 5 (cinco) piezômetros automatizados”.

No depoimento não constam, no entanto, detalhes sobre as mensagens.

O engenheiro afirma que só ficou sabendo das alterações dos dados fornecidos pelos sensores após o rompimento da barragem.

Depois de lidas as mensagens para ele, Namba foi questionado sobre “qual seria sua providência caso seu filho estivesse trabalhando no local da barragem”.

Namba respondeu, segundo o relatório da Polícia Federal, que “após a confirmação das leituras, ligaria imediatamente para seu filho para que evacuasse do local bem como que ligaria para o setor de emergência da Vale responsável pelo acionamento do PAEBM [Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração] para as providências cabíveis”.

A TÜV SÜD informou que não comentaria o assunto por estar sob sigilo.

Engenheiro se disse pressionado

No depoimento, o engenheiro Makoto Namba também relatou uma reunião com funcionários da Vale sobre o laudo de estabilidade assinado por ele.

Namba disse que um funcionário da Vale chamado Alexandre Campanha perguntou a ele: “A TÜV SÜD vai assinar ou não a declaração de estabilidade?”.

Namba disse à PF ter respondido que a empresa assinaria o laudo se a Vale adotasse as recomendações indicadas na revisão periódica de junho de 2018, mas assinou o documento.

Segundo ele, “apesar de ter dado esta resposta para Alexandre Campanha, o declarante sentiu a frase proferida pelo mesmo e descrita neste termo como uma maneira de pressionar o declarante e a TÜV SÜD a assinar a declaração de condição de estabilidade sob o risco de perderem o contrato”.

G1

 

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Vítimas são socorridas em Brumadinho após rompimento de barragem da Vale

Brumadinho (MG), 25/01/2019, Rompimento de barragem em Brumadinho – Barragem da Vale se rompe em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Foto: Reprodução / Agência O Globo

O Hospital João XXIII, em Belo Horizonte acionou o plano de emergência para atendimento de vítimas em situação de catástrofe após o rompimento de uma barragem de rejeitos da Vale nesta sexta-feira em Brumadinho, na Região Metrolitana da capital mineira.

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), até o momento, duas mulheres deram entrada no local. Elas foram socorridas de helicóptero e estão sendo avaliadas e passando por exames. Seus estados de saúde estão estáveis.

O plano de emergência para catástrofe significa que praticamente toda a atividade de emergência do hospital ficará voltada para o atendimento às vítimas do rompimento. Com isso, a sala de trauma deverá ter seus leitos disponíveis para elas. Os pacientes estáveis que estiverem no local serão transferidos para outros espaços.

O resgate do Corpo de Bombeiros continua em andamento. Os profissionais do hospital estão sendo chamados a ficar de prontidão diante do ocorrido.

Também faz parte do plano de catástrofe a mobilização de outras unidades de saúde na região.

Segundo informações preliminares, a barragem que se rompeu é usada para recirculação de água da planta e contenção de rejeitos em eventos de emergência. No site da Vale, consta que ela tem cerca de um milhão de metros cúbicos. Em Mariana, foram 43,7 milhões de m³ de lama.

O parque do Instituto Inhotim foi fechado por orientação do Corpo de Bombeiros . A medida é válida para funcionários e visitantes e serve como precaução, já que o local não chegou a ser atingido pela lama.

No desastre de Mariana em 2015, foram despejados cerca de 43,7 milhões de m³ de lama, volume próximo do Pão de Açúcar, vazaram de instalações da mineradora no maior desastre ambiental do Brasil. O acidente ocorreu no dia 5 de novembro. Dezenove pessoas morreram, e cidades da região sofrem até hoje com os efeitos dos detritos tóxicos espalhados pelo mar de lama.

O Globo

 

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Diversos

Bolsonaro se pronuncia sobre rompimento de barragem: “maior preocupação neste momento é atender eventuais vítimas”

O PRESIDENTE JAIR BOLSONARO DURANTE VISITA AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ). (FOTO: ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)

O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou, em sua conta no Twitter, a respeito do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. “Lamento o ocorrido em Brumadinho-MG. Determinei o deslocamento dos Ministros do Desenvolvimento Regional e Minas e Energia, bem como nosso Secretario Nacional de Defesa Civil para a Região”.

O presidente afirmou que a prioridade nesse momento é atender eventuais vítimas.

Uma barragem da mina de Feijão, da Vale, se rompeu no início desta sexta-feira (25) na região de Brumadinho, em Minas Gerais, atingindo a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco, informou a mineradora em nota à imprensa.

Ainda não há confirmação se há feridos no local, disse a mineradora. A prefeitura pediu que os moradores fiquem longe do leito do Rio Paraopeba.

Em seu discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, Bolsonaro disse que o Brasil é o país “que mais preserva o meio ambiente”. “Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária. Essas commodities, em grande parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo”, afirmou.

Época

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