Segurança

Nova Lei de Segurança Nacional está entre as prioridades do Congresso

Foto: EBC

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira ( PP -AL), afirmaram nesta quarta-feira (7) que a apreciação de uma nova legislação que para substituir a Lei de Segurança Nacional (LSN) está entre as prioridades das duas casas. O tema foi debatido hoje no seminário “A Lei de Segurança Nacional e sua aplicação após a Constituição de 1988”. Além dos parlamentares, o debate promovido pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ( IBCCRIM), teve a participação do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz e do presidente do TSE ministro Luiz Roberto Barroso.

Pauta

Em suas falas, tanto Pacheco quanto Lira atribuíram à urgência de apreciação de propostas de combate à pandemia de covid-19 ao fato de um texto sobre o assunto ainda não ter sido pautado no Congresso. Entretanto, no caso da Câmara dos Deputados, Lira adiantou que a partir da próxima semana a pauta de votação da Casa voltará a ser mista e não mais exclusivamente com temas ligados ao novo coronavírus.

Especificamente sobre a proposta mais avançada na Câmara sobre o tema, o projeto de lei (PL 6764/02), batizada de nova Lei de Estado Democrático de Direito, o presidente da Casa disse que vai debater na reunião de líderes de amanhã (8) o requerimento de urgência para analisar matéria , na próxima semana no plenário da Casa.

“Esse debate é prioridade para a Câmara. Já temos um grupo formado, sob coordenação da deputada Margarete Coelho (PP – PI), que já conversou com partidos. Já tem um estudo muito próximo de uma realidade, de como vai se comportar essas alterações”, garantiu Lira acrescentando que a ideia é inserir a proposta no Código Penal.

Para o presidente do Senado a saúde pública na pandemia, o desenvolvimento social em razão da miserabilidade de boa parte da população e garantia do Estado Democrático de Direito são os três grandes temas nacionais hoje.

Pacheco defendeu um novo ordenamento jurídico, compatível com a Constituição Federal que seja um instrumento a ser utilizado no Estado Democrático de Direito. “Não me parece de fato que a Lei de Segurança Nacional tenha esse condão, embora eu considere que não seja adequado desvalidar toda a lei enquanto não há uma substituição da lei por outra mais moderna, compatível com as normas constitucionais de 1988”, alertou. Na avaliação do senador a revogação por completo da norma pode ser um risco, inclusive ao Estado Democrático de Direito por não haver instrumentos aptos para conter movimentos que visam atentar contra a democracia.

Para o ministro Barroso, ao longo do tempo a Lei de Segurança Nacional foi ganhando versões conflitantes. “Esta lei que está em vigor tem inconstitucionalidades variadas, foi feita para outro mundo, ainda em épocas de Guerra Fria”, criticou. Para o ministro, a última versão da lei, feita à época do regime militar (1964-1985), remete à ameaça que o uso arbitrário dessa mesma legislação representa à democracia. “Não podemos negar o que aconteceu. Nós todos sabemos o que aconteceu, e muitos o sofreram na pele”, lembrou. Para o ministro a nova lei deverá trazer a tipificação de “crime de golpe de Estado”.

Ações

Recentemente, diversos episódios de uso da LSN motivaram um debate sobre eventuais excessos na aplicação de uma lei editada em épocas de supressão de direitos civis. Em março deste ano, quatro ações foram protocoladas no Supremo Tribunal Federal (STF), todas questionam se a legislação, que nasceu ainda no fim da ditadura, seria ou não compatível com a Constituição de 1988.

A lei tem sido usada tanto contra críticos do governo de Jair Bolsonaro quanto em investigações de ataques ao STF e ao Congresso, como os inquéritos dos atos antidemocráticos e das fake news em tramitação no STF.

As ações protocoladas pelo PTB e pelo PSDB defendem que a legislação seja completamente suspensa. Já a ação do PSB e uma outra conjunta do PSOL, PT e PC do B pedem que apenas parte da lei perca a validade e que parte dos artigos tenham suas aplicações limitadas pela Suprema Corte.

A Advocacia-Geral da União defende junto ao STF que a norma atual é constitucional e pede que as ações com objetivo de anular a lei sejam rejeitadas pela corte. Sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, ainda não há data para o julgamento das ações.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. STF rasgou a constituição e esse boca de veludo vem dizer merda,pela extinção dessa corte improdutiva

    1. Será que o cordato missivista poderia nos honrar com a informação indicando qual parte da Carta Magna foi rasgada pelo STF e qual seria a composição de um suposto novo tribunal? Será que ser amigo do Flávio e ser sagaz na antiga arte da flexão de joelhos serão pontos imprescindíveis para estar apto ao cargo?

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Judiciário

Sara Winter na Lei de Segurança Nacional

Os bolsonaristas que estão sendo presos hoje foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional.

Ao todo, são seis mandados de prisão temporária contra os líderes do movimento 300 do Brasil, incluindo Sara Giromini, a Sara Winter. Eles são acusados de atos antidemocráticos e de pregar o fim das instituições.

As prisões foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que atendeu a pedido feito pela Procuradoria-Geral da República na sexta.

O caso será mantido em sigilo enquanto as diligências estiverem sendo cumpridas.

O Antagonista

Opinião dos leitores

  1. Tá certo. Essa Sara é uma arruaceira querendo fama, já foi tudo que não presta, hoje lídera esses 30 malucos (vugo 300).

  2. Na minha opinião quem devia ser preso chama-se o advogado q servil ao pcc , senhor Alexandre de Morais.

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Segurança

Casa Branca diz que ataque à Sony é uma questão séria de segurança nacional

A Casa Branca disse que o ataque a sistemas de computadores da Sony Pictures foi realizado por um ator sofisticado e está sendo tratado como uma questão de segurança nacional séria. O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, disse que a investigação ainda estava em andamento e os EUA estava pesando uma resposta “proporcional” aos ataques.

“Há uma série de opções que estão sob consideração neste momento”, disse Earnest. O secretário americano de Segurança Interna, Jeh Johnson, fez comentários semelhantes anteriormente.

Em meio a ataques de hackers e ameaças de violência, a Sony Pictures decidiu cancelar a exibição do filme “The Interview”, sobre um plano de assassinato fictício do líder norte-coreano Kim Jong-un.

Autoridades norte-americanas concluíram que o governo norte-coreano em Pyongyang estava por trás do ataque de hackers, mas Earnest disse que não estava preparado para fazer publicamente essa declaração.

A Casa Branca disse que assessores de Inteligência do presidente Barack Obama, militares e a comunidade diplomática estão realizando reuniões diárias sobre a situação. Obama e sua administração estão “diretamente do lado de artistas e de outros cidadãos que buscam expressar livremente suas opiniões”, disse Earnest.

O episódio sem precedentes da Sony, que expôs uma coleção de documentos sensíveis, pode ser o ataque cibernético mais prejudicial aos negócios americanos. Não está claro os danos causados à empresa que enfrenta uma série de problemas após cerca de quatro semanas da primeira invasão por hackers.

Além dos danos na receita da bilheteria de “The Interview”, o vazamento de documentos pode prejudicar os cronogramas de produção, de acordo com especialistas. Haverá o custo de defender o estúdio contra ações judiciais por ex-funcionários que tiveram informações pessoais expostas e atores podem decidir trabalhar em outro estúdio.

Somado ao golpe financeiro, alguns analistas dizem que o episódio levantou questões preocupantes sobre a autocensura e se outros estúdios e empresas americanas também estão vulneráveis. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

fonte: Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. Quando Edward Joseph Snowden, um analista de sistemas, 3 ex-funcionário da CIA e ex-contratado da NSA 4 que tornou público detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global da NSA americana, revelou o episódio de ESPIONAGEM contra o ESTADO DE DIREITO, GOVERNO E NAÇÃO BRASIL, a Imprensa Brasileira inundou a praça com notícias contrárias ao Brasil e defendendo a ação do Governo Americano… Até… O Governo da Alemanha também ser alvo, e como vítima se pronunciar também publicamente como o Brasil já havia feito no plenário da ONU. E aí a mídia amestrada teve que engolir, reconhecer e mudar sua posição antes contaminada pela passionalidade emocional política.
    Quando o Brasil por meio de sua Diplomacia condenou os ataques de Israel e se solidarizou com o povo Palestino clamando por uma solução pacífica do conflito que é o foco mais importante das constantes guerras e existência do terrorismo internacional e desestabiliza todo o Oriente Médio, a Mídia em rede coordenada pela GLOBO, VEJA, ESTADÃO E FOLHA DE SÃO PAULO, condenaram em um único coro atacando a posição do Governo Brasileiro… Até que outras manifestações de peso vindo de países da Europa, inclusive do Parlamento Comum Europeu, AFIRMAR QUE ESTÁ AO LADO DA CAUSA PALESTINA e também condenar as ações violentas de Israel… E aí, novo recuo, novas desculpas e o reconhecimento que o Brasil também estava certo outra vez.
    Agora no episódio de reaproximação dos EUA e CUBA, onde houve um verdadeiro linchamento midiático e uso de maneira exagerada na campanha política, o que vão dizer agora essa rede de esgoto privado que defende interesses da elite representante de interesses internacionais de Multi e Transnacionais do Petróleo?

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