Saúde

Ministério da Saúde reduz distribuição de vacina antirrábica e Sesap alerta para casos de raiva em animais; veja registros no RN

Foto: Prefeitura de Piracicaba

O Ministério da Saúde comunicou à Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte que o número de doses da vacina antirrábica (VARC), solicitadas pelo Programa Estadual de Controle da Raiva da Sesap, foi reduzido de 800 mil para 500 mil. Este ano, o número de estados que receberão a vacina será reduzido para nove e a campanha será realizada no período de 19 de agosto a 18 de outubro, sendo o Dia “D” fixado em 28 de setembro.

Diante da diminuição das doses, a Sesap alerta a população sobre a necessidade de atentar para os sinais clínicos da doença nos animais domésticos e para o risco de contato desses com os animais silvestres, especialmente morcegos.

De acordo com a Nota Informativa Nº 51/2019 do Ministério da Saúde, os principais laboratórios produtores de imunobiológicos no Brasil estão com capacidade produtiva reduzida para atender as demandas dos Estados brasileiros. Foi afetada a produção de soro antirrábico (SAR) e dos soros antivenenos, bem como a produção de Vacina Antirrábica Canina (VARC).

As doses enviadas ao RN atenderão apenas municípios prioritários selecionados pela Sesap a partir de critérios orientados pela Coordenação Nacional do Programa de Controle da Raiva do MS, ou seja, municípios com registro de raiva animal nos últimos três anos em ao menos um dos seguintes animais: cão, raposa ou morcego. Outro critério são municípios com percentual de cobertura vacinal canina e/ou felina menor ou igual a 65% na última campanha.

Desde janeiro até o presente momento, são 61 animais positivos para raiva, sendo 55 morcegos, 4 raposas, 1 boi e 1 cão, em 19 municípios do RN.

Municípios selecionados para campanha de vacinação antirrábica no RN em 2019, segundo critério de positividade para raiva (Cão, raposa e morcego) e/ou de baixa cobertura vacinal em cão e/ou em gato.

1. Ceará-Mirim

2. Extremoz

3. Macaíba

4. Natal

5. Parnamirim

6. São Gonçalo do Amarante

7. Baía Formosa

8. Canguaretama

9. Nova Cruz

10. Nísia Floresta

11. Santo Antônio

12. Vera Cruz

13. Assu

14. Mossoró

15. Afonso Bezerra

16. Bento Fernandes

17. Guamaré

18. Jardim de Angicos

19. Jandaíra

20. João Câmara

21. Macau

22. Riachuelo

23. Pedro Avelino

24. Pureza

25. Taipu

26. Caicó

27. Jaçanã

28. Santa Cruz

29. São Paulo do Potengi

30. São Tomé

31. Serra Caiada

32. São Bento do Trairi

33. Almino Afonso

34. Venha Ver

35. Lagoa de Pedras

36. Senador Georgino Avelino

37. Fernando Pedroza

38. Governador Dix-sept Rosado

39. Janduís

40. Ipanguaçu

41. Triunfo Potiguar

42. Rio do Fogo

43. São Miguel do Gostoso

44. Currais Novos

45. Parelhas

46. Campo Redondo

47. Boa Saúde

48. São Pedro

49. Cel. João Pessoa

50. Major Sales

51. Rodolfo Fernandes

52. São Francisco do Oeste

53. Serrinha dos Pintos

54. Severiano Melo

55. Riacho de Santana

56. Taboleiro Grande

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Saúde

Sesap alerta para casos de raiva em morcego no RN

Os casos positivos de raiva em morcegos chamam atenção no Rio Grande do Norte. De acordo com o Programa Estadual de Controle da Raiva da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), em 2018, já foram registrados no estado 10 animais positivos para raiva, sendo sete morcegos. Somente este mês, já houve o registro de cinco morcegos contaminados, dois no município de Natal e três em Canguaretama, Guamaré e Taipu. Em janeiro houve a ocorrência de dois morcegos e uma raposa e mais duas raposas em março. Um número alto se comparado a 2017, quando houve 27 registros de raiva: 16 morcegos, 4 raposas, 4 bovinos e 3 cavalos.

Diante de tal situação, a Sesap elevou o nível de alerta para monitoramento dos casos de raiva junto aos municípios com registros. E pede à população um maior envolvimento na prevenção da doença. Além de manter a vacinação antirrábica de gatos e cachorros em dia, as pessoas devem ficar em alerta para observar se os animais estão agindo de forma estranha. O morcego tem hábitos noturnos, mas quando doente costuma voar durante o dia e em locais incomuns. “Caso se encontre um morcego nessa situação ou caído no chão, não se deve tocar ou chegar perto do animal e as unidades de saúde do bairro devem ser imediatamente notificadas”, recomenda Julyana Diniz, subcoordenadora de Vigilância Ambiental da Sesap.

Para casos de mordedura e/ou arranhadura com animal que pode transmitir raiva, o Programa Estadual de Controle da Raiva orienta que lave a lesão com água corrente e sabão e procure assistência médica imediatamente. Cães ou gatos que forem encontrados com morcegos devem ficar em isolamento por 180 dias e devem receber duas ou três doses de vacina antirrábica dependendo do estado imunológico do animal.

A raiva é uma doença que afeta o sistema nervoso, sendo fatal em 99,9% dos casos. Ela é causada por um vírus que ataca somente os animais de sangue quente e que possuem pelos (mamíferos). Pode ser transmitida principalmente através de mordidas e arranhaduras. A vacinação anual contra raiva em cães, gatos, bovinos, equinos, suínos, caprinos, ovinos e asininos é uma das principais medidas para prevenção. Para 2018, a Campanha de Vacinação Antirrábica Canina/Felina será iniciada no dia 06 de agosto, mas o Dia “D” será em 29 de setembro e o término em 05 de outubro. A estimativa é vacinar 751.583 animais em todo o estado, sendo 535.329 cães e 216.254 gatos.

 

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Diversos

Sesap alerta para casos de raiva em morcegos

Com a confirmação de 27 animais positivos para raiva ao final de 2017, sendo a maioria (16 animais ou 59,25% do total) morcegos, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap RN), alerta a população a sempre buscar assistência médica em todo caso de acidente envolvendo animais passíveis de transmissão da doença.

De acordo com a Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (SUVAM), os mais recentes resultados de morcegos positivos foram procedentes de Vera Cruz, Natal e Pureza. No caso de Pureza, a amostra foi de um morcego hematófago, que se alimenta de sangue,(Desmodus rotundus), que agrediu uma pessoa. A vítima encontra-se em bom estado de saúde, pois buscou assistência médica para tratamento antirrábico no Hospital Giselda Trigueiro.

Esse caso, em particular, desperta muita preocupação para a vigilância da raiva, já que a variante viral do Desmodus rotundus foi identificada nos seis casos fatais de raiva humana de 2017 do Brasil.

A raiva é uma doença sem cura, por isso a necessidade de buscar atendimento antes da manifestação dos sintomas. No mundo só há 4 casos de sobrevivência e anualmente morrem cerca de 60.000 pessoas, especialmente na Ásia e África

A Subcoordenadora de Vigilância Ambiental da Sesap, Cíntia Higashi, chama a atenção as medidas que a população precisa tomar, conforme orientação do Programa Estadual de Raiva: “É preciso que todos os morcegos suspeitos de raiva, ou seja, encontrados em atividade durante o dia se alimentando, caídos no chão ou pousados em local desprotegido e também aqueles morcegos encontrados mortos sejam encaminhados para exame laboratorial de raiva”, orienta.

A Sesap ainda orienta que ​qualquer contato com morcegos é preocupante e por isso a assistência médica deve ser procurada, independente de haver lesão ou do tipo de morcego. Todos os morcegos podem contrair e transmitir doença. A mordedura provocada pelo morcego hematófago para alimentação tem um formato elíptico (circular) característico e esse achado deve ser repassado imediatamente aos serviços de vigilância e controle da raiva​, pois a capacidade de transmissão da doença entre esses animais é maior.

Outra importante medida é que os cães ou gatos que entraram em contato com morcegos sejam monitorados por 180 dias. É preciso que seja feito reforço vacinal contra raiva de duas ou três doses de vacina antirrábica conforme status vacinal desses animais. Cães e gatos devem ser imunizados .

Outro alerta é que a população sempre que tomar conhecimento de animais de produção ou de interesse econômico (bovinos, caprinos, ovinos, suínos e equinos) com suspeita de raiva, bem como de animais sendo espoliados por morcegos hematófagos, devem informar o fato à Coordenação do Programa de Controle da Raiva dos Herbívoros do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (IDIARN, telefone: 3232- 8035).

A notificação de animais de produção com suspeita de raiva é compulsória e deve ser feita por qualquer cidadão conforme orienta a Instrução Normativa nº50 de 24 de setembro de 2013 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

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