Política

Análise da Polícia Federal aponta a necessidade de aperfeiçoamento do sistema digital em urnas eletrônicas

Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

Em relatório sobre as urnas eletrônicas, peritos da Polícia Federal apontaram a necessidade de aperfeiçoamento do sistema digital, mas reconheceram que a adoção do voto impresso auditável “encarece bastante” o processo eleitoral. A análise faz parte de parecer produzido pela Polícia Federal durante as eleições municipais de 2016, cujas conclusões foram obtidas pela CNN.

Na última quinta-feira (29), trechos dos relatórios das últimas eleições foram apresentados em live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No documento, a Polícia Federal apontou que a impressão do voto é “procedimento satisfatório para atender ao requisito de auditoria”, mas que, além de encarecer o processo, a iniciativa cria maior possibilidade de “falha mecânica”.

Em 2015, o Congresso Nacional aprovou a impressão do voto. A então presidente Dilma Rousseff (PT) vetou a previsão, mas teve sua decisão derrubada pelo Poder Legislativo. Em 2018, no entanto, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a medida.

“Recentemente, foi aprovada uma lei que requer que cada voto seja impresso e depositado em uma urna acoplada na urna eletrônica, de modo que caso haja desconfiança de fraude, os votos físicos possam ser contados e comparados com o boletim de urna. Este procedimento é satisfatório para atender ao requisito de auditoria, porém encarece bastante o processo (será necessário adicionar uma impressora e uma urna convencional a cada conjunto, haverá maior possibilidade de falha mecânica)”, observou a análise dos peritos.

A estimativa é que a adoção do voto impresso auditável, previsto em uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que tramita na Câmara dos Deputados, tenha um custo de cerca de R$ 2 bilhões, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os defensores da medida, no entanto, afirmam que o orçamento da Justiça Eleitoral tem capacidade para arcar com o valor.

As conclusões da Polícia Federal também reconhecem que o sistema eletrônico possibilita a auditoria da totalização dos boletins de urna, emitidos pelas zonas eleitorais. O documento ressalva, no entanto, que “não é possível auditar de forma satisfatória o processo entre a votação do eleitor e a contabilização do voto no boletim de urna”. “Por mais confiável que sejam todas as pessoas envolvidas no processo do sistema eleitoral e por mais maduro que sejam os softwares, eles sempre possuirão possíveis vulnerabilidades e necessidades de aperfeiçoamentos”, ressaltou a análise.

Na próxima quinta-feira (5), a comissão especial da Câmara dos Deputados irá votar o parecer da proposta produzido pelo relator Filipe Barros (PSL-PR). Para reduzir resistências à iniciativa, o parlamentar disse à CNN que tentará alterar o relatório da iniciativa a um “texto palatável”.

Na tentativa de aumentar as chances de o parecer ser aprovado, o deputado federal disse que tem conversado com os partidos que integram a comissão especial sobre a possibilidade de reduzir o relatório para deixar apenas o essencial. “Nós vamos tentar chegar a um texto palatável”, disse o relator. “Nós discutimos reduzir [o parecer] e deixar o essencial”, acrescentou.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Voto impresso é a nova cloroquina. Se é transparência o que Bozo e o gado querem, porque os sigilos nos crachás dos filhos e na carteira de vacinação da mãe? STF e TSE vão dar o tratamento devido à quem só faz mentir e incitar.

  2. Apenas 3 países usam essa urna, Butão, Bangladesh e… Brasil. Democracias desenvolvidas querem distância dessa caixa preta.

    1. E você só agora se rebelou. Vem votando por ano a fio e achando tudo muito bom. Mas como A derrota é certa, se Bozo conseguir se candidatar, quer mudar a regra durante o jogo. E o sigilo dos crachás? Das carteiras de vacinação do predidente e de sua mãe? Não ao voto impresso. Ponto final.

  3. Não cabe a PF, estimar se é caro ou barato. Eu até duvido, que a PF, alegou valores, parece coisa de jornalistas sem escrúpulos, aqueles que perderam a mamata do dinheiro público.
    Caro é ter eleições a cada dois anos, caro é financiar Políticos para se elegerem, caro é a justiça eleitoral, caro é sustentar ex presidentes, carro são os benefícios de cada político, caro são partidos políticos que se vendem por 30 moedas, caro são os políticos que se vendem como prostitutas.
    BOLSONARO TEM RAZÃO

  4. O sr presidente foi eleito por meio da urna eletrônica. Aí próximo ano vai ter fraude ? Como assim ?

    1. Se não fosse fraudadas Bolsonaro teria no mínimo 80%dos votos válidos.

    2. Vc não merece esse gentílico, vc é um pária, que desmerece os humildes moradores honestos da nossa gostosa e pacata JAPI, fato vergonhoso para nós, e se vc ler (se souber) vai ver que aconteceram várias PECs tentando instituir a impressão do voto, fato simples, inclusive nessas PECs, uma do então Deputado Bolsonaro.

  5. Caro é roubarem os brasileiros e financiar ditaduras.
    Voto auditado ja!!!
    Se a PF tá dizendo que é necessário, quem mais pode ser contra?

  6. Não cabe à PF dizer se é caro ou se é barata a implantação do voto impresso auditável, mas se há possibilidade de fraude, que é o que nos interessa. Muito mais caro é o fundão eleitoral, é a fraude que elege verdadeiros excrementos políticos, que se assim não fosse, jamais se elegeriam.

  7. O que encarece o sistema eleitoral é o fundo partidário e as dezenas de siglas partidárias de aluguel. O voto impresso auditável é mais democrático, transparente e exequível.

    1. Urna eletrônica no Brasil:
      6 eleições p presidente, 6 p deputado federal ( 513 a cada eleição) e 6 p senador (81 a cada eleição).
      6 eleições p prefeito (mais de 5000 a cada eleição ) e 6 para vereador ( milhares a cada eleição)
      E até hoje não há um único caso de fraude, ou melhor, não há um único indício de fraude.
      Arrumem outro argumento!

    2. VOTO AUDITÁVEL JÁ, QUAL O MEDO POR PARTE DA ESQUERDA PARA COM A TRANSPARENCIA?
      VOTO IMPRESSO SIM.

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