Saúde

Rússia libera primeiro lote da vacina Sputnik V para vacinação em hospital; população começou a ser vacinada na semana passada

Foto: Natalia Kolesnikova/AFP

A Rússia liberou o primeiro lote de vacinas da Sputinik V contra a Covid-19 para aplicação da população em um hospital na Zona Sul de Moscou, de acordo com anúncio feito nesta segunda-feira (30) divulgado pela agência Reuters.

O Domodedovo Central City Hospital, local onde chegaram as primeiras doses, informou que os médicos residentes interessados em receber a vacina precisaram se registrar em um site do governo russo com antecedência e trazer um teste de Covid-19 com resultado negativo.

As primeiras pessoas, de acordo com o comunicado, receberam a imunização ainda na semana passada. Na terça-feira (24), o governo do país anunciou que a Sputnik V tem 95% de eficácia após a segunda dose. Os resultados, no entanto, não foram publicados em revistas científicas e analisados por outros pesquisadores.

A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra a Covid-19 no mundo, em agosto. O anúncio gerou preocupação entre cientistas, entre outros motivos, por causa do anúncio dos testes de fase 3 e da vacinação em massa de forma simultânea.

O governo russo também firmou uma parceria com o governo do Paraná para produção da Sputnik V em solo brasileiro. No mês passado, o fundo russo que financia o desenvolvimento da vacina anunciou que o Brasil poderia começar a produzi-la em dezembro.

Concorrentes

Nas últimas semanas, laboratórios como a Pfizer, a Moderna e a AstraZeneca, que desenvolve uma vacina em parceria com Oxford, divulgaram resultados iniciais de fase 3 sobre a taxa de eficácia de suas vacinas ainda em desenvolvimento. Nenhuma publicou, até agora, estudo científico com os dados.

Os dados iniciais divulgados pelas empresas apontaram as seguintes taxas de eficácia para suas vacinas em desenvolvimento – os índices ainda podem mudar:

Pfizer: 95% de eficácia

Moderna: 94,5% de eficácia

Oxford: 90% de eficácia

A FDA, agência regulatória dos Estados Unidos equivalente à Anvisa no Brasil, já anunciou que qualquer vacina deve comprovar 50% de eficácia antes de ser liberada nos EUA.

G1

Opinião dos leitores

  1. A Rússia que é comunista não está obrigando o seu cidadão a tomar a vacina aqui o calça apertada e os esquerdopatas querem a qualquer preço torná-la obrigatório.
    Óbvio que tem algo podre no ar.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Saúde

Compra de vacinas contra a covid: Ministério da Saúde tem reunião com Pfizer, Johnson e Sputinik V

Foto: Divulgação/BioNTech

Após a divulgação de resultados preliminares positivos sobre o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, o Ministério da Saúde receberá representantes de farmacêuticas para discutir a compra dos imunizantes. A primeira reunião será com a Pfizer, nesta terça-feira (17), de acordo com informações obtidas pelo Estadão. Amanhã, técnicos da pasta vão se encontrar com representantes da Johnson & Johnson. Na quinta-feira, está prevista agenda com desenvolvedores da vacina Sputnik V.

Não há compromisso firmado pelo governo para a compra desses imunizantes. O discurso no ministério é o de que o governo comprará a primeira vacina segura que chegar ao mercado. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, chegou a vetar a compra da Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, pois quem lidera as tratativas para o acesso da droga no Brasil é o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Há estudos clínicos em andamento no Brasil para desenvolver as vacinas da Pfizer e Johnson & Johnson, entre outras. A Sputnik V, porém, ainda não é testada no País. A ideia do governo é ouvir valores e condições de acesso à vacina que as empresas oferecem. Uma dúvida no governo é sobre como garantir o armazenamento de vacinas que exigem temperaturas baixíssimas.

O Ministério da Saúde acompanha 270 pesquisas sobre vacinas com covid-19. A aposta do governo, por enquanto, é no imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca. O governo investiu cerca de R$ 2 bilhões para comprar 100 milhões de doses da vacina, além de equipar a Fiocruz para produção independente da droga.

OMS

Em outra frente de atuação para encontrar uma vacina, o Brasil espera receber doses para 10% da população por meio do consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O País investiu R$ 2,5 bilhões para entrar no consórcio.

Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *