Polícia

Valeixo confirma telefonema de Bolsonaro e diz que não pediu para sair

O depoimento de Maurício Valeixo terminou há pouco, depois de quase seis horas.

O Antagonista apurou que o delegado confirmou ter recebido um telefonema de Jair Bolsonaro no dia 23, perguntando se concordava em sair da função, mas sem que lhe fosse dada qualquer alternativa.

Segundo Valeixo, nunca houve pedido seu para ser exonerado.

Da mesma forma, ele explicou que “estava cansado” do assédio do Planalto e, por isso, deixou Sergio Moro à vontade para trocar o comando da Polícia Federal.

Gentileza que não foi aceita por Moro, mas explorada pelo presidente da República.

O Antagonista

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Jornalismo

Capitão do Costa Concordia mentiu e abandonou o navio antes dos passageiros

Um telefonema entre o capitão do cruzeiro “Costa Concordia”, que naufragou na sexta-feira em águas na Itália, e a Capitania dos Portos publicado nesta terça-feira na imprensa italiana confirma que ele deixou o navio antes da retirada de todos os passageiros e não voltou apesar de ter recebido ordem para retornar.

A imprensa italiana transcreve nesta terça trechos da conversa entre o capitão Francesco Schettino, de 52 anos, e a Capitania dos Portos que revelam que ocultou o motivo do naufrágio.

Às 21h54 (18h54 de Brasília), com o navio já encalhado em frente à ilha de Giglio, no centro da Itália, o capitão garantiu que tudo estava bem e enfrentava apenas um problema técnico.

Segundo o “Corriere della Sera”, a Capitania perguntou a Schettino às 0h32 (21h32 de Brasília) quantas pessoas ainda restavam a bordo. Embora a embarcação estivesse cheia, o comandante respondeu que apenas entre 200 e 300.

A resposta fez levantar suspeitas à Capitania que perguntou se ele ainda estava a bordo e Schettino confessou que o navio estava inclinando e ele havia deixado o barco.

“Mas como que abandonou a nave?”, perguntaram a partir da Capitania.

Mesmo que o capitão tenha se retratado dizendo que não tinha abandonado o cruzeiro, a partir da Capitania ninguém conseguiu encontrá-lo.

“Volte imediatamente a bordo, suba pela escada de segurança e coordene a evacuação. Deve nos dizer quantas pessoas há lá dentro: crianças, mulheres, passageiros, o número exato de cada categoria”, acrescentaram.

“Comandante, é uma ordem, agora comando eu. Anteriormente o senhor declarou que havia abandonado o navio, volte à proa e coordene o resgate porque há mortos”, exigiram.

Conforme os investigadores, Schettino que estava em terra firme e não retornou ao transatlântico perguntou quantos corpos havia.

“É o senhor quem tem de me dizer quantos. O que quer fazer? Ir para sua casa? Volte imediatamente e nos diga o que é preciso fazer, quantas pessoas restam e o que necessitam”, ordenaram a partir da Capitania.

O comandante garantiu que voltaria, mas testemunhas e investigadores que cuidam do caso, afirmam que ele não voltou e o viram pegar um táxi em direção a um hotel.

Como informou a empresa dona do transatlântico, a Costa Cruzeiros, o naufrágio foi causado por um “erro humano” do capitão que aproximou a embarcação até 150 metros do litoral dessa pequena ilha do mar Tirreno. A manobra acabou levando o barco para as rochas.

Até o momento seis corpos foram resgatados. As equipes ainda procuram 29 desaparecidos.

Fonte: EFE

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