Finanças

TJ-BA antecipa pagamento das verbas de férias e benefícios referentes a 2021 para juízes

Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça da Bahia irá antecipar o pagamento das verbas de abono pecuniário e adicional relativas às férias do 1º e 2º período de 2021. A justificativa para o ato divulgado pela Corte nesta segunda-feira (8) foi “salvaguardar o direito dos magistrados, bem como por estar sensível à situação de diminuição de renda familiar de alguns magistrados nesse momento de crise”.

O adiantamento do pagamento se antecipa as dificuldades orçamentárias do Governo da Bahia e a “queda de arrecadação de receitas em decorrência da pandemia do coronavírus”. O ato é assinado pelo presidente do Tribunal, o desembargador Lourival Almeida Trindade e terá o pagamento dividido em 7 parcelas, sendo a primeira paga a partir de junho deste ano.

O ato será publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (9).

Justiça Potiguar

Opinião dos leitores

  1. Kkkk
    Eu pensei que simplesmente recebiam os subsídios mais altos do pais uma media de 60mil, mas nao sabia que tinham rendas extras que perderam com a pandemia, estranho!!!
    Vivemos num circo mesmo!
    Ferias 60 dias, licença prêmio 90 dias, 20 dias de recesso e inúmeras folgas administrativas e por isso recebem plus e mais plus

  2. Isso me dá muito NOJO! Que vergonha descabida. Rapaz, isso aí é um verdadeiro TAPA na cara de cada brasileiro. Contra isso sim, deveria haver manifestação de todo o tamanho. Inescrupulosos!

  3. Cadê a OAB que se mete em tudo oque não presta ??? Quero ver a opinião desses nobres defensores da lei e da ordem acham desse absurdo ?

    1. Democracia para ELES, e os OUTROS a DITADURA DE ESQUERDA como; CORÉIA DO NORTE, CUBA e etc.

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Judiciário

Presidente afastado do TJ-BA movimentou R$ 24 milhões em sete anos; PGR aponta ‘ambiente de corrupção sistêmica’

Foto: Emerson Leal / STJ

Afastado do cargo nesta terça-feira por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após suspeitas de corrupção, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Gesivaldo Nascimento Britto movimentou R$ 24 milhões em suas contas bancárias nos últimos sete anos, de acordo com informações levantadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) .

Ao pedir o afastamento e uma operação de busca e apreensão contra quatro desembargadores do TJ-BA e dois juízes de primeira instância, a PGR cita a existência de um “ambiente de corrupção sistêmica” no tribunal baiano. O ministro do STJ Og Fernandes , relator do caso, aponta em sua decisão “uma teia de corrupção, com organização criminosa formada por desembargadores, magistrados e servidores do TJ-BA, bem como advogados, produtores rurais e outros atores do referido Estado”.

A investigação aponta suspeitas de que Gesivaldo Britto atuou em um esquema ilegal de grilagem de terras no oeste baiano que envolveu pagamentos de propina e compra de decisões judiciais. Após quebrar o sigilo bancário do desembargador, a PGR detectou movimentação financeira de R$ 24,4 milhões, entre créditos e débitos, no período de janeiro de 2013 e a data atual.

“Do crédito total de R$ 12.161.672,77 recebidos no período, apenas R$ 2.251.590,45 compõem a rubrica de ‘pagamentos salariais’, o que indica um volume de ganhos totalmente incompatível com os vencimentos recebidos como servidor público”, aponta a decisão judicial. Isso significa que Gesivaldo recebeu, no período, R$ 2,2 milhões do seu salário de desembargador e outros R$ 10 milhões de outras origens. Algumas transações foram registradas como empréstimo, mas a PGR aponta suspeitas de que seriam apenas fictícios para lavagem de dinheiro.

Grilagem

De acordo com a investigação, mais de 800 mil hectares de terra na região do oeste baiano foram alvos de grilagem graças a decisões proferidos por juízes da região. Uma portaria de julho de 2015 do TJ-BA foi o ponto de partida do esquema. Essa portaria cancelou a matrícula de dois imóveis e dos seus desmembramentos. Após o cancelamento, um dos operadores do esquema, Adailton Maturino, participou da confecção de acordos judiciais com os ocupantes das áreas para que eles fizessem vultosos pagamentos para continuar ocupando as suas fazendas. Segundo a investigação, o acordo rendeu pagamentos superiores a R$ 1 bilhão ao esquema criminoso operado por Maturino, que se autoproclama cônsul da Guiné-Bissau.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a revogação dessa portaria do TJ-BA que abriu brecha para a grilagem. O presidente afastado Gesivaldo Britto recorreu contra a revogação e vinha resistindo a implantá-la. A investigação aponta ligações entre Gesivaldo e Maturino, como o fato do cônsul ter sentado na primeira fileira na posse do desembargador como presidente do TJ-BA. A PGR também cita que Gesivaldo indicou juízes para atuar no processo de conciliação que rendeu a indenização bilionária a Maturino. Diversas decisões administrativas e judiciais são citadas como suspeitas de terem sido tomadas para permitir as fraudes.

Outro imóvel rural também teve matrícula revogada e abriu brecha para outras negociações de acordos fraudulentos, com a participação de Maturino e juízes de primeira instância indicados por Gesivaldo, aponta a PGR.

“O investigado, na condição de presidente, inclusive no presente ano de 2019, tem indicado juízes suspeitos para atuar no oeste baiano, a exemplo de Sérgio Humberto Sampaio e Marivalda Moutinho, que atuaram de forma a impulsionar o esquema criminoso liderado por Adailton Maturino em comarcas específicas e sensíveis na região do Oeste baiano, conforme restou demonstrado em diálogos obtidos por meio de interceptação telefônica”, aponta a decisão judicial.

O caso das grilagens era alvo de uma sindicância do CNJ. A investigação aponta, porém, que o TJ-BA estava descumprindo as determinações do CNJ para anular decisões que permitiram as grilagens. “É relevante destacar as dificuldades que o CNJ está tendo para que seja devidamente cumprido o seu acórdão proferido em 14 de março de 2019, o que não ocorreu até o presente momento, por conta da aparente resistência de membros do TJ-BA”, aponta a decisão do ministro.

Além de Gesivaldo, também foram alvos dos afastamentos os desembargadores José Olegário Monção, Maria da Graça Osório e Maria do Socorro. Ainda foram afastados os juízes Marivalda Moutinho e Sérgio Humberto Sampaio. A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira mandados de busca e apreensão contra eles, além de quatro mandados de prisão temporária contra supostos operadores do esquema. A operação foi batizada de “Faroeste”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Quero ver é cadeia, afastado para mim é uma ode a compensação, um chamado para a repetição ad nauseam dos delitos.

  2. Por isso que pt continua a ganhar eleições na Bahia, um conluio com justiça daquele estado, onde a justiça legaliza o partido da ilicitude.

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