Saúde

Coaf aponta que diretor da Precisa movimentou R$ 2 milhões por mês de forma ‘atípica’

Foto: Agência O Globo

O diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Trento, fez movimentações de valores incompatíveis com o seu faturamento mensal e de sua empresa, chegando a receber R$ 2 milhões mensais, segundo um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro.

No período analisado pelo Coaf, Trento teve, por mês, uma movimentação de R$ 1,8 milhão nas suas contas empresariais e R$ 198 mil por mês nas contas de pessoa física. Para efeito de comparação, o valor é vinte vezes o salário de Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal. Também é um valor superior aos R$ 3,9 milhões movimentados em todo o ano de 2020 por Francisco Maximiano, presidente da Precisa. O relatório do Coaf, obtido pelo GLOBO, foi enviado à CPI da Covid.

A comissão quebrou o sigilo bancário de Danilo Trento. O documento mostra que, de outubro de 2020 a abril de 2021, Danilo recebeu créditos de R$ 1,6 milhão em uma conta de pessoa física em seu nome. Em outra conta, foram R$ 2,1 milhões de agosto de 2020 a junho de 2021. Em reportagem exclusiva para assinates, confira esquema completo da movimentação de verba da Precisa.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Pelos comentários a precisa medicamentos é um órgão federal.
    Essa eu não sabia.

  2. O presidente está parecendo um touro ♉️. De forte 💪? Não de chifre . Mummmmm. Bora Gadolândia.

    1. Não sabia que os idiotas tinham asas além de chifre kkkkkkkk. Mente suja de bos……, Onde vc viu o nome do presidente envolvido? Vidência? Escutava um adágio popular que diz assim “mente desocupada morada do diabo”, se preocupe, já que vcs estão enlouquecendo de medo, com as movimentacoes do dia 07, depois pode descer o malho kkkkkkkk, vou estar aqui para ler.

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Judiciário

Presidente afastado do TJ-BA movimentou R$ 24 milhões em sete anos; PGR aponta ‘ambiente de corrupção sistêmica’

Foto: Emerson Leal / STJ

Afastado do cargo nesta terça-feira por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após suspeitas de corrupção, o presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Gesivaldo Nascimento Britto movimentou R$ 24 milhões em suas contas bancárias nos últimos sete anos, de acordo com informações levantadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) .

Ao pedir o afastamento e uma operação de busca e apreensão contra quatro desembargadores do TJ-BA e dois juízes de primeira instância, a PGR cita a existência de um “ambiente de corrupção sistêmica” no tribunal baiano. O ministro do STJ Og Fernandes , relator do caso, aponta em sua decisão “uma teia de corrupção, com organização criminosa formada por desembargadores, magistrados e servidores do TJ-BA, bem como advogados, produtores rurais e outros atores do referido Estado”.

A investigação aponta suspeitas de que Gesivaldo Britto atuou em um esquema ilegal de grilagem de terras no oeste baiano que envolveu pagamentos de propina e compra de decisões judiciais. Após quebrar o sigilo bancário do desembargador, a PGR detectou movimentação financeira de R$ 24,4 milhões, entre créditos e débitos, no período de janeiro de 2013 e a data atual.

“Do crédito total de R$ 12.161.672,77 recebidos no período, apenas R$ 2.251.590,45 compõem a rubrica de ‘pagamentos salariais’, o que indica um volume de ganhos totalmente incompatível com os vencimentos recebidos como servidor público”, aponta a decisão judicial. Isso significa que Gesivaldo recebeu, no período, R$ 2,2 milhões do seu salário de desembargador e outros R$ 10 milhões de outras origens. Algumas transações foram registradas como empréstimo, mas a PGR aponta suspeitas de que seriam apenas fictícios para lavagem de dinheiro.

Grilagem

De acordo com a investigação, mais de 800 mil hectares de terra na região do oeste baiano foram alvos de grilagem graças a decisões proferidos por juízes da região. Uma portaria de julho de 2015 do TJ-BA foi o ponto de partida do esquema. Essa portaria cancelou a matrícula de dois imóveis e dos seus desmembramentos. Após o cancelamento, um dos operadores do esquema, Adailton Maturino, participou da confecção de acordos judiciais com os ocupantes das áreas para que eles fizessem vultosos pagamentos para continuar ocupando as suas fazendas. Segundo a investigação, o acordo rendeu pagamentos superiores a R$ 1 bilhão ao esquema criminoso operado por Maturino, que se autoproclama cônsul da Guiné-Bissau.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a revogação dessa portaria do TJ-BA que abriu brecha para a grilagem. O presidente afastado Gesivaldo Britto recorreu contra a revogação e vinha resistindo a implantá-la. A investigação aponta ligações entre Gesivaldo e Maturino, como o fato do cônsul ter sentado na primeira fileira na posse do desembargador como presidente do TJ-BA. A PGR também cita que Gesivaldo indicou juízes para atuar no processo de conciliação que rendeu a indenização bilionária a Maturino. Diversas decisões administrativas e judiciais são citadas como suspeitas de terem sido tomadas para permitir as fraudes.

Outro imóvel rural também teve matrícula revogada e abriu brecha para outras negociações de acordos fraudulentos, com a participação de Maturino e juízes de primeira instância indicados por Gesivaldo, aponta a PGR.

“O investigado, na condição de presidente, inclusive no presente ano de 2019, tem indicado juízes suspeitos para atuar no oeste baiano, a exemplo de Sérgio Humberto Sampaio e Marivalda Moutinho, que atuaram de forma a impulsionar o esquema criminoso liderado por Adailton Maturino em comarcas específicas e sensíveis na região do Oeste baiano, conforme restou demonstrado em diálogos obtidos por meio de interceptação telefônica”, aponta a decisão judicial.

O caso das grilagens era alvo de uma sindicância do CNJ. A investigação aponta, porém, que o TJ-BA estava descumprindo as determinações do CNJ para anular decisões que permitiram as grilagens. “É relevante destacar as dificuldades que o CNJ está tendo para que seja devidamente cumprido o seu acórdão proferido em 14 de março de 2019, o que não ocorreu até o presente momento, por conta da aparente resistência de membros do TJ-BA”, aponta a decisão do ministro.

Além de Gesivaldo, também foram alvos dos afastamentos os desembargadores José Olegário Monção, Maria da Graça Osório e Maria do Socorro. Ainda foram afastados os juízes Marivalda Moutinho e Sérgio Humberto Sampaio. A Polícia Federal cumpre nesta terça-feira mandados de busca e apreensão contra eles, além de quatro mandados de prisão temporária contra supostos operadores do esquema. A operação foi batizada de “Faroeste”.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Quero ver é cadeia, afastado para mim é uma ode a compensação, um chamado para a repetição ad nauseam dos delitos.

  2. Por isso que pt continua a ganhar eleições na Bahia, um conluio com justiça daquele estado, onde a justiça legaliza o partido da ilicitude.

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Polícia

PF investiga organização criminosa que movimentou mais de R$ 1 bilhão

A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram nesta terça-feira (3) a Operação Harpia, para apurar crimes de evasão de divisas, lavagem de capitais praticados por uma organização criminosa. De acordo com a PF, as investigações tentam identificar também a origem e o volume de recursos ilícitos transacionados que chegam a mais de R$ 1 bilhão entre os anos de 2015 e 2019.

As investigações começaram em 2018, quando foi apurada a existência de uma rede de doleiros que atuavam nas cidades de Porto Alegre, Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul; Rivera, no Uruguai; e Ciudad del Este, no Paraguai.

Os investigadores identificaram que esse grupo criminoso praticava transações cambiais não autorizadas, conhecidas como dólar-cabo, facilitando a lavagem de dinheiro proveniente de atividades criminosas praticadas no Brasil e no exterior, envolvendo, inclusive, madeireiras da Região Norte.

Policiais federais e servidores da Receita cumpriram 11 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em endereços dos investigados nos municípios de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul; e em Ariquemes, em Rondônia.

O nome da operação, Harpia, faz referência a uma das maiores aves de rapina do mundo presente em grande parte do Brasil, principalmente na Amazônia.

Agência Brasil

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