Tecnologia

Site do Detran-RN expõe dados de aproximadamente 70 milhões de brasileiros com CNH, destaca portal de tecnologia

Aproximadamente 70 milhões de brasileiros tiveram os dados pessoais expostos no site do Detran; era possível encontrar dados sensíveis, inclusive do presidente Jair Bolsonaro e sua família

A venda de dados pessoais deixou de ser exclusividade no ambiente da Deep Web para ganhar a internet da superfície. Casos de vazamento de dados se tornaram corriqueiros e não apenas exclusividade de pequenas empresas, as quais não possuem estrutura suficiente para proteger os dados de seus clientes.

Com exclusividade, o Olhar Digital recebeu uma denúncia anônima sobre uma grave falha de segurança no sistema do Detran do estado do Rio Grande do Norte. A brecha expôs dados pessoais de aproximadamente 70 milhões de pessoas. Era possível obter, apenas com o número de CPF, outros dados pessoais como endereço residencial completo, telefone, operadora, dados da CNH (categoria, validade, emissão, restrição, registro), foto, RG, CPF, data de nascimento, sexo e idade.

A denúncia partiu de um pesquisador de segurança da informação, que explorou a falha por aproximadamente três meses e descobriu, por meio de testes com variados números de CPFs gerados aleatoriamente, a falha que dava acesso ao banco de dados completo dos Detrans de todo o Brasil – que têm seus sistemas integrados e unificados. Por se tratar de um banco de dados de base nacional, era possível obter dados de qualquer pessoa, inclusive de figuras públicas como o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, Wesley Safadão, Xuxa, Neymar, Eike Batista, entre outros.

O pesquisador, que contatou duas vezes o Departamento Nacional de Trânsito para notificar a falha, afirmou não ter obtido nenhum retorno do órgão. Na semana passada, ao tentar acessar o site novamente, descobriu que a página que retornava com os dados não mostrava mais informações da ficha cadastral, mas continuava ativa e, assim, passível de ser acessada e explorada por algum invasor.

Aparentemente, o Detran corrigiu a brecha do sistema, visto que as tentativas não retornam mais páginas com dados dos cadastrados. O Olhar Digital tentou, por diversas vezes, entrar em contato com o Detran-RN, mas até o momento da publicação desta matéria, não obteve resposta.

Olhar Digital

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Diversos

WhatsApp protege fotos íntimas de todos os brasileiros; entenda

WhatsApp possui 120 milhões de usuários brasileiros (Foto: Carolina Ochsendorf/TechTudo)

O WhatsApp concluiu o processo de criptografar todas as mensagens, iniciado em abril de 2016. Um ano depois, o mensageiro alcançou a marca de 100% das mensagens com codificação, uma maneira que, segundo a empresa, impede que bisbilhoteiros tenham acesso ao conteúdo e o teor do que é trocado pelo aplicativo.

“Ninguém tem acesso às suas mensagens, nem mesmo o WhatsApp”, afirma o engenheiro de segurança Ehren Kret. O especialista cita dados do Instituto Datafolha, de que 94% dos brasileiros consideram a criptografia como um fator importante de segurança, enquanto 71% dos entrevistados admitem enviar dados sigilosos por meio do aplicativo.

Os responsáveis pelo mensageiro revelaram hoje (31), em São Paulo, que atualmente 120 milhões de brasileiros têm o WhatsApp instalado e o utilizam mensalmente. Mais da metade dos habitantes do país – 206 milhões, segundo índice do IBGE no ano passado – estão no programa, uma propriedade do Facebook na internet.

O processo de criptografia codifica as mensagens para que somente o autor e o destinatário saibam o que estava escrito. Ainda segundo Kret, seriam necessários “milhões de anos” e um poder computacional astronômico para quebrar a segurança de apenas uma mensagem, e por isso é praticamente impossível derrubar a segurança do mensageiro.

Questões referentes ao uso policial do WhatsApp vêm à tona porque, na próxima sexta-feira (1º de junho), o Supremo Tribunal Federal começará as discussões sobre a constitucionalidade do bloqueio do mensageiro, como já aconteceu em outras ocasiões no país.

Os representantes do mensageiro não comentam quais serão as providências do mensageiro caso o STF determine a instalação de uma back door, espécie de porta dos fundos que permita a agentes policiais ler as conversas das pessoas. “A última coisa que queremos é um novo bloqueio”, responde o encarregado jurídico Mark Khan. Ao mesmo tempo, ele lembra que o WhatsApp é uma organização americana e que “nem nos Estados Unidos nos sujeitamos à criação de uma back door”.

Apesar de não conseguir acessar o conteúdo das conversas – sejam elas individuais ou em grupos –, o WhatsApp registra informações que se mostraram úteis para investigações policiais no passado. Khan explica que é possível saber o dia e horário em que um usuário esteve online pela última vez, informação importante quando há uma suspeita de sequestro ou desaparecimento de uma criança.

Além disso, os criadores do mensageiro sabem a partir de qual dispositivo o acesso foi feito (se foi um celular Android, um iPhone ou um dispositivo com Windows, por exemplo) e a lista de contatos, que fica salva no smartphone mas é replicada também na nuvem.

No mundo, aproximadamente 1,2 bilhão de pessoas utilizam o mensageiro a cada mês.

Globo, via Techtudo

 

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