As vendas no comércio físico brasileiro cresceram 10,1% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, apontou o Indicador de Atividade do Comércio. Esse foi o maior crescimento semestral desde 2010, disse a Serasa Experian.
No entanto, segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, essa alta observada é uma recuperação apenas parcial, “pois não compensa a queda expressiva relacionada a pandemia em 2020”.
A alta foi puxada pelo setor de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática, que cresceram 13,6% no período. Já a retração ocorreu principalmente nos setores de tecidos, vestuário, calçados e acessórios, com queda de 6,5% no período.
Junho
No mês de junho, o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian teve alta de 1,1% frente ao mês anterior. O segmento de tecidos, vestuários, calçados e acessórios teve um crescimento expressivo de 30,9%, o que impulsionou o cenário positivo do índice.
“Com o alto nível de desemprego e a diminuição do auxílio emergencial, as pessoas ainda estão seguindo o modelo de consumo por necessidade, o que afeta as vendas do varejo. A alta expressiva do setor de tecidos, vestuários, calçados e acessórios pode estar ligada ao período de frio iniciado em junho, que reforçou a demanda por esses itens”, disse Rabi.
Contra tudo e contra todos.
O Brasil do véi Bolsonaro é forte!!
Não tem petista safados, não tem João doriana, não tem desgovernadora, não tem FIQUE EM CASA que empate desse Brasilzão crescer.
Chupa bando de abutres.
Brasil e o Presidente Jair Bolsonaro acima de tudo, Deus acima de todos.
Fui!!!
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deu até o início de agosto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhar um texto próprio sobre o corte de isenções tributárias. Segundo interlocutores do deputado, caso o Ministério da Fazenda não envie uma proposta, a Casa vai elaborar um projeto próprio e votá-lo no retorno do recesso parlamentar.
A discussão sobre a redução das isenções fiscais acontece num contexto em que o governo Lula tenta encontrar meios de aumentar sua arrecadação e, assim, atingir a meta fiscal. Estima-se que o Brasil deixa de arrecadar R$ 540 bilhões por ano por causa dos benefícios tributários. Como mostrou o Metrópoles, a Câmara demonstrou que poderia discutir um corte nesses privilégios após ser emparedada pela esquerda por causa da resistência em taxar super-ricos e fundos de investimentos hoje isentos.
Nesse sentido, o que discute-se na Câmara é aprovar um projeto “meio-termo” entre as propostas do deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) e outro do senador Esperidião Amim (PP-SC). O do parlamentar cearense atende mais ao interesses arrecadatório imediato do governo, pois promove um corte de 10% nas isenções, sendo 5% num ano e outros 5% no próximo.
A crise do Planalto com o Congresso, que envolveu o STF:
O governo anunciou no fim de maio o aumento no IOF para arrecadar quase R$ 20 bilhões, visando atingir a meta fiscal de 2025.
O Congresso reagiu mal. Após reunião com os presidentes da Câmara e do Senado, o Planalto recuou, diminuindo o reajuste.
Executivo e Legislativo acordaram o envio de uma Medida Provisória (MP) para completar a verba que o Executivo deixaria de arrecadar com o recuo do IOF.
O clima azedou pouco depois, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautou e aprovou a urgência do projeto que derrubava o reajuste do imposto. O requerimento foi aprovado em 16/6, com promessa de 15 dias para o governo encontrar uma saída política.
Antes do fim desse prazo, Motta surpreendeu o Planalto e até parte dos líderes da Câmara ao pautar e aprovar a derrubada de todo o reajuste do IOF no dia 25/6.
O governo alardeia que, sem o dinheiro do IOF e da MP, vai precisar cortar programas sociais e bloquear emendas parlamentares.
Após a derrota, o governo acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), cuja intervenção poderia deflagrar uma nova guerra entre Poderes.
Na sexta-feira (4/7), o ministro Alexandre de Moraes derrubou as medidas do Executivo e Legislativo, convocando uma conciliação.
O governo partiu para ofensiva na opinião pública e emparedou o Congresso nas redes sociais.
Marco normativo
Enquanto isso, o projeto de Esperidião, já aprovado no Senado, estabelece um marco normativo para futuras concessões e revisões das isenções. A proposta estabelece critérios para definir se vale a pena o governo abrir mão de uma arrecadação a partir de parâmetros como geração de emprego. Apesar de promover uma mudança estrutural, esse texto não se traduz, necessariamente, em arrecadação imediata para o governo.
Estima-se que, com um corte de 10% nas isenções, o governo consiga arrecadar de R$ 54 bilhões a R$ 68 bilhões ao ano, com chance de aumento caso a proposta passe a régua também em benefícios creditícios e financeiros. No melhor cenário arrecadatório, isso significaria um montante três vezes superior aos quase R$ 20 bilhões que a Fazenda previu de entrada nos cofres públicos com o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que deflagrou a última crise entre Congresso e Planalto.
A abertura para revisão das isenções fiscais foi sinalizada pelo presidente da Câmara na reunião de líderes da última terça-feira (8/7). Desde então, Planalto e Congresso têm sinalizado maior disposição para superar a crise causada pela derrubada do decreto do IOF.
O presidente Lula afirmou que o decreto editado pelo governo será mantido, mas reconheceu que pontos específicos podem ser ajustados, se necessário. “Eu não me queixo do Congresso. Apesar das divergências, é importante que o povo brasileiro entenda: meu partido elegeu apenas 70 deputados dos 513 e 9 senadores dos 81. Isso me impõe um caminho: negociar e dialogar. E, justiça seja feita, até agora conseguimos aprovar 99% do que enviamos. Sou grato ao Congresso, porque tem colaborado muito”, disse o petista.
O governo Lula (PT) cobra a devolução de mais de R$ 140 milhões de municípios por supostas irregularidades envolvendo emendas parlamentares destinadas à saúde.
Municípios do Maranhão concentram a maior parte da verba (R$ 120 milhões) que a gestão federal busca recuperar. Os valores foram calculados a partir de 51 auditorias do DenaSUS, órgão do Ministério da Saúde.
As apurações apontam que os municípios receberam mais emendas do que deveriam ao registrarem aumento fictício de consultas, exames e outros procedimentos do SUS (Sistema Único de Saúde). O teto de verba indicada por parlamentares é definido a partir desses dados.
A maior cobrança do DenaSUS, de R$ 13,4 milhões, é direcionada para Vitorino Freire (MA), município que é governado por aliados do deputado federal Juscelino Filho (União Brasil). Ele deixou o posto de ministro das Comunicações do governo Lula em abril, em meio a acusações de desvio de emendas de obras públicas.
A auditoria afirma que a prefeitura não comprovou os procedimentos registrados, incluindo mais de 800 mil consultas declaradas em 2021. O município tem cerca de 30 mil habitantes.
O valor cobrado é próximo da metade de todos os R$ 27 milhões repassados pelo Ministério da Saúde para Vitorino Freire em 2024, cifra que inclui indicações parlamentares.
Já a possibilidade de existir crime envolvendo a gestão de Vitorino Freire é apurada pela Polícia Federal, que realizou em 2024 a Operação Hygeia. Os agentes avaliam se os recursos, incluindo emendas de Juscelino, foram desviados a uma empresa que não teria comprovado a execução dos serviços.
As auditorias também detectaram que parte dos municípios entregou a terceiros, inclusive pessoas sem vínculo com a prefeitura, senhas de acesso ao sistema para registrar os dados do SUS.
O ex-secretário de saúde do município de Bom Lugar (MA) disse ao ministério que não sabia manusear o sistema de registro e que por isso fez contato com Roberto Rodrigues Lima, que já era “conhecido da administração anterior”.
Roberto Lima foi um dos alvos de operação feita pela PF em 2022 sob suspeita de inserir dados falsos nos sistemas do SUS para justificar repasses a uma série de municípios. No mesmo ano, ele constava no sistema do Congresso como autor de pedidos de distribuição de R$ 36,2 milhões em emendas a cidades do Maranhão.
A reportagem tentou localizá-lo por email e em contatos de telefone, mas não recebeu respostas.
A segunda maior cobrança do DenaSUS, de R$ 10,3 milhões, é direcionada a Paulo Ramos (MA).
Entre as razões, está uma suposta transferência não justificada à Center Med. A empresa é também investigada pela PF num caso levado ao STF após agentes localizarem diálogos em que um suposto sócio oculto e o deputado federal Cleber Verde (MDB-MA) mencionariam valores de emendas a municípios.
“Apresentei ao STF as informações que acredito serem esclarecedoras sobre as emendas mencionadas”, afirmou à Folha o deputado. Cleber Verde disse que as emendas “foram enviadas para ajudar no atendimento e ampliação das ações de saúde nos municípios mencionados”.
A Center Med negou irregularidades, disse que não participa da inserção de dados do SUS e afirmou que foi regularmente contratada para fornecimento de materiais.
As apurações do Ministério da Saúde se concentraram no Maranhão e foram abertas por pedido do MPF (Ministério Público Federal), que se debruçou sobre o tema após reportagens da revista Piauí, em 2022.
A um ano e três meses das eleições de 2026, o governo Lula vai mudar o slogan, na tentativa de mostrar que sua identidade não pode ser confundida com a do Centrão. O mote “União e Reconstrução” será substituído agora pela ideia de que o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem lado.
A estratégia para recuperar a popularidade perdida consiste em focar a propaganda oficial na seguinte mensagem: combater privilégios significa abrir espaço para que mais gente prospere na vida. Na prática, o governo quer ir além da toada “ricos contra pobres”.
A ordem é bater na tecla de que programas lançados recentemente, como os que preveem linhas de crédito mais baratas para a reforma de casa e para microempreendedores, também beneficiam a classe média.
Ministros têm sido orientados a destacar em entrevistas que o principal adversário do País é o sistema de desigualdade, montado para favorecer 1% da população contra 99%. Para exemplificar esse raciocínio, devem dizer que, enquanto a maior parte dos brasileiros enfrenta uma jornada pesada, fila de ônibus e trânsito, impostos que levam mais de 20% dos salários de professores e até de pequenos comerciantes aliviam a carga de quem nasceu cercado por privilégios.
O Palácio do Planalto encomendou pesquisas qualitativas, que medem as percepções dos eleitores, para definir o novo slogan do governo e as consultas ainda estão em andamento. Já se sabe, porém, que o lema vai misturar os conceitos de trabalho, justiça social e enfrentamento aos privilégios com a defesa do Brasil. O toque nacionalista ganhou força após a ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o País.
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, tem conversado com os colegas sobre essa nova linha, que recebeu sinal verde de Lula. Nos bastidores, auxiliares do presidente afirmam que um governo de coalizão – no qual cada um puxa para um lado – acaba sem identidade. É por isso que, hoje, todas as iniciativas de ministros têm de passar pelo crivo da Secom.
Levantamentos do Planalto e do PT revelam que eleitores estão desencantados porque esperavam mais de Lula do que a reedição de programas como o Bolsa Família, o Farmácia Popular e o Minha Casa, Minha Vida. No diagnóstico dos entrevistados, essas ações já “fazem parte da paisagem” e é preciso ir muito além disso.
A troca do slogan “União e Reconstrução” por um mote que indique o rumo da segunda metade do governo e aponte para 2026, quando o presidente deve disputar novo mandato, já vinha sendo planejada por Sidônio.
Tudo foi acelerado, no entanto, após a crise entre o governo e o Congresso por causa do decreto que prevê o aumento de alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Partidos que ocupam 14 ministérios e não pretendem apoiar o PT nas eleições de 2026 – a maioria deles do Centrão – ajudaram a derrubar o decreto de Lula, que, por sua vez, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alega que a equipe econômica precisa dos R$ 10 bilhões previstos com as mudanças no IOF para fechar as contas públicas.
Uma audiência de conciliação entre as partes foi marcada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes para terça-feira, 15. O magistrado suspendeu todas as decisões tomadas até agora. O imbróglio estremeceu a relação entre Lula e a cúpula do Congresso, principalmente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Nessa queda de braço, uma campanha do PT nas redes sociais martelou que Lula quer cobrar mais tributos do “andar de cima”, chamado agora de BBB (Bilionários, Bancos e Bets), para levar adiante a proposta de isentar quem ganha até R$ 5 mil do Imposto de Renda. Monitoramentos feitos pelo Planalto indicaram que a tática foi bem-sucedida.
Na quarta-feira, 9, após Trump anunciar a taxação de 50% sobre produtos brasileiros e justificar a medida sob a alegação de que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de golpe não deveria ocorrer, Lula voltou a usar o boné com o slogan “O Brasil é dos brasileiros”.
Publicitário que comandou a campanha petista, em 2022, Sidônio completa seis meses à frente da Secom na segunda-feira, 14. Neste período, enfrentou uma crise atrás da outra, atuou como bombeiro, mas também comprou muitas brigas, até mesmo com Haddad.
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), afirmou, em entrevista coletiva neste sábado (12), que a questão da sobretaxa dos produtos brasileiros, imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última semana, pode ser resolvida se a política for deixada de lado.
“Acho que o momento demanda união de esforços, demanda sinergia, porque é algo complicado para o Brasil, é algo complicado para alguns segmentos da nossa indústria, do nosso agronegócio. A gente precisa estar de mãos dadas agora para resolver, deixar a questão política de lado e vamos tentar resolver essa questão”, disse o governador após agenda no município de Cerquilho (SP).
O governador ainda voltou a cobrar que o governo brasileiro negocie com os Estados Unidos.
“A competência para fazer a negociação é do governo federal, da diplomacia brasileira”, afirmou.
Tarcísio ainda foi questionado sobre ter procurado ministros do STF para pedir autorização para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajasse aos Estados Unidos com o objetivo de negociar diretamente com Trump a suspensão do tarifaço, fato que, à CNN, ele negou.
“Assinei alguma petição? Não. Isso é bobagem”, respondeu o governador nesta tarde.
Na última sexta-feira (11), Tarcísio afirmou que não houve qualquer contato com ministros da Supremo sobre o tema, tampouco pedido para interceder pela liberação do passaporte de Bolsonaro, que segue apreendido por decisão do STF no âmbito das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
“O que nos cabia e a movimentação que foi feita foi conversar com o encarregado de negócios da embaixada americana, pra sensibilizar, pra mostrar qual é a situação do estado de São Paulo”, afirmou.
Através das redes sociais, Tarcísio afirmou que se reuniu com Gabriel Escobar, Encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA no Brasil, em Brasília, na manhã de ontem (11).
Segundo o aliado de Jair Bolsonaro, a conversa foi sobre “as consequências da tarifa para a indústria e agro brasileiro e também o reflexo disso para as empresas americanas”.
Nesta semana, o governador também declarou que o tarifaço tem impacto negativo para a economia de São Paulo.
“O impacto é negativo. O maior destino de exportações industriais do estado de São Paulo é os Estados Unidos. Pega empresas importantes como a Embraer, que fechou grandes contratos recentemente, então é algo que a gente precisa resolver”, declarou Tarcísio após agenda na capital.
Embalado pela defesa da taxação dos ricos em benefício dos mais pobres e da “soberania”, após o tarifaço anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, o governo Lula encontrou um discurso com viés eleitoral e ganhou fôlego no momento em que a baixa popularidade ainda é um entrave e preocupa aliados sob o ponto de vista da reeleição. Parlamentares próximos ao Palácio do Planalto, no entanto, já manifestaram incômodo com a limitação da estratégia. Para esse grupo, o Executivo deveria ampliar o leque de ações e mirar em temas que possam agregar apoios, o que, de acordo com essa visão, fica prejudicado com o acirramento da tática do “nós contra eles”.
O plano governista está em curso desde a derrota no Congresso com a derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e foi turbinado na semana passada, após Trump enviar a Lula uma carta anunciando uma sobretaxa de 50% aos produtos nacionais, defendendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por suposta tentativa de golpe de Estado, e criticando o Judiciário brasileiro.
Nas redes sociais, seara em que frequentemente são derrotados pela oposição, os governistas desta vez foram mais eficazes e superaram os adversários no embate sobre o tarifaço, segundo a consultoria Arquimedes. Simpatizantes de Lula replicaram o tom usado pelo presidente e focaram na “soberania nacional” em reação à ofensiva trumpista. O perfil oficial do governo, por sua vez, lançou uma campanha: “Brasil com S de Soberania”.
“O governo saiu das cordas e está conseguindo unificar o país com o compromisso pela soberania e com setores da economia que exportam e serão prejudicados. Isso consolidou um caminho para retomar a credibilidade”, avalia o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
A análise é compartilhada pelo Palácio do Planalto, mas auxiliares acreditam que o governo poderia ter mais impulso nas redes se Lula gravasse vídeos focados em usuários das plataformas, como fez poucas vezes desde que voltou à Presidência, há dois anos e meio. A estratégia foi conceder entrevistas a emissoras de televisão e redistribuir o conteúdo no ambiente digital.
Um dos eixos da comunicação é rivalizar com Bolsonaro e tentar colar no opositor a imagem de alguém que está atuando contra os interesses do país — a tática também foi aplicada contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que se viu obrigado a ajustar o discurso em meio à crise. Lula fez vinculações diretas entre o ex-presidente e o tarifaço e chegou a dizer que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, foi “fazer a cabeça” de Trump.
“É um erro”
Antes de a crise com os EUA escalar, uma campanha anterior já havia fornecido um respiro ao Executivo: a taxação da parcela mais rica da população. Nesse tema, o governo também conseguiu uma vitória com a apresentação, pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), do texto que isenta de Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês e taxa em 10% quem ganha mais de R$ 100 mil mensais.
“O debate político saiu das generalidades, encontrou um foco e conseguimos furar a bolha. Houve um freio à oposição e foi aberto um espaço para que o governo tenha uma adesão mais ampla da sociedade” diz o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE).
O cerne dessa estratégia digital nasceu fora do governo, entre dirigentes petistas, e foi absorvido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) num momento em que se discutia a troca do slogan institucional, abandonando a ideia de reconstrução do país e adotando a justiça social. Peças publicitárias sobre bancos, casas de apostas e grandes fortunas passaram a circular, algumas de forma espontânea, em perfis de apoiadores. Com o passar dos dias, o Planalto abraçou o assunto.
O método, no entanto, não convenceu todos os aliados. Em uma reunião com a bancada do PT na Câmara, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ouviu de deputados a preocupação com o acirramento do discurso. Ela defendeu o enfrentamento, mas teve de lidar com a percepção de que o governo ainda não apresentou uma “saída política” para a tensão, especialmente com o Congresso no caso do IOF. A inquietação é que o discurso que opõe ricos e pobres tenha efeitos colaterais e estreite o caminho eleitoral de Lula.
“A discussão do pobre contra rico é ruim. Essa confusão pode gerar distúrbios imprevisíveis. Funciona para militância, mas pode desorganizar o tecido social”, afirma o líder do PDT na Câmara, Mario Heringer (MG).
A avaliação é compartilhada por outros parlamentares de partidos da base, como o senador Otto Alencar Filho (PSD-BA):
“É um grande erro incentivar mais uma briga. As coisas já não estão bem. Os micro e pequenos empresários não estão do lado do governo, e a população está preocupada com a economia. É preciso coragem para fazer reformas, cortar gastos, girar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e reduzir juros. Esse é o caminho”.
Um dos argumentos é que a campanha pode, com o passar das semanas, isolar o governo e aproximar a centro-direita da direita, o que prejudicaria alianças para 2026. Para esses críticos, antes de dar continuidade, a gestão petista precisa definir com clareza seus objetivos: se pretende rachar com partidos como União Brasil e PP ou buscar uma recomposição da base no Congresso.
Articuladores políticos passaram a defender publicamente uma rodada de conversas com as legendas da base. Guimarães chegou a falar em “ajuste geral” e “recomposição de base” após a derrota do IOF, enquanto o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou ser a hora de “discutir a relação”. Na prática, porém, essas conversas ainda não começaram.
A taxa média de juros é maior sobre governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No 3º mandato, a Selic terá um patamar médio de 12,25%, segundo estimativas da MoneYou enviadas com exclusividade ao Poder360. Esse patamar é o 2º maior em governos do século 21. Ficou atrás somente do 1º mandato do petista.
A média da Selic foi de 18,3% sob Lula de 2003 a 2006. Diminuiu no mandato seguinte, de 2007 a 2010 (11,8%). O menor patamar foi registrado no governo Jair Bolsonaro (PL), influenciado pela pandemia de covid-19. O BC (Banco Central) diminuiu de 4,5% para 2,0% os juros básicos para estimular a economia em período de isolamento social.
Foto: Poder 360
A média de juros reais do 3º mandato de Lula deverá ser de 7,65% ao ano, segundo cálculos da MoneYou. Esse é o maior patamar desde o 1º mandato de Lula (11,2%).
Os juros reais de um país representam a taxa básica de juros (como a Selic, no Brasil) descontada da inflação. São usados para medir o grau de aperto ou estímulo da política monetária.
O ABC protagonizou uma virada heroica e arrancou uma vitória importantíssima na Série C do Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado (12), o Alvinegro bateu o Tombense por 2 a 1, no Almeidão, em Tombos/MG, pela 12ª rodada da competição. Todos os gols saíram em momentos decisivos da partida.
O time potiguar saiu atrás no placar ainda no primeiro tempo. Aos 24 minutos, o árbitro Renan Novaes Insabralde assinalou um pênalti altamente contestado do zagueiro Renato Vischi sobre Rafael Silva — o defensor do ABC tocou apenas na bola, mas a penalidade foi marcada. O próprio Rafael foi para a cobrança e abriu o placar para o Tombense.
Mesmo com um jogador a menos desde os 31 minutos da primeira etapa — após a expulsão do lateral-direito Léo Pereira —, o Tombense conseguiu segurar o resultado até os minutos finais. O ABC, que já havia desperdiçado outras oportunidades em jogos com vantagem numérica, desta vez mudou o roteiro.
Aos 44 minutos do segundo tempo, Jonatha Carlos, que saiu do banco, apareceu como salvador. Após cruzamento preciso de Anderson Rosa, o atacante cabeceou firme, no canto, sem chances para o goleiro, empatando o jogo.
Mas ainda havia tempo para mais. Aos 50 minutos, Matheus Martins cruzou da esquerda e o centroavante Ytalo testou para o fundo das redes, marcando seu primeiro gol com a camisa alvinegra e decretando a virada heroica fora de casa.
Com a vitória por 2 a 1, o ABC quebra uma sequência de resultados ruins e ganha fôlego na Série C. O próximo compromisso do clube será no sábado (19), às 17h, diante do Maringá, no Frasqueirão.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil; Jim WATSON / AFP
A guerra comercial imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil já tem reflexos para alguns setores da economia, antes mesmo do início do tarifaço de 50% sobre produtos nacionais. A indústria de pescados, por exemplo, contabiliza mil toneladas de peixes retidos nos portos brasileiros diante do cancelamento e da suspensão de pedidos. Isto é, são 58 contêineres parados até o momento, segundo afirma o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados, Jairo Gund. Ele destaca o cenário ruim e ressalta que não há perspectiva de redução nos preços para o mercado interno.
“Já estamos com reflexos na base, na praia. Sobretudo a pesca artesanal será profundamente afetada sobre isso porque não há outro destino de se colocar alguns tipos de pescaria. E ao contrário do que alguns pensam que haverá redução de preço, não haverá. Haverá redução de toda a cadeia. Estamos vivendo um momento onde começa-se a principal do ano, que é agora agosto, setembro e outubro, no caso da produção de tilápia. E havendo mercados fechados, haverá um desestímulo nesse processo de produção primária, resultando, em seis a oito meses, numa redução nas ofertas no mercado interno.”
De acordo com a Abipesca, cerca de 70% de todo o pescado exportado pelo Brasil tem como destino os EUA e não há rota de escape, uma vez que, desde 2017, a venda para a Europa está embargada. A expectativa é de que, se o cenário continuar desse modo, o setor vai parar de comprar dos pescadores artesanais, interromper investimentos, e consequentemente, demitir trabalhadores, sobretudo nas indústrias que exportam.
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico também manifestou preocupação com a taxação. Em uma nota oficial, a entidade afirma que o mercado americano é estratégico para o Brasil e que por isso, a tarifa de 50% representa um duro golpe ao ambiente de negócios brasileiro, uma vez que o impacto não se restringe apenas aos produtos finais exportados, mas a toda a cadeia produtiva.
Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte nas eleições de 2026, o senador Rogério Marinho (PL-RN), acredita que a definição da chapa majoritária só deverá ocorrer, como já é praxe e tradição política, somente a partir de abril, às vésperas das convenções para partidárias para indicação de candidatos entre julho e agosto.
Mesmo diante do fato de que o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União) e o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos) também se colocarem como pré-candidatos de oposição no campo da direita e oposição ao governo Fátima Bezerra, o senador Rogério Marinho ainda acha que há espaço para diálogo político e união entre eles: “É evidente que nós vamos tentar essa composição, nós vamos tentar essa confluência, mas ela pode ser que não seja possível”.
Rogério Marinho admite que existem algumas condicionantes, dando o exemplo da parceria entre o prefeito de Mossoró e a senadora Zenaide Maia (PSD), que tentará a reeleição. “Eu não acredito que nós possamos ter uma postura no Rio Grande do Norte, uma postura diferente em Brasília. O Partido Liberal (PL) é o partido mais popular do Brasil, então, com essa responsabilidade, com a necessidade, temos nitidez programática e ideológica”, disse ele.
Marinho reforça que “não é possível termos aqui um pulso diferente do que temos em Brasília. Então, tenho o maior respeito pela senadora Zenaide. Pessoalmente, convivo bem com ela, gosto dela, mas a visão que ela tem de Brasil não é a que eu tenho, não é o que a gente defende, não é o que a gente professa. Ela hoje é uma aliada e vice-líder do governo do PT, que é a nosso adversário nacionalmente. Então, não vamos trabalhar pela sua recondução, vamos ter um candidato que vai se opor, vai se contrapor a ela, o senador Styvenson Valentim (PSDB) e teremos um outro candidato ao Senado da República”.
Definição
Para o senador, o fechamento da chapa majoritária não deve ser escolha somente com base em pesquisa eleitoral, existem outros fatores, pois se fosse assim, nem ele havia sido eleito senador em 2022 e nem Paulinho Freire teria sido eleito prefeito de Natal em 2024. “Há necessidade e defendo desde sempre, se você postula uma posição majoritária, precisa apresentar um projeto para o Estado. E é o que a gente está fazendo. Espero que os outros façam o mesmo”, declarou.
Segundo Marinho, a outra questão “é os apoios que se reúne, a capacidade que se tem de tracionar uma campanha eleitoral. A legitimidade e a autenticidade do seu posicionamento, a vontade de exercer o mandato. Esse é um questionamento que me é feito. Eu estava conversando com um apoiador e disse, mas vai deixar a Brasília, ainda tem mais cinco anos e meio de mandato? Você hoje é o secretário-geral do partido, é o líder da oposição, você está em evidência, mas eu digo, olha, eu não seria nada disso se eu não tivesse tido a confiança, o apoio, o voto da população do meu estado”
Para o senador, “é evidente que para votar em mim, as pessoas vão ter que fazer uma escolha. Querem mudar o Estado do Rio Grande do Norte ou querem mais do mesmo. Eu vou repetir o que os governadores anteriores fizeram, ou vou ter a coragem de dar um chega nessa situação e reorganizar o Estado. Inclusive, chamando os Poderes para conversar. E eu falo de Legislativo, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado, todos têm que contribuir e abrir de um pouco que tem para que o Estado volte a ter a capacidade de investir”.
Processo eleitoral
Rogério Marinho disse que “a população começa a se incomodar para valer com a política três ou quatro meses antes do processo eleitoral e isso vai aquecendo. Então, hoje as pessoas estão cuidando das suas vidas, buscando emprego, tentando pagar o carnê com o IOF caro, tentando resolver a vida dos filhos encaminhados na educação, todo mundo tem o seu problema”.
Por enquanto, Marinho afirma que “está fazendo o dever de casa, somos um partido que tem hoje 22 ou 23 prefeitos, elegemos 19 no pleito do ano passado e espero que até o final de agosto atingir 26 prefeitos. Temos 29 vice-prefeitos e em torno de 150 vereadores no Rio Grande do Norte. Temos seis deputados estaduais e dois deputados federais”.
Então, historiou Marinho, “o nosso grupo político se organizou e desde o início desse ano está percorrendo o Estado para fazer o nosso dever de casa. Estamos atraindo novos quadros, motivando lideranças que têm interesse de se candidatar ao legislativo. Buscar essa afinidade não apenas dentro do partido, mas com outros partidos que podem ter convergência conosco nas eleições. tanto majoritárias para o Governo Federal como para o Governo do Estado e fazer um diagnóstico do que é o Rio Grande do Norte”.
Situação do Estado
Hoje, informou Marinho, o Rio Grande do Norte “é o 27º estado da Federação, segundo dados de 2024 do Centro de Liderança Pública, em solidez fiscal, último o colocado em sustentabilidade ambiental e no IDEB e em taxa de investimento e 22º taxa de investimento público e em eficiência da máquina pública e em potencial de mercado. E, veja nessa questão de competitividade; em 2018, quando Fátima Bezerra (PT) chegou no governo, aliás o Cadu Xavier (secretário da Fazenda e pré-candidato ao governo em 2026), numa entrevista disse: Vamos debater. Mas vamos debater oportunamente, isso é um filme em construção, vamos debater quando o filme estiver mais próximo, mas dado de 2024, o Rio Grande do Norte era o 16º estado da federação nesse âmbito de competitividade, hoje está em 24, caiu oito posições. Era o quarto do Nordeste, hoje é o nono do Nordeste”.
Marinho avalia que “o governo do PT fez muito mal o Rio Grande do Norte. Isso é um fato atestado pelos indicadores que estão públicos, que são indicadores idôneos, que mostram que estamos muito mal entregues”.
Para o senador, “o Estado está numa situação muito ruim. Esse é um diagnóstico. Eu poderia falar aqui da catástrofe que existe hoje na infraestrutura de estradas, de hospitais, de escolas. Mas acho que fazer crítica pela crítica, é fácil, ter uma postura de estilingue e quem está governando é uma vidraça. Então o diagnóstico está posto”.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou neste sábado (12) uma carta pública endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento pede para Lula “baixe as armas da provocação”, deixar de lado o “desejo de vingança” e evitar embates que possam resultar em prejuízos econômicos ao país.
“É hora de baixar as armas da provocação; cessar os tambores de ofensas e hastear a bandeira do diálogo e da paz”, escreveu. O texto, lido durante uma agenda da esposa de Bolsonaro no Acre, vem na esteira da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros.
Ao mesmo tempo em que faz duras críticas duras a Lula, Michele pede para que o petista adote uma postura conciliadora diante da crise diplomática com os EUA.
“Lula, você precisa parar de se guiar por ideologias doentias e pelo desejo de vingança. É preciso governar para obter o que é melhor para o povo e para o Brasil. Chega de ódio e de irresponsabilidade”, disse.
Nas palavras de Michele, o Brasil estaria sendo visto como uma “ditadura disfarçada de democracia” e que o país está caminhando para um cenário semelhante ao de Cuba e Venezuela.
“Essas sanções só foram aplicadas, até hoje, a países reconhecidos como ditaduras”, afirmou.
Retaliação
Também neste sábado (12), Lula voltou às redes sociais para repercutir a sobretaxa prometida por Trump. Disse que o Brasil tomará medidas para proteger sua população e seus setores produtivos.
“A Justiça brasileira precisa ser respeitada. Somos um país grande, soberano, e de tradições diplomáticas históricas com todos os países. O Brasil vai adotar as medidas necessárias para proteger seu povo e suas empresas”, publicou.
Na sexta-feira (11), o presidente norte-americano afirmou que pretende conversar com o presidente brasileiro “em algum momento, mas não agora”.
Contra tudo e contra todos.
O Brasil do véi Bolsonaro é forte!!
Não tem petista safados, não tem João doriana, não tem desgovernadora, não tem FIQUE EM CASA que empate desse Brasilzão crescer.
Chupa bando de abutres.
Brasil e o Presidente Jair Bolsonaro acima de tudo, Deus acima de todos.
Fui!!!
O Véio Bolsonaro foi a salvação dessa nação.
Rumo a 2022 com o Capitão