Política

Como Putin alcançou 20 anos de poder na Rússia e pode permanecer no cargo até 2036

Foto: AFP

A Constituição russa só permite dois mandatos presidenciais, mas Vladimir Putin já está no quarto.

Quando o polêmico líder, hoje com 67 anos, chegou ao Kremlin, em 1999, não se imaginava que ele permaneceria tanto tempo no poder. Mas, contrariando prognósticos, em 31 de dezembro do ano passado, ele completou duas décadas governando a Rússia — direta ou indiretamente (ele teve de deixar a presidência para ser primeiro-ministro por um período, mas, na prática, continuou a comandar o país), apontam especialistas.

Com mão de ferro, relativo carisma, sob denúncias de coibir a imprensa e seus adversários e um discurso que causa incômodo no resto do mundo, Putin alçou altos níveis de popularidade internamente.

Mas há grupos que há anos pedem mudanças na Rússia.

“Os russos mais jovens, com mais educação e que vivem em grandes cidades como Moscou e São Petersburgo certamente se opõem a que ele siga governando”, diz à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) Vladimir Gel’man, expatriado russo que ensina política russa na Universidade de Helsinque (Finlândia).

“Mas, por outro lado, Putin conta com o apoio da população mais velha, menos educada e de áreas periféricas”, agrega.

Resultados preliminares de um plebiscito concluído na quarta-feira (1/07) sobre reformas constitucionais indicam apoio da maioria da população a mudanças que permitiriam a Putin se manter no poder até 2036, o que significa que ele pode superar o tempo de permanência no poder do ditador comunista Joseph Stálin.

As reformas, se aprovadas, permitirão que Putin se candidate a mais dois mandatos presidenciais a partir de 2024 — que é quando acaba o mandato atual. Até a noite de quarta, com 85% das urnas contabilizadas, cerca de 78% dos russos apoiavam a medida, segundo dados do tribunal eleitoral russo citados pela France Presse.

A oposição, por sua vez, acusa o mandatário de tentar ser “presidente vitalício” do país.

Para além da popularidade, a BBC resume os cinco pontos-chave da longevidade de Putin no poder:

1. VOLTA DE UM ESTADO ‘FORTE’ E MELHORA NO PADRÃO DE VIDA

Vladimir Vladímirovich Putin se converteu presidente do país no último dia de 1999, após a renúncia de Boris Yeltsin e depois de uma intensa competição com outros potenciais sucessores daquele que, até então, havia sido o único mandatário da Rússia desde o desmantelamento da União Soviética.

Ele tinha sido apontado primeiro-ministro por Yeltsin, e, quando este renunciou, Putin assumiu a presidência interinamente, até a eleição geral, realizada em março de 2000.

O então semidesconhecido ex-agente da inteligência russa era o candidato presidencial perfeito por várias razões, apontam especialistas.

“Ele tinha a reputação de ser basicamente alguém que protegia seus chefes. Quando foi vice-prefeito de Moscou, ajudou o então prefeito (Anatoly Sobchak) e o colocou em um avião antes que fosse preso por corrupção”, explica Mark Galeotti, acadêmico do Instituto de Relações Internacionais de Praga (República Tcheca) e especialista em criminalidade internacional e segurança russa.

“Putin era então um candidato relativamente jovem, dinâmico, mas, sobretudo, parecia leal.”

Além disso, Putin era conhecido por cumprir suas promessas.

“Putin não perseguiria a Yeltsin nem tentaria prendê-lo, tampouco o culparia pelos fracassos da década de 1990”, explica Ben Noble, professor de política russa da University College de Londres (UCL).

Putin foi, então, eleito. Mas sua popularidade só viria depois, segundo Noble, por seu pulso firme na segunda guerra da Chechênia, entre 1999 e 2009, quando começou a ser percebido por grande parte da população como um indivíduo forte que estava “retomando o controle” de Moscou sobre os rebeldes chechenos — e isso foi percebido como um ressurgimento do poderio do Estado russo.

Um segundo elemento que ajudou Putin a se consolidar no poder foi a melhora nos padrões de vida na Rússia.

“O crescimento econômico durante a década de 2000 foi o principal impulsor da popularidade dele. Entretanto, acho que, se por qualquer razão, Yeltsin e seus aliados tivessem alçado outra pessoa ao poder, ela também teria se beneficiado de uma alta popularidade graças à rápida recuperação econômica depois da recessão da década de 1980”, sustenta Gel’man.

2. O CASO KHODORKOVSKI E MENSAGEM AOS OLIGARCAS

Uma das razões pelas quais o Estado russo não entrou em colapso na década de 1990, dizem os especialistas, foi a existência de um acordo entre Yeltsin, seus aliados políticos e os oligarcas, criando uma espécie de equilíbrio de poder.

Mas, ao virar presidente, Putin anunciou que esse trato seria coisa do passado. O líder permitiria que os oligarcas preservassem sua riqueza conquistada na década anterior, desde que não se envolvessem em questões políticas, afirma Ben Noble.

“Para Putin, a política russa estava (exclusivamente) em suas mãos.”

No entanto, Mikhail Khodorkovski, o principal oligarca do país e então um dos homens mais ricos do mundo, discordou desse projeto.

Isso lhe custou caro: grande parte de seu poder econômico se evaporou da noite para o dia depois de ser acusado pelo governo de evasão de impostos e fraude.

“Putin e seu círculo o castigaram, em essência, ao detê-lo e confiscar seus bens, entre eles uma das maiores empresas petrolíferas do mundo”, diz o acadêmico da UCL.

Noble conta que esse foi um momento importante, que ajuda hoje a explicar a longevidade de Putin no poder.

“O caso Khodorkovski se converteu em uma espécie de vitrine que teve efeito assustador sobre os demais oligarcas”, diz.

3. FIM DA ELEIÇÃO DIRETA PARA GOVERNADORES

Em setembro de 2004, um grupo de homens e mulheres mascarados, armados com cintos explosivos, invadiram a Escola Número Um de Beslan, na Ossétia do Norte, e abriram fogo no momento em que se concluía uma cerimônia para celebrar o reinício das aulas.

Cerca de mil pessoas foram feitas reféns, entre crianças e professores. Depois de mais de 50 horas de sequestro, o episódio resultou na morte de 331 pessoas, entre elas 186 crianças. Os extremistas — paramilitares chechenos — exigiam que a Rússia retirasse suas tropas da Chechênia e a separação e independência do território no Cáucaso.

Para Noble, Putin enxergou o atentado à escola como um ataque direto a sua pretensão de se consolidar como um líder forte e temido.

“Também acho que era um indicativo de que ele não havia feito o suficiente para centralizar o poder da Federação Russa de um modo mais amplo”, opina. “Por isso, Putin usou o episódio para pôr fim à eleição direta de governadores em regiões russas.”

Nesse momento, avalia o acadêmico, Putin deixou de ser visto como um mandatário que tomaria o poder na Rússia pelo caminho democrático e começou a demonstrar inclinações autoritárias.

“Era ele que tinha de ter o controle. Não podia ser desafiado. E, se alguém se atrevesse a desafiá-lo, as coisas não terminariam bem para essa pessoa ou esse grupo.”

4. A ‘TANDEMOCRACIA’ PUTIN-MEDVEDEV

A Constituição russa de 1993 estabelece que um presidente só pode desempenhar esse papel durante dois mandatos consecutivos. Em 2007, o segundo mandato de Putin chegava ao seu fim.

Em dezembro daquele ano, o presidente apresentou Dmitri Medvedev como seu sucessor preferido.

“A popularidade de Putin estava alta depois de anos de crescimento econômico e de uma liderança considerada vitoriosa por muitos”, afirma Gel’man.

Ainda assim, diante desse anúncio, muitos acreditaram que seria o fim da liderança do “herdeiro de Yeltsin”.

Não foi o que aconteceu: Putin permaneceu como primeiro-ministro durante o período em que Medvedev ocupou a Presidência e voltou ao cargo máximo em 2012.

“Foi o começo de o que se denominou de ‘tandemocracia’ (ou liderança conjunta) na Rússia: Putin manteve o controle do país, mas, ao menos formalmente, Medvedev era presidente”, diz Noble.

O acadêmico destaca que “há evidências de que Medvedev tentou ganhar o controle em certas áreas e tinha projetos de reforma.”

“Não é o típico caso de que Medvedev obedecesse Putin o tempo todo. Há casos notáveis durante esse período de desacordos entre ambos, o que nos dá uma imagem ligeiramente mais complexa e matizada desse período”, explica.

5. REFORMAS CONSTITUCIONAIS

Em novembro de 2008, o então recém-eleito Dmitri Medvedev propôs (e conseguiu a aprovação de) três emendas constitucionais, entre elas, a do artigo 81, aumentando o mandato presidencial de quatro para seis anos, e a do artigo 93, ampliando o mandato dos legisladores de quatro a cinco anos.

“Para Putin, foi ótimo, porque, oficialmente, quem propôs isso foi Medvedev, e não ele”, argumenta Gel’man. “Putin estava à sombra, mas foi o maior beneficiário dessa mudança.”

Essas mudanças dariam a oportunidade ao atual presidente russo de estar à frente do país por 12 anos, em vez de oito.

Agora, em janeiro de 2020, Putin propôs um plebiscito sobre novas emendas à Constituição — que, como descrito no início desta reportagem, podem permiti-lo governar até 2036.

Isso porque uma das emendas propostas lhe permitiria se candidatar para mais dois mandatos. Caso isso se concretize, Putin pode ficar (direta e indiretamente) no poder por até 36 anos, superando a longevidade de Joseph Stálin, que governou por quase 3 décadas.

Mas será que Putin quer realmente governar até 2036?

“Talvez nem Putin o saiba”, opina Noble. “O que sabemos é que Putin apoia a emenda (…) porque ela oferece uma espécie de solução provisória para o problema de 2024” — que é quando acaba o mandato atual do presidente.

Gel’man, por sua vez, não vê motivos para que Putin não se apresente novamente como candidato presidencial.

Época, com BBC

 

Opinião dos leitores

  1. Esse ditador Vladimir Putin hoje é o homem mais perigoso deste planeta terra,uma ordem de ataque militar deste cidadão toda a humanidade,os animais terrestres,aquáticos e do ares,enquanto este Vladimir Putin estiver com o poder na Rússia,nós estaremos sempre correndo um imensurável risco da extinção de toda a vida biológica deste mundo.
    Este Vladimir Putin tem ódio no coração ex agente da extinta kgp que era o antigo órgão estatal russo de espionagem,ele não aceita a queda da extinta União soviética,pelo qual esse cidadão quer controlar toda antiga área de influência soviética e criar a grande Rússia ou nova União soviética,e quer reeditar uma nova guerra fria militar e política com os EUA,só que a antiga União soviética e agora a nossa Russia não tinha e não tem a mínima condição de subsistência social e econômica para ela mesma enquanto mais impor um estilo de vida socialista e comunista totalmente inviável como se demonstrou no passado recente com a extinção da União soviética.
    Só porque tem o poder belico nuclear;atômico e de hidrogênio muito mais destruidor do que a bomba atômica,esse país não passaria de um paiseco pouco relevante no cenário geopolítico internacional com uma economia obsoleta e atrasada com empresas com pouca importância na indústria tecnológica,científica e informacional no cenário global,por exemplo no Brasil ninguém sabe ou ouviu falar do nome de uma empresa,indústria oriunda da Rússia.

  2. Engraçado q o império do norte nem o lambe botas da América do Sul dao um pio sobre essa ditadura….pq será?
    Enquanto isso a Maduro é trucidado….

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Judiciário

STF tem maioria para manter prisão preventiva de Bolsonaro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos nesta segunda-feira (24) para manter a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam o entendimento de Moraes. Bolsonaro está preso desde sábado (22) e ocupa uma sala da Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

A prisão está sendo analisada no plenário virtual da Primeira Turma do Supremo, quando os ministros inserem os votos no sistema eletrônico da Corte, sem a necessidade de uma sessão presencial.

A maioria do colegiado confirmou a decisão de Moraes, relator do caso, que converteu a prisão domiciliar de Bolsonaro em preventiva no sábado (22), após o ex-presidente tentar violar a tornozeleira eletrônica horas depois do filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar uma vigília religiosa na frente da casa onde ele estava detido.

G1

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Brasil

Moraes diz que Bolsonaro violou tornozeleira de forma dolosa e consciente

Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta segunda-feira (24) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) violou a tornozeleira eletrônica de forma “dolosa e consciente”. 

Segundo o Moraes, Bolsonaro é “reiterante” no descumprimento das medidas cautelares impostas e ampliou essas violações na última sexta-feira (21), quando tentou abrir a tornozeleira com ferro de solda. 

A declaração consta no voto do ministro em julgamento para referendar a decisão da prisão e confronta a versão apresentada pela defesa do ex-presidente, que alegou “confusão mental” causada pelo uso de medicamentos.

Em manifestação entregue ao Supremo na tarde de domingo, os advogados mencionam uma interação indevida entre os remédios usados para tratar as crises soluço do ex-presidente, condição que se agravou após as cirurgias decorrentes da facada de 2018.

Segundo a defesa, uma médica que não compõe a equipe principal que atende o ex-presidente prescreveu um novo medicamento que, combinado aos que ele já tomava, pode causar alucinações, desorientação e alterações cognitivas, conforme boletim médico anexado.

Na audiência de custódia, Bolsonaro disse ter acreditado que havia uma “escuta” instalada na tornozeleira e tentou abrir apenas a tampa do dispositivo, e não removê-lo. A defesa sustenta que o vídeo entregue pela Seape (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) confirma a fala arrastada e confusa do ex-presidente e indica um comportamento “ilógico”, incompatível com tentativa de fuga.

Nesta segunda, os ministros da Primeira Turma analisam a decisão de Moraes e votam se concordam em manter Bolsonaro em prisão preventiva. Até o momento, somente Flávio Dino acompanhou Moraes. O placar está 2×0.

CNN

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Política

São Gonçalo do Amarante se destaca no Ranking de Competitividade dos Municípios 2025 com 3º lugar no Nordeste e 2º lugar no RN em Qualidade da Saúde

Fotos: Reprodução 

São Gonçalo do Amarante alcançou uma das melhores posições de sua história no Ranking de Competitividade dos Municípios 2025, consolidando-se como referência regional em políticas públicas de saúde. O município conquistou o 2º lugar no Rio Grande do Norte e o 3º lugar no Nordeste no pilar Qualidade da Saúde, resultado que reforça o avanço dos indicadores e a efetividade das ações implementadas na gestão do prefeito Jaime Calado.

O levantamento, elaborado anualmente pelo Centro de Liderança Pública (CLP), analisa 418 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes, avaliando o desempenho em diversos pilares relacionados à competitividade, bem-estar social e gestão pública.

*Reconhecimento regional e evolução em relação ao ano anterior*

No recorte regional, o município aparece em 3º lugar no Nordeste, avançando nove posições em relação a 2024. Esse salto reflete o impacto das ações estruturantes na atenção primária, programas de vigilância em saúde, ampliação dos serviços e melhoria da gestão no setor.

Além disso, São Gonçalo também apresentou evolução no pilar Acesso à Saúde, ocupando agora o 50º lugar no ranking regional — uma melhora de 15 posições — contribuindo para o fortalecimento do indicador geral de competitividade.

Os resultados posicionam São Gonçalo do Amarante entre os municípios mais eficientes do Nordeste na condução de políticas voltadas à saúde da população, demonstrando que o desempenho não se restringe à oferta de serviços, mas também à qualidade do atendimento prestado.

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Geral

Realize o seu sonho de viver em Tabatinga

 

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Saúde

Após alegar confusão mental, Bolsonaro está clinicamente estável, diz boletim

Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro está clinicamente estável e passou as últimas horas sem intercorrências na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, segundo boletim médico divulgado no domingo (24).

O documento foi assinado pelos médicos do ex-presidente, que visitaram Bolsonaro na prisão. Ele está detido desde as primeiras horas da manhã de sábado, após a Polícia Federal apontar risco de fuga, violação da tornozeleira eletrônica e tentativa de usar aglomeração de apoiadores  para dificultar a fiscalização das medidas cautelares.

De acordo com a equipe médica, Bolsonaro relatou ter apresentado, na noite da última sexta-feira (22), um episódio de confusão mental e alucinações. Os médicos afirmam que o quadro pode ter sido provocado por medicamentos prescritos por outro profissional da equipe.

O próprio Bolsonaro alegou, em audiência de custódia, confusão mental e alucinação, o que o teria levado a avariar, com um equipamento de solda, a tornozeleira eletrônica que usava em sua prisão domiciliar.

O remédio foi suspenso imediatamente e, por enquanto, Bolsonaro não apresenta sintomas residuais.

Band News

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Mundo

Morre Udo Kier, ator de “Bacurau” e referência do cinema mundial

Foto: Divulgação

O ator alemão Udo Kier, um dos nomes mais singulares e prolíficos do cinema internacional, morreu neste domingo (23), aos 81 anos. A informação foi confirmada à revista Variety pelo artista visual Delbert McBride, seu companheiro. A causa da morte não foi divulgada. Com mais de seis décadas de carreira e mais de 200 trabalhos no currículo, Kier consolidou-se como um ícone das telas, especialmente em obras de terror e produções experimentais.

Ao longo da trajetória, o ator colaborou com alguns dos maiores cineastas do mundo, incluindo Andy Warhol, Lars von Trier e Werner Herzog. No Brasil, ganhou ainda mais notoriedade ao participar de dois filmes de Kleber Mendonça Filho: Bacurau (2019), em que interpretou o vilão Michael, e O Agente Secreto (2025), no papel de Hans. Sua presença em Bacurau foi elogiada pela crítica e ajudou a alçar o longa ao Prêmio do Júri no Festival de Cannes.

Kier também conquistou gerações de fãs por papéis marcantes, como sua interpretação de Drácula em Sangue Para Drácula (1974), dirigido por Paul Morrissey, e por participações em projetos de grande repercussão, como Ninfomaníaca (2013), de Lars von Trier. O ator transitava com naturalidade entre o cinema autoral, o terror clássico e a cultura pop.

Além das telas, deixou marca no universo dos videogames, dando voz ao personagem Yuri na franquia Command & Conquer: Red Alert e participando de produções como OD Knock, de Hideo Kojima. Após a notícia de sua morte, perfis oficiais e colegas de trabalho manifestaram pesar e celebraram o legado do artista.

Com informações da CNN

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Geral

Lula reclama de tradutor durante entrevista e faz brincadeira envolvendo Janja

Foto: Julie BOURDIN / AFP

Durante uma entrevista com a imprensa neste domingo (23), em Joanesburgo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protagonizou um momento de desconforto com o tradutor responsável pela interpretação simultânea. O petista, que estava na África do Sul para participar da cúpula do G20, interrompeu a pergunta de uma jornalista estrangeira ao perceber que não conseguia ouvir a tradução pelo fone.

Lula retirou o equipamento, reclamou da baixa intensidade da voz do intérprete e pediu que ele se aproximasse da repórter para captar melhor a pergunta. Visivelmente incomodado, afirmou que o tradutor estava “falando só para ele mesmo”, já que o presidente não conseguia compreender o conteúdo traduzido.

Ao repreender o intérprete, Lula ainda fez uma brincadeira envolvendo a primeira-dama. “Ficar sussurrando no meu ouvido só a Janja”, disse, em tom bem-humorado, ao pedir que a tradução fosse feita em voz alta para que pudesse acompanhar a entrevista.

O episódio ocorreu enquanto o presidente respondia questionamentos da imprensa internacional durante sua agenda oficial na cúpula. Após a correção da postura do tradutor, a entrevista prosseguiu normalmente.

Com informações do Pleno News

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Política

Lula enfrenta desgaste simultâneo com Motta e Alcolumbre às vésperas de 2026

Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vive um cenário incomum no terceiro mandato: entrou em rota de colisão com os chefes da Câmara e do Senado ao mesmo tempo. Com Hugo Motta (Republicanos-PB), o atrito se agravou na disputa sobre o PL Antifacção — proposta que nasceu no Planalto, mas cuja relatoria acabou entregue pelo deputado a um oposicionista, Guilherme Derrite (PP-SP). As mudanças aprovadas irritaram a base governista e motivaram críticas públicas de ambos os lados.

O desgaste com Motta, porém, acabou momentaneamente contido graças ao Senado, onde Davi Alcolumbre (União-AP) designou um relator mais alinhado ao governo. Mas é justamente com Alcolumbre que Lula abriu uma nova frente de conflito. A indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao STF contrariou o senador, que já havia sinalizado preferência por Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A escolha gerou incômodo, e aliados relatam que o clima azedou após o presidente oficializar a nomeação sem avisá-lo pessoalmente.

O ambiente deve ficar ainda mais tenso com a discussão do Orçamento de 2026, especialmente no embate sobre o pagamento das emendas parlamentares. O Congresso quer obrigar o governo a seguir um calendário; o Planalto tenta flexibilizar o formato. A disputa ganha relevância porque o STF, para onde Messias foi indicado, já atuou como árbitro em conflitos semelhantes — em alguns casos, seguindo orientações da própria AGU.

A combinação de rusgas com Motta e Alcolumbre coloca Lula numa posição delicada em um momento decisivo. Com as duas Casas pressionando em pautas sensíveis e a relação política mais instável, o governo deve enfrentar dificuldades adicionais nas negociações que se intensificam à medida que 2026 se aproxima.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Estou torcendo pela briga, já comprei a pipoca e fiz a reserva de uma poltrona na primeira fila.

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Geral

Após polêmica, chanceler alemão diz que quer redescobrir Belém em nova visita

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz (CDU), afirmou que pretende conhecer melhor Belém em sua próxima passagem pelo Brasil. A declaração foi dada durante encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Joanesburgo, na África do Sul, durante a Cúpula do G20. Merz disse que planeja explorar mais a capital paraense, após ter gerado controvérsia com comentários feitos durante a COP30.

No dia 13 de novembro, ao encerrar sua agenda na conferência, Merz afirmou que ele e sua equipe estavam “contentes” por deixar Belém e retornar à Alemanha, o que provocou reação imediata de Lula. O chanceler não pediu desculpas diretamente, alegando que suas palavras foram tiradas de contexto. No novo encontro, Lula chegou a recomendar restaurantes e danças tradicionais da cidade.

Em publicação no X, Merz afirmou que pretende aproveitar melhor a experiência na próxima visita. “Da próxima vez que estiver em Belém, vou explorar mais – dos passos de dança à gastronomia local e à floresta tropical. Espero fortalecer ainda mais nossa relação de parceria e amizade”, escreveu. Lula comentou que o político alemão “não conheceu a noite de Belém” e atribuiu o episódio a “falta de experiência política”.

O governo brasileiro confirmou que Lula viajará à Alemanha em abril de 2026 para participar da abertura da Hannover Messe, importante feira de tecnologia industrial. Merz também reiterou apoio ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), ao qual a Alemanha anunciou aporte de 1 bilhão de euros.

Com informações do Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Será que até lá vão fazer os 80% que falta pra sanear Belém? Em caso negativo, vai continuar com o fedor a céu aberto.

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Geral

VÍDEO: Piloto morre após grave acidente durante apresentação no Beto Carrero World

Vídeo: Reprodução/X/Hugo Gloss

Um piloto de motocicleta morreu neste domingo (23) após sofrer um acidente durante uma apresentação de manobras radicais no Beto Carrero World, em Penha (SC). Lurrique Ferrari participava do “Hot Wheels Epic Show” quando perdeu o controle da moto e atingiu uma das rampas do espetáculo. O impacto foi presenciado por centenas de visitantes que acompanhavam o show.

A cena registrada por espectadores mostra que Lurrique seguia outro piloto que conseguiu completar o salto. Na sequência, ele acelera para subir a rampa inicial, mas não consegue encaixar a aterrissagem na segunda estrutura. O choque ocorre na parte frontal da rampa e o motociclista cai imediatamente no solo. Ele recebeu atendimento dos bombeiros do parque e foi levado ao Hospital Marieta Konder Bornhauser, em Itajaí, onde passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos.

Em nota oficial, o Beto Carrero World lamentou profundamente a morte do piloto e afirmou que está prestando suporte à família. O parque destacou que Ferrari era reconhecido pela dedicação e experiência nas apresentações, e que uma investigação interna foi aberta para apurar as circunstâncias do acidente.

Lurrique Ferrari era integrante da equipe de shows radicais do parque e tinha vasta experiência em apresentações desse tipo. A morte do piloto gerou forte comoção entre colegas, profissionais do setor e visitantes que presenciaram o episódio.

Com informações do G1

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