Política

Como Putin alcançou 20 anos de poder na Rússia e pode permanecer no cargo até 2036

Foto: AFP

A Constituição russa só permite dois mandatos presidenciais, mas Vladimir Putin já está no quarto.

Quando o polêmico líder, hoje com 67 anos, chegou ao Kremlin, em 1999, não se imaginava que ele permaneceria tanto tempo no poder. Mas, contrariando prognósticos, em 31 de dezembro do ano passado, ele completou duas décadas governando a Rússia — direta ou indiretamente (ele teve de deixar a presidência para ser primeiro-ministro por um período, mas, na prática, continuou a comandar o país), apontam especialistas.

Com mão de ferro, relativo carisma, sob denúncias de coibir a imprensa e seus adversários e um discurso que causa incômodo no resto do mundo, Putin alçou altos níveis de popularidade internamente.

Mas há grupos que há anos pedem mudanças na Rússia.

“Os russos mais jovens, com mais educação e que vivem em grandes cidades como Moscou e São Petersburgo certamente se opõem a que ele siga governando”, diz à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) Vladimir Gel’man, expatriado russo que ensina política russa na Universidade de Helsinque (Finlândia).

“Mas, por outro lado, Putin conta com o apoio da população mais velha, menos educada e de áreas periféricas”, agrega.

Resultados preliminares de um plebiscito concluído na quarta-feira (1/07) sobre reformas constitucionais indicam apoio da maioria da população a mudanças que permitiriam a Putin se manter no poder até 2036, o que significa que ele pode superar o tempo de permanência no poder do ditador comunista Joseph Stálin.

As reformas, se aprovadas, permitirão que Putin se candidate a mais dois mandatos presidenciais a partir de 2024 — que é quando acaba o mandato atual. Até a noite de quarta, com 85% das urnas contabilizadas, cerca de 78% dos russos apoiavam a medida, segundo dados do tribunal eleitoral russo citados pela France Presse.

A oposição, por sua vez, acusa o mandatário de tentar ser “presidente vitalício” do país.

Para além da popularidade, a BBC resume os cinco pontos-chave da longevidade de Putin no poder:

1. VOLTA DE UM ESTADO ‘FORTE’ E MELHORA NO PADRÃO DE VIDA

Vladimir Vladímirovich Putin se converteu presidente do país no último dia de 1999, após a renúncia de Boris Yeltsin e depois de uma intensa competição com outros potenciais sucessores daquele que, até então, havia sido o único mandatário da Rússia desde o desmantelamento da União Soviética.

Ele tinha sido apontado primeiro-ministro por Yeltsin, e, quando este renunciou, Putin assumiu a presidência interinamente, até a eleição geral, realizada em março de 2000.

O então semidesconhecido ex-agente da inteligência russa era o candidato presidencial perfeito por várias razões, apontam especialistas.

“Ele tinha a reputação de ser basicamente alguém que protegia seus chefes. Quando foi vice-prefeito de Moscou, ajudou o então prefeito (Anatoly Sobchak) e o colocou em um avião antes que fosse preso por corrupção”, explica Mark Galeotti, acadêmico do Instituto de Relações Internacionais de Praga (República Tcheca) e especialista em criminalidade internacional e segurança russa.

“Putin era então um candidato relativamente jovem, dinâmico, mas, sobretudo, parecia leal.”

Além disso, Putin era conhecido por cumprir suas promessas.

“Putin não perseguiria a Yeltsin nem tentaria prendê-lo, tampouco o culparia pelos fracassos da década de 1990”, explica Ben Noble, professor de política russa da University College de Londres (UCL).

Putin foi, então, eleito. Mas sua popularidade só viria depois, segundo Noble, por seu pulso firme na segunda guerra da Chechênia, entre 1999 e 2009, quando começou a ser percebido por grande parte da população como um indivíduo forte que estava “retomando o controle” de Moscou sobre os rebeldes chechenos — e isso foi percebido como um ressurgimento do poderio do Estado russo.

Um segundo elemento que ajudou Putin a se consolidar no poder foi a melhora nos padrões de vida na Rússia.

“O crescimento econômico durante a década de 2000 foi o principal impulsor da popularidade dele. Entretanto, acho que, se por qualquer razão, Yeltsin e seus aliados tivessem alçado outra pessoa ao poder, ela também teria se beneficiado de uma alta popularidade graças à rápida recuperação econômica depois da recessão da década de 1980”, sustenta Gel’man.

2. O CASO KHODORKOVSKI E MENSAGEM AOS OLIGARCAS

Uma das razões pelas quais o Estado russo não entrou em colapso na década de 1990, dizem os especialistas, foi a existência de um acordo entre Yeltsin, seus aliados políticos e os oligarcas, criando uma espécie de equilíbrio de poder.

Mas, ao virar presidente, Putin anunciou que esse trato seria coisa do passado. O líder permitiria que os oligarcas preservassem sua riqueza conquistada na década anterior, desde que não se envolvessem em questões políticas, afirma Ben Noble.

“Para Putin, a política russa estava (exclusivamente) em suas mãos.”

No entanto, Mikhail Khodorkovski, o principal oligarca do país e então um dos homens mais ricos do mundo, discordou desse projeto.

Isso lhe custou caro: grande parte de seu poder econômico se evaporou da noite para o dia depois de ser acusado pelo governo de evasão de impostos e fraude.

“Putin e seu círculo o castigaram, em essência, ao detê-lo e confiscar seus bens, entre eles uma das maiores empresas petrolíferas do mundo”, diz o acadêmico da UCL.

Noble conta que esse foi um momento importante, que ajuda hoje a explicar a longevidade de Putin no poder.

“O caso Khodorkovski se converteu em uma espécie de vitrine que teve efeito assustador sobre os demais oligarcas”, diz.

3. FIM DA ELEIÇÃO DIRETA PARA GOVERNADORES

Em setembro de 2004, um grupo de homens e mulheres mascarados, armados com cintos explosivos, invadiram a Escola Número Um de Beslan, na Ossétia do Norte, e abriram fogo no momento em que se concluía uma cerimônia para celebrar o reinício das aulas.

Cerca de mil pessoas foram feitas reféns, entre crianças e professores. Depois de mais de 50 horas de sequestro, o episódio resultou na morte de 331 pessoas, entre elas 186 crianças. Os extremistas — paramilitares chechenos — exigiam que a Rússia retirasse suas tropas da Chechênia e a separação e independência do território no Cáucaso.

Para Noble, Putin enxergou o atentado à escola como um ataque direto a sua pretensão de se consolidar como um líder forte e temido.

“Também acho que era um indicativo de que ele não havia feito o suficiente para centralizar o poder da Federação Russa de um modo mais amplo”, opina. “Por isso, Putin usou o episódio para pôr fim à eleição direta de governadores em regiões russas.”

Nesse momento, avalia o acadêmico, Putin deixou de ser visto como um mandatário que tomaria o poder na Rússia pelo caminho democrático e começou a demonstrar inclinações autoritárias.

“Era ele que tinha de ter o controle. Não podia ser desafiado. E, se alguém se atrevesse a desafiá-lo, as coisas não terminariam bem para essa pessoa ou esse grupo.”

4. A ‘TANDEMOCRACIA’ PUTIN-MEDVEDEV

A Constituição russa de 1993 estabelece que um presidente só pode desempenhar esse papel durante dois mandatos consecutivos. Em 2007, o segundo mandato de Putin chegava ao seu fim.

Em dezembro daquele ano, o presidente apresentou Dmitri Medvedev como seu sucessor preferido.

“A popularidade de Putin estava alta depois de anos de crescimento econômico e de uma liderança considerada vitoriosa por muitos”, afirma Gel’man.

Ainda assim, diante desse anúncio, muitos acreditaram que seria o fim da liderança do “herdeiro de Yeltsin”.

Não foi o que aconteceu: Putin permaneceu como primeiro-ministro durante o período em que Medvedev ocupou a Presidência e voltou ao cargo máximo em 2012.

“Foi o começo de o que se denominou de ‘tandemocracia’ (ou liderança conjunta) na Rússia: Putin manteve o controle do país, mas, ao menos formalmente, Medvedev era presidente”, diz Noble.

O acadêmico destaca que “há evidências de que Medvedev tentou ganhar o controle em certas áreas e tinha projetos de reforma.”

“Não é o típico caso de que Medvedev obedecesse Putin o tempo todo. Há casos notáveis durante esse período de desacordos entre ambos, o que nos dá uma imagem ligeiramente mais complexa e matizada desse período”, explica.

5. REFORMAS CONSTITUCIONAIS

Em novembro de 2008, o então recém-eleito Dmitri Medvedev propôs (e conseguiu a aprovação de) três emendas constitucionais, entre elas, a do artigo 81, aumentando o mandato presidencial de quatro para seis anos, e a do artigo 93, ampliando o mandato dos legisladores de quatro a cinco anos.

“Para Putin, foi ótimo, porque, oficialmente, quem propôs isso foi Medvedev, e não ele”, argumenta Gel’man. “Putin estava à sombra, mas foi o maior beneficiário dessa mudança.”

Essas mudanças dariam a oportunidade ao atual presidente russo de estar à frente do país por 12 anos, em vez de oito.

Agora, em janeiro de 2020, Putin propôs um plebiscito sobre novas emendas à Constituição — que, como descrito no início desta reportagem, podem permiti-lo governar até 2036.

Isso porque uma das emendas propostas lhe permitiria se candidatar para mais dois mandatos. Caso isso se concretize, Putin pode ficar (direta e indiretamente) no poder por até 36 anos, superando a longevidade de Joseph Stálin, que governou por quase 3 décadas.

Mas será que Putin quer realmente governar até 2036?

“Talvez nem Putin o saiba”, opina Noble. “O que sabemos é que Putin apoia a emenda (…) porque ela oferece uma espécie de solução provisória para o problema de 2024” — que é quando acaba o mandato atual do presidente.

Gel’man, por sua vez, não vê motivos para que Putin não se apresente novamente como candidato presidencial.

Época, com BBC

 

Opinião dos leitores

  1. Esse ditador Vladimir Putin hoje é o homem mais perigoso deste planeta terra,uma ordem de ataque militar deste cidadão toda a humanidade,os animais terrestres,aquáticos e do ares,enquanto este Vladimir Putin estiver com o poder na Rússia,nós estaremos sempre correndo um imensurável risco da extinção de toda a vida biológica deste mundo.
    Este Vladimir Putin tem ódio no coração ex agente da extinta kgp que era o antigo órgão estatal russo de espionagem,ele não aceita a queda da extinta União soviética,pelo qual esse cidadão quer controlar toda antiga área de influência soviética e criar a grande Rússia ou nova União soviética,e quer reeditar uma nova guerra fria militar e política com os EUA,só que a antiga União soviética e agora a nossa Russia não tinha e não tem a mínima condição de subsistência social e econômica para ela mesma enquanto mais impor um estilo de vida socialista e comunista totalmente inviável como se demonstrou no passado recente com a extinção da União soviética.
    Só porque tem o poder belico nuclear;atômico e de hidrogênio muito mais destruidor do que a bomba atômica,esse país não passaria de um paiseco pouco relevante no cenário geopolítico internacional com uma economia obsoleta e atrasada com empresas com pouca importância na indústria tecnológica,científica e informacional no cenário global,por exemplo no Brasil ninguém sabe ou ouviu falar do nome de uma empresa,indústria oriunda da Rússia.

  2. Engraçado q o império do norte nem o lambe botas da América do Sul dao um pio sobre essa ditadura….pq será?
    Enquanto isso a Maduro é trucidado….

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Geral

Sessão de julgamento do processo de cassação de Brisa Bracchi é marcada para terça-feira (18), às 9h

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O presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Eriko Jácome, marcou para terça-feira (18), o julgamento do processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT), a ser realizada no plenário da casa.

No mesmo ato em que agendou a votação do processo, o presidente da Câmara também convocou Albert Dikson e Júlia Arruda, suplentes dos vereadores Matheus Faustino e Brisa Bracchi, respectivamente.

De acordo com o regimento interno, o denunciante, Faustino e a denunciada, Brisa, não podem votar.

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Política

VÍDEO: BG analisa e aponta como deverão votar os vereadores de Natal no processo de cassação de Brisa

No programa Meio Dia RN nesta segunda-feira (17), o BG analisou e apontou como deverão votar os vereadores no processo de cassação da vereadora Brisa Bracchi (PT). Na manhã de hoje, o parecer foi aprovado na Comissão Especial e agora será encaminhado para o plenário da Câmara Municipal de Natal que vai decidir o destino da vereadora petista. “Anotem aí o que BG está dizendo, Brisa Brachhi será cassada na quarta-feira com 21 ou 22 votos. Sem Anistia”.

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Economia

‘Prévia do PIB’ do Banco Central indica queda de 0,9% no 3º trimestre

Foto: Enildo Amaral/BCB

O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (17) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,9% no terceiro trimestre deste ano.

O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com o segundo trimestre de 2025.

  • O dado divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra a primeira contração da economia trimestral em dois anos.
  • A última queda do indicador de atividade do BC foi no terceiro trimestre de 2023, quando foi registrado um recuo de 0,5%.
  • A primeira queda do índice de atividade econômica da autoridade monetária acontece em meio a uma puxada na taxa de juros para conter a inflação.
  • Atualmente, a Selic está em 15% ao ao, o maior nível em quase dois anos. Analistas projetam início do ciclo de queda do juro em janeiro de 2026.

Os dados do BC uma contração da atividade nos três setores da economia no terceiro trimestre deste ano, sendo o maior deles na agropecuária.

Veja abaixo o desempenho setor por setor:

  • Agropecuária: -4,5%
  • Indústria: -1%
  • Serviços: -0,3%

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 4 de dezembro.

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Judiciário

Comissão aprova parecer pela cassação do mandato de Brisa Bracchi

Foto: Francisco de Assis

A Comissão Especial da Câmara Municipal de Natal aprovou, nesta segunda-feira (17), por dois votos a um, o parecer do relator Fúlvio Saulo (SD) que recomenda a cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT). O colegiado foi criado após o plenário da Casa decidir, em agosto, pelo recebimento da denúncia apresentada pelo vereador Matheus Faustino (União), que acusa Brisa de empregar recursos de emenda parlamentar em um evento de caráter político-partidário, o “Rolê Vermelho”.

Relator do processo, Fúlvio Saulo afirmou que a análise comprovou o uso de recursos públicos em um ato com conteúdo político. Segundo ele, a vereadora extrapolou suas atribuições ao convocar a população para um evento que, na avaliação do relator, teve conotação político-ideológica. “O evento passou a ter cunho político. Mesmo que o pagamento aos artistas tenha sido cancelado, o ilícito aconteceu quando houve convite para ato político e destinação dos recursos.”

O vereador Daniel Valença (PT) apresentou voto divergente e disse que a denúncia fez interpretação diferente do que a legislação versa sobre a destinação de recursos públicos. Ele afirmou que pareceres técnicos respaldaram a legalidade da atividade. “Ao longo do processo ficou nítido que não houve nada de partidário nessa atividade. Vamos trabalhar para que parte da bancada governista tenha um mínimo de senso de justiça, de retidão, de ética e negue esse parecer”, frisou.

Mas a presidente da comissão, vereadora Anne Lagartixa (SD), acompanhou o parecer do relator, dando maioria à cassação. Ela considerou que as oitivas e documentos apresentados à comissão comprovaram que o evento tinha motivação política. “A Casa precisa agir com transparência, com compromisso, seriedade. Eu espero que os vereadores ajam conforme a orientação do relator”, afirmou.

Com a aprovação na comissão, o parecer segue agora para o presidente da Câmara, Eriko Jácome (PP), que deve marcar a votação final em plenário até a quarta-feira (19), quando, regimentalmente, completam-se os 90 dias para encerramento do processo.

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Mundo

Ex-primeira-ministra de Bangladesh é condenada à morte por crimes contra a humanidade

Foto: Ricardo Stuckert

A Justiça de Bangladesh condenou nesta segunda-feira, 17, a ex-primeira-ministra de Bangladesh, Sheikh Hasina, de 78 anos, à morte por crimes contra a humanidade relacionados ao levante popular do ano passado, que matou centenas de pessoas e pôs fim aos seus 15 anos de governo. “Todos os elementos (…) constitutivos de um crime contra a humanidade estão reunidos”, declarou o juiz do tribunal de Dacca, Golam Mortuza Mozumder. “Decidimos impor uma única pena, a pena de morte”, acrescentou.

O tribunal também condenou o ex-ministro do Interior, Asaduzzaman Khan, à morte no caso, enquanto um terceiro suspeito – um ex-chefe de polícia – foi condenado a cinco anos de prisão por ter se tornado testemunha do Estado contra Sheikh e se declarado culpado.

A deliberação do tribunal na capital, Daca, foi transmitida ao vivo. O governo interino reforçou a segurança antes do veredicto, com guardas de fronteira paramilitares e policiais destacados em Daca e em muitas outras partes do país.

O partido Awami League da ex-primeira-ministra de Bangladesh convocou uma paralisação nacional em protesto contra o veredicto Sheikh e Khan, que estavam exilados na Índia, foram julgados à revelia. Tanto ela quanto seu partido chamaram o tribunal de “tribunal de fachada” e denunciaram a nomeação de um advogado pelo Estado para representá-la.

Antes da decisão do tribunal na segunda-feira, o antigo partido governante convocou novamente a paralisação, com Sheikh, numa mensagem de áudio, a instar os seus apoiadores a não ficarem “nervosos com o veredicto.

O veredicto foi proferido após relatos da mídia local sobre novas explosões de bombas caseiras em Daca, incluindo uma em frente à casa de um assessor, equivalente a um ministro de Estado, no domingo.

Entretanto, o chefe de polícia de Daca, Sheikh Mohammad Sazzat Ali, emitiu uma ordem de “atirar para matar” caso alguém tente incendiar veículos ou lançar bombas caseiras. A diretiva surge após quase 50 ataques incendiários, a maioria contra veículos, e dezenas de explosões de bombas caseiras terem sido relatadas em todo o país na última semana. Duas pessoas morreram nos ataques incendiários, segundo a imprensa local.

Estadão

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Educação

‘A gente nunca deve desistir de um sonho’, diz candidata do Enem 2025 aos 55 anos

Foto: Antônio Dias

Moradora de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Maria do Socorro Gomes, 55 anos, é técnica de enfermagem, mas sonha em fazer licenciatura em história. Por isso, decidiu fazer o Enem em 2025 mais uma vez.

“Eu estou tentando mais uma vez por que eu acho que a gente nunca deve desistir de um sonho. A gente nunca deve deixar de estudar por causa que alguém falou que você tem essa idade. Sonhar é bom e realizar o sonho é melhor ainda”, disse Maria do Socorro.

Este domingo (16) marca o segundo dia de provas do Enem 2025 em todo o Brasil. As provas são de Ciências da Natureza (biologia, física e química) e Matemática, somando 90 questões. No Rio Grande do Norte, mais de 113 mil pessoas se inscreveram para a prova.

Maria do Socorro contou que faz o Enem com frequência. No ano passado, ela foi aprovada no curso de matemática na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), mas decidiu trancar o curso ao perceber que não era o que queria.
Mas os dias na faculdade deram a ela um novo incentivo para tentar o sonho de cursar história.

“Eu estava na Uern, e tinha um senhor, eu acho que ele tinha seus 72 anos. Ele estava fazendo Direito. Eu disse: ‘Parabéns’. Ele me disse: ‘Minha filha, nunca desista. Nunca desista na sua vida porque alguém lhe diz alguma coisa'”, relatou.

G1RN

Opinião dos leitores

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Política

Gestão Nilda reforça manutenção em todas as UBSs e rede hospitalar

Foto: Divulgação 

A saúde pública de Parnamirim segue passando por uma transformação histórica. A gestão da prefeita Nilda deu início ao maior conjunto de manutenção já realizado nas Unidades de Saúde do município, contemplando as 29 UBSs da rede, além da Maternidade Divino Amor e do Serviço de Especialidades (CER) e o Centro Clínico de Parnamirim (CCPAR). As unidades não passavam por reparos há anos.

Um investimento que reforça o compromisso da administração com o cuidado, a humanização e a qualidade no atendimento à população. As ações alcançam tanto a atenção primária, porta de entrada do cidadão na rede, quanto áreas essenciais da urgência e especialidades, fortalecendo o sistema como um todo.

A prefeita Nilda destaca que essa é uma das prioridades da gestão: “Nosso compromisso é cuidar das pessoas. Estamos reformando todas as 29 unidades para oferecer um atendimento mais digno, humano e acolhedor para os pacientes, além de garantir ambientes seguros e confortáveis para os servidores. A saúde de Parnamirim vive um novo momento, e estamos avançando todos os dias.”

As obras, que já chegaram à 13ª unidade dentro do cronograma, incluem serviços completos de manutenção estrutural e modernização dos ambientes. Entre as melhorias estão pintura geral, novas fachadas, reparos em portas e instalações, tratamento de infiltrações, recomposição de reboco, além da substituição e instalação de novos aparelhos de ar-condicionado, garantindo ambientes climatizados e mais confortáveis para pacientes e profissionais.

As equipes já concluíram os serviços de pintura nas seguintes unidades: Santos Reis; Cohabinal; Vale do Sol; Primavera; Liberdade; João Dias; Parque Industrial e Pium. O cronograma segue avançando, e as próximas unidades que receberão os serviços são: Cidade Verde; Santa Tereza; Emaús e DVS.

Opinião dos leitores

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Política

VÍDEO: Em viagem, Tércio Tinôco rebate críticas por possível ausência em votação da cassação de Brisa

O vereador Tércio Tinôco (PP) rebateu, em vídeo publicado nas redes sociais no domingo (16), críticas por se ausentar da Câmara de Natal na mesma semana que definirá se a vereadora Brisa Bracchi terá ou não o seu mandato cassado deve ocorrer. O parlamentar justificou sua ausência e disse que está uma viagem, marcada para ocorrer desde o mês de abril.

A data da votação da cassação da vereadora ainda não foi marcada pela comissão que conduz o processo.
Na publicação, ele afirmou que a falta foi justificada com antecedência ao líder da base do prefeito Paulinho Freire (União Brasil), Aldo Clemente (PSDB). Tinôco, que retorna a Natal no dia 22 de novembro, também atrelou a dificuldade em remanejar sua agenda com sua condição física.

“Nunca faltei em nenhuma sessão ordinária, esse ano todo. Vocês que me acompanham aqui sabem que eu trabalho de domingo a domingo. Então assim, eu também sou gente e mereço uns dias de descanso também, e muitos blogs estão dizendo, cancela a passagem, cancele tudo e vai voltar. As pessoas com deficiência sabem muito bem, quem tem família sabe como funciona”, disse.

As cobranças pela presença do parlamentar na Casa Legislativa se dão pelo cenário de “voto-a-voto” que se desenha para o processo. Em entrevista concedida para a reportagem da 98 FM Natal na sexta-feira (14), o vereador e relator Fúlvio Saulo projetou que o placar final deverá ser de “19 a 20”, sendo favorável ou não pela cassação.

“Ninguém sabe o dia que vai ser a votação da cassação. E para finalizar minhas palavras, se fosse híbrido a votação, eu estaria pronto para votar”, disse.

98FM

Opinião dos leitores

  1. Quem votar contra a cassação da vereadora Brisa, estará votando contra o povo.
    Tércio Tinôco virou decepção pra muita gente. Depois não reclame.

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Diversos

Hugo mantém votação de PL Antifacção mesmo com crítica de Lula

Foto: Marina Ramos

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse à CNN Brasilque está mantida a votação do PL Antifacção nesta terça-feira (18).

A última versão do texto do relator Guilherme Derrite (PP-SP) ainda enfrenta resistência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à diminuição dos recursos destinados à Polícia Federal.

Hugo afirmou que o texto ainda está sendo trabalhado pelo relator, para chegar ao plenário da Casa Legislativa com o máximo de consensos no combate à criminalidade.

A quarta versão apresentada pelo relator retira, segundo cálculos feitos pelo governo federal, R$ 27 milhões de recursos da Polícia Federal, além de R$ 300 milhões de fundos de segurança pública e de combate às drogas.

Neste final de semana, o relator se debruçou sobre o texto e deve apresentá-lo a líderes partidários neste terça-feira (18). Ainda assim, siglas de direita devem apresentar destaques.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Esse PL antifaccão está mais para desgastar Derrite do que para ter um resultado ruim para os bandidos.

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Geral

Esquerda arma invasão à Câmara de Natal para tentar salvar mandato de Brisa Bracchi

Foto: Reprodução

Partidos de esquerda — incluindo o PT — e movimentos sociais estão articulando uma invasão à Câmara Municipal de Natal para tentar impedir a votação que pode cassar o mandato da vereadora Brisa Bracchi.

A mobilização foi confirmada ao Blog do BG por fontes internas da própria Casa.

A vereadora não só sabe da movimentação como também gravou vídeo e soltou nota convocando militantes para lotar o prédio nesta terça (ou data da votação). Segundo informações recebidas pelo Blog, o plano é chegar antes da abertura da sessão para tentar travar fisicamente o início dos trabalhos.

A estratégia seria criar tumulto, ocupar corredores e pressionar os vereadores para reverter o processo de cassação. O clima nos bastidores é de tensão máxima, e a segurança da Câmara já está em alerta para evitar que a invasão aconteça.

O parecer do relator Fúlvio Saulo, que recomenda a cassação do mandato, será votado pela comissão na segunda-feira (17).

Opinião dos leitores

  1. O planejamento já é crime heinpode botar a polícia na rua pra prender esses golpistas. Querem tomar o estado na força.

  2. Invadir a Câmara Municipal não é um ato terrorista? Isso é contra a tal “democracia”.

  3. Isto posto, gás de pimenta no olhos e cassetete no espinhaço são opções recomendáveis pra combater esses vermes asquerosos.

  4. Se errou é para causar o mandato dessa incompetente. Tem que botar MORAL COM ESSE POVO. NÃO RESPEITA LEGISLAÇÃO. RUUUUAAAA

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